Para os EUA, o Brasil tinha importância política e estratégica. Sem o apoio brasileiro e já tendo contra si a resistência argentina, Washington não conseguiria estabelecer um sistema pan-americano que lhe garantisse apoio do hemisfério para se posicionar frente ao expansionismo japonês e alemão. Ademais, as matériasprimas brasileiras eram importantes para as necessidades da indústria bélica norteamericana, bem como a posição do Nordeste brasileiro constituía verdadeiro “tram-polim” aéreo e ponto mais curto e seguro também para a travessia marítima, rumo ao teatro de operações no Norte da África. O desencadear da II Guerra Mundial comprometeu o delicado equilíbrio que o Brasil mantinha entre os Estados Unidos e a Alemanha. Em 1942, na Conferência dos Chanceleres Americanos, no Rio de Janeiro, Vargas apoiou a demanda norteamericana de busca de solidariedade continental. O Rio de Janeiro acatou, em 28 de janeiro desse ano, a recomendação da Conferência para que os Governos americanos rompessem relações diplomáticas e comerciais com a Alemanha, a Itália e o Japão. O Brasil declarou estado de beligerância com a Alemanha e Itália, em 21 de agosto de 1942, devido ao torpedeamento de cinco navios mercantes seus, por submarinos alemães. No ano seguinte, em janeiro, o presidente Roosevelt, em escala na sua viagem de retorno de Casablanca, encontrou-se com Vargas em Natal,