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HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA (pt. 1) - INDEPENDÊNCIAS, Contexto da demolição…
HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA (pt. 1) - INDEPENDÊNCIAS
ANTECEDENTES E ELEMENTOS CONTEXTUAIS
:
Reformas Bourbônicas (século XVIII): reformas da Corte espanhola
Reforma na estrutura econômica e administrativa do reino com ideias racionalizantes
Objetivo na América Latina: robustecer a presença metropolitana e limitar o poder da elite local (criolla). Criollos não vão gostar.
"Absolutismo ilustrado"
Contexto do iluminismo
Paralelo no mundo português: reformas pombalinas.
Rebelião de Tupac Amaru
(1780) no Vice-Reino do
Peru
Tupac Amaru: revolucionário indígena, descendente do último líder inca.
Rebelião espraia-se por Bolívia e Argentina
Brutal repressão espanhola
Influência das Revs. Americana e Francesa
Ideais de
liberdade e igualdade
Demonstraram a
INSATISFAÇÃO SISTÊMICA
contra o regime de privilégios e de submissão (Absolutismo na Europa / Pacto Colonial na AL)
ESPANHA
: marchas e contramarchas
Entre 1808 e 1813: Guerra Peninsular - Espanha, Portugal e UK x forças invasoras francesas
Abdicações de Bayonne
(1808): forçadamente, Carlos IV e Fernando VII renunciam ao trono da Espanha em favor de Napoleão
Reação ao governo José Bonaparte: ascensão do nacionalismo espanhol, guerra de guerrilha.
Napoleão coloca
José Bonaparte (Napoleão II), seu irmão, como rei
resultam em um enfraquecimento da autoridade da coroa espanhola na colônia
-> abala a legitimidade --> planta as sementes da independência
Razão: levantes liberais ocorrendo na Espanha, Napoleão achava que a Corte não estava reprimindo como deveria
Reação na América Latina:
a elite criolla insurgiu-se contra essa alteração metropolitana
- a legitimidade dinástica era necessária para manter a coesão das possessões espanholas.
Se voltam contra o absolutismo e se tornam
autonomistas, descentralistas
. DECLARAM QUE AS JUNTAS GOVERNATIVAS ("cabildos abiertos") seriam responsáveis pelo governo e pela soberania, na ausência de Fernando VII.
1812 -
Espanha promulga sua primeira constituição
- Constituição de Cádiz
Constituição LIBERAL, promulgada pelas Cortes
Porém, baixo eimpacto, dada a ocupação francesa.
1812: Fernando VII volta ao poder.
Reforça o absolutismo e revoga a Constituição de Cádiz. EXACERBA AS TENSÕES ENTRE AS COLÔNIAS E A COROA
Levante Liberal (onda de 1820, Triênio Liberal)
- forçam Fernando VII a aceitar a Constituição de Cadiz e a convocar um governo mais representativo. -- LIBERAIS NO PODER
O Liberalismo de Cádiz, como o do Porto, VOLTAVA-SE CONTRA O ABSOLUTISMO, MAS ERA CONSERVADOR EM RELAÇÃO ÀS COLÔNIAS E DEFENDIAM A RESTAURAÇÃO DO PACTO COLONIAL
No início: criollos veem uma oportunidade de negociação com o governo liberal |
Diante da contradição do liberalismo de Cádiz (seu conservadorismo para a A.L),
criollos se tornam independentistas
. ROMPIMENTO.
Inglaterra de George Canning, querendo mercados,
SE COLOCA CONTRA INTERVENÇÕES RECOLONIZADORAS NA AMÉRICA
-> bota lenha na fogueira
Não vai durar muito Fernando VII vai restaurar.
IRRADIAÇÃO DOS LEVANTES INDEPENDENTISTAS
(1799-1980) (
FOCO: 1810-1830
)
Primeiras nações a romperem com a Espanha: vice-reinos mais recentes
Ex: Argentina (Vice-Reino do Prata, constituído em 1760)
Últimas nações a romperem com a Espanha: vice-reinos mais antigos, onde o poder já era mais institucionalizado (desde o século XVI)
Ex: México e Peru
Modelos "em disputa" nas independências
: Bolívar e San Martin - OS GRANDES GENERAIS
Simón Bolívar (El Libertador): ideal republicano, pan-americano, solidariedade entre os povos. (Gran-Colômbia)
Visão:
continente latino-americano unido sob os princípios republicanos e liberais
- PAN-AMERICANISMO
Papel fundamental na libertação do norte do continente americano - Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia
San Martin: queria monarquia constitucional, mais conservador.
