1.1.2 Equilíbrio do consumidor.

efeiTos Das moDificações na renDa e nos Preços

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as restrições orça- mentárias que os consumidores enfrentam por dispor de renda limitada.Restrições que os consumi- dores enfrentam como resul- tado do fato de suas rendas serem limitadas.Restrições que os consumi- dores enfrentam como resul- tado do fato de suas rendas serem limitadas. A linha de orçamento indica todas as combinações de A e V para as quais o total de dinheiro gasto seja igual à renda disponível. Uma vez que estamos considerando apenas duas mercadorias (e ignorando a possibilidade de poupança, por exemplo), nosso consu- midor hipotético despenderá a totalidade de sua renda com alimento e vestuário. Todas as combinações de bens para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda.A linha de orçamento do consumidor descreve as combinações de quantidades de dois bens que podem ser adqui- ridas de acordo com a renda do consumidor e os preços dos dois bens. A inclinação da linha de orçamento, –(PA/PV), é igual à razão dos preços das duas mercadorias com o sinal negativo. O grau de inclinação nos informa a proporção pela qual as duas mercadorias podem ser trocadas sem alterar a quantidade total de dinheiro gasto. A interceptação (I/PV) com o eixo vertical representa a maior quantidade de V que pode ser adquirida com a renda I. Finalmente, a interceptação (I/PA) com o eixo horizontal re- presenta a maior quantidade de A que pode ser adquirida caso toda a renda seja gasta com A.

Restrições orçamentárias

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Estamos supondo que eles façam essa escolha de maneira racional — eles decidem a quantidade de cada bem visando a maximizar o grau de satisfação que podem obter, considerando o orçamento limitado de que dispõem. A cesta de mercado maximizadora deverá satisfazer duas condições: 1. Deverá estar sobre a linha de orçamento. 2. Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. Essas duas condições fazem com que o problema de maximizar a satisfação do consumi- dor restrinja-se a escolher um ponto apropriado sobre a linha de orçamento.
Portanto, nesta análise podemos ver que a cesta de mercado que maximiza a satisfa- ção deverá estar situada sobre a curva de indiferença mais elevada que toca a linha de orçamento. O ponto A é o ponto de tangência entre a curva de indiferença U2 e a linha de orçamento. Em A, a inclinação da linha de orçamento é exatamente igual à inclinação da curva de indiferença. Pelo fato de a TMS (–∆V/∆A) ser igual à inclinação da curva de indiferença com sinal negativo, podemos afirmar que o grau de satisfação é maximizado (considerando-se a restrição orçamentária) no ponto em que
TMS = PA/PV


Os consumidores maximizam sua satisfação escolhendo a cesta de mercado A. Nesse ponto, a linha de orçamento e a curva de indiferença U2 são tangentes, e nenhum nível mais elevado de satisfação (por exemplo, o propiciado pela cesta de mercado D) pode ser obtido. No ponto A (de maximização), a TMS entre os dois bens é igual à razão entre os preços.
a maximização é atingida quando o benefício marginal — associado ao consumo de uma unidade adicional de alimento — é igual ao custo marginal — o custo da unidade adicional de alimento. O benefício marginal é me- dido pela TMS. No mesmo ponto, o custo marginal é medido por meio do grau da inclinação da linha de orçamento;Caso a TMS seja menor ou maior do que a razão entre os preços, a satisfação do con- sumidor não estará sendo maximizada.
O resultado de que o valor da TMS é igual à razão entre os preços pode ser enganador. Imagine dois consumidores diferentes que tenham acabado de adquirir diversas quanti- dades de alimento e vestuário. Se os dois estivessem maximizando sua satisfação, você poderia dizer o valor de suas respectivas TMS observando os preços das duas mercadorias. O que você não poderia dizer, entretanto, seria a quantidade comprada de cada mercadoria, pois isso é determinado pela preferência individual de cada consumidor. Caso os dois con- sumidores tivessem gostos diferentes, eles poderiam consumir quantidades diferentes dos dois bens, mesmo havendo igualdade entre suas TMS.

A escolha do consumidor. MAXIMIZAnDO A SATISFAÇÃO DO COnSUMIDOR

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Quando a taxa marginal de substituição de um consumidor não se iguala à razão entre os preços em nenhum nível de con- sumo, então surge uma solução de canto. O consumidor maximiza sua satisfação adquirindo apenas um dos dois bens. Dada a linha de orçamento AB, o maior nível de satisfação é alcançado no ponto B na curva de indiferença U1, em que
a TMS (de sorvete por iogurte congelado) é maior do que a razão entre os preços do sorvete e do iogurte congelado.1
Situação na qual a taxa mar- ginal de substituição de um bem por outro, em uma cesta de mercado escolhida, não é igual à inclinação da linha de orçamento.


