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História do RN - Coggle Diagram

- - - - Cunhaú
        
        O massacre de Cunhaú, ocorrido no primeiro engenho construído em território potiguar,
        é considerado um dos mais trágicos da história do Brasil. Em 1645, o estado do Rio Grande (católico) era dominado pelos holandeses (calvinistas). Jacob Rabbi, um alemão a serviço
        do governo holandês, chegou ao engenho no dia 15 de julho daquele ano. Porém, ele já era conhecido pelos moradores da região, pois havia passado por lá anteriormente, sempre escoltado pelas tropas dos índios Tapuias. No dia seguinte, como de costume, os féis se reuniram para celebrar a eucaristia e foram à missa na Igreja de Nossa Senhora das Candeias.
        O pároco, padre André de Soveral, começa a cerimônia. Depois do momento da elevação do Corpo e Sangue de Cristo, as portas da capela foram fechadas, dando-se início a violência
        ordenada por Jacob.
      - Uruaçú
        
        O massacre de Uruaçu aconteceu no dia 3 de outubro de 1645, três meses depois do
        ocorrido em Cunhaú, também a mando de Jacob Rabbi. Dizem os cronistas que, logo após o primeiro massacre, o medo se espalhou pela Capitania. Receosa, a população tinha medo que
        novos ataques acontecessem.
        
        Segundo a história, neste segundo massacre as tropas usaram mais crueldade. Depois da
        elevação, fecharam as portas da igreja e os féis foram mortos ferozmente. As vítimas tiveram as línguas arrancadas para que não fossem proferidas orações católicas. Além disso, tiveram
        braços e pernas decepados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas. O celebrante da missa, o padre Ambrósio Francisco Ferro, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira
        teve o coração arrancado. E, ainda vivo, exclamou: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.
        
        Em reconhecimento ao feito dos Mártires de Uruaçu, em 16 de junho de 1989 o processo
        de beatificação foi concedido pela Santa Sé. Em 21 de dezembro de 1998 o papa João II assinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos.
        
        A celebração de beatifcação aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 5 de
        março de 2000. A cerimônia religiosa foi presidida pelo papa João Paulo II. No Local do Massacre foi erguido o Monumento dos Mártires em memória dos Bem-Aventurados. O espaço é
        aberto aos turistas e religiosos, e a cada mês de outubro recebe centenas de féis de todas as partes que acompanham as celebrações e festividades em homenagem aos mortos.
        
        Em homenagem ao morticínio, foi erguido um monumento na localidade de Uruaçu, pró-
        ximo onde ocorreu o martírio, denominado Monumento aos Mártires, que foi inaugurado no dia 05 de dezembro de 2000 com a presença de aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo
        diversas autoridades eclesiásticas e governamentais.
        
        O local abrange uma área de dois hectares, doada pela família Veríssimo, proprietária da
        fazenda. O Monumento aos Mártires foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior, tendo capacidade para receber 20 mil peregrinos. Atrás do palco há um painel medindo 30
        metros. O Capelão do monumento é o Padre Antônio Murilo de Paiva.
        
