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CUIDADO PÓS-OPERATÓRIO, Íleo paralítico é normal no pós cirúrgico, até 24h…
CUIDADO PÓS-OPERATÓRIO
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
FEBRE
Primeiras 24h
Causa: atelectasia pulmonar (pulmão fechado)
Nas primeiras 12, normalmente é causada por alterações metabólicas ou endócrinas
72h
Causa: Infecção urinária
Prevalência em até 40% dos casos
48h
Causa: flebite
É diferente de HIPERTERMIA.
Hipertermia é quando ocorre a elevação da temperatura por um mecanismo que em nada tem a ver com desajuste no centro termorregulador hipotalâmico
COMO INTERPRETAR UM PICO FEBRIL NO PÓS OPERATÓRIO?
Presença de infecção sintomática ou subclinica
Uso de drogas ou hemoderivados
Uso de dispositivos invasivos (cateter vesical de demora, cateter venoso superficial ou profundo, drenos cavitários)
Evidências de síndromes inflamatórias (flebite, trombose venosa de membros inferiores)
PRINCIPAIS CAUSAS INFECCIOSAS DA FEBRE
infecção de sítio cirúrgico (ferida operatória)
ITU
infecção relacionada ao cateter e a pneumonia
É mandatório a avaliação da ferida operatória na presença de um episódio febril, mesmo que precoce
Feridas com bordas necróticas e crepitação à palpação no entorno sugerem infecção necrosante do sítio cirúrgico
36h
Causa: lesão inadvertida de uma alça intestinal durante cirurgias abertas ou videolaparoscópicas
Peritonite difusa
, caso
Fazer exame de imagem para confirmar, preferencialmente TC
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Insuficiência respiratória aguda
Pneumonia
Fatores de risco: peritonite bacteriana no pós-operatório, atelectasias, aspirações e secreções nas vias aéreas
Clínica: febre, taquipneia e aumento das secreções e exame físico com consolidação pulmonar
Mais comumente pode determinar a morte do paciente cirúrgico
É considerada hospitalar de ocorrer até 30 dias após a cirurgia
2° Causa mias frequente de morte no pós-operatório de pacientes acima de 60 anos
Tromboembolismo pulmonar
Qualquer procedimento cirúrgico aumenta o risco de TVP e embolia pulmonar
São as mais comuns nos procedimentos cirúrgicos
Embolia gordurosa
Pode ser originada de causas externas: transfusão, nutrição parental ou transplante de medula óssea
Síndrome: sintomas neurológicos, insuficiência respiratória e petéquias nas axilas, tórax e membros superiores proximais
Edema pulmonar
Acúmulo de líquidos nos alvéolos, reduzindo a troca gasosa, desencadeando hipoxemia
Aspiração pulmonar
Cerca de dois terços dos casos ocorrem após cirurgias torácicas e abdominais e metade dessas pacientes desenvolve pneumonia
A aspiração de conteúdos da boca e do estômago é mais comum em pacientes sedados ou com outras causas de rebaixamento do nível de consciência
Síndrome do desconforto respiratório agudo
Desenvolve-se após trauma ou sepse
Atelectasia
Mais comum das complicações pulmonares pós-operatório e afeta 25% dos submetidos a cirurgias abdominais
Se manifesta como: febre, taquipneia e taquicardia, além de tosse produtiva.