Papel fundamental nas lutas pela independência do sul do continente americano - Argentina, Chile, Peru...
Apesar das diferenças, são aliados na luta pela libertação dos povos do jugo espanhol.
Independências lideradas pela
ELITE CRIOLLA
: interesse em acessar diretamente o mercado europeu.
Conexão com o interesse inglês
criam suas próprias juntas locais, os
Cabildos Abiertos
- ao negar as decisões impostas por José Napoleão, essas regiões passam a tomar suas próprias decisões administrativas
ATENÇÃO: MOVIMENTO NÃO É HOMOGÊNEO. Alguns lugares, como Peru e México, permaneceram cautelosos, enquanto outros, como a Venezuela, ousaram a declarar sua independência antes
VICE-REINO DO PRATA
(mais ou menos Paraguai, Argentina, Bolívia, parte do Chile, parte do Peru)
Último vice-reinado a ser estabelecido (1776)
Após a queda de Fernando VII para Bonaparte (1808): situação de Cisneros (Vice-Rei) torna-se insustentável.
Revolução de Maio de 1808
- elites declaram o cabildo de Buenos Aires um Cabildo Abierto (Primeira Junta Governativa criada)
Pano de fundo:
insatisfação elite colonial
em face às restrições e taxas impostas pela Espanha ao comércio exterior da colônia.
"Plaza de Mayo", onde fica a adm argentina, é uma homenagem a essa revolução.
ARGENTINA
REVOLUÇÃO DE MAIO (1810-1825) - Guerra de Independência da Argentina
1816 -
DECLARAÇÃO DE TUCUMÃ
- Independência da Argentina (Prov. Un. do Rio da Prata) (maior país do VR)
Lideranças: Manuel Belgrano e
San Martín
razões principais:
influência das Revs Americana (1776) e Francesa (1789) e do iluminismo
rigorosas regulamentações comerciais que favoreciam a Espanha - insatisfações na elite
Guerras Napoleônicas enfraquecem a capacidade espanhola de controlar suas colônias
Tensões entre criollos e peninsulares - criollos como "segunda classe", excluídos de posições de alto nível
1810 - Buenos Aires recebe a notícia de que as tropas francesas haviam triunfado na Espanha. Esse será o gatilho para o início da revolução e da guerra contra a Espanha.
1826 - Rivadavia assume a presidência das Províncias Unidas do Rio da Prata - breve período de centralização de poder
Sua ascensão é resultado de negociações e apoio des grupos influentes - viam nele a
esperança de centralização de poder e modernização do país
, especialmente diante da guerra da cisplatina
Abordagem centralizadora e reformista, no entanto, enfrenta descontentamento de várias províncias -
curto mandato, marcado por divisões internas e conflitos
primeiro presidente das Províncias Unidas do Rio da Prata
Guerra da Cisplatina (1810-1828)
Império do Brasil x Províncias Unidas do Rio da Prata
Arbitragem: Inglaterra
decide pela independência da região sob a forma de um novo país - o Uruguai. Emerge como nação independente.
Com o fracasso na guerra, as Províncias Unidas do Rio da Prata enfrentam mudanças políticas e territoriais - diferentes províncias buscam unir-se sob uma confederação
1852-1880
Após a queda de Rosas, a Argentina entra em um período liberal, que se estende até 1880.
Período liberal - líderes como Urquiza, Mitre, Sarmiento, Avellaneda..
A derrota em Monte Caseros cria um caos na Argentina, levando à independência da província de Buenos Aires e a uma guerra entre esta e o governo federal
- reincorporação em 1859.
1854 - Presidente Urquiza tenta adotar uma nova constituição - aceitação geral, menos de Buenos Aires -
ARGENTINA SE DIVIDE EM DOIS ESTADOS INDEPENDENTES
Província de Buenos Aires x Confederação Argentina
federalismo x unitarismo
Batalha de Pavón - 1861 - marca o fim da confederação argentina e a incorporação da província de Buenos Aires como dominante no país - unificação da Argentina
Exército de Buenos Aires - Bartolomé Mitre - unitaristas
vs.
Exército Nacional - Justo José de Urquiza - federalistas
Urquiza esperava contar com o apoio do império brasileiro (que derrotou Rosas), mas
o império permanece neutro - medo dos custos políticos e financeiros de tomar um lado
Apesar de ter perdido, Urquiza permanece na Argentina e alia-se com Solano Lopez. Esse arranjo é uma das causas da futura guerra do Paraguai.
Vitória dos unitaristas. Federalistas se retiram do campo de batalha.