        A cidade se encontra receptiva a todos que buscam reafrmar sua fé, conhecendo o local
        que foi palco de um grande massacre. No dia 03 de outubro é feriado estadual em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú, segundo Lei N. 8.913/2006.
  - - - Durante o Segundo Reinado, no Império, o que mais dava lucro para a economia brasileira era o café. Isto é, há a mudança do ciclo açucareiro por causa de seu declínio, principal mente com a expulsão dos holandeses. Então, a manutenção do escravo começa a se tornar
        mais difícil de ser realizada, pois, apesar da gratuidade em relação à mão de obra, precisava de alimentação, moradia, cuidados, já que um escravo doente significava prejuízo.
      - Isso posto, no Brasil, a ideia do trabalho escravo passa a ser refutada por muitas pessoas, porque acontece uma onda de imigração de italianos, alemães etc. que vêm para o país em busca de novas oportunidades. Desse modo, principalmente no Oeste Paulista ou
        cafeeiro, tem-se uma mentalidade de querer uma ideia de progresso, com isso, mão de obra livre, assalariada. É importante trazer esse outro fato, haja vista que Mossoró não foi o primeiro a aderir à ideia do abolicionismo, haja vista que era uma realidade em alguns lugares como o Rio de Janeiro e na Bahia com a Inconfidência Mineira.
      - De 1840 a 1889, ocorre o Segundo Reinado. E quando se fala do Período Colonial,
        entende-se que existe a escravidão africana e coexiste a escravização indígena. A propósito, no interior do Rio Grande do Norte, havia muitos indígenas trabalhando na pecuária. Além
        disso, antes do movimento abolicionista, existiam negros africanos que não escravos nessas regiões, porque a ênfase econômica do Rio Grande do Norte não era a ideia escravista. Isso
        não signifca que não existia, porém não era da forma como ocorria em outras províncias, como Pernambuco, Maranhão, Bahia.
      - Ademais, deve-se lembrar do papel da Inglaterra, considerada a “mãe” da Revolução
        Industrial que desejava o fm da escravidão, uma vez que uma ideia de mercado consumidor era melhor do que ter um país com a maioria da população escrava, visto que não seria possível vender os produtos para tais por serem escravos. Portanto, não convergia com a ideia de progresso.
      - Após a chegada de Dom João e sua Corte ao Brasil, em 1808, em 1817, aconteceu a
        Insurreição Pernambucana querendo a separação da coroa portuguesa. A revolta foi contida e em 1820 houve a Revolução do Porto, isto é, em Portugal, e Dom João precisou retornar.
        Posto isso, deixou como Príncipe Regente Dom Pedro I que, com o passar do tempo, proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. Logo, inicia-se o Brasil Imperial
        com o Primeiro Reinado, de 1822 a 1831. Em seguida, Dom Pedro I abdica do trono para tentar resolver a situação dos tronos em Portugal, volta para seu país e deixa seu flho, o Dom
        Pedro II, que seria o futuro Imperador. Contudo, Dom Pedro II era menor de idade, assim, deixou uma regência, por isso, é denominado de Período Regencial, de 1831 até 1840.
      - Sendo assim, a Inglaterra se utiliza de sua relação com o Brasil, por meio da Lei do Tratado de Comércio de 1810, para exercer inﬂuência no país. E como havia essas negociações, começa a questionar o escravagismo vigente. Dessa maneira, passa a impor certas regras,
        como a lei de 1810 que determinava o fim do tráfico negreiro que, porém, foi engavetada. Por isso, a expressão “para inglês ver”. Nota-se que no Brasil ainda estava muito enraizado por
        conta dos grandes fazendeiros dentro do “plantation” e do engenho.
      - Em 1817, a Província de Pernambuco, que tem uma importância, quando se fala do Rio
        Grande do Norte, principalmente na questão dos escravos, pois a região não recebeu diretamente da África os escravizados. Dessa forma, recebiam, geralmente, da Capitania de
        Pernambuco e, em determinado momento do século 19, da Capitania do Maranhão, também chamados de Província de Pernambuco e Província de Maranhão. Pernambuco estava no
        auge açucareiro. O Rio Grande do Norte também teve esse desenvolvimento do açúcar, no entanto, a pecuária estava mais presente como grande motor da economia da região. Portanto, entende-se que não havia um contingente de escravos africanos do Rio Grande do Norte da mesma forma que se encontrava em outras províncias.
      - Devido a “intromissão” da Inglaterra no que se refere ao comércio de escravos negros,
        o Brasil cria uma lei chamada “Tarifa Alves Branco” que retira os privilégios que os ingleses tinham no país em relação aos seus produtos e tarifas. Em resposta, a Inglaterra criou a lei “Bill Aberdeen” que dava direito à Inglaterra a interceptar no Atlântico qualquer navio negreiro,
        além de condenar quem era pego mediante às leis inglesas. Depois, passa a questionar a própria escravidão. Desse modo, o Brasil criou em 1850 a Lei Eusébio de Queirós, ou seja,
        a lei do fim do tráfico negreiro.
      - O Brasil se tornou colônia de Portugal em 1530. Em 1822, tornou-se independente.
        Isso porque o Pacto Colonial havia se extinguido em 1808 devido à invasão de Napoleão Bonaparte em vários territórios da Europa que impôs o bloqueio continental contra a Inglaterra. E Portugal, por ter acordos com os ingleses, precisou trazer a sua Corte para o Rio de Janeiro. Desse modo, Dom João vem para o Brasil com a Corte portuguesa em 1808 e
        promove a criação do Banco do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com isso, foram acontecendo diversos contextos.
      - Para o Rio Grande do Norte, a Lei Eusébio de Queirós é importante, porque o escravo
        não vem mais da África, assim, os que estão no Brasil aumentam de valor. E devido ao declínio da produção de açúcar, muitos escravos são vendidos para o Sudeste, ou seja, o tráfico
        interprovincial. Em contrapartida, ao mesmo tempo, acontece o movimento abolicionista com intelectuais, camadas médias urbanas e setores do exército.
    - - Leis que tinham como objetivo atrasar a abolição. Por exemplo:
        
        – Lei dos Sexagenários ou Saraiva Cotegipe (1885):
        
        a partir dos 60 anos de idade, o
        indivíduo estaria liberto, porém a expectativa de vida do escravizado era de 40 anos.
        
