Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II (58834).

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Aula 01. Questão Social: Objeto de Intervenção do Serviço Social.

Essa disciplina já se aproxima dos nossos dias atuais, nessa aula retomaremos alguns conceitos e entendimento sobre a Questão Social.

Na disciplina anterior estudamos O que é Questão Social? Porque a Questão Social é tida como objeto de intervenção do assistente social?

Vamos falar sobre: Conceito da Questão Social enquanto objeto do assistente social.

E como fica o ser humano quando falamos da questão Social e as suas Expressões.

Na imagem podemos observar uma criança em um contexto de vulnerabilidade extrema, a pobreza que é tida como a expressão da Questão Social.

Quando olhamos para essa criança nessa situação de extrema pobreza que denota maus cuidados em uma condição precária e salubre e que talvez não esteja frequentando a escola, situação de saúde não atendida.

Todos esses problemas apontados da imagem é a Expressão da Questão Social.

A Questão Social é um produto e expressão de sujeitos históricos e estruturas (que vem de tempos atrás) que se articulam ao mesmo tempo (sendo construída e reconstruída a todo tempo), ou seja, a contradição entre capital e trabalho historicamente problematizado. [...] alguns autores designam a Questão Social a naturalização e outros a problematização (Pereira, 2004, p. 110).

A contradição entre o capital e o trabalho é a questão de explorado e exploradores, aquele que detém o capital (burguesia) e aquele que vende a sua força de trabalho (proletários).

Quem ganha mais nessa relação é quem detém o capital para comprar, tomando para si todo o lucro e cabendo ao proletariado uma pequena parcela, sendo uma relação desigual onde muitos ficam com poucos e poucos ficam com muito, sendo uma relação desigual provocando na sociedade um desiquilíbrio.

Por consequência dessa desigualdade e desequilíbrio acaba ocorrendo o que chamamos em alguns casos de Problemas Sociais isso sendo antigamente, na atualidade chamamos de Questão Social.

Não vemos a Questão Social materializada e sim as suas expressões de como se manifesta esta Questão Social da desigualdade da contradição e se manifestando através da pobreza, desemprego, falta de acesso aos direitos, falta de acesso à educação, violência e desigualdade a partir do preconceito do racismo, violência doméstica.

Sendo assim a contradição entre o capital e o trabalho que gera essa Questão Social e vemos as suas múltiplas expressões, os mais afetados é o ser humano.

Quando dizemos que a Questão Social é objeto de intervenção do assistente social é um ser humano afetado está diretamente ligado ao assistente social no ambiente de trabalho. Lidamos com o ser humano que é reflexo e que sofre essa desigualdade toda.

Já foi entendido como naturalização é um conceito que vem do Conservadorismo, ou seja, o ser humano é responsável pelo seu fracasso e sua condição de vulnerabilidade, ou também a naturalização é quando passamos por uma pessoa em situação de rua e achamos isso comum.

Naturalizar a desigualdade é um conceito que não cabe para o assistente social, pois é uma contradição que não é natural, não é para isso que a sociedade existe, devendo ser justa e igualitária.

O profissional deve problematizar questionar, Problematização = questionamento de uma situação ou de uma realidade e perguntando qual é o objeto de atuação do assistente social.

Quem é que vive na pele a Questão Social e suas Expressões é o Ser Humano, o assistente social trabalha diretamente com o Ser humano.

O ser humano não é desajustado social, aquela questão da naturalização do homem ser responsável pela sua própria condição de vulnerabilidade excluindo toda a sociedade as relações contraditórias entre capital e trabalho.

O ser humano não é uma máquina para ser ajustado (como foi usado nos primórdios sociais do passado), precisamos problematizar e entender a raiz da situação que o ser humano está passando.

Sendo fruto do sistema capitalista o aumento exacerbado das expressões da questão social e o agravamento surgindo a todo momento uma nova questão social com novos problemas e situações que surgem devido a mudança da sociedade.

Esse novo modelo de pensar, entender e de problematizar do ser humano e quando a categoria na década de 60 verificando que a Questão Social precisava ser revista com todo o questionamento, indagação e inquietação acabaram provocando mudanças no meio da categoria profissional.

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Aula 02. Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina.

O Movimento de Reconceituação do Serviço Social começa na América Latina e onde o Brasil também se faz presente e atuante tendo um papel significativo no processo de reconceituação, sendo simultânea em todos os países da América Latina.

O surgimento do Serviço Social na América Latina é importante que foi no Chile, Peru, Uruguai e o Brasil sofreu muita influência Norte-Americana e sobretudo a partir dos escritos e dos estudos do serviço social de casa, grupo e comunidade.

Em um determinado momento a América Latina não se via tão igual quanto os países norte-americano, começando a inquietação da categoria com a necessidade de mudar deixando o serviço social com a cara do país do contexto da realidade de onde este inserido e não replicar técnicas ou teorias que cabiam de repente no outro país.

Não sendo fácil e simples de mandar estudos e mobilização com muitos encontros para se saber sobre a satisfação com a matriz, técnicas e processos metodológicos, foi mudado com muitos encontros, congressos e seminários realizados até que se chegasse a alguns consensos.

A atualização não foi imposta por uma ou duas pessoas foi uma construção e discussão coletiva, não foi harmônica já que haviam os profissionais que não queriam mudança e acreditavam na questão pregada pelo positivismo e funcionalismo pela forma e pela visão de homem e das abordagens teóricas e sendo cômodo e esses profissionais se sentiam confortáveis com a sua atuação amparada por essas teorias.

Só que outros profissionais não aceitavam e havia um consenso, sendo uma construção coletiva que acontece até nos dias de hoje no século XXI.

Seja no Brasil, na América Latina ou na Europa e sendo uma característica profissional o senso de coletividade pois não pensamos todos iguais. A partir de alguns pontos esse movimento de reconceituação foi se desenvolvendo.

A América Latina tem um cenário político e econômico muito marcado pelos movimentos sociais, pela luta, pela batalha e pela reivindicação e sendo esse o perfil, o Chile e o Peru passaram por esse movimento novamente na década de 60.

E os assistentes sociais foram se debater em não concordaram que o ser humano era castigado por Deus e que por isso era pobre e não deveriam ajustar o homem de acordo com os padrões burgueses para que se sentissem um cidadão.

Todo esse contexto de exploração começa o assistente social a entender que era preciso olhar o cenário e o contexto para que consiga realmente ter uma prática interventiva. Atualmente se tem mais clareza do que há 40 anos atrás.

Na América Latina o Movimento de Reconceituação tem seu auge na década de 1960 e constituiu-se numa expressão de ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador.

No Brasil na década de 60 vigorava o regime de ditadura, repressão, opressão e não manifestação e afinavam e se assemelhavam com os outros países.

Esse movimento de reconciliação tem a características de romper com o serviço social tradicional e conservador.

O serviço social latino-americano traz para a categoria profissional da época a identificação político e ideológico (um posicionamento) cada vez mais declarado em favor dos menos favorecidos e a favor da classe trabalhadora.

Os assistentes sociais começam a entender que existem duas classes sociais antagônicas diferentes e contrárias e negando, portanto, a neutralidade profissional.

Se o profissional percebe com clareza a questão do explorado e o explorador não deve ser neutro devendo se posicionar em favor de um ou de outro, ou seja, acatando e sendo instrumento da lógica e classe burguesa .

Enquanto categoria deve-se manifestar a favor da classe trabalhadora e é nesse sentido que o serviço social se posiciona e nunca estando neutro.

