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História da Educação dos Surdos - Coggle Diagram
História da Educação dos Surdos
Século XII
A capacidade de raciocínio era ligada à fala.
Eram comparadas aos animais irracionais.
Pessoas surdas não eram consideradas seres pensantes.
Século XV
Famílias nobres com herdeiros surdos as financiavam.
Os mais ricos tinham interesse em compreendê-los e integrá-los à sociedade.
Começam a surgir pesquisas a respeito da surdez.
Século XVI
Ele diz que elas são capazes de pensar e aprender a ler e escrever.
Foi uma das primeiras pessoas a notar que surdos podiam aprender a ler e escrever sem aprender a falar.
Gerolamo Cardano, estudioso italiano, começa a fazer pesquisas sobre pessoas surdas.
Ponce de Leon se torna o primeiro professor a ensinar surdos a falarem.
As pessoas tinham vergonha de parentes surdos e os enviavam para monastérios.
Século XVII
Juan Pablo Bonet criou o alfabeto manual, mas proibia o uso de língua gestual.
Século XVIII
Em 1787, Thomas Gallaudet funda a primeira faculdade para as pessoas surdas.
Charles-Michel de L’Epée defendeu o uso da língua de sinais em detrimento do oralismo.
Thomas Braidwood funda a primeira escola para surdos na Grã-Bretanha.
Braidwood cria um método de usar o alfabeto manual com as duas mãos.
Jean Marc Gaspard Itard, educador de surdos, questiona a origem da surdez e tenta restaurar a audição de seus alunos com choques elétricos, terapia com sanguessugas, cirurgias nas orelhas, dentre outros.
Século XIX
Ocorrem discussões sobre qual é o melhor método de educar os surdos.
A leitura labial e os gestos são considerados os métodos mais adequados.
Em 1878, acontece o I Congresso Internacional de Surdos-Mudos.
Em 1880, no II Congresso Mundial de Surdos-Mudos, eles mudam de opinião e votam pelo oralismo.
1857 - Foi fundada a primeira escola para surdos no Rio deJaneiro – Brasil, o “Imperial Instituto dos Surdos-Mudos”, hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos”– INES
Egito Antigo (a.C.)
Surdos eram considerados escolhidos por deuses por causa de seus comportamentos.
Surdos eram tratados com respeito e educados para usar os hieróglifos e gestos com as mãos.
PCDs não eram machucadas ou mortas, demonstrando talentos que não era facilmente adquiríveis.
Grécia Antiga (a.C.)
Platão descreve como os surdos usavam gestos para imitar a movimentação de objetos através de movimentos similares.
Os gregos acreditavam que era melhor matar pessoas com deficiência.
Primeira menção à Língua de Sinais.
Aristóteles conclui que surdos jamais seriam capazes de falar, acreditando que falar e ouvir eram habilidades conectadas. Essa visão só mudou no século XVI.
Século VIII
Santo John de Beverley é considerado o primeiro a educar, de fato, pessoas surdas.
Ele também é tratado como o primeiro a discordar de Aristóteles sobre a capacidade de aprender dos surdos.
Século XX
Os anos 50 foram marcados por uma série de ações importantes, como a criação do primeiro curso normal para professores na área da surdez (1951). Neste ano, o INES recebeu a visita de Helen Keller, cidadã americana, surdacega, cuja trajetória de vida é um exemplo até os dias de hoje
Em 1952 foi fundado o Jardim de Infância do Instituto e no anos seguinte criou-se o curso de Artes Plásticas, com o acompanhamento da Escola Nacional de Belas Artes. Em 06 de junho de 1957, o Instituto passou a denominar-se Instituto Nacional de Educação de Surdos. Até os anos 60 as escolas para surdos tinham uma abordagem oral que se mostraram insuficientes na evolução linguística e cognitiva dos surdos.
Na década de 70 foi criado o Serviço de Estimulação Precoce para atendimento de bebês de zero a três anos de idade. No início dos anos 80, com a criação do Curso de Especialização para professores na área da surdez, o INES investe na capacitação de recursos humanos.
Criada a Associação Brasileira dos Surdos, cuja finalidade é lutar pelos direitos dos surdos, a FENEIDA passa a se chamar FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos). O ensino de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) passa a ser exigido pelos surdos que passam a ser responsáveis pela sua Instituição e por suas decisões.
É criado o informativo técnico-científico Espaço, cujos artigos são voltados para a educação do aluno surdo. A partir de 1993, o INES adquiriu nova personalidade com a mudança de seu Regimento Interno, através de ato ministerial. O Instituto passa a ser um centro nacional de referência na área da surdez.
Século XXI
2002 - Reconhecimento oficial da LIBRAS pelo Governo Federal (Lei no 10.436, mais conhecida como a Lei da LIBRAS.)
Regulamentação da Lei 10436/02, pelo Decreto 5626 que determina entre outras obrigações, um prazo máximo de 10 anos estar inserida a LIBRAS nos currículos dos cursos de licenciaturas, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia, além de professores bilíngües em todas as escolas com classes regulares. É regulamentada a profissão de intérprete e através de concurso público o Governo de Pernambuco torna-se pioneiro.
Implantação em Pernambuco do primeiro Curso Técnico nível nacional de Tradutor/Intérprete da Língua de Sinais oferecido na Escola Estadual Almirante Soares Dutra. É realizado o 1º exame de proficiência da LIBRAS – Prolibras. Surgindo mercado de trabalho para profissionais surdos e ouvintes nas categorias de instrutor, intérpretes e professores, em cumprimento ao Decreto 5626/05.
Em 2006, foi iniciado o primeiro curso de Letras Língua de Sinais Brasileira – LIBRAS – no Brasil. No formato presencial, o curso de Letras Libras pode ser encontrado em cerca de 40 faculdades. No EaD, em cerca de 15.
A Lei 14.191, de 2021, insere a Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de ensino independente — antes incluída como parte da educação especial. Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda.