O BNH era inicialmente uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda (art. 16 e seguintes), depois repassado ao Ministério do Interior, por força do Decreto n.º 60.900, de 26 de junho de 1967. Em seguida, sofreu modificações pela Lei n.º 5.762, de 14 de dezembro de 1971, transformando o BNH em empresa pública, de personalidade jurídica de direito privado, com seu patrimônio próprio (art. 1º) e permanecendo no Ministério do Interior. O Banco Nacional de Habitação tinha por função a realização de operações de crédito — sobretudo de crédito imobiliário —, bem como a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. Era um banco de segunda linha, ou seja, não operava diretamente com o público, atuando por intermédio de bancos privados e/ou públicos e de agentes promotores, tais como as companhias habitacionais e as companhias de água e esgoto. Ele tinha por objetivo facilitar o acesso à casa própria. O BNH marcou o início de uma nova era em termos de alavancagem da indústria da construção civil e da consequente urbanização de nosso país. Todavia, a vida do BNH no Brasil não foi de todo longa. O Banco foi extinto com cerca de 22 anos de atuação, por meio do Decreto-Lei n.º 2.291 de 21 de novembro de 1986. O BNH foi incorporado à Caixa Econômica Federal. , sucedendo em todos os seus direitos e obrigações, sobretudo, na gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS.