Século XIX
Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil e posterior abertura dos portos a navios estrangeiros, os Estados Unidos foram, em 1815, o primeiro país a estabelecer um consulado no Brasil, mais precisamente no Recife em Pernambuco, primeira cidade do Hemisfério Sul a abrigar uma representação diplomática norte-americana.[4][5] Ele também foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil de Portugal em 1824, dois anos após a sua proclamação. Reconhecer a independência dos países da América de suas metrópoles europeias era uma das bases da política externa dos Estados Unidos, que esperavam minar a influência da Europa na região. Na primeira Conferência Pan-Americana, em 1890, muitos países do Continente Americano, incluindo os EUA e o Brasil, discutiram uma série de projetos de integração regional. Essas variavam de militar para integração econômica. Os Estados Unidos planejavam criar um bloco econômico pan-americano e anti-europeu, uma união aduaneira. Significa suspender as tarifas externas aplicadas ao comércio interamericano, mas não ao comércio europeu-americano.
Século XX
No início do século XX, a relação cordial estabelecida é referida como a Aliança não escrita ou a Entente Cordiale, um cognome consagrado. Ela fora descrita também como um acordo tácito entre as duas nações. Na década de 1920 o Wall Street Journal noticiava que "Não há no mundo melhor território para a exploração do que o Brasil". O historiador e diplomata Gerald Haines escreveu a monografia "The Americanization of Brazil: A Study of U.S.Cold War Diplomacy in the Third World", na qual ele diz que o Brasil seria "uma área de experimentação para métodos modernos de desenvolvimento industrial" e que isso seria um componente de um projeto global onde os Estados Unidos "assumiram por interesse próprio a responsabilidade, visando o bem-estar do sistema capitalista mundial", já no contexto da disputa mundial contra o comunismo. Essa experimentação que teria sido implementada a partir de 1945 foi apresentada como um êxito americano e que culminou com o milagre econômico brasileiro no início da década de 1970. Não obstante, grande parte da população brasileira figurava entre as mais miseráveis do mundo em contraste a de qualquer país comunista da Europa Central. Haynes afirmava ainda que o objetivo americano era "eliminar toda competência estrangeira" da América Latina e manter os investimentos privados para a exploração das amplas reservas de matéria-prima, afastando a influência do "comunismo internacional"
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