Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
SONDA NASOENTERIAL E NASOGÁSTRICA, Aldemar Pinto Ibiapina Neto - Coggle…
SONDA NASOENTERIAL E NASOGÁSTRICA
NASOENTERIAL
Objetivo:
Administração de medicamentos;
Alimentação e manutenção do estado nutricional do paciente;
Permitir a administração de medicamentos e dieta de maneira mais segura
TECNICA:
Conferir prescrição de SNE;
Higienizar as mãos (PRT.CCIRAS.001);
Reunir o material, levar até o leito do paciente e colocar em local acessível;
Dirigir-se ao quarto do paciente e orientar sobre o cuidado que será realizado;
Confirmar a identificação do paciente e explicar o procedimento ao mesmo ou ao acompanhante, se for o caso;
Colocar biombo para promover privacidade, se necessário;
Verificar o uso de prótese dentárias móveis pelo(a) paciente, solicitando que as retire. Se não puderem ser removidas pelo(a) paciente use os equipamentos de proteção individual e retire-as;
Elevar cabeçeira em posição Fowler, se possível;
Colocar EPIs;
Proteger o tórax do paciente com a toalha ou compressa não ésterilou papel toalha;
Medir a extensão da sonda a ser introduzida, colocando sua extremidade distal na ponta do nariz do paciente, enquanto o restante dela percorre em linha reta a distância do nariz até o lobo inferior da orelha, de lá até o apêndice xifoide e acrescentrar a distancia do apêndice xifoide até o ponto médio da cicatriz umbilical
Marcar este ponto na sonda com fita adesiva ou marcador permanente;
Injetar solução líquida (solução fisiológica) na sonda sem retirar o fio-guia para lubrificá-la, favorecendo a retirada do fio-guia após sua passagem
Higienizar as narinas, se necessário;
Inspecionar as condições da cavidade oral e da cavidade nasal com a lanterna, para detectar anormalidades e definir em qual narina será introduzido a sonda, se necessário;
Lubrificar a ponta da sonda (cerca de 10 centímetros) com xilocaína geléia 2%
Intoduzir a sonda na narina escolhida, solicitando que o paciente tente deglutir (quando possível). A flexão cervical, nesta tarefa, pode ser útil em pacientes intubados e sedados
Inserir o restante da sonda até o ponto de demarcação de forma suave;
Fixar a SNE colocando um pedaço de micropore no nariz limpo e seco, por cima deste um
pedaço de esparadrapo. Fixar ainda com um pedaço de esparadrapo tipo borboleta, enrolandoo na sonda (na ausência de curativo para fixação de SNE);
Testar o posicionamento da SNE, conectando uma seringa de 20 ml e aspirando o conteúdo gástrico e a seguir injete 20 ml de ar pela sonda enquanto é feita a ausculta do quadrante abdominal superior esquerdo
Retirar o fio guia, tracionando- o firmemente e segurando a sonda para evitar que ela tracione. Guardá-la em uma embalagem limpa e mantê-la junto aos pertences do paciente, caso a sonda precise ser repassada;
Fechar a sonda;
Identificar a sonda com fita de esparadrapo com data, hora e profissional responsável;
Abaixar a cabeceira da cama, quando não houver contraindicação e, posicionar o paciente
em decúbito lateral direito para facilitar a migração da sonda para o duodeno;
Recolher o material utilizado e manter o ambiente em ordem;
Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme o PRT.CCIRAS.001
Realizar as anotações de enfermagem registrando: hora do procedimento, calibre, volume aspirado (se for o caso), teste auscultatório e intercorrências;
O médico deverá solicitar o Raio-X abdominal para verificar o posicionamento da sonda;
Vantagens:
Mais flexível e apresenta fio guia para auxiliar a passagem.
Permite a administração de dietas por um tempo prolongado
Desvantagens:
Inspiração para os pulmões se a sonda estiver mal colocada
a pessoa pode reagir a má colocação e permanência da sonda
Dificuldade da familiar utilizar de forma correta
NASOGÁSTRICA
A sonda nasogástrica é um tubo fino e flexível, que é colocado no hospital desde o nariz até ao estômago, e que permite manter a alimentação e a administração de medicamentos em pessoas que não conseguem engolir ou se alimentar normalmente, devido a algum tipo de cirurgia na região da boca e garganta, ou devido a doenças degenerativas.
Indicação
nos casos de pessoas que não conseguem se alimentar por via oral, devido a algumas condições de saúde, como:
Má nutrição;
Dificuldade para engolir;
Lesões na cabeça;
Cirurgia na região da boca e garganta;
Doenças do trato gastrointestinal, como doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino curto, ou estreitamento do esôfago;
Doenças degenerativas, como fibrose cística, esclerose múltipla ou doença do neurônio motor;
Pós-AVC;
Doenças do fígado, especialmente nos casos de ascite;
Doenças renais;
Câncer de cabeça e pescoço;
Ventilação mecânica;
Doenças psiquiátricas, como depressão grave ou anorexia nervosa;
Pós-cirurgia intestinal;
Coma.
Nesses casos, a sonda nasogástrica é indicada para uso em até 6 semanas de tratamento, sendo que a pessoa deve ter o estômago e intestinos funcionando normalmente, para que ocorra a absorção dos nutrientes ou remédios passados pela sonda.
A sonda nasogástrica raramente é uma situação definitiva. A sua utilização pode ser dividida em:
Exclusiva, quando o doente é sempre alimentado por sonda;
Parcial, quando a pessoa tem sonda, mas é alimentada pela boca sempre que possível.
Vantagens:
Controlar a quantidade de alimentos e líquidos ingeridos;
Administrar medicamentos pela sonda, assegurando que a toma é realizada;
Evitar a hospitalização para alimentação e hidratação.
Desvantagens:
Inspiração de alimentos para os pulmões se a sonda estiver mal colocada ou se vomitar;
Intolerância aos alimentos dados através de sonda;
A pessoa pode reagir mal à colocação e permanência da sonda;
Dificuldade dos familiares/cuidadores em usar a sonda corretamente
Tecnica
Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
Marcar com adesivo;
Calçar luvas;
Lubrificar a sonda com xylocaína;
Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta;
Introduzir até a marca do adesivo;
Observar sinais de cianose, dispneia e tosse;
Para verificar se a sonda está no local:
Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na base do apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20 ml;
Colocar a ponta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está na traqueia. Deve ser retirada;
Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar;
Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
Fixar a sonda não tracionando a narina.
Aldemar Pinto Ibiapina Neto