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Grupo 4 - Fundamentos da avaliação psicológica - Coggle Diagram
Grupo 4 - Fundamentos da avaliação psicológica
Padronização
Se aplica a diversas técnicas psicológicas,
como entrevistas, Hora do Jogo e observações.
Para alguns autores, refere-se às precauções a serem tomadas no momento da aplicação do teste.
Desenvolvimento de parâmetros ou critérios para interpretação dos resultados
Condição de administração:
Material de testagem
Qualidade do Teste- Deve ser válido e preciso
Pertinência do Teste- Deve ter importância para o problema avaliado, pois nem todos os testes servem para toda avaliação, e ser adaptado ao testando, considerando sua idade, nível educacional, entre outros fatores.
Ambiente de testagem
Físico- Boas condições ambientais, sem distratores, espaço, ventilação e móveis adequados.
Psicológico- Testando deve estar em condições normais de saúde física e psicológica, deve haver clara compreensão das instruções do teste.
Rapport - Auxilia na diminuição da ansiedade e manutenção da seriedade da tarefa, a aplicação de um bom rapport é motivadora.
Assim, aumentamos a chance do testando realmente se engajar e fazer seriamente o teste
A motivação do testando é peça chave para ocorrer um bom teste. Caso ele não perceba o propósito do teste e nem os seus benefícios, dificilmente se engajará totalmente na tarefa.
Ocasião
Considerar o tempo de aplicação do teste selecionado, analisar se o teste, ou a bateria de testes, pode ser aplicado em mais de uma sessão ou não. É importante considerar fatores como a fadiga ou sensação de mal-estar do testando.
Sempre buscar aplicar o critério de isonomia (testandos estarem em situações relativamente semelhantes) apesar de não ser possível considerar questões pessoais em testes em grupo na maioria das vezes
O que seriam situações adversas? Por que é mais difícil de realizar a testagem nessas situações?
A pessoa não quer estar testando, faz parte de um processo seletivo, por exemplo, e ela não tem opção de escolha. Logo, há chances dela desengajar, dissimular ou distorcer (falar o que acha melhor e não o que realmente acredita)
Aplicador
Deve ser um PSICÓLOGO que conheça profundamente o material utilizado, saiba responder dúvidas, transmitir segurança e não cometa erros de aplicação. Sua aparência também deve ser adequada para não afetar o desempenho do testando. É preciso que o aplicador seja atencioso e discreto, utilize uma linguagem adequada, mantenha a ordem, o respeito e a orientação, sem interromper desnecessariamente.
Assegura uma coleta adequada de dados e o uso correto dos testes psicológicos
Por que é importante o rigor na padronização?
Aplicar um teste em um contexto diferente do teste normativo implica em lidar com variáveis não consideradas no teste normativo que podem influenciar o resultado do teste.
Por isso, é crucial seguir a uniformidade dos procedimentos de uso, desde a aplicação até a interpretação dos resultados.
Normatização
Para alguns autores, refere-se à elaboração de parâmetros para analisar e interpretar os resultados dos testes aplicados
Qual a diferença sutil entre normatização e padronização? (Diferença didática, já que nem todos autores diferenciam os dois conceitos)
A padronização se refere aos cuidados e ao passo a passo no momento de aplicar as técnicas enquanto a normatização se refere à análise e interpretação dos resultados
Permite comparar escores de
diferentes sujeitos e determinar a posição que o sujeito ocupa no traço medido pelo teste
Tipos de normas:
Normas Específicas de Grupo
São aquelas que utilizam a distribuição normativa como referência
Comparações entre escores dentro do mesmo grupo
Normas desenvolvimentais
A comparação do desempenho do testando em uma escala com o desempenho de um grupo de sujeitos de mesma idade, série escolar ou nível de desenvolvimento dará informações acerca do quanto eles estão próximos ou distantes
Por que é imprescindível as normas?
O escore bruto, sem nenhuma referência, não traz informações relevantes. A partir da norma, conseguimos contextualizar, analisar e comparar os resultados.
Por isso, ao criar um teste é preciso elaborar uma normatização. Após isso, caso alguém replique o teste, terá o teste normativo como referência para interpretar os resultados.
Por exemplo, 50% de acerto em um teste de inteligência por uma criança e por um adulto deverão gerar pontuações diferentes. O score só tem sentido em seu contexto.
Formas de Interpretação
Escore Z
Distribuição bilateral e simétrica
Percentil
Ponto da distribuição dos resultados ordenados da amostra
Categorias de levantamento
Ex: TAT E CAT
Teoria de Resposta ao Item
Em oposição à Teoria Clássica dos Testes (TCT), a TRI não busca analisar apenas os escores totais num determinado teste/avaliação, mas avaliar o desempenho em certas habilidades abordadas nas questões e averiguar a coerência entre as respostas e os scores apresentados.
Um exemplo prático e cotidiano dessa diferença está entre o vestibular da UFRGS, que segue a TCT, e o ENEM, que segue a TRI.
Critério
Notas de corte
Quais são os aspectos importantes para construir uma normatização?
Tamanho da amostra significativo para ser representativo da população alvo
Atualização periódica dos testes:
Como as características da população podem mudar ao longo do tempo, é preciso refazer os testes normativos para conferir se os resultados atuais ainda estão parecidos com o teste normativo anterior, que é a referência e foi feito no passado.
