A Revolução Russa de 1917 foi o principal motivo da saída da Rússia da primeira Guerra Mundial e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos). Leon Trotsky, no exercício das relações exteriores do governo bolchevique, pressionou França e Reino Unido para que iniciassem em conjunto o processo de paz, encerrando a Primeira Guerra Mundial. Porém, sem obter resposta, ameaçou iniciar esse processo de forma solitária, o que de fato ocorreu.[3] Os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes. Mesmo Lênin, defendendo a paz, chamou o tratado de "paz vergonhosa".[3] Através deste, a Rússia abria mão do controle sobre a Finlândia, Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polônia, Bielorrússia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi, antes sob seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, 50% de sua indústria e 90% de suas minas de carvão.[4] A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, após a revolução alemã, iniciada em 9 de novembro de 1918, que derrubou o regime monárquico, o Comitê Executivo Central declarou anulado o espoliador e injusto tratado de Brest-Litovsk. Paralelamente, a derrota da Alemanha na guerra, marcada pelo armistício, firmado com os países aliados, em 11 de novembro de 1918, na floresta de Compiègne, permitiu que Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia se tornassem Estados verdadeiramente independentes, e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na Guerra Civil Russa (1918-1921) e terminaram por ser novamente anexadas ao território russo
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