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Doença intestinal isquêmica - Coggle Diagram
Doença intestinal isquêmica
Definição
Distúrbios causados por processos agudos ou crônicos, decorrentes de etiologias oclusivas ou não oclusivas, que resultam na
diminuição do fluxo sanguíneo para o trato gastrointestinal
.
Etiologia
Embolia:
Responsável por 50% dos eventos de isquemia mesentérica aguda. Êmbolo geralmente se origina de um
trombo no lado esquerdo do coração
ou de uma ruptura espontânea ou iatrogênica com embolização de uma placa aterosclerótica ou de um aneurisma da aorta.
Trombose:
Devido trombos que ocorrem como uma progressão da aterosclerose na origem da artéria mesentérica superior. As placas ateroscleróticas mesentéricas podem se romper, ocasionando trombose aguda
Vasculite:
Artrite reumatoide, poliarterite nodosa, lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite, arterite de Takayasu e tromboangeíte obliterante podem resultar em isquemia intestinal.
Compressão externa:
A compressão extrínseca do tronco celíaco pode levar à isquemia mesentérica
Trombose venosa:
Frequentemente, envolve a veia mesentérica superior. Em geral associada à cirrose ou hipertensão portal;
Hipoperfusão:
Choque, hipotensão ou hipotensão mesentérica relativa, devido insuficiência cardíaca, diálise, relacionada ao uso de medicamentos, cirurgia ou trauma recente, infecção
COMPROMETIMENTO ARTERIAL
COMPROMETIMENTO VENOSO
Quadro clínico
Sintomas inespecíficos - Início súbito de dor abdominal
Comum:
hematoquezia/melena; desconforto abdominal; perda de peso; sopro abdominal
Incomuns:
vasculite; tontura, palidez, dispneia
Exame físico
Desconforto à palpação mínimo ou ausente
Níveis de dor abdominal maiores que o esperado pelos achados físicos
Conforme a isquemia evolui em direção ao infarto, os pacientes desenvolvem sinais de peritonite, com rigidez e distensão abdominal, defesa e rebote, sensibilidade à percussão e perda do ruído hidroaéreo
Classificação
Isquemia mesentérica aguda: êmbolo; trombose; isquemia não oclusiva
Isquemia mesentérica crônica
Isquemia colônica: colopatia isquêmica reversível; colite isquêmica ulcerativa
Exames laboratoriais
Hemograma completo: leucocitose; anemia
Perfil bioquímico incluindo lactato sérico: acidose; uremia
Painel da coagulação: distúrbio protrombótico subjacente
Amilase sérica
Gasometria arterial/nível de lactato: acidose e lactato elevado
Exames por imagem
Radiografia simples: níveis hidroaéreos, dilatação do intestino, espessamento da parede
intestinal e pneumatose
TC: espessamento da parede do intestino, dilatação do intestino, pneumatose intestinal, gás venoso portal, oclusão da vasculatura mesentérica,
Tratamento:
Depende do local anatômico e da gravidade da isquemia, da fisiopatologia subjacente e da evolução temporal.
Isquemia mesentérica aguda:
ressuscitação fluídica e oxigênio suplementar; suporte inotrópico (dopamina de baixa dosagem, dobutamina ou milrinona); Antibióticos empíricos para cobertura entérica (cefalosporina ou quinolona de terceira geração associada a metronidazol); trombólise, laparotomia exploratória ou laparoscopia com urgência
Isquemia mesentérica crônica:
dependerá de diversos fatores, principalmente se o paciente é ou não um candidato à cirurgia.
Candidato a cirurgia:
otimização médica + derivação sistêmicomesentérica cirúrgica
Não candidato à cirurgia:
otimização médica + angioplastia percutânea e colocação de stent
Isquemia colônica não aguda:
Colectomia segmentar ou dilatação endoscópica da estenose se colite segmentar sintomática; ou ressecção segmentar se estenose isquêmica crônica e sintomática