Impõe a necessidade de construção de um novo projeto comprometido com as demandas das classes subalternas (os trabalhadores), particularmente expressas em suas mobilizações.

O projeto profissional e a sociedade que desejamos se encontra dentro de um projeto societário que visa a justiça e a igualdade social.

Foi a partir da década de 60 em diante que a categoria profissional vem caminhando e temos profissionais que levantam outras hipóteses e teorias. Na coletividade deve haver o respeito e saber que o objeto de trabalho consiste nas expressões da questão social, na contradição do capital de trabalho e tendo que haver um foco muito centrado e apurado no ser humano e construindo cada vez mais um serviço social contemporâneo e afinado com os seus tempos.

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Aula 03 Ditadura Militar – Movimento de Reconceituação.

Vamos estabelecer uma reflexão da Ditadura Militar e o contexto dentro do Movimento de Reconceituação do Serviço Social, onde se mobiliza enquanto categoria para estudar, dialogar, refletir e romper com as influências tradicionais e conservadores.

Na década de 60 quando o Movimento de Reconceituação tendo seu auge justamente no momento da Ditadura em que se oprimia, reprimia, perseguia e não permitia a liberdade de expressão muito menos a liberdade de ir e vir do cidadão inclusive o conceito de cidadania era diferente.

No momento de bastante tensão a categoria profissional se mobiliza para se reinventar, reconceituar e definir a identidade profissional, parece contraditório e por isso o assistente social tem muito ligado a sua imagem com a militância e com ir as ruas, trazendo as pessoas a imagem de assistente mobilizador.

Essa profissão tem a história marcada por fases onde tem o momento de reconceituação no momento de ditadura.

O Brasil no mesmo tempo da ditadura militar passava por desenvolvimento de industrialização, sendo uma abertura do Brasil para a capital investimento estrangeiro, ou seja, países estrangeiros vindo influenciar o Brasil.

O Presidente da época João Belchior Marques Goulart desejava colocar o Brasil nos países desenvolvidos e assim abriu o país para investimentos estrangeiros.

Dentro do processo de industrialização e empresas estrangeiras vindo para o Brasil, não houve a valorização do cidadão enquanto trabalhador nessas empresas, mantendo a exploração do trabalhador e acirrando com pagamento de baixo salário, condições insalubres e não havia consolidada as Leis trabalhistas e sendo uma situação complexa.

Na ditadura teve a questão da ordem da disciplina que extremamente positivista, mas que também não havia uma situação econômica familiar confortável onde se trabalhava muito e não recebia o proporcional, sendo fruto da industrialização e do investimento estrangeiro no Brasil.

No processo de repressão e opressão tem o Movimento Nacional, a bandeira do Brasil justamente sobre o mapa onde a imagem representa e simboliza uma luta e em busca de reconceituar a profissão de se inserir atualmente com bases teóricas compatíveis.

Os seminários mais importantes que é Araxá, Teresópolis, Sumaré e Boa Vista são chamados de Teorização, basicamente a categoria parava para discutir quem era e o que queriam a categoria e embasados em que.

No período da ditadura os profissionais do serviço social estavam lendo e refletindo sobre o Marxismo e a Teoria Social crítica, sobre o materialismo histórico-dialético.

Era uma subversão ler Marx no país de ditadura militar, pois Marx pregava a igualdade, a não exploração e tido com os princípios socialista e os assistentes sociais discutindo as vertentes Marxistas.

Muitos assistentes sociais realizavam seus estudos escondidos, até porque os livros foram retirados das bibliotecas, alguns assistentes sociais foram perseguidos na época e vistos como subversivos e que estavam provocando a desordem pública e tentando manipular as mentes dos jovens.

Nesse contexto de aflorar, movimentação dos movimentos sociais no Brasil começam a ase acentuar, as pessoas cobrando, reivindicando e batendo de frente com o governo e onde o assistente social se posiciona cada vez mais dos movimentos sociais a partir da percepção do aumento da desigualdade.

O Fortalecimento dos eventos da categoria se deu nos congressos, seminários e eventos com discussão entre vários pontos do país em busca da garantia do espaço enquanto profissão no Brasil.

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Aula 04 – Seminário de Araxá.

Um dos principais e mais importante, sendo o primeiro a discutir a Teorização do Serviço Social no Brasil, levando nome de “Seminário de Araxá” porque aconteceu na cidade de Araxá no estado de Minas Gerais.

Foi um processo de busca por uma teoria atualizada que contemplasse a realidade do país e que não queriam a influência Tomista e Neotomista que regia naquele momento, que eram pr4espectiva conservadoras.

Na busca por uma Teoria Contextualizada e a busca pelo rompimento com as matrizes conservadoras do Tomismo e Neotomismo, o Positivismo e o Funcionalismo.

Muitos profissionais acreditavam que não dava mais conta de amparar os assistentes sociais na leitura da realidade nas relações sociais na qual se estabeleciam na sociedade.

Este seminário teve um nome veja:

“Seminário de Araxá: 01º Congresso de Teoria de Teorização do Serviço Social”.

O Documento de Araxá apresenta os princípios em que se embasam as ações profissionais e que permeiam as diversas orientações teóricas frequentemente assumidas pelos Assistentes Sociais brasileiros. (SOUZA, 1979, p. 92).

Apresentavam os princípios postos, aqueles que já estavam acontecendo e paralelo buscando traçar uma nova proposta a partir das discussões da realidade que se apresentava e tratando da afirmação da perspectiva modernizadora ou desenvolvimentista do Serviço Social.

O Seminário de Araxá pertence ao 01º ciclo histórico de movimento de reconceituação do serviço social, uma ótima observação caso tenha em um concurso ter que dissertar sobre “qual foi o 01º movimento oficial do ciclo histórico do movimento de reconceituação?” a resposta é o “Movimento de Araxá”.

O Seminário de Araxá se reuniram para repensar as bases tradicionais da profissão ligadas a influência da igreja católica de cunho conservador, onde o padre tinha que aprovar e enviar uma carta de boa conduta para as moças de famílias pudessem fazer o serviço social, sendo isso que o movimento discutiu no primeiro momento.

Foram analisadas e discutidas a natureza das ações profissionais a partir de duas categorias: micros sociais e macro sociais. Olhando a profissão do ponto de vista da Micro atuação local e da Macro atuação no contexto social como um todo.

Através do Documento do Seminário de Araxá é possível verificar a forma de como foi construído e ao final do evento fizeram as sínteses, ou seja, não ficaram apenas nas discussões.

Os frutos do Seminário de Araxá:

 Estimulo ao exercício da livre escolha e da responsabilidade nas decisões;

 Respeito aos valores, padrões e pautas culturais, ou seja, do entendimento da diversidade e sendo necessário respeitar o diferente;

 Ensejo à mudança no sentido da autopromoção e do enriquecimento do indivíduo, do grupo, da comunidade e das populações;

 Atuação, dentro de uma perspectiva de globalidade, na realidade social (FALCÃO, 1979, P. 35 – 36).

Perceba que os dois últimos tópicos trazendo um elemento que fala autopromoção e enriquecimento do cidadão, sendo assim já caminhando para o entendimento do cidadão autônomo e não aquele dependente do estado ou aquele que tem que enquadrar para ajustar na sociedade.

Ao mesmo tempo se tem o viés tradicional, sendo serviço social de casa, grupo e comunidade e não foi no Movimento de Araxá que essa técnica foi derrubada, foi avançando do ponto de vista de modernização e não foi uma virada total ainda, sendo o ponta pé inicial do movimento.

