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PUERPÉRIO, Aluno: José Arnor de Góes Júnior - Coggle Diagram
PUERPÉRIO
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Alterações patológicas
Infecções pós-parto
Endometrite
- A endometrite é a inflamação do revestimento uterino. Pode afetar todas as camadas do útero. O útero é tipicamente asséptico. No entanto, a viagem de micróbios do colo do útero e da vagina pode levar a inflamação e infecção. Esta condição geralmente ocorre como resultado da ruptura das membranas durante o parto.
Tromboflebite de veia ovariana
- A trombose da veia ovariana é um distúrbio incomum, mas potencialmente grave, que está associado a uma variedade de condições pélvicas, principalmente no pós-parto, mas também à doença inflamatória pélvica, malignidades e cirurgia pélvica.
Infecções do sítio cirúrgico
- As infecções do sítio cirúrgico (ISC) são relativamente comuns após o nascimento, complicando 2-7% dos partos cesáreos. Os locais de episiotomia também podem ser infectados.
ITU
- A infecção urinária é um dos problemas mais comuns pós-parto. Isso porque o risco de desenvolver essa doença é maior quando é inserido um cateter na bexiga, procedimento para aliviar o acúmulo de urina durante e após o parto.
Alterações mamária
Fissuras
- Fissura mamária é a lesão do tecido do mamilo pela pressão realizada pelo bebê quando a pega ao mamar é inadequada.
Mastite
- Mastite é a inflamação aguda do tecido mamário que provoca sintomas como dor, inchaço ou vermelhidão, podendo ser ou não acompanhada de uma infecção e consequentemente provocar febre e arrepios. Devido à obstrução dos canais por onde passa o leite ou à entrada de bactérias através da boca do bebê
Ingurgitamento
- O ingurgitamento mamário consiste no enchimento patológico excessivo das mamas com leite, deixando-as doloridas e tensas, o que dificulta o aleitamento.
Abcessos
- Um abscesso pode surgir caso uma infecção na mama não seja tratada
Hemorragia pós-parto
Atonia uterina (tonus)
- Refere-se à contração inadequada das células do miométrio do corpo uterino em resposta à liberação endógena de ocitocina.
Inversão uterina
- Refere-se ao colapso do fundo na cavidade uterina. Embora seja rara, apresenta alto risco de mortalidade por hemorragia e choque
Ruptura uterina
- Uma ruptura uterina é uma divisão completa de todas as três camadas do útero. A maioria das rupturas uterinas ocorre quando o útero está grávida no cenário de uma tentativa de trabalho de parto após a cesariana.
Doenças tromboembólicas
Trombose venosa profunda / Tromboembolismo pulmonar
- O tromboembolismo venoso (TEV), compreendendo trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar, é um distúrbio comum com incidência anual de aproximadamente 1 caso por 1.000 pessoas. Quase dois terços dos episódios de TEV se manifestam como TVP e um terço como embolia pulmonar com ou sem TVP.
Tromboflebite superficial
- A tromboflebite superficial é uma doença inflamatória das veias superficiais com trombose venosa coexistente. Geralmente afeta os membros inferiores, particularmente a veia safena magna (60% a 80%) ou a veia safena parva/curta (10% a 20%)
Tromboflebite séptica pélvica
- A tromboflebite séptica ou supurativa, é definida pela presença de um trombo endovascular no contexto de infecção bacteriana ou fúngica associada. As infecções venosas podem surgir de um cateter intravenoso associado, ruptura da pele ou invasão de estruturas não vasculares adjacentes.
Alterações psiquiátricas
Depressão pós parto
- O parto é um processo difícil e desgastante. Uma mulher passa por muitas mudanças hormonais, físicas, emocionais e psicológicas durante a gravidez. Mudanças tremendas ocorrem no mundo familiar e interpessoal da mãe. Após o parto, a mãe pode experimentar emoções variadas que vão desde alegria e prazer até tristeza e crises de choro. Esses sentimentos de tristeza e choro são chamados de "baby blues" e tendem a diminuir nas primeiras 2 semanas após o parto.
Definição
- É o período após o parto do concepto, quando as alterações fisiológicas e anatômicas maternas retornam ao estado não grávido.
- Inicia-se após a expulsão da placenta até a completa recuperação fisiológica de vários sistemas orgânicos.
- Divide-se em três fases arbitrárias, ou seja, fase aguda - as primeiras 24 horas após a expulsão da placenta, precoce - até 7 dias, e tardia - até 6 semanas a 6 meses. Cada fase tem suas considerações e desafios clínicos exclusivos.
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Referências
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- https://www.medicina.ufmg.br/observaped/fissura-mamaria/#:~:text=Fissura%20mam%C3%A1ria%20%C3%A9%20a%20les%C3%A3o,pega%20ao%20mamar%20%C3%A9%20inadequada.&text=%E2%80%93%20A%20crian%C3%A7a%20est%C3%A1%20sugando%20bem,e%20profundos%20e%20pausas%20ocasionais.
Fatores de risco para puerpério patológico
- IMC elevado (Obesidade)
- Diabetes mellitus pré-existente
- Diabetes gestacional.
- Doença renal pré-existente.
- Idade materna = ou > 35 anos
- Hipertensão crônica.
- Distúrbio hipertensivo da gravidez.( HAS gestacional, Pré-eclâmpsia, Eclâmpsia, Sindrome HELLP)
- Doenças autoimunes
- Gravidez múltipla.
- Cesariana.
- Nascimento prematuro.
- Sangramento periparto = ou >1000ml
- Trombofilia
- Imobilização durante a internação ou após alta.
- Placenta prévia.
- Anemia na admissão na maternidade.
- Miomas uterinos.
- Indução do trabalho de parto.
- Atonia uterina tardia.
- Sangramento vaginal antes de 24 semanas.
- Segundo estágio prolongado/interrompido do trabalho de parto.
- Corioamnionite.
- Líquido amniótico meconial.
- Remoção manual da placenta.
- Vaginose bacteriana pré-existente.
- Colonização por estreptococos B.
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