        – Lei do Ventre Livre (1871):
        
        quem nascia a partir daquela data estava livre. O problema
        dessa lei é que mesmo que o indivíduo nascesse livre, ainda tinha mãe escrava, então, permanecia na fazenda e quando chegava a uma determinada idade, ou o
        Estado pagava para o dono ou deveria trabalhar até a idade adulta para poder, de fato, ser livre.
      - Embora as leis sejam pouco efetivas, percebe-se que já existia uma propaganda abolicionista. Inclusive, alguns fazendeiros do Nordeste, pois não tinham mais condições de manter os escravos por conta do declínio econômico. E no Sudeste, existiam muitos fazendeiros
        que não queriam mais trabalhar com a escravidão, porque entendiam que a manutenção do escravo era muito mais cara do que pagar um trabalhador livre. Dessa forma, Dom Pedro II
        e várias outras pessoas com ideias progressistas desejavam ainda mais o fm da escravidão.
      - Todavia, havia fazendeiros que não estavam dentro do Oeste Paulista, como o Vale do
        Paraíba, ainda nutria a cultura da escravidão. Além de boa parte dos cidadãos que também apoiavam essa ideal, isso porque o trabalho físico ficou fortemente relacionado ao escravo,
        tanto que com a abolição, esse tipo de trabalho ficou a cargo de imigrantes e não dos próprios brasileiros.
      - A partir da década de 1850, a ideia do abolicionismo da escravidão se torna mais forte,
        principalmente no Nordeste e Norte do Brasil. Sendo assim, os nomes mais importantes são:
        
        José do Patrocínio (1853-1905)
        
        Filho de um clérigo com uma escrava que cresceu como liberto e protegido pelo pai.
        Formou-se em Farmácia no ano de 1874. Teve contato com o republicanismo e com o abolicionismo. Depois da virada do século 19, a ideia do republicanismo passa a caminhar junto
        com a do abolicionismo. Portanto, integrou o Clube Republicano. Em 1875, José do Patrocínio começou a atividade jornalística com o jornal satírico “Os Ferrões”. Isso abre portas
        para a luta contundente contra a escravidão e para a propaganda pró-republicana. Em 1880, fundou, com Joaquim Nabuco, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
        
        André Rebouças (1838-1898)
        
        Filho de um mestiço notório à época do Império, Antônio Pereira Rebouças. Formou-se
        em engenharia e se notabilizou pela atividade no jornalismo, desse modo, era um intelectual. Também fora sócio fundador da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e participou
        da Sociedade Abolicionista e da Sociedade Central de Imigração, isto é, também pensou na situação de exploração que os imigrantes passavam no Brasil.
        
        Luiz Gama (1830-1882)
        
        Baiano, flho de uma negra e pai branco, Lusitano, e foi feito escravo dos 10 anos de até
        os 17. Contudo, conseguiu provar que nascera de ventre livre. Após liberto, como autodidata, tornou-se jornalista, advogado e escritor literário e ajudou inúmeros negros na conquista da
        alforria. Entrou em contato com as ideias abolicionistas na Loja Maçônica América em São Paulo, em geral, a maçonaria tem relação. Luiz Gama faleceu em 24 de agosto de 1882,
        antes da Lei Áurea.
        
        Joaquim Nabuco (1849-1910)
        
        Foi eleito deputado por sua província, passando a residir no Rio de Janeiro. Sua entrada
        para a Câmara marcou o início de sua campanha em favor da abolição da escravatura. Em 1883, em Londres, publicou “O Abolicionismo”, sua principal obra. Sendo assim, de 1878 a
        1888, Joaquim Nabuco foi o principal representante parlamentar dos abolicionistas.
- - - - CARTA DE DOAÇÃO: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar;
      - CARTA FORAL: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania entre a Coroa e os Donatários
    - - O PULO DO GATO
        
        Por que a Capitania de Pernambuco prosperou?
        
        A terra fértil possibilitou o cultivo da cana-de-açúcar e a construção de engenhos. Além disso, a distância em relação a Portugal era menor se comparada as outras capitanias.
    - - O PULO DO GATO
        
        Sistema de Plantation da economia açucareira
        
        MEEL
        
        • Escravidão: mão de obra utilizada
        
        • Exportação: toda a produção visava o mercado externo
        
        • Monocultura: plantio de um único gênero agrícola
        
        • Latifúndio: grande propriedade permitindo vastas lavouras de cana-de-açúcar.
  - - - Porque o comércio com as Índias era sufcientemente lucrativo;
      - Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal
      - Porque não encontraram metais precisosos em expedições;
    - - Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
      - Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica, desenvolveram suas frotas marítimas e passaram a representar uma grande ameça ao controle português sobre a colônia.
      - Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na américa espanhola;
  - - - Ciclo do Açúcar
        
        Segunda metade do séc.XVI - final do séc.XVII (Aprox. 1551 - 1700)
      - Ciclo do Ouro
        
        Séc. XVIII (Aprox. 1701 - 1800)
      - Ciclo do Pau-Brasil
        
        1500 - 1530
      - Ciclo do Café
        
        1870 - início do séc. XX