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A Alta Idade Média e o Sistema Feudal - Coggle Diagram
A Alta Idade Média e o Sistema Feudal
As obrigações de camponeses e vilões
O servo foi a figura camponesa do sistema feudal
As pessoas livres que, por séculos, estabeleceram-se em terras de nobres buscando melhores condições de vida e proteção contra as guerras e migrações dos povos germânicos, foram perdendo sua liberdade, a servilidade, que resultou na submissão de grandes massas de indivíduos livres e seus descendentes a senhores que controlavam a terra da qual dependiam para sobreviver.
Não eram mais livres durante a Idade Média, uma vez que estavam presos à terra de seu senhor por meio de juramentos de fidelidade e obediência.
Os servos não podem ser considerados escravos pois escravidão tem a premissa do direito do escravagista poder comprar ou vender o indivíduo de acordo com sua vontade ou necessidade.
Mas os servos também não podiam abandonar a terra.
Quando um senhor entregava sua terra como feudo a outro, o servo passava apenas a ter um novo amo, a quem faria novo juramento de fidelidade e obediência e para quem passaria a dever as mesmas obrigações que cumpria para seu antigo senhor.
Eram responsáveis por todo o trabalho produtivo do senhorio, estando sujeitos a uma série de taxações impostas pelo senhor feudal, como:
Corveia
Os servos obrigatoriamente destinavam três dias da semana para trabalhos não remunerados nas terras exclusivas do senhor feudal na lavoura, semeando ou colhendo na construção.
Manutenção de estradas, pontes e represas; na derrubada de árvores; na pesca ou, então, em trabalhos artesanais, como ferreiros e carpinteiros.
Capitação
Tributo anual, pago em produtos, correspondente a cada membro da familia do servo que morava na propriedade feudal.
Banalidades
Eram taxas, pagas em produtos, referentes a todas as vezes que o servo utilizava o moinho, o forno e o lagar do senhor feudal para fazer farinha, assar o pão e pisar as uvas para fazer o seu vinho.
Prestações
Os servos eram obrigados a oferecer hospedagem ao senhor feudal e à sua comitiva em suas casas quando ele estava em viagem.
Dízimo
Uma parte da produção de suas terras (10%) era destinada para a Igreja.
Talha
Uma porcentagem sobre quase tudo que se produzia nas terras era destinada ao senhor.
Mão-morta
Imposto de transmissão que recaía sobre as heranças servis, por exemplo, na posse do manso.
Vilões
Eram pequenos lavradores que, não podendo defender as suas terras, as entregavam a um proprietário mais poderoso em troca de proteção do senhor feudal.
Estavam sujeitos apenas a obrigações incluídas nos termos de seu contrato.
Também eram vilões os moradores das cidades, algumas remanescentes do Império Romano, que trabalhavam como artesãos ou comerciantes.
Essas cidades podiam, ou não, estar em domínios feudais.
Sistema Feudal
Era um poder político descentralizado.
Começou com reis doando vastas glebas de suas terras em benefício de pessoas que possuíam títulos de nobreza.
Ao serem doadas recebiam o nome de feudo.
Em uma cerimônia pequena, a pessoa que recebeu o feudo se torna um vassalo.
Que jura fidelidade as terras e se comprometendo a ajudar financeiramente e nas tropas do suserano.
Suserano é o doador das terras, que também se comprometia com fidelidade, defesa de honra e justiça ao vassalo.
Os feudos eram doados para pessoas da nobreza e obedecia a hierarquia.
O senhor do feudo não era o proprietário mas um arrendatário de outro senhor.
Depois de um tempo os vassalos começaram a emprestar partes de suas terras para outros nobres menos influentes, gerando uma corrente de vassalos.
Ao longo do tempo foram criadas um ordem entre os feudos onde:
O rei era o mais alto suserano, mas podia ser vassalo de outro rei.
Depois vinha os grandes nobres como: Duques e condes.
Nobres mais inferiores como: Barões e viscondes.
E na mais baixa posição os cavaleiros que não podem dividir suas terras.
Sociedade estamental Medieval
Eram divididos em grupos sociais, que eram os senhores (alto clero e nobreza) que tinham riqueza por terras e do trabalho servil e os servos que eram os "trabalhadores".
Aqueles que possuíam os feudos. formavam uma aristocracia dominante, sendo originários da nobreza ou do alto clero (os membros da alta hierarquia da Igreja Cristã, como bispos, arcebispos e abades).
Nobreza e alto clero tinham a mesma origem familiar e interesses semelhantes.
Devido ao costume da primogenitura, os filhos não primogênitos da nobreza, que não herdavam as terras do pai, acabavam tornando-se clérigos, muito mais em razão do patrimônio e do prestigio da Igreja do que necessariamente por vocação religiosa.
Os eclesiásticos do baixo clero (padres, frades e monges) viviam com o campesinato, do qual provinha, geralmente, a pobreza, com sérios problemas de subsistência.
A maior parte vivia trabalhando nas igrejas, nas escolas, nas terras dos mosteiros ou nos conventos como copistas.
Os camponeses (servos ou vilões), os moradores pobres das cidades, os comerciantes, os artesãos e toda a massa da população que vivia marginalizada (ladrões, prostitutas, judeus) compunham os estamentos inferiores da sociedade medieval que foi chamado de plebe.
Eram responsáveis pelas atividades produtivas nessa sociedade, fosse na agricultura e na pecuária, ou no comércio e no artesanato.