Ocorreu pontos de avanço da atualização, mas estando presente marcas do conservadorismo no Movimento de Araxá.

Este documento, resultante de estudos e reflexões, visa atender a um reclamo dos profissionais de Serviço Social. De forma alguma, pretende ser definitivo. Pelo contrário, o CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação Internacional em Serviços Sociais) e o grupo de assistentes sociais que subscrevem consideram como seu principal mérito suscitar debates posteriores e estimular a realização de novas pesquisas e estudos (CBCISS, 1986, p. 21).

Sendo assim, não foi uma receita ou uma lei já se entendia que foi um Movimento continuo, tanto que tem os Congressos Brasileiros de Assistentes Sociais até os dias atuais.

Após os seminários os profissionais e encontros regionais começam acontecer cada vez mais e o documento vai ganhando corpo cada vez mais com o passar dos tempos.

O documento de Araxá aconteceu de 19 a 26 de março de 1967.

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Aula 05 – Seminário de Teresópolis.

Teresópolis está localizado no Rio de Janeiro, onde aconteceu o II Congresso de Teorização de Serviço Social, por ocorrer na cidade deu-se o nome de Seminário de Teresópolis, sendo um dos marcos do Movimento de Reconceituação do Serviço Social histórico assim como de Araxá.

O “Seminário de Araxá” ocorreu no ano de 1967 e durante esses três anos a categoria continuaram dando seguimento aos estudos e discussões locais entre os dias 10 a 17 de janeiro no ano de 1970 se reúnem no Rio de Janeiro onde ocorreu o “Seminário de Teresópolis”.

As formulações de Teresópolis apontam para a requalificação profissional do assistente social, definem nitidamente o perfil sócio técnico da profissão e a inscrevem conclusivamente no círculo da “modernização conservadora” (NETO, 2006, p. 192).

Durante essa aula veremos muito sobre o que José Paulo Neto e Marilda Yamamoto se debruçaram a estudar o Movimento de Reconceituação ficando claro a ânsia de requalificar profissionalmente os assistentes sociais e de rever a prática e conduta mesmo após três anos continuam buscando.

Pois não bastava somente requalificar o profissional, assim como qualificar quem estava no processo de formação e ofertar e proporcionar requalificação para os profissionais que estavam atuando no mercado de trabalho.

Até nos dias de hoje está previsto no código de ética a questão da capacitação permanente, o assistente social nunca vai parar de estudar devendo sempre estar atualizando seus conhecimentos já que a sociedade, as relações e as formas políticas nunca irão parar de mudar de ver a realidade e entender o homem e o mundo se transforma cada dia.

Devemos lembrar que Jose Paulo Neto e Marilda Yamamoto tiveram em alguns desses Seminários e contribuíram para as discussões das mudanças, trazendo que no texto de Teresópolis “o moderno triunfa completamente sobre o tradicional”.

E com isso estando estabelecidos e embasados e dividido os profissionais em dois grupos de estudos, sendo um texto denso que não chegou a constituir um documento único como foi o de Araxá, no caso de Teresópolis se olharmos o texto do Seminário veremos as duas reflexões dos grupos de estudo refletindo a autonomia e a reflexão

No segundo item o dado relevante é que a perspectiva modernizadora se afirma não apenas como concepção profissional geral, mas, sobretudo como pauta interventiva, ou seja, não ficar penando apenas no mundo das ideias uma teoria que não é palpável, precisando ver como se materializa no cotidiano e ganha vida no momento do atendimento com o usuário.

Essa tendência que já foi expressa no Movimento de Araxá a concepção moderadora e que visa redefinir o papel sociotécnico do assistente social no mercado de trabalho.

O assistente social não é mais a moça boazinha que o estado pagava para manter os ânimos acalmados já que o estado servia a burguesia e de certa forma o assistente social acabava reproduzindo a ideologia burguesa com as ações tradicionais e conservadoras de ajustamento do indivíduo.

O Seminário de Teresópolis constituiu uma linha de continuidade do Seminário de Araxá, onde havia o “questionamento e sistematização teórica de Serviço Social, iniciada em Araxá e imprescindível a um processo de acumulação e renovação cientifica” (CBCISS, 1986, p. 135).

No tempo em que buscamos novas bases e me permitam fazer a leitura da realidade mais próxima do que é na verdade, também é preciso rever o arcabouço cientifico praticando novas leituras e fomentar novas pesquisas, nesse sentido não sendo um profissional que apenas age e o serviço social começa a produzir o conhecimento.

Para fechar vemos o que agregou e apresentou o Seminário de Araxá é preciso entender que é um seminário ligado ao Movimento de Reconceituação.

O de Teresópolis tem uma característica profissional e particular que foi chamado de “Seminário de Cristalização da Perspectiva Modernizadora”, ou seja, que manter aquele Serviço Social conservador não dava mais, e sim manter firmes em diante o proposito de modernização da profissão.

Então sendo titulado como:

Oficialmente de 02º Seminário de teorização do Serviço Social.

Seminário de Teresópolis.

Seminário de Cristalização da Perspectiva Modernizadora.

Com isso muitas pessoas se perdem nos concursos públicos devido vários nomes dados a esse Seminário.

Esse Seminário dedicou-se a refletir sobre o objeto do Serviço Social que está na área das “situações sociais problemas” que definem o modelo de atuação do profissional e aproximando-se na leitura crítica da realidade.

Rebatendo inclusive na formação de novos profissionais a partir de três níveis de conhecimento falando em requalificação e formação:

Conhecimento para o Serviço Social vindo de outras ciências como da filosofia, sociologia e da economia.

Conhecimento sobre o Serviço Social vindo sobre o histórico e a evolução.

Conhecimento do Serviço Social vindo sobre os conhecimentos prévios e da prática interventiva do profissional.

Cada grupo presente no seminário foram fazendo suas proposições e sendo válido, lembrando que na década de 70 se acirram os “Movimentos pró cidadania”. Neste contexto que os Seminários de Araxá, Sumaré e Alto da Boa Vista irão acontecer e ter uns “que e porque”.

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Aula 06 – Seminário de Sumaré e Alto da Boa vista.

Grandes congressos da categoria profissional que fizeram parte da história da profissão onde tange o Movimento de Reconceituação e no desejo da categoria que estava tão inquieta por buscar em se modernizar e se deixar ser presente.

O Seminário de Sumaré aconteceu em 1978 e o Seminário de Alto da Boa vista aconteceu em 1984 sendo na virada da democracia.

Esses seminários tem umas características diferentes e claro discutindo as mudanças que deveriam acontecer do serviço social e o ego e desejo da população.

Se percebe o deslocamento da perspectiva modernizadora concentrando-se na perspectiva de transformação, na busca pela libertação do Serviço Social tradicional. Sendo característico do momento onde se buscava a liberdade.

Tendo uma volta e reaproximação dos ideais conservadores sendo forte e marcado a “Teoria da Libertação” da igreja católica.

O serviço social e a igreja católica se aproximam novamente devido ao papel do profissional na sociedade e vindo ao encontro. Com tudo a igreja percebe que a questão social influencia no indivíduo.

As características Tomismo, neotomismo, do divino para ajudar com oração para salvar a alma e assim fazer com que saia da condição de pobreza e começando a ser trabalhado no meio da igreja católica ela levanta a bandeira da teoria da libertação e buscando o direito dos cidadãos e indo contra a exploração social dos indivíduos.

Tivemos muitos movimentos sociais e temos as CEBs Comunidade Eclesiais de Base sendo muito forte no Norte e Nordeste e até os dias de hoje temos requisitos dos Movimentos das CEBs onde a igreja se reunia com a Assembleia para discutir questões sociais, onde tivemos o Frei Beto, Paulo Freire que vieram deste movimento e viveram muito a serio e passaram por essa época.

Sumaré fica no Rio de Janeiro foi o 03º Seminário de Teorização aconteceu entre os dias 20 a 24 de novembro de 1978 (Centro de Estudos de Sumaré – Arquidiocese Carioca).

Onde se discutiu de possibilitar novos questionamentos nas linhas de Sistematização Teórica iniciando no Seminário de Araxá desde 1967 vem discutindo esse assunto nos dias atuais, porém o Marxismo mais presente.

Fica claro que a teoria do Marxismo passando pelas suas três vertentes se faz presente e vindo ao encontro algumas ideias, pensamentos e leituras da teoria crítica da igreja também se assemelham, falando da exploração de um pelo outro.

A igreja pelo viés religiosa de que todos somos irmãos e devemos ser todos iguais assim como os cientistas sociais acreditavam que todos deveriam ter as mesmas oportunidades e condições de igualdade e econômicas.

Sendo um momento de transformações políticas, econômicas e social dentro do Seminário de Sumaré, surgindo novos questionamentos elegem propostas de discussão sempre com um eixo principal.

Houve três eixos que foram discutidos em Sumaré:

O Serviço Social e a Cientificidade (cientifico).

O Serviço Social e a Fenomenologia (fenômenos).

O Serviço Social e a Dialética (filosofia).

Alto da Boa Vista acontece em 1984 no Colégio Coração de Jesus e vem provocando o pensar critico e essencial para a formação do pensamento dos Assistentes Sociais com a ideia de sair do senso comum, acatar as coisas prontas ou de reproduzir ideologias burguesas, sendo provocado essa questão nesse seminário.

Com um foco voltado a questão da construção metodológica do serviço social de como, quando e onde fazer e havendo uma preocupação com a teoria e a questão metodológica do fazer.

Trazer ao centro de discussão sobre a formação profissional, entretanto para o rol de momentos históricos do processo de renovação do Serviço Social.

Onde tivemos uma mudança nos documentos de formação:

Das diretrizes curriculares em 1979.

Uma abertura de graduação, pós e doutorado.

Sendo um impacto maior e que deixou marcas profundas no processo de Movimento de Reconceituação.

Embora esses dois seminários não tenham documentos consolidados como foi o de Araxá, demorou-se para publicar algo sobre eles e havendo publicações oficiais por volta de 1986 e alguns autores fazendo criticas que “os dois Seminários tiveram uma pobreza teórica”.

Foram validos pois se discutiram as necessidades de mudança, todo o encontro da categoria é relevante, mas não agregou tanto quanto se esperava e aparecendo como criticado pelos estudiosos.

Não perdendo sua significância foram e sendo marcos do segundo ciclo histórico do Movimento de Reconceituação/ Renovação do Serviço Social.

A perspectiva para reatualização do conservadorismo, uma volta de perspectiva já superadas (bases tradicionais convencionais com nova roupagem), ou que pelo menos esperava-se que já estivessem sido superadas.

Quando falamos da questão do movimento sociais dentro da igreja católica eram de bases conservadoras e ressurgindo na década de 60 e 70 fortalecidas e uma boa parte da categoria profissional aposta na volta do conservadorismo.

Onde se esperava que essas perspectivas já tivessem acabado e devemos lembrar que dentro desta categoria temos pensamentos diferentes com um coletivo pensando na modernização e outro coletivo no conservadorismo ligados à igreja católica.

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Aula 07 – II Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (Congresso da Virada).

O II Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais foi o principal marco dessa ruptura e do posicionamento profissional recebeu dois nomes:

O oficial é 3º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais.

Sendo mais tarde conhecido como Congresso da Virada.

Veio explanar o esforço e compromisso da categoria profissional em buscar estudos e reflexões voltados ao rompimento com o método tradicional conservador de atuação. Esse modo conservador que não contempla a realidade social, econômica e política deste contexto.

Então em setembro de 1979 acontece o Congresso da Virada, não sendo um Congresso pacifico e havendo a retirada e refizeram a bancada de honra e as pautas, foi bem polemico e marcante para a categoria e firmando o compromisso com a parte objetiva do trabalho e o posicionamento contra a naturalização das desigualdades da época.

Temos o conteúdo teórico que se tornou um patrimônio intelectual e politico dando sinais de amadurecimento intelectual da categoria profissional.

A Virada sinalizou que o Serviço Social brasileiro se tornava um potente formulador do pensamento crítico e sobretudo combater as arbitrariedades e as desigualdades sociais oriundas do capitalismo, visando a construção de uma nova ordem societária, sem opressão sobre qualquer ser humano.

Assumem e reconhecem o compromisso se posicionando junto com e como a classe trabalhadora, por isso sendo a Virada e trazendo a amarração com pensamento e teoria crítica.

Não a naturalização da exploração, à brutalidade da repressão ao Estado Ditatorial e seus representantes, aos limites impostos à organização dos trabalhadores, aos direitos civis e políticos. Por isso que construímos as nossas legislações reformulando os códigos de éticas e as diretrizes curriculares do curso.

As organizações dos trabalhadores e direitos civis e políticos se tornam uma bandeira e um compromisso do profissional do serviço social.

A retomada da organização sindical desencadeia uma disputa de hegemonia com os Conselho Federal e Regional de Assistentes Sociais (CFASS – CRASS), depois se desfez e retomou no conjunto CFESS (Conselho Federal Serviço Social) e CRASS (Conselho Regional de Serviço social), tendo uma pauta conjunta onde hoje essa relação é harmônica e tranquila.

Desencadeia-se a revisão da formação acadêmica com nova proposta de currículo mínimo em 1979, pós-graduação e inicio do doutorado em 1980.

Surgindo muitos frutos e consolidando enquanto profissional que pensa e deve ter uma formação e ter uma história da profissão e saber porque defendemos tanto a categoria e não concordando com tudo e com todos o tempo todo, mas para descordar é preciso ter o conhecimento.

A categoria de Assistentes Sociais aprendeu que a história se transforma com organização e lutas coletivas e alicerçadas na análise da realidade (IAMAMOTO, 2019, P. 14 – 15).

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Aula 08 – Movimento de Reconceituação no Brasil.

Os estudos permitiram a reflexão da necessidade, questionamento, indagação da categoria profissional em romper com método tradicional e conservador da igreja católica, do positivismo, funcionalismo, tomismo e o neotomismo.

Os principais seminários da profissão, resultam no Movimento de Reconceituação do Serviço Social entre as décadas de 1960 e 1980.

Esse conjunto de seminários que estudamos nos resulta o que chamamos de Movimento de Reconceituação do Serviço Social de Araxá, Sumaré e Alto da Boa Vista onde a categoria estava se movimentando.

Buscou reconceituar as bases que orientam a fazer e a agir dos profissionais.

Os profissionais precisavam de uma teoria que embasasse o agir e o fazer profissional.

Romper o conservadorismo, que já não mais davam conta da realidade social-econômica.

Rever ainda as bases teóricas que fundamentam a profissão.

As bases do agir e fazer, as bases teóricas.

Avançando nas perspectivas teóricas e metodológicas, que influenciaram a construção de um novo projeto profissional.

PEP considerou em si os diferentes projetos societários levando a profissão a um posicionamento.

Esse movimento acabou que impulsionando o serviço social para construção de um novo projeto profissional porque aquele de década atrás influenciado pela igreja católica e a burguesia já não cabia mais nesse contexto.

O projeto profissional deu origem ao outro que chamamos de Projeto Ético Político, que considerou em si os projetos societários levando a profissão a um novo posicionamento e compromisso com a classe trabalhadora, sendo contrário a qualquer tipo de exploração, repressão e desigualdade.

Do século 80 até o século 21 a categoria profissional avançou muito e amadureceu, a Reconceituação do Serviço Social nunca irá acabar sempre estará em discussão pois a sociedade muda a todo momento.

Saímos de um modelo totalmente paternalista, assistencialista, caridade e filantropia e se deu o empoderamento para a categoria profissional, por isso falamos que foi a “Grande Virada”, e estamos aperfeiçoando.

Promovendo a ruptura com as bases mais conservadoras da profissão, não sendo unanime e até os dias atuais temos profissionais que debatem e que são contrários e cada um ficando com tua maneira de agir profissionalmente.

As disciplinas que estamos trabalhando são os alicerces da profissão, devendo estar bem entendidos pois se não tivermos um bom fundamento não será um bom profissional.

Buscou reformular e consolidar uma identidade profissional fortalecida diante dos conflitos sociais, considerando a realidade vivenciada, sobretudo frente ao capitalismo crescente.

Saldo positivo: definição da Questão Social como objeto de intervenção do Serviço Social e a incorporação da categoria trabalho ao arsenal teórico da categoria profissional.

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Aula 09 – A Crise do Serviço social Tradicional Vertente Marxista.

A Crise do Serviço Social tradicional – Vertente Marxista, dizemos tradicional pois nem todos os profissionais concordavam com essa ruptura, ao mesmo tempo que sem tem a crise do Serviço social tradicional que surgiu com o Movimento de Reconceituação temos a Vertente Marxista.

A forma que Marx tem de analisar as relações sociais ganhando espaço na área do serviço social, encontrando no Marxismo um ponto de convergência no que se acredita.

A visão de homem mundo antes do serviço social tradicional conservador era: ser humano passivo, acrítico, pobre que só deveria receber a beneficia e agradecer e nunca questionar.

Já na Vertente Marxista com a Expansão Capitalista gerando um cidadão passivo, mas que não se aceita mais, pois o capitalismo provoca uma inquietação coletiva, buscando um cidadão que vai atrás de seus direitos.

Não aceita a culpabilização pela condição e não atende a situação de moldar a pessoa pela sua condição, não atendendo a época presente.

Não existindo padrões estabelecidos assim como o serviço social não compactuava com esses padrões.

A perspectiva critica vem pautada no materialismo histórico e dialético que tem como referência principal Karl Marx de que nada é pronto e acabado como está, é preciso fazer uma analise da realidade, refletir sobre o que esta presente, enxergar a essência para entender a verdade e entender os motivos e o que se tem por trás de tudo.

Objeto de estudo de Karl Marx foi exatamente a sociedade burguesa a qual chamamos também de sociedade capitalista de produção.

Analisando como se dava as relações burguesas e porque se estabeleciam essa relação de opressão junto a classe proletária, caso queira entender como indicação temos o filme “O jovem Karl Marx”, e poderá entender como ele analisava as relações em sua época, onde não apenas olhava como expectador e também estava inserido na realidade, sendo revolucionário.

Muitas pessoas na época aderiram e entenderam a reflexão e outros não aceitavam, pois achavam que era um louco, folgado e revolucionário vazio, sendo que não era assim e tanto que temos como inspiração para analises criticas das relações das sociedades capitalistas da produção onde temos até os dias de hoje.

Ele tinha compreensão da sociedade capitalista de modo critico, que considera as expressões da questão social como objeto de intervenção do serviço social e o trabalho como categoria-chave para compreender as relações econômicas e sociais.

Isso ocorreu a partir do pensamento critico e que conseguimos definir o nosso objeto de intervenção e entendemos que o papel do profissional é atuar junto as expressões da questão social e sendo profissional critico que se consegue chegar esse termo. É através do trabalho do profissional do serviço social que na realidade atuar junto ao objeto de intervenção.

O objeto de intervenção do serviço social é a questão social e suas múltiplas expressões e manifestações, estando junto e atuando na superação funções de vulnerabilidades sociais, viabilizando o acesso aos direitos sociais, as políticas públicas e sociais.

Temos como valor principal e eixo central “a liberdade”, o vocabulário e pensamento vai se ampliando e nos tornando profissionais críticos.

Os estudos sobre esta perspectiva marxista, critica, materialista, histórico, dialético do concreto e do real (disciplina dos fundamentos filosóficos) passaram a fazer parte das Diretrizes Curriculares do Serviço Social (1996), conduzindo assim o processo de formação de novos assistentes sociais.

Esse movimento de mudança começou em 1960 na década de 60 sendo formalizado na grade curricular da formação profissional em 1996, devemos aplaudir os profissionais do Movimento de Reconceituação.

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Aula 10 – Tendências da Renovação do Serviço Social no Brasil.

Os movimentos anteriores acabam por gerar uma lacuna entre a intenção de romper com herança conservadora da profissão e as possibilidades concretas de fazê-lo.

Quando se faz uma analise posterior se consegue ver com mais clareza os processos da história como se aconteceu, sendo diferente quando se está fazendo uma análise da história em tempo real porque estão imersas.

Uma coisa é falarmos do serviço social em tempo de pandemia hoje e daqui vinte anos será outros assuntos a serem discutidos sobre a pandemia, pois já teremos um banco de dados de informações que irá permitir uma análise diferenciada.

No qual também é olhar para os 40 anos do Movimento de Reconceituação do Serviço social nos permite realizar uma análise mais aprofundada e perceber a importância dessa herança que nos foi deixada com a possibilidade de conhecer a história da profissão.

O Movimento de Reconceituação recebeu um novo nome Intenção de Ruptura, significando querendo romper com o tradicionalismo do serviço social, assumindo dentro de uma perspectiva critica.

Durante em todo o processo que foi acontecendo o Movimento de Reconceituação assumiu três perspectivas sendo diferentes por ser fruto de um amadurecimento:

1º Perspectiva – Modernização Conservadora:

Possui características relacionadas sobretudo, ao desenvolvimento da sociedade, considerando a adequação ao governo se posicionando num viés estrutural-funcionalista.

Avançaram mudaram mais ainda estando no processo de adequação ao governo e se posicionando no viés do estrutural funcionalista.

2° Perspectiva – Reatualização do Conservadorismo:

Traz e propõe a reposição da herança da base teórica-metodológica e a reatualização do conservadorismo, em contraposição ao positivismo e o pensamento crítico dialético.

Retomada do conceito e influência do conservadorismo no Serviço Social.

Houve essa tentativa e movimento e discussão, e a terceira sendo a mais significativa que foi a

3° Perspectiva – Movimento de Intenção de Ruptura.

Recorre principalmente ao pensamento marxista, que era tido de forma progressiva na sociedade. Dar uma nova face ao serviço social, passando-se a questionar sua vinculação histórica com os interesses do bloco no poder.

Devemos olhar as relações sociais, o ser humano não vive isolado em uma bolha e sim encontrando estratégias e formas de socializar-se e sendo seres sociais.

O homem é um ser social que é diferente dos demais animais, devendo viver em sociedade interagir e se comunicar, a realidade pronta como está deve ser analisada dentro do contexto.

O que uma pessoa que mora em uma cidade pode falar de outra e que analise se pode fazer do cotidiano de uma família que mora em Juazeiro do norte?

Se pode fazer pouco devido não conhecer a realidade, pois ler não é o mesmo que vivenciar, por isso se deve utilizar dos instrumentos técnicos que auxilia os profissionais a entender a realidade dessa família que se encontra em extrema pobreza.

Não devemos julgar dizendo: “pobre é pobre”, e sim analisar qual foi a jornada para essa família chegar nessas condições? Quais são as possibilidades de superação dessa pobreza?

Devendo um profissional entender tudo criticamente, uma atitude crítica seria “a família está com fome

Vai lá e de o que comer”, não é apenas isso e sim saber sobre a moradia:

Se as crianças estão na escola?

Quem são as pessoas responsáveis?

O que acontece nesse núcleo familiar?

Isso são emissões críticas sem emissão de juízo de valor, é uma análise crítica e não do senso comum.

Essa perspectiva tem caráter opositor à autocracia burguesa, pois o burguês terá um pensamento de conservador de punir, recriminar, culpabilizar o cidadão pela sua condição de vulnerabilidade.

Olhar sobre esse Movimento de Reconceituação á partir das três perspectivas é entender que esse movimento buscou dar ao Serviço Social uma prática mais eficaz, que buscasse caminhos em novos fundamentos teórico metodológicos.

O profissional do Serviço social deverá sempre pensar, ler e estudar e honrar a profissão e as pessoas com as quais irá trabalhar, sair do senso comum e abraçar o senso critico e sempre lembrar “o pensamento critico sempre será opositor à burguesia e a condição de exploração do cidadão”.

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Aula 11 – Questões Contemporâneas e os Reflexos do Movimento de Reconceituação no Serviço Social.

Todo esse movimento que tem sido realizado até os dias atuais, podemos verificar o que Yamamoto nos trouxe uma situação em que nos diz que com a reconceituação da profissão buscou-se assegurar sua própria contemporaneidade afigurando-se aquela como o caminho possível para a reprodução, expansão e reconciliação com o seu tempo presente.

O profissional não pode estar no presente sem estar em sintonia com ele, o presente e a sociedade muda todos os dias. Se não está antenado e inteirado com o que está acontecendo, não se percebe as mudanças ocorridas e continua com uma prática que não atende a realidade vivida pelo usuário.

O mesmo que ter uma mutação de um vírus que antes se usava um medicamento e ao se passar décadas ele se multiplicou ou modificou e com tudo isso foi preciso pensar em novos medicamentos.

A analogia da mudança que ocorre o tempo todo na sociedade nos pede atualização constante, sempre existiu e existira esse movimento de discussão teórico, metodológico e técnico do serviço social.

Havendo sempre uma discussão na categoria acerca do Movimento Político e Econômico do país, pois essas questões rebatiam diretamente no cotidiano na vida das pessoas.

O profissional do Serviço Social deve estudar sobre economia, política e saber sobre os movimentos para que consiga caminhar antenada com o tempo presente.

O legado disso tudo das reflexões contemporâneas e dos movimentos ao longo dos 50 anos aprendemos que:

Serviço Social é histórico a prova disso é que em 1930, 1950 e 2000 são épocas com muitas lutas e mudanças que realizou o Serviço Social sendo profissional.

E cada uma dessas épocas teve profissionais diferentes e provando que que é fruto do seu tempo histórico não cabendo a ninguém julgar as ações tidas no inicio da profissão de décadas atrás.

Os Movimentos Sociais e os Movimentos de Reconceituação e de Reatualização deixaram um legado de discussões de encontros com concordância e discordância que hoje estamos estudando.

O Serviço Social possui um significado sendo um fruto de todo esse legado com um objetivo de ser e existir na sociedade, ou seja, tem um objeto de trabalho e toda profissão surge para atender uma necessidade especifica da sociedade.

A profissão do Serviço Social veio para atingir e sanar uma necessidade especifica do cidadão e da sociedade e o objeto é a questão social e as expressões da questão social que derivam da contradição capital trabalho.

O profissional trabalha e enfrenta a questão do objeto social a partir da implementação das políticas públicas e em menor medida em sua formulação e planejamento que ingressa o Serviço Social.

A política pública é a que da materialidade aquilo que está previsto na Constituição Federal, servindo para garantir e possibilitar o acesso ao cidadão em algo que ele necessite e assim podemos trabalhar com o objeto de trabalho.

“A história é a fonte dos nossos problemas, e a chave das nossas soluções”.

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Aula 12 – Construção e o Desenvolvimento do Projeto Ético Político.

Para se entender o Projeto Ético Político hoje é preciso voltar na história, vamos lembrar do Congresso da Virada que uma das contribuições foi a Reformulação do Projeto Profissional e o Projeto Ético Político do Serviço Social, então agora entenderemos como está constituído e como se formam esses projetos.

Para compreender veremos três pontos: Projetos societários, Projetos profissionais e Projetos éticos e políticos.

Que tratam dos compromissos da profissão e com isso interferindo e impactando no cotidiano dos profissionais.

Projetos societários são aqueles que tratam os projetos que almejam e são construídos olhando e planejando a sociedade ideal, o que a sociedade entende como ideal de funcionamento.

Até um tempo atrás imaginavam-se que não existiam muitos Projetos societários e com o passar do tempo e análise da realidade percebeu-se que existem vários, devido a sociedade se dividindo em classes, grupos por afinidades e compactação de objetivos e cada grupo, classe ou segmento olham para a realidade e imaginam o que seria a sociedade ideal e elaboram o projeto.

Temos Projetos societários burguês, classe trabalhadora, sindicatos e sendo bandeiras gerais que são levantadas a partir do que se acredita como a sociedade ideal.

O Projeto societário que o Serviço Social se baseia é nos Projetos profissionais que se baseiam por uma Categoria profissional, no que se acredita como coletivo e rumos e as diretrizes de atuação profissional.

Dos projetos profissionais, nascem os projetos éticos políticos que são bastante específicos e particular e sendo construído na coletividade, não se encontra um projeto ético político escrito em um caderno e sim esta contemplado desde o Congresso da Virada e onde a Legislação foi sendo aperfeiçoada e as diretrizes curriculares foram sendo formuladas e vem se constituindo em um aparato legal.

O Projeto ético político está pautado em três dimensões especificas:

Produção do Conhecimento – composto pelas reflexões promovidas a partir da dimensão investigativa sobre o fazer profissional do Assistente Social.

Dimensão Político-Organizativa – organizações representativas profissionais. CFESS-CRESS (Conselho Federal e Conselhos Regionais de Serviço Social), ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social) e, ENESSO (Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social).

Representando a categoria em várias instâncias Federal, Estados, Universidades e Movimento de estudantes onde vão zelando e defendendo a categoria profissional

Dimensão jurídico-política da Profissão: aparato legal da profissão.

Podemos ver o Projeto ético-político refletido nas Organizações Representativas, Questão Jurídica-política e encontramos no Código de ética de 1993, na Lei que Regulamenta a Profissão de 1996, nas Diretrizes Curriculares de Formação do Assistente Social.

Não podemos desconsiderar o Hall de Políticas e de Legislações que faz parte do Projeto ético-político com as quais o Assistente Social lida em seu cotidiano, contemplando ferramentas, mecanismo e instrumentos para o trabalho de enfrentamento das expressões da questão social.

Entender o Projeto ético-político é entender os motivos pelos quais o profissional luta, trabalha e o porquê trabalhamos, ele marca os rumos norteadores dos compromissos e atuação profissional.

Não se dá para cada profissional fazer seu código de ética na formação profissional ou cada Universidade propõe a disciplina que deseja, devendo ter uma diretriz pois pode-se perder a identidade profissional.

Servindo para que a categoria esteja sintonizada com os mesmos objetivos, devendo acessar os sites e plataformas digitais do Conselho Federal do Serviço Social, do Conselho Regional do Serviço Social e da ABEPSS onde se encontra a ferramenta oficial de informação do Serviço Social e onde irá estar por dentro do que estão acontecendo nas questões gerais e quais são os rumos do Serviço Social e o que se está discutindo na profissão.

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Aula 13 – Construção da Cidadania e a Ascensão do Modelo de Estado Neoliberal.

Veremos a Construção da cidadania e suas relações com os direitos sociais bem como com as políticas sociais e saber como o cidadão se tornou um cidadão de como é visto hoje.

Todos hoje somos considerados cidadãos brasileiros reconhecidos na Constituição Federal de 1988 e somos todos iguais perante a Lei, infelizmente nem sempre foi assim, na Ditadura teve um tempo que era considerado cidadão quem possuía carteira de trabalho assinada, ou seja, possuindo um emprego formal.

O conceito que era atribuído a um cidadão só era possível se tivesse um trabalho, tinha acesso a políticas e só veio acontecer o entendimento de que todos somos iguais e cidadão perante a Lei na Constituição Federal de 1988.

O Movimento de Reconceituação que estudamos ao longo das disciplinas veio ao encontro da luta de reconhecimento de que todos temos os mesmo direitos e deveres.

O Serviço Social brigava por um conceito e tratativa de cidadania que temos hoje e enquanto categoria profissional fizeram parte do Movimento Social em prol da Democracia de reconhecimento da legalidade da cidadania isso sendo o legado do profissional em Serviço Social.

O profissional faz parte e briga pela democracia e acesso igualitário as políticas e direitos, sabemos que infelizmente o acesso não é a todos, pois existe corrupção e falta de recursos, informações, orçamentos e muita desinformação até mesmo por profissionais que não querem seguir a verdade.

Cabe ao profissional fazer uma analise de conjuntura e critica para descobrir tudo, sabemos que há uma diferença no conceito de cidadania na ditadura e na democracia e foi uma construção gradativa e coletiva onde se deu a partir da Constituição de 1988.

Foi no Artigo 6° da Constituição Federal de 1988 que pela primeira vez aparece e trata dos Direitos Sociais do Cidadão, a saúde, educação, habitação, lazer, assistência social e muitos outros direitos.

Deste Artigo 6° é quem vem as políticas públicas e sociais com as quais os profissionais do Serviço Social trabalham tanto em sua execução, na sua formulação e implementação.

Os profissionais podem atuar em todas as esferas como na elaboração, implantação, execução e avaliação das políticas públicas e sociais que visam garantir que chegará até o cidadão um bem ou um serviço do qual necessite e estando isso previsto no Artigo 6° da Constituição Federal de 1988.

Começamos um conceito geral realizando uma análise macro e entendendo a realidade, o sistema de capitalista de produção e a sociedade neoliberal até que chegamos no objeto de trabalho que é o cidadão que está vulnerável e deve ter seus direitos garantidos como se está previsto na Lei.

A Constituição precisa de projetos, políticas para ser executada e através do profissional que se encontra em vários setores da sociedade em atendimento com o cidadão.

O profissional tem um grande caminho para chegar em uma visita domiciliar ao cidadão, onde irá realizar um laudo social para um encaminhamento em que o cidadão necessita e deve ter seus direitos garantidos.

O profissional do Serviço Social deve ter conhecimento da profissão, da sociedade, política pública e social e do sistema de governo, com tudo isso compreendemos todo o movimento e amplitude da profissão.

Conceber a cidadania enquanto um processo de construção:

Sendo constante e atual.

Cotidiano e necessário para a real efetivação e avanço do Estado democrático de direito.

Frente às defensivas neoliberais, desta maneira a crítica ao neoliberalismo e ao conservadorismo persiste.

É preciso ter claro o ônus, bônus e prejuízo e os benefícios de um Estado Neoliberalista e o que se impacta nas políticas públicas socias.

Parece que o neoliberalismo e a população de situação de vulnerabilidade não se têm nada haver e infelizmente são os primeiros a serem impactados com os pacotes neoliberais e as políticas conservadoras e excludentes que não possibilitam o acesso e a ascensão do pobre ao que é de direito.

No momento da atuação profissional não se deve agir em nome próprio e não se fala em primeira pessoa, devendo sempre agir e falar enquanto categoria profissional então tenha muito cuidado com a reprodução e emissão de juízos de valores.

Devemos ter uma sociedade justa, igualitária e tratando o cidadão como ele deve ser tratado e o que se encontra na Constituição Federal de 1988 de que todos somos iguais perante a Lei.

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Aula 14 – Serviço Social e o Trabalho Humano.

Vamos retomar alguns elementos das disciplinas, pois são muito significativos que são importantes e é preciso apropriar dos conceitos, leituras e conhecimentos.

O Conceito do Trabalho: o trabalho humano é uma ação transformadora da realidade, dirigida por finalidades conscientes.

O trabalho é consciente e uma ação transformadora e possui uma finalidade especifica e consciente, sendo um processo com começo meio e fim.

Se o trabalho não é consciente não pode ser considerado um trabalho, sabemos da finalidade, a teologia, porque se esta e qual a intenção e o que objetivo com o nosso trabalho.

O trabalho enquanto Assistente Social docente é proporcionar uma formação profissional, pelo menos uma parte, estando no momento realizando o trabalho de docente para atender a necessidade do estudante do Serviço Social.

É possível que uma pessoa não tenha consciência do próprio trabalho?

Temos pessoas que reproduzem ações e realizam um trabalho que chamamos de Trabalho Alienado, que não tem consciência de sua exploração e da condição de explorado.

Todo processo de trabalho tem uma teleologia e uma finalidade em que é preciso estar atento, pois vem para atender uma necessidade do ser humano.

Quando um ser humano trabalha, tem seu emprego, uma profissão consolidada qual é a necessidade humana que se atende da profissão?

É consciente a entrega do trabalho em que se faz?

Atende com qualidade a pessoa que necessita desse trabalho?

O trabalho para ser realizado necessita de instrumentos, técnica e conhecimento e não se deve fazer por fazer, assim como não se deve fazer de qualquer jeito e maneira.

Existe toda a parte teórica, assim como no Movimento de Reconceituação falamos da metodologia, a busca pela organização metodológica, renovação teórica e metodológica e assim tendo jeito de se fazer o trabalho.

As políticas sociais e públicas, unidades de serviço, espaços sócio-ocupacional é onde o profissional do Serviço Social realiza o trabalho para viabilizar o acesso aos direitos do cidadão.

Sendo nas unidades de serviços que são as instituições empregadoras particulares, públicas ou terceiro setor que empregam Assistentes Sociais um espaço institucional onde pode realizar o trabalho, devendo ter uma noção de como se acontece na prática.

O Estudante em Serviço Social deve tomar consciência já no segundo ano de sua graduação em responder o que faz um Assistente Social?

Depois que encerrou o Congresso da Virada e a Intenção de Ruptura estamos falando o que é porque faz e de onde veio esse fazer de um Assistente Social. Não se tem uma resposta pronta e acabada, é preciso decore o que está na Lei de Regulamentação da profissão.

O estudante como o profissional em Serviço Social deve ter consolidado para poder explicar para as pessoas o que faz um Assistente Social.

O Serviço Social em seu conjunto, dispõe de uma possibilidade privilegiada de aproximação à vida cotidiana das classes subalternas, tendo acesso direto a dor e alegria das pessoas.

Não se deve ser com olhar de dó, piedade, ajuda de benesse de caridade e sim com olhar de um profissional para um cidadão o ser humano, não se deve ser um olhar frio e técnico mas saber que está como um profissional para garantir que o cidadão se veja e reconheça na Constituição Federal.

A Constituição foi feita para todos os cidadãos e um profissional tem de ter um sentimento de humanidade, empatia e respeito presente na intervenção.

Tendo clareza na parte técnica pois se está presente na vida de pessoas e desta maneira criamos formas de atuar, para concretizar esse estimulo, ser capaz de proporcionar uma intervenção planejada.

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Aula 15 – Serviço Social e Seguridade Social – Áreas de Atuação.

Neste momento que trabalhamos nesses Movimentos de Reconceituação, Reatualização, congressos e Eventos e falamos sobre o trabalho, Legislação e Cidadania, veremos sobre o desdobramento da aula anterior em que foi falado sobre a Questão da Cidadania, quem é o cidadão e o que faz e onde atua o Assistente Social?

Primeiro ponto dentro da Constituição Federal de 1988 que é o Artigo 194 que se refere a Seguridade Social – como campo de defesa de direitos sociais e da cidadania, contemplando a saúde, assistência social e previdência social enquanto direito do cidadão.

Quando dizemos “enquanto direito do cidadão” trazemos a reflexão acerca da Previdência Social dentro do tripé da Seguridade Social, temos Assistentes Sociais que atua nessa área assim como inseridos em todas as políticas previdências a saúde.

Previdência Social é um sistema de proteção social contributivo (o cidadão contribui para usufruir, salvo alguns programas e a maioria é contributivo) que assegura o sustento do trabalhador e de sua família, quando ele não pode trabalhar por causa de doença, acidente, gravidez, prisão, morte ou velhice.

Devemos entender o que é o Artigo da Previdência social, podemos atuar diretamente enquanto técnico ou atuaremos com a Previdência Social, ou seja, gerar informações para usuários e buscar informações de usuários e indiretamente o profissional estará relacionado nessa política.

Segundo ponto dentro da Constituição Federal de 1988 no artigo da Seguridade Social é a Assistência Social que é um direito de todos e para quem dela necessitar e sendo não contributiva, ou seja, não precisando contribuir para acessar a política de Assistência Social e chegando a quem dela necessitar.

Irá se desdobrar na política Sistema Único de assistência social com seus mais variados programas, planos, projetos, ações e sendo uma política bem estruturada e robusta no Brasil e realizando-se de forma integrada com as políticas setoriais.

Nenhuma das áreas de campo de defesa dos direitos acontece sozinho, nem sempre funciona na prática mesmo assim queremos que entendam o conceito e vejam a amplitude dos espaços sócios ocupacionais.

A saúde que é um direito de todos e dever do Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e sendo uma política não contributiva.

São espaços que vão se fortalecendo dentro da assistência e temos convivência e fortalecimentos de vínculos, aprendizagem profissional, o Cras, o Creas e muitos equipamentos que se dá vida a Assistência Social, bem como na área da saúde como o CAPS e hospitais especializados, universitários, grupos, clinicas e vários espaços que dão materialidade e vida ao direito do cidadão.

Sendo espaço do profissional na Seguridade Social exigindo muito planejamento, preparação e conhecimento de cada um, conforme as disciplinas vão passando o processo formativo vai sendo consolidado o aluno vai percebendo a afinidade e também é preciso saber quais áreas que existe e qual a finalidade.

Haverá muitas duvidas com relação aos Artigos, ainda mais o Brasil que tem uma coletânea de Lei muito extensa e por isso se deve ter a informação começando nos estudos e assim se especializando na área em que tiver mais afinidade e sejam protagonistas do processo formativo.

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Aula 16 – Serviço Social e Intervenção Profissional Hoje – Reflexões Iniciais.

Tivemos um conhecimento de imersão e da história da profissão com fundamentos sólidos, teremos assuntos sobre as práticas de intervenção profissional e todo o desafio que construímos e daremos continuidade nas próximas disciplinas, servindo de base para compreender os desdobramentos das demais disciplinas que veremos adiante.

Logo estudar e falar sobre “Legado” é muito significativo e sendo uma joia rara de família uma herança para quem vem depois de outra pessoa.

Nossa herança é ter conhecido a história da profissão e passar adiante e trazendo a vida de muitos profissionais que lutaram, estudaram e brigaram pelo espaço no mercado de trabalho e que garantiram o reconhecimento da categoria.

O Legado não se acaba se multiplica deveremos dar continuidade e ser compartilhado do professor ao aluno do Serviço Social, que junto começam a construir o Serviço Social do futuro que deve ser construído todos os dias.

Devendo cuidar do Legado e olhar para a realidade em que estão inseridos hoje assim quando forem um profissional, lembrando que cada um deixa um Legado e que seja positivo.

A prática interventiva de hoje também repercute no legado da história, um dos exemplos é quem passou no processo da pandemia está construindo história enquanto profissional e ser humano.

Especificamente os seres humanos a partir do século 21 faremos parte da história de uma geração que passou pela pandemia e marcou e está marcando esta geração.

É preciso sair do mundo das aparências, alienado, superficial e do senso comum sempre estar fazendo o cérebro funcionar estudar e pensar.

Estamos inseridos nos mais diferentes campos e processos de trabalho, o Assistente Social, deve ser capaz de diferenciá-lo e saber como fazer com uma transformação consciente.

Para isso lançar mão da instrumentalidade, a forma de fazer com qualidade e o jeito certo com finalidade e consciência desenvolvendo os métodos e metodologias para realizar e colocar em prática o trabalho no mundo real.

Quais são os instrumentos que o Assistente Social tem para realizar seu trabalho?

Quando e como se usa o instrumento da visita domiciliar?

Como realizar uma reunião ou entrevista?

Como realizar uma observação, relatório ou estudo de caso?

Como realizar uma abordagem e um encaminhamento?

O profissional para utilizar todos esses instrumentos técnicos-operativos da profissão citados acima é preciso de técnica e isso deverá aprender para possibilitar dar materialidade das ações políticas sociais e públicas.

Para o que começou na Constituição Federal de 1988 chegue hoje precisamos além do conhecimento teórico do técnico e metodológico, assim desenvolver uma prática profissional com competência, ética e responsabilidade em um contexto e cenário moderno competitivo não se deve levar de qualquer maneira com a formação profissional.

Se fazer de conta que se aprende e assiste as aulas já se está contra o Código de ética profissional, o Projeto ético-político pedagógico, sendo uma autossabotagem e corrupção contra si mesmo e não precisamos de profissionais do serviço social inadequados, pois o mundo está cheio de injustiça e desigualdade.

“É preciso ter profissionais criativos, animados, empenhados e comprometidos”.