Período marcado, também, por instabilidade externas
Guerra do Deserto - liderada pelo general Julio Argentino Roca - 1879
Objetivo: obter o domínio territorial do Pampa e da Patagônia Oriental; transpor a fronteira para o Rio Negro
Para lograr o objetivo - luta contra os povos mapuche, tehuelche e ranquel - habitavam as regiões por eles denominadas "wallmapu"
A hegemonia de Rosas (1828-1852)
Governador de Buenos Aires - consegue exercer uma influência considerável não apenas dentro da sua província, mas internacionalmente, representando a Argentina
Derrotado em Monte Caseros (1852), durante a Guerra do Prata
A hegemonia de Roca
- Pacto de Gobernación - 1880-1912
Presidente Julio Argentino Roca
O pacto concede
autonomia federalista aos governadores provinciais, o que lhes deu um controle político considerável
1811 - Paraguai se torna independente.
Argentina não queria a independência. Consideravam o país sua "província desgarrada".
Elites argentinas vão nutrir, por um longo tempo, o anseio de reconstituir o VR da Prata.
(lembrar Rosas)
1825 - Alto Peru (Bolívia) se torna independente.
Paraguai (1811)
Líder: Gaspar Rodríguez de Francia
Inspirado por ideias liberais, mas estabeleceu um governo autoritário e centralizador - "O Ditador Supremo"
Fez parte da Junta Governativa que buscava estabelecer um regime nacionalista, ganhando apoio das camadas médias e populares. No entanto, ao longo dos anos, Francia se transformou em um líder centralizador.
O país não buscou reconhecimento internacional - Francia isola Paraguai internacionalmente e evita alianças externas
População indígena desempenha um papel crucial na formação da identidade do país. Cara
Uruguai (1828-1830)
Contexto da independência: conflitos entre o império espanhol e português; rivalidade entre Buenos Aires e Montevidéu
Independência formalizada pelo
Tratado do Rio de Janeiro de 1828 - estabelece a independência do Uruguai e a sua separação do Império do Brasil
1801 - Brasil reconquista Sete Povos das Missões à força (lembrar Sto. Ildefonso acaba com o equilíbrio). Instabilidade na região.
1817 - BR anexa a Província Cisplatina
1825 - Lavalleja (Uruguai) se alia a Buenos Aires para retomar o território da Banda Oriental -
GUERRA DA CISPLATINA
Guerra da Cisplatina
Províncias Unidas do Rio da Prata x Império do Brasil
Buenos Aires em vantagem: lutavam mais próximos do seu território e de suas bases militares.
Arbitragem britânica - conclui que é necessário criar "um algodão entre dois cristais"
proposta de separação da Banda Oriental do império brasileiro e obtenção de independência, sob o nome de
República Oriental do Uruguai
(Tratado do Rio de Janeiro de 1828)
Vice-Reino do Peru
(mais ou menos Peru, Chile e parte do Equador)
Estabelecido em 1542 (colapso Inca) - século XVI
Portanto, poder mais institucionalizado!
Central para a Espanha: prata de Potosí (na atual Bolívia)
Importância diminui sensivelmente devido a
criação do VR do Prata e Nova Granada
e ao
expansionismo português
Conflitos de Independência nas 3 regiões: se estendem de 1811 à 1826.
1824 - Peru se torna independente
Centro da reação da Coroa nos conflitos
- Vice-Rei Abascal y Sousa tentando reprimir.
San Martín (pelo sul) e Bolívar (pelo norte)
compunham o eixo das forças independentistas
Batalha de Ayacucho
(1824) - Sucre (tenente), comandado por Bolívar, derrota os espanhóis
1818 - Chile se torna independente
1822 - Equador se torna independente
PERU
A Grande Rebelião
(1780) - maior rebelião anticolonial da América no século XVIII
Movimento liderado por Tupac Amaru II, descendente dos astecas
Localização: Vice-reino do Rio da Prata (olha o mapa que vc vai entender)
Sequestram o governador. O obrigam a confessar as atrocidades cometidas contra os índios. Autoridades, ainda assim, não fazem nada. Reprimem o movimento. Isso aumenta a insatisfação popular.
Demora a se engajar nas ondas revolucionárias que varreram a A.L
Processo de independência mais tardio e mais gradual
Motivos:
Repressão violenta à Grande Rebelião criou um trauma duradouro
Poder mais institucionalizado (estabelecido no século XVI)
Vice-Reino da Nova Granada
(mais ou
menos Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador)
Panamá era parte da Colômbia. Será até o século XX.
Fundado em 1739
Começa a desintegrar-se a partir de 1810. Liberação só se completará em 1823.
1817 - criação da
Grã-Colômbia
(até 1831)
Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá
Clivagem: centraliação x federalismo
Presidente: Bolívar; vice: Santander. IDEAIS DISTINTOS.
Bolívar: presidência forte, "autoritária" nos termos de hj
Santander: constitucionalismo, liberal
Essas divergências contribuirão para a progressiva instabilidade da união entre 1825-1831
Em linha com o "pan-americanismo" do Bolívar.
Após a dissolução da Grã-Colômbia: Colômbia e Panamá manterão o nome de "República da Nova Granada" até 1858
VENEZUELA
elites locais buscam uma maior autonomia com relação à Espanha
criollos se organizam nos
cabildos abiertos
-
revolução se origina de cima
enfrenta dificuldade para manter sua independência
, mesmo após expulsar os peninsulares
fatores desestabilizadores do novo governo
resistência dos Llaneros
grupo de habitantes das planícies, conhecidos por suas habilidades de combate
juram lealdade a Fernando VII, opondo-se à independência
terremoto em Caracas
Simón Bolívar: papel fundamental na independência
conquista o apoio dos Llaneros - consegue convencê-los a trocar de lado, utilizando o discurso nativista
suas vitórias e táticas influenciam outros líderes revolucionários, de outras regiões da A.L
Vice-Reino da Nova Espanha
(especialmente
o México)
México
Movimento independentista
Posteriormente retomado pelo Padre Morelos e por Vicente Guerrero (liderança local) - retomam os ideais do Padre Hidalgo
Forte componente religioso
Grito de Dolores (Padre Hidalgo, 1810)
conclama os colonos a uma guerra de independência.
Virgem de Guadalupe
vira símbolo da
união nacional mexicana
Após a Revolução de Cadiz de 1820, Criollos monarquistas passaram a
buscar independência
Plano de Iguala: militar criollo Agustín de Iturbide associa-se a Guerrero - caminho para a independência.
Proclamação do
Primeiro Império Mexicano (1822-1823)
, sob o reinado de Agústin I.
Após a abdicação forçada de Fernando VII, Vice-Rei Iturrigaray é derrubado por rebeldes. Corte espanhola executa os rebeldes, mas o movimento continua.
Cuba (clipping) (1898-1901)
Guerra Hispano-Americana (1898)
Contexto: Cuba, controlada pela Espanha, sofrendo com opressão e lutas internas pela independência.
EUA entram em conflito com a Espanha e intervém na situação cubana
Desfecho: vitória dos EUA - independência de Cuba e Porto Rico
Constituição Cubana
: influenciada e moldada pelo congresso dos EUA
Emenda Platt - autoriza explicitamente a intervenção dos EUA nos assuntos cubanos, restringindo a soberania cubana e limitando sua capacidade de ação externa.
O PARADIGMÁTICO CASO DO HAITI
- primeiro país latino-americano a conquistar a independência
Colônia francesa. Revolução iniciada em 1791.
Influência dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade (Rev Francesa)
Independência do Haiti (1804)
É O ÚNICO CASO DE LEVANTE ESCRAVO QUE RESULTOU NA FUNDAÇÃO DE UM NOVO ESTADO
Momento marcante na luta contra o racismo e contra a exclusão
Gera consequências nas Américas.
Brasil - maior importador de escravos do continente.
Elite dirigente passa a temer o "haitianismo"** (insurreição de escravos)
Líder:
Toussaint Louverture
Almejava expandir esse levante. Cruza a fronteira com a República Dominicana e liberta os escravos dessa colônia espanhola.
Lembrar: Haiti e República Dominicana são parte da mesma ilha (ilha de São Domingos)
Nome do aeroporto de Porto Príncipe
Napoleão Bonaparte reage, mas não consegue ressubmeter o Haiti Independente.
Centrada em Santo Domingo
Aimé Césaire (escritor e político francês, ícone da negritude e do anticolonialismo): Haiti ocupa lugar único.