Derrame pleural
Pequenos derrames pleurais são comuns em cirurgias do andar superior do abdome e normalmente são reabsorvidos
Pneumotórax
Principais causas: barotrauma e punção iatrogênica após acesso venoso central
PROBLEMAS DIVERSOS
Dispneia
De imediato pensar na possibilidade de pneumonia aguda ou no início de uma complicação cardíaca
Tosse
Exacerba a dor após laparotomia
Pode provocar evisceração e evidência, uma complicação do sistema respiratório
Vômito
Habitual nas primeiras horas
A realimentação oral precoce é uma importante causa
Oligúria
O débito urinário na faixa de 30 a 50 ml por hora, com densidade satisfatória, constitui importante evidência de funções cardiovasculares e renal satisfatória
Pirose
Secundária ao refluxo gastresofágico ácido ou alcalino
Presença de cateter nasogástrico nas primeiras horas de pós-operatório
Cefaleia
Mais frequente complicação de uma raqui anestesia
Excluindo outros fatores etiológicos, deve ser feito reposição volêmica e endovenosa
Dor
A ferida cirúrgica não é espontaneamente dolorosa após 48h do ato cirurgico
A dor é submetida e seu limiar é imensurável
É importante um cuidadoso exame, antes de medicá-lo com analgésicos
Soluço
Desagradável complicação cirúrgica determinada por irritação frênica
Pequena quantidade de CO2 ou acidose respiratória
COMPLICAÇÕES NA FERIDA PÓS OPERATÓRIA
Deiscência de ferida Operatória
Pode ser total ou parcial de qualquer camada
A ruptura de todas as camadas da parede abdominal e a extrusão de vísceras abdominais
São mais comuns em pessoas com algum tipo de imunodepressão, DM, uso de corticosteroides, quimioterapia e/ou radioterapia e sepse
Fatores sistêmicos
é rara em pacientes abaixo de 30 anos, mas pode afetar 5% daqueles acima de 60 anos submetidos á laparotomia
Fatores de risco locais
Técnica cirúrgica inadequada, aumento da pressão intra-abdominal e deficiência na cicatrização
As principais causas de aumento da pressão intra-abdominal são, obesidade, distensão de alças por íleo paralítico, ascite ou tosse e síndrome comportamental abdominal
Diagnóstico e Tratamento
é mais comum entre o quinto e o oitavo dia
Pacientes com ascite, é importante fazer o fechamento de uma das camadas com sutura contínua e das demais camadas, de modo que não haja espaços entre os planos da parede abdominal
A evisceração, o paciente deve iniciar com antibiótico de imediato, seguida de transferência para o centro cirúrgico e sob anestesia geral, deve fazer a lavagem exaustiva com fluido aquecidos, debridamento de tecidos desvitalizados, drenagem de eventuais abscessos e preparação de nova suturas com fios inabsorvíveis e de espessuras maior
Infecção de Ferida
Febre que aparece após o quarto dia, pode ser devido aos germes entéricos ou estafilococos
Os fatores de risco são semelhantes aos envolvidos nas deiscência de suturas. Os cuidados de assepsia e antissepsia do paciente e da equipe cirúrgica, estão diretamente relacionados
Manifestações Clínicas, são elevações diárias da temperatura semelhantes a um abscesso.
O paciente pode apresentar taquicardia, calafrios, mal-estar e leucocitose
A inspeção cuidadosa da ferida, revela sensibilidade acentuada e celulite peri-incisional
Infecções estafilocócicas, há vermelhidão mais evidente, edema, temperatura cutânea elevada e fequentemente podem ser palpadas áreas de flutuação
O tratamento, é a drenagem adequada, a qual requer abertura ampla da ferida infectada
Antibióticos sistêmicos são utilizados quando há evidências de piora progressiva local e sintomas clínicos gerais
Seroma
Sua presença aumenta o risco de infecção da ferida
Acúmulo de soro e linfa liquefeitas, no tecido celular subcutâneo
Acompanha operações que envolvem a elevação de retalhos, grandes deslocamentos e transecção de inúmeros canais linfáticos
Aqueles localizados abaixo da pele podem ser evacuados por aspiração com agulha em condições estéreis ou até serem conduzidos com observação
Na cirurgias oncológicas o uso de dreno a vácuo é mandatório
Deiscência Anastomótica
