LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

Definição

Resultante da expansão clonal da célula tronco hematopoética.

Caracteriza-se pelo excesso de proliferação do progenitor mieloide o qual retém a capacidade de diferenciação durante a fase inicial.

Caracteriza-se por leucocitose com aparecimento de células jovens, mas com predomínio de granulócitos maduros.

Epidemiologia

Prevalente entre 40-60 anos

Mais frequente em homens.

Representa 15%-20% das leucemias.

Normalmente o diagnóstico ocorre na fase crônica da doença.

Etiologia

Não existe agente etiológico;

Não há associação com exposição ao benzeno ou outras toxinas, fertilizantes, inseticidas ou vírus;

Não existe associação familiar;

Não é frequente após tratamento de outros cânceres com agentes alquilantese/ou radioterapia.

Causa primária é desconhecida;

Exposição á radiação ionizante aumenta o risco.

Fisiopatologia

O cromossoma Ph é o produto de uma translocação recíproca entre os cromossomas 9 (contendo oncogene ABL) e 22.

Existe uma fusão química BCR-ABL produzindo a oncoproteina tirosina quinase BCR-ABL

O cromossoma Filadelfia (Ph) está presente em 90% dos casos .

A LMC é causada pelo produto do gene quimérico BCR-ABL1, uma oncoproteina ( tirosina quinase) constitutivamente ativa, que resulta da translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomo 9 e 22

Fases clínicas

Fase acelerada

Fase Blástica

Fase crônica

Leucocitose com predomínio dos granulócitos maduros e aparecimento de precursores.Com basofilia

Aumento dos prómielócitos

Trombocitopenia

Aumento dos basófilos

Anemia

Febre (infecções)

Esplenomegalia

Diminuição da resposta á terapia

Basofilia mais acentuada

Blastos >= 20% em sangue periférico e/ou
medula óssea
(LMA ou LLA)

Infiltração- linfonodos, pele e ossos

2 e 4 meses de sobrevida

Quimioterapia

A oncoproteina BCR-ABL1 leva a uma proliferação excessiva e redução da apoptose da células da LCM,conferindo-lhes vantagens sobre as células correspondentes normais quanto ao crescimento, até que a hematopoese normal seja suprimida e haja acúmulo dos granúlocitos no sangue periférico.Porém células tronco normais podem reemergir após o tratamento efetivo.

Diagnóstico

Biopsia de medula óssea

PCR BCR-ABL1

Mielograma

Cariótipo

Hemograma

FISH BCR-ABL1

Exame clínico

Evolução

A intensa proliferação dessas células malignas vão levar a uma instabilidade genética. Assim vai ocorrendo a progressão da doença.

Fase crônica inicial - fase acelerada - fase blástica.

A célula alterada dá origem a vários clones, que irão proliferar na medula.

Surgimento de uma alteração genética.