O MOVIMENTO NATIVISTA
- "protonacionalismo" - serve como elo entre diferentes grupos da sociedade
glorifica a identidade americana
baseada no nascimento
isso une criollos, indígenas, mestiços e filhos de escravos africanos
une os criollos ao povo, contra o inimigo comum: os peninsulares (espanhóis nascidos na Espanha)
criollos
(descendentes de espanhóis nascidos na colônia)
buscam o apoio popular p/ assegurar o êxito da revolução, enquanto simultaneamente desejavam manter a hierarquia social que lhes era favorável
Congresso do Panamá (1926)
: tentativa de promover o pan-americanismo entre as nações recém-independentes
idealização: Simón Bolívar
objetivo: criar uma espécie de aliança pan-americana p/ enfrentar desafios comuns
proteger região contra intervenções estrangeiras
promover o desenvolvimento
não logrou atingir seu objetivo
apenas algumas nações latino-americanas compareceram
diferenças ideológicas e de interesse
influência dos EUA - viam o congresso como uma ameaça a seus objetivos na região
mas a ideia de pan-americanismo não desapareceu completamente - ressurgiria mais tarde; OEA é a síntese desse esforço, promovendo cooperação e segurança entre os países americanos
GUERRAS DO PACÍFICO
(ou Guerra do Salitre ou Guerra do Guano)
envolveram, principalmente, Chile, Peru e Bolívia
I Guerra do Pacífico (1836-1839)
Confederação Peru-Boliviana buscava
unificar territórios do Peru e da Bolívia
líder: Andrés de Santa Cruz
Intervenção do Chile põe fim à confederação -- Chile derrota as forças confederadas e encerra a tentativa de unificação
líder chileno: Diego Portales
II Guerra do Pacífico (1879-1884)
Conflito entre Chile, Peru e Bolívia
Disputa: regiões ricas em guano, salitre e pesca
Guano: adubo valioso feito de fezes de morcego
Salitre: produção de pólvora e fertilizantes
Chile tinha interesses econômicos nas regiões e controlava muitas das indústrias envolvidas. Bolívia tenta renegociar os acordos e chama Peru para mediar. Mas Peru tinha um pacto militar com a Bolívia, o que leva o Chile a reagir com força.
Chile derrota a aliança peruano-boliviana
resultado do conflito: Bolívia perde sua saída para o mar, tornando-se um país sem litoral. Chile também anexa boa parte do território peruano
AMÉRICA LATINA PÓS-INDEPENDÊNCIA
Embate: liberais x conservadores --> instabilidade política
Debates em torno de
Estrutura do governo
Relação entre Igreja e Estado
Distribuição de poder
Direitos individuais
Liberais - FEDERALISTAS; Defendiam:
Maior distribuição de poder entre as regiões e as entidades locais
Secularização do Estado
Maior liberdade religiosa
Limitação do papel da Igreja e da religião na governança
Inspiração: modelos progressistas de governança - EUA, FR, Reino Unido
Conservadores - CENTRALISTAS; Defendiam:
Autoridade forte e centralizada no governo nacional
Catolicismo como religião oficial das novas repúblicas
Inspiração: modelo colonial e espanhol/ibérico de governança
Igreja: elemento unificador -- proporcionaria estabilidade social e política em um momento de incertezas e mudanças
DIFICULDADES ECONÔMICAS
- Motivos:
Gastos com as guerras de independência
Sistema bancário ineficiente
falta de bancos nacionais eficientes e cobrança de taxas abusivas --> dificuldade de acesso ao crédito --> dificuldade de investimento
bancos estrangeiros preferiam investir em países como UK e EUA
Controle de Comércio Exterior
msm após fim do pacto colonial, comerciantes estrangeiros (especialmente fr, ing e estadunidenses) dominavam o comex das nações
Falta de infraestrutura
dificulta a produção e distribuição eficiente de serviços
Estagnação econômica e instabilidade política
frequentemente ligada a conflitos políticos internos, instabilidade e falta de liderança coerente
desafio de longo prazo
Caudilhismo
emerge das guerras de independência da A.L
conceito: ascensão de líderes militares carismáticos em áreas rurais ou provinciais; mantinham autoridade devido ao seu poder militar.
semelhante ao coronelismo
frequentemente recorriam à corrupção p/ favorecer seus aliados e familiares
alguns presidentes preferiam não confrontar diretamente os caudilhos, a fim de evitar conflitos armados e instabilidade
Exemplos
Juan Manuel de Rosas - governador de Buenos Aires. Apesar de nunca ter sido presidente da Argentina, exerceu uma influência notável e representou os interesses dos caudilhos perante outros países
General Antonio Lopez de Santa Anna - México.
Representação em todo país
. Muita influência.
Constituições e vida política
realidade frequentemente divergia das aspirações constitucionais
instabilidade política e lutas pelo poder --> substituições rápidas de constituições
política era frequentemente guiada por indivíduos influentes, em vez de estruturas legais
Pós-colonialismo
herança estrutural colonial persiste mesmo após a conquista da independência
língua e leis dos países ibéricos permaneciam enraizadas; descendentes de europeus (ex: criollos) continuavam a dominar a política e a economia
Contexto da demolição do Antigo Regime - Europa, América do Norte e América do Sul
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Igor Goulart (G. Cursos)
Apostila Clipping Ciclo 8