Entre dois órgãos ocos é uma das complicações mais sérias
O extravasamento de líquidos carregados de bactérias leva á formação de abscessos locais e fístulas, rupturas da anastomose, deiscência da parede abdominal, sepse e até mesmo morte
O órgão a ser tratado deve ter suprimento sanguíneo adequado até a borda da anastomose, e a sutura, ser livre de tensão e com técnica adequada
O tratamento dependerá de cada caso. Quando é pequena, com uma fístula controlada, não havendo obstrução, sem contaminação da cavidade e sem continuidade da mucosa com a pele, pode ser utilizado o tratamento conservador até de cesse a drenagem do líquido
Se o paciente não tiver séptico, deve-se mantê-lo em jejum e instituir nutrição parenteral
Quando houver débito persistente superior a 500 mL/d, deve-se considerar tratamento cirúrgico
Hematoma
Coleção de sangue dentro da ferida fechada
Mais comum
Causada por hemostasia local não adequada
O risco é mais alto naqueles que recebem doses sistêmicas de anticoagulação ou nos portadores de coagulopatia
Tosse persistente ou crises de hipertensão podem contribuir para a formação
Determinam a elevação com coloração da ferida, afastamento de suas bordas, desconforto e secreção local
O sangue pode ser expelido espontaneamente da ferida, sendo necessária a reintervenção quando o sangramento surge precocemente
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
Hipertensão pós-operatória
Causas
Está relacionada ao tipo de operação e a presença de hipertensão perioperatória
Intraoperátoria relacionada a sobrecarga de líquidos e agentes farmacológicos
Pós-operatório está associado à hipertensão, dor, hipotermia, hipóxia, sobrecarga líquida, sangramento intra-abdominal, TC, síndrome da abstinência de clonidina e crise feocromocitoma
Tratamento e prevenção
Monitoramento minucioso do paciente pelo anestesista durante a operação
Período pós-operatório deve-se ser administrado anti-hipertensivos, bem como um pulso de analgesia e sedação
Em pacientes incapazes: b-bloqueadores, IECA, BCC por via parenteral ou cloridina por adesivo
Isquemia e Infarto perioperatórios
Desequilíbrio entre a oferta de O² e da demanda celular
Pacientes idosos, pacientes com doenças arterial periférica e aqueles submetidos a procedimentos vasculares, torácicos, ortopédicos grandes e abdominais superiores estão em alto risco de um síndrome coronariana aguda no período pós0operatório
Risco maior nas primeiras 48 horas após a intervenção cirúrgica
Tratamento
Prevenção da isquemia é identificar prospectivamente pacientes em risco de uma complicação cardíaca
A avaliação de risco cardíaco no período pré-operatório inclui anamnese adequada, exame físico e exames diagnósticos basicos
Angioplastia coronariana transluminal percutânea pode ser benéfica na redução de morbidade cardíaca perioperatória em um grupo selecionado
Pacientes identificados como grande para eventos cardíacos perioperatório devem ser tratados com betabloqueadores, cuidadosa monitorização durante a operação e continuação do tratamento medicamentoso nos pós-operatório, incluindo a administração de medicamentos adequados para dor
Objetivo do tratamento é preservar da máxima quantidade de músculo cardíaco, bem como a melhora do fluxo sanguíneo coronariano e diminuição do trabalho do miocárdio
A administração imediata de betabloqueadores (via oral ou IV, dose titulada para diminuir a frequência cardíaca a menos de 70 bpm) e aspirina (160a 325 mg) é essencial
Choque cardiogênico
É uma das sequelas mais sérias de um IAM
50% da massa ventricular esquerda perdida, ruptura da musculatura papilar, ruptura da parede ventricular, insuficiência da válvula aórtica, regurgitação mitral ou defeito de septo ventricular
Ventilação mecânica com uma alta FIO² ocasional monitoração com cateter de Swan-Ganz, é importante
Os pacientes que não respondem ao tratamento farmacológico e conservador, as bombas com balão intra-aórtico e os equipamentos de assistência ventricular podem salvar vidas
BALANÇO HÍDRICO
O que usar?