Às vezes, pelo menos dentro de certas categorias de bens, as escolhas do consumidor são extremas. Por exemplo, algumas pessoas não gastam um centavo com viagens e en- tretenimento. A análise das curvas de indiferença pode ser utilizada para revelar em que condições os consumidores optam por não consumir determinada mercadoria.
Na Figura 3.15, um homem que se defronta com a linha de orçamento AB opta por adqui- rir apenas sorvete (S) e nenhuma quantidade de iogurte congelado (IC).


Em B, ponto de sua máxima satisfação, a taxa mar- ginal de substituição de sorvete por iogurte congelado é maior do que a inclinação da linha de orçamento.


Quando ocorre uma solução de canto, a TMS do consumidor não se iguala necessaria- mente à razão entre os preços. Diferentemente do que ocorre com a condição da Equação 3.3, a condição necessária para a maximização da satisfação na escolha entre sorvete e iogurte congelado é dada pela seguinte inequação:9
TMS ≥ PS /PIC


Em ambos os casos, podemos ver que a igualdade entre o benefício marginal e o custo marginal, que descrevemos nas seções anteriores, só se verifica quando quantidades positivas de todos os bens considerados são consumidas.
Uma lição importante aqui é que previsões a respeito da quantidade de um produto que os consumidores poderão adquirir, quando se defrontarem com variações das condições eco- nômicas, dependerão da natureza das preferências do consumidor por aquele produto e por produtos correlatos, bem como da inclinação da linha de orçamento. Se a TMS do sorvete por iogurte congelado for substancialmente mais alta do que a razão entre os preços, como mos- tra a Figura 3.15, então um pequeno decréscimo no preço do iogurte congelado não alterará a escolha do consumidor; ele ainda optará por consumir apenas sorvete. Todavia, se o preço do iogurte congelado apresentar uma queda significativa, o consumidor poderá rapidamente mudar de ideia e adquirir potes e potes de iogurte congelado.

soluções De canTo

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MODIFICAÇÕES nA REnDA - odemos observar que uma modificação na renda altera o ponto de interseção da reta com o eixo vertical, mas não muda a inclinação (pois nenhuma mercadoria teve o preço modificado). A Figura 3.11 mostra que se a renda for dobrada (passando de US$ 80 para US$ 160) a linha de orçamento desloca-se para fora . Da mesma forma, caso a renda fosse reduzida à metade (passando de US$ 80 para US$ 40), a linha de orçamento seria deslocada para dentro, passando de L1 para L3.

MODIFICAÇÕES nA REnDa

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MODIFICAÇÕES nOS PREÇOS O que ocorre com a linha de orçamento caso o preço de uma mercadoria seja modificado, mas o da outra mercadoria permaneça o mesmo? podemos obter a nova linha de orçamento L2 por meio de uma rotação da li- nha original L1 para fora, a partir de seu ponto de interseção com V. Uma mudança no preço de um dos bens (com a renda inalterada) provoca uma rotação na linha de orçamento em torno de um intercepto.

MODIFICAÇÕES nOS PREÇOS

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Por outro lado, quando o preço do alimento duplica, passando de US$ 1 para US$ 2, a linha de orçamento faz uma rotação para dentro, passando para L3 de tal modo que o poder aquisitivo das pessoas é reduzido. Mais uma vez, um indivíduo que adquira apenas vestuá- rio não será afetado por tal aumento de preço.O que ocorreria caso os preços de ambas as mercadorias, alimento e vestuário, sofres- sem modificações, mas de tal forma que a razão entre os dois preços permanecesse inalte- rada? Pelo fato de a inclinação da linha de orçamento ser igual à razão entre os dois preços, a inclinação permaneceria a mesma. O ponto de interseção da linha de orçamento se deslo- caria de tal forma que a nova linha se manteria paralela à linha anterior. Por exemplo, caso os preços de ambas as mercadorias fossem reduzidos à metade, a inclinação da linha de orçamento não sofreria alteração; os valores correspondentes a seus pontos de interseção com os eixos vertical e horizontal, porém, seriam duplicados, de tal modo que a linha de orçamento seria deslocada para fora.Tal fato nos diz alguma coisa sobre os determinantes do poder aquisitivo do consumi- dor — sua possibilidade de adquirir bens e serviços. O poder aquisitivo é determinado não apenas pela renda, mas também pelos preços. Por exemplo, o poder de compra do consumi- dor poderia ser dobrado pela duplicação de sua renda ou por uma redução, pela metade, de todos os preços das mercadorias que ele viesse a adquirir.Pelo fato de ambos os preços terem duplicado, a razão entre eles não seria alterada, portanto, a inclinação da linha de orçamento também não sofreria qualquer modificação. Em razão do preço do vestuário ter duplicado, da mesma forma que a renda, a quantidade máxima de vestuário que poderia ser adquirida (representada pela interseção entre a linha de orçamento e o eixo vertical) não seria alterada. O mesmo ocorre com o alimento. Por conseguinte, uma inflação na qual todos os preços e níveis de renda proporcionalmente se elevassem não influenciaria a linha de orçamento ou o poder aquisitivo do consumidor.

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