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IMMANUEL KANT, O GRANDE FILÓSOFO DO ILUMINISMO - Coggle Diagram
IMMANUEL KANT, O GRANDE FILÓSOFO DO ILUMINISMO
Criado numa família luterana, Kant questionava a religiosidade exigida pela sua igreja, de vida frugal, e a obediência total à lei moral. Achava que a igreja praticava, com relação aos jovens, uma espécie de escravidão.
Kant e suas circunstâncias
Immanuel Kant nasceu de família pobre, em 1724, na cidade de Königsberg (atual Kaliningrad), que, à época, pertencia à Prússia e que hoje faz parte da Rússia.
Kant teve uma vida totalmente regular, até metódica. Jamais saiu da cidade onde nasceu. Ali se doutorou em filosofia, em 1755, tornou-se professor e mais tarde reitor. Nunca se casou.
Escrevia, diariamente, em pé, em sua casa, apoiado a uma espécie de púlpito.
Teve grande influência de Isaac Newton para escrever sobre as forças cinéticas, no livro Pensamentos sobre o verdadeiro valor das forças vivas.
Escreveu também sobre estética e religião, inspirado nos iluministas franceses. Morreu em 1804.
A primeira fase de Kant foi marcantemente empirista, dogmática e voltada para as ciências naturais. Depois de entrar em contato com o pensamento de David Hume, modificou e aperfeiçoou muitas de suas ideias.
Kant e suas ideias
Immanuel Kant obteve, com suas obras, uma síntese entre o empirismo e o racionalismo, duas correntes que se complementavam, mas que lutavam em torno de algumas diferenças. Kant viria a apresentar soluções aos problemas filosóficos de ambas.
Defendia a existência de uma lei natural, mas descartava o domínio da experiência sobre a razão (como queriam os empiristas) ou mesmo o contrário (conforme pregavam os racionalistas).
Admitia que o conhecimento começa com a experiência. Mas pondera que a percepção só nos permite conhecer o fenômeno que as coisas apresentam. Pela experiência dos sentidos, apenas, não é possível conhecer as coisas em si. Portanto, não se consegue traçar a universalidade do conhecimento somente por meio da realidade objetiva.
Kant conciliava realidade e razão, sem desprezar a importância da percepção, mas esclarecendo que esta nos propicia apenas a representação das coisas, não as coisas em si.
Estruturas são o que chamou de condições a priori, a que acresceu as formas da sensibilidade, que são o tempo e o espaço .
Tais estruturas de pensamento, que são universais, são formadas pela soma dos conhecimentos adquiridos e complementam a apreensão sensível dos fenômenos.
o uso da razão implica forçosamente outra característica humana, que é a capacidade de julgamento – ou juízo, como ele chamou o processo de avaliação da realidade. Chamou a isso de formas do entendimento.
formas de sensibilidade e as formas do entendimento fazem aflorar conceitos puros que sempre existiram na nossa consciência. Kant chamou esses conceitos de categorias, que afloram por meio da intuição ou da experiência sensível.
São elas: unidade, pluralidade, totalidade, realidade, negação, limitação, substância, causalidade, comunidade, possibilidade, existência e necessidade. Por meio dessas categorias, apontou os limites do conhecimento.
forma da sensibilidade
relaciona-se à percepção que capta os objetos da realidade objetiva, sujeitando-os à razão.
forma do entendimento
organiza os conteúdos oriundos da sensibilidade.
forma da razão
regula e controla a sensibilidade e o conhecimento.
a razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdo.
Criticismo kantiano
Kant percebeu que fazer uma crítica da razão pode guiar a própria razão e levar à sua correta aplicação e utilização, com evidências práticas ou experiências que sejam ao menos possíveis.
Sem negar a aspiração natural por razões definitivas, a crítica da razão deve, portanto, distinguir o que é uma “pretensão do saber” e, por outro lado, afirmar que só é possível conhecer um fenômeno partindo da observação deste
O tempo, o espaço e sua natureza
Para Kant, nem o tempo nem o espaço são realidades relativas e não absolutas. Assim, o tempo e o espaço são a condição de toda e qualquer percepção e não apenas percebidos: ninguém vive sem perceber o espaço. Quanto ao tempo, todo e qualquer ato da mente é, invariavelmente, associado a um momento: é, portanto, condição para que a consciência humana seja una, coerente, não fragmentada.
O criticismo baseava-se, como o próprio nome já indica, na crítica. Em outras palavras, na análise reflexiva de um tema para verificar as condições que o legitimassem.
Dogmatismo, um objeto é acessível, não havendo o que se enfrentar, e, para o ceticismo, é impossível apreender um objeto tal como ele realmente é e, por isso, não se deve fazer julgamentos
juízo analítico
“a priori” é aquele cuja definição está contida no próprio sujeito
juízo sintético
, define o atributo complementar desse sujeito, que acrescenta dados sobre o sujeito
Kant e sua influência no direito
A moral pressupõe liberdade de pensamento, sempre relacionada com o dever – e essa é a grande diferença para o direito, que para ele deve considerar o aspecto punitivo.
A justiça, tem como função social e jurídica a eliminação de obstáculos à liberdade individual. O ideal de Kant, de justiça como liberdade, inspirou a teoria do Estado liberal: o conceito é de que liberdade é o não impedimento, por nossas próprias paixões ou normas particulares (liberdade interna), ou pela intervenção e arbítrio dos outros (liberdade externa)
é a Constituição que assegura direitos aos cidadãos e facilita o atingimento da paz perpétua como premissa para a felicidade e prosperidade do povo.
Kant não se preocupa com o direito positivo, mas com o conceito universal apriorístico do direito fornecido pela razão. Para ele, a lei universal do direito é a seguinte: agir exatamente de modo que o livre uso do arbítrio possa coexistir com a liberdade de cada um segundo uma lei universal.
o Estado é um meio necessário para a garantia da liberdade das pessoas. A convivência entre estas é possibilitada apenas pela promulgação das leis universais, papel desempenhado pelo Estado.
A finalidade do Estado é promover o bem público, isto é, a manutenção da juridicidade das relações interpessoais, e não conquistas individuais, subjetivas, como a felicidade e o bem-estar.
O bem público, para Kant, é precisamente a Constituição legal, que garante a cada um sua liberdade por meio da lei.
Kant nega ao povo o direito à revolução
Kant e o imperativo categórico
É o ponto central do seu sistema filosófico, para a compreensão do que é moral e do que é ético. Tem o traço da universalidade, porque é aplicável a todos. Mas não se trata de uma lista de normas morais; o imperativo categórico é, antes de tudo, um mecanismo da razão.
Imperativo categórico:
o indivíduo deve agir de tal modo que sua atitude seja correta a ponto de tornar-se uma lei universal.
Imperativo universal:
o indivíduo deve agir de acordo com uma atitude que, por sua vontade, possa tornar-se uma lei universal.
Imperativo prático:
o indivíduo deve agir de modo a que a humanidade seja o fim de seu objetivo, e não apenas o meio.