Cristaloide
Isotônicas
Ringer Lactato
Plasma lyte
SF
Hipertônicas
Cloreto de sódio 3%
Cloreto de sódio 7,5%
Coloide
Proteíca
Albumina
Não proteíca
Dextran
Amido
Sinais de desidratação
Taquicardia
Taquipneia
Oligúria
Hipotensão
Redução nível de consciência
Checar no pós-operatório
Perdas para terceiro espaço
Perdas insensíveis
Dreno
Volume que está sendo produzido
Preocupar com perdas acima de 50mL/hora
Complicações
Fistulas
Alto débito: maior 500mL/24h
Baixo débito: menor 200mL/24h
Seroma
Hematoma
Tipo e duração da cirurgia
Cirurgias que envolvem ostomia
ileostomia
jejunostomia
colostomia
Vão precisar de reposição hídrica obrigatoriamente
Vias de reposição
Enteral
Parenteral
VO
Lembrar:
Evitar reposição volêmica excessiva no intra e pós operatório
Ingestão oral assim que se recuperar da anestesia
Evitar períodos maiores que 6h de jejum
Considerar sempre hidratação VO
Excesso de fluídos endovenosos
Acidose hiperclorêmica
Taquiarritmias
Risco de óbito
Maior permanência hospitalar
Edema
Edema pulmonar pós-operatório
DIETA PÓS-OPERATÓRIA
Quanto mais precoce melhor, porém, deve ser feita quando o trato gastrointestinal estiver funcionando
25 kcal/kg do peso ideal
1,5 g/kg de proteína
Dieta gástrica vs jejunal
Jejunal não oferece risco de broncoaspiração
Gastrica → o estômago aceita mais macromoléculas e micronutrientes
Nutrição parenteral
Substância/composto, de ideal osmolaridade, líquido rico em carboidrato preparado em forma de glicose, proteína e lipídeos
Suporte
Acesso venoso central – tem que estar na cava;
Conteúdo hiperosmolar (glicose hipertônica);
Lipídeos;
Minerais;
Oligoelementos;
Vitaminas;
Ferro.
Complicação
Relacionadas ao cateter central;
Trombose venosa da subclávia;
Complicações infecciosas;
PROFILAXIA TVP
Risco moderado ou alto
Peri-operatório
Compressão pneumótica
Pré-operatório + pós
Heparina profilática ou heparina de baixo peso molecular
Dose
Heparina de baixo peso molecular (Enoxaparina/ Clexane) de 20 a 40mg em dose única diária
Heparina não fracionada: 5.000 UI SC de 12/12h ou 8/8h ou;
Pós-imediato
Mobilização ativa + MMII elevados c/ flexão de joelho + deambulação
Baixo risco
Medidas não farmacológicas
ANTIBIÓTICO
Cirurgia limpa
Ausência de processo infeccioso
Não indicado ATB
Exceção cirurgia cardíaca, neurocirurgia e implante de próteses.
Geralmente eletivas
Cirurgia potencialmente contaminada
Abordagem do trato digestivo, respiratório, orofaringe e genitourinário.
Antibioticoprofilaxia indicada
Cirurgia contaminada
Feridas traumáticas recentes, abertas
Inflamação aguda não purulenta
Antibioticoprofilaxia indicada
Infectada
Ferida traumática antiga com tecido desvitalizado, corpo estranho ou contaminação fecal;
Vísceras perfuradas ou secreção purulenta na cirurgia
Antibiocoprofilaxia indicada
Íleo paralítico é normal no pós cirúrgico, até 24h
ALUNOS:
Ana Lima, Ana parizi, Ester Mairesse, Fernanda Paula, Laís Tavares, Laura Rosi, Gabriel Freitas, Marina Chaves, Sara Barros, Beatriz Oliveira, Karyme Aota, Heloene Machado, Gabriela Moreira.
Fábio Colagrossa / Hard work medicina