Teste normativo deve ser estável:
Se avaliarmos as pessoas ao longo do tempo, deve continuar sendo possível avaliar os resultados do testes.
Enquanto a padronização se refere à aplicação dos testes, a normatização se refere à interpretação desses resultados “brutos”
Fidedignidade
Um teste fidedigno é aquele que realmente avalia o que se propõe a avaliar. O conceito também pode ser chamado de
precisão.
Os testes que são expostos a repetidas mensurações e continuam apresentando resultados bastante similares, são considerados precisos ou fidedignos
As formas de verificar a precisão de um teste são as seguintes:
Teste-reteste
Método mais intuitivo para avaliação da dos escores ao longo do tempo
Formas Alternadas
O procedimento de formas alternadas difere do teste-reteste, pois as aplicações ocorrem com conjuntos de itens distintos
Consistência (alfa de Cronbach)
O coeficiente alfa é a média de todos os coeficientes possíveis de duas metades de um teste e indica o valor esperado de uma divisão aleatória do conjunto de itens de um teste
Refere-se à estabilidade com que os escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas de um mesmo teste ou em formas equivalentes de testes distintos
O que é erro de medida? Qual a relação desse conceito com o teste psicológico?
Todas as medidas apresentam alguma chance de erro, porém, essa chance não pode ser muito grande.
Se as medidas forem muito diferentes de um momento para o outro, o teste não é fidedigno.
A fidedignidade “serve também para verificar se a avaliação realizada mostra-se suficientemente isenta de erro de medida”
A fidedignidade é absoluta, o teste será 100% fidedigno?
Não, porque existem influências externas e do próprio teste
Influências externas:
Relativas ao testando: fadiga, falta de motivação, influência de drogas, fome...
Condições do ambiente: ruídos, personalidade do examinador, rapport do examinador, temperatura, estímulos visuais…
Sendo que os próprios construtos psicológicos podem gerar algum erro de medida
Porém, essas variações não podem ser grandes e interferir no resultado do teste
Por que é importante saber das influências externas?
É imprescindível relatar as possíveis fontes de erro na mensuração, porque elas podem enviesar o resultado. Então, relatar a possível fonte de erro e o grau de impacto são aspectos muito importantes no processo de validação de um teste e de aplicação de um teste já validado.
Validade
Definição: O quanto o teste é legítimo em relação ao construto que se propõe a avaliar
Suas evidências são baseadas:
Nas relações com variáveis externas
Incluem medidas de algum critério que o teste deverá predizer, assim como relações que são hipotetizadas e verificadas por outros testes que avaliam o mesmo construto (ou o construto oposto)
Na estrutura interna
Trata-se do quanto as partes de um teste estão em conformidade com o construto sendo avaliado, a partir das interpretações propostas para os escores
Para verificar essa evidência, o software analisa os itens do teste e os agrupa conforme os fatores da teoria embasada. Se os itens forem agrupados corretamente pelo software, existe evidência na estrutura interna
Exemplo: Big five (personalidade) - Os itens criados para avaliar o neuroticismo devem ser agrupados todos no mesmo fator pelo software. Caso agrupe itens de neuroticismo com os de extroversão, o teste não terá evidência ou ela será muito fraca.
No conteúdo
Trata-se de uma evidência de validade que pode ser obtida da análise da relação entre o conteúdo do teste (desde os temas, a forma de escrever até o formato dos itens/tarefas/questões) e o construto que ele pretende medir
deve medir exatamente aquilo que pretende, mas realizar essa medida com acuidade, sem erros
Para isso, os domínios do teste devem ser descritos
antecipadamente
para depois elaborar itens que realmente medirão esses domínios. Logo, definir os domínios após elaborar o teste é incorreto.
No processo de resposta
Está relacionada ao processo cognitivo, ou seja, processos mentais subjacentes à produção das respostas que o avaliado usa para responder ao teste
Ou seja, o foco está em entender o processo adotado pelo testando para responder a tarefa ou o item do que o resultado final (errou ou acertou, por exemplo)
Na consequência da testagem
Essse tipo de evidência informa sobre as interpretações pretendidas (ou não) dos escores, quando o teste passa a ser usado nos contextos aos quais foi desenvolvido
Como o foco está em entender as consequências da testagem, o que ela provocou nos testandos, envolve uma dimensão ética forte, já que busca avaliar os efeitos daquela avaliação na vida das pessoas (não visa informar sobre a validade e nem a técnica do instrumento)
Ex: ENEM, que busca medir a educação nacional para ser possível melhorar a estrutura e o funcionamento do Ensino Médio nacional
Está em constante construção
A informação "teste válido" é o suficiente para o psicólogo poder aplicar?
Não, é necessário saber para quais objetivos e para quais grupos o teste é direcionado.
Qual termo é mais adequado: validade ou evidências de validade?
Evidências de validade
Como a validade do teste deve ser concebida como “algo único e integrado incorporando também as ações decorrentes do uso dos teste (interpretações, inferências, conclusões)”, "evidências de validade" é o termo mais adequado, já que a junção dessas evidências definiriam a validade do teste