Não obstante uma convergência mais aguda com as diretrizes do neoliberalismo e do consenso de Washinton, dentro da própria estratégia de conquista de credibilidade, não houve maior sub serviência do país aos Estados Unidos ou qualquer outro ator do norte global, preservando-se a defesa do interesse nacional e abrindo-se espaço para desencontros e divergências sempre e quando os anseios do país viam-se ameaçados. São bons exemplos as críticas ao Plano Colôm bia lançado pelo governo Clinton, as desconfianças acerca do projeto da ALCA a partir de 2001 e a defesa do licenciamento compulsório de fármacos na OMC, em parceria com índia e África do Sul. No segundo governo FHC, aliás, a retórica contra a "globalização assimétrica" contribuiu para o início de foco maior no diálogo com o sul-global, resultando na já mencionada coordenação na OMC no tema da propriedade intelectual, no apoio à entrada da China na própria organização e na parceria estratégica com a Rússia em 2002.
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