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Fádua - Entrando no Mundo do Cliente - Coggle Diagram
Fádua - Entrando no Mundo do Cliente
Entrar no mundo do outro, com aceitação, cria um tipo de vínculo muito especial que não se compara a nenhuma outra coisa que eu conheça. (Rogers)
No âmago de nossa existência,, cada um de nós incorpora um mundo de significados únicos dentro de um contexto de significados socialmente aceitos.
Somos todos únicos e, ainda assim, somos todos semelhantes
Este é um dos maiores desafios para o psicoterapeuta: como ele pode entender e apreciar completamente o significado, a abrangência e a profundidade da experiência “subjetiva" de outra pessoa?
A suposição da abordagem dialógica é que os bloqueios neuróticos ou "interferências" surgiram, ao menos em parte, pq outras pessoas não foram capazes de entender, de considerar e de valorizar a experiência da pessoa.
Em consequência, ela não pode sentir-se confirmada e, portanto, capaz de apreciar e valorizar sua própria experiência
Todos nós temos feridas não cicatrizadas.
Determinada patologia surge pq não houve confirmação suficiente por parte das figuras parentais no estágio inicial do desenvolvimento.
O terapeuta deve estabelecer uma aliança e um vínculo com esse cliente.
É somente a disposição dos dois participantes que irá permitir que o ambiente terapêutico seja verdadeiramente curativo.
O cliente necessita experienciar profundamente em seu íntimo que o terapeuta o compreende ou pelo menos, que está fazendo um esforço humanamente possível para compreendê-lo.
PRESENÇA
Para poder entrar no mundo do cliente, o terapeuta deve, em primeiro lugar, estar completamente presente para o cliente.
Presença = ingrediente essencial da terapia.
A presença não pode ser técnica
Ela é um reconhecimento do mistério e da permeabilidade de nossa existência.
De forma alguma a presença pode ser descrita como o simples estar junto fisicamente.
o conceito essencial de presença não se presta a qq entendimento objetivo ou descrição clara
É estar o mais completamente disponível para a outra pessoa em um dado momento - sem a interferência de considerações ou reservas.
Isso requer que o terapeuta esteja atento à experiência do cliente, mas, simultaneamente esteja atento à sua própria existência.
Entretanto, o nosso treinamento cognitivo nos tirará frequentemente dessa centralização no presente.
Essa centralização no presente é o que mantém o processo da terapia totalmente vivo.
Quando a presença é diminuída, o sentimento de plenitude da vida tb sofre.
SUSPENDENDO OS PRESSUPOSTOS: "COLOCAR ENTRE PARÊNTESES"
O terapeuta não pode entrar verdadeiramente no mundo do cliente e estar "presente", a menos que esteja disposto a "suspender" seus pressupostos
É necessário que nossos significados, vieses e preconceitos sejam "colocados entre parênteses" , postos de lado temporariamente, de modo a nos permitir uma entrada no mundo e nos conceitos mais significativoa da pessoa com quem estamos trabalhando.
o terapeuta precisa empenhar-se no "esvaziamento" psicológico de seus conceitos tidos como verdades.
Cada pessoa experiencia cada situação de forma única.
Não há nada mais terrível do que o sentimento de que estamos completamente sós e que ninguém nos compreende.
UM SENTIMENTO DE ADMIRAÇÃO
Pré-julgar é cortar a emergência de novas possibilidades
O terapeuta deve estar sempre disponível para se surpreender - não por sua ingenuidade, mas por não pressupor o que aconteceria.
Para fazer uma terapia que seja realmente responsiva às necessidades do cliente, o terapeuta tem que ter um sentimento de admiração - tem que se permitir ficar surpreso.
Essa abertura verdadeira para a beleza do outro não pode ocorrer se o terapeuta mantém concepções divergentes de quem o cliente é ou deveria ser.
Se não fico em contato com a possibilidade de me surpreender, estarei prestando ao cliente um desserviço.
O "CENTRO DINÃMICO" DA PESSOA
A disponibilidade para ser "surpreendido" é tão essencial pq afasta o terapeuta da tendência impulsiva de categorizar e coisificar.
Estar consciente do homem significa perceber sua totalidade como uma pessoa determinada pelo espírito; significar perceber o centro dinâmico, que põe sua marca em cada expressão, ação e atitude, com o sinal reconhecível do ser único.
A EXPERIÊNCIA DO TERAPEUTA
Entrar no mundo do cliente significa que o clínico corre o risco de perder sua própria perspectiva.
Isso significa esquecer-se de si, pelo menos momentaneamente.
Torna-se necessária uma compreensão profunda desse ponto de vista e, ao mesmo tempo, a habilidade de sair dele e oferecer outra perspectiva. esse segundo passo não pode ser dado até que o anterior tenha se completado.
Esse é o desafio do terapeuta: não só apreciar total e profundamente a experiência do cliente, mas tb manter seu próprio centro diante de experiências divergentes e até conflitantes.
"PEDRAS DE TOQUE"
Pedras de toque: acontecimentos centrais cristalizados da vida de uma pessoa que parecem dar significado a sua vida.
Esses eventos podem ser passados, presente, ou imaginados no futuro.
O essencial é tentar explorar o que essas pedras de toque significam para a pessoa.
Com isso, o terapeuta está conseguindo compartilhar o sentido do mundo dessa pessoa.
Ao mesmo tempo, está indiretamente dizendo que está interessado.
Assim, um vínculo está sendo estabelecido.
Esse vínculo é frequentemente o que está faltando na vida da pessoa e é um motivo importante de ela estar em terapia - seu vínculo com o mundo e com outras pessoas sofreu danos.
ESTABELECENDO UMA RELAÇÃO
É tarefa do terapeuta construir uma ponte em direção ao cliente.
Esse é um aspecto importante da "cura pelo encontro".
Curar significa "tornar inteiro"
A solidez da relação permite que o clínico penetre no "entre" e explore a "força crescente" dessa pessoa - onde pessoa encontra pessoa.