Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
RELAÇÕES BRASIL - ARGENTINA, FERRAMENTAS :!!: - Coggle Diagram
RELAÇÕES BRASIL - ARGENTINA
HISTÓRIA DA PEB ARGENTINA
Séc. XX - enriquecimento devido à produção de grãos e carne
impulsionada pela construção de ferrovias e melhoria nos transportes na segunda metade do século XIX
1ª Guerra Mundial abalou bastante o país, que logo se recuperou devido às exportações
Prosperidade econômica argentina durou, de modo geral, até o fim dos anos 20 - Crise de 29 - preços de exportações caíram - PIB argentino também caiu
Recuperação econômica se deu na década de 1930, mas a principal transformação da época foi no campo político - golpe Uriburu
GOLPE JOSÉ FÉLIZ URIBURU (1930-32)
e Período militar constante - até 1983
Início de uma série de intervenções militares - 5 períodos de governo militar na Argentina entre 1930-1983. Mesmo nas transições entre governos civis, os militares tiveram participação constante .
2ª Guerra Mundial - Argentina se posicionou de maneira
NEUTRA
, relutou em romper relações diplomáticas com o Eixo
1942 - Reunião Interamericana de Consulta (Rio) - Argentina e Chile se opuseram a uma proposta de ruptura de relações com o Eixo - levantada pelo EUA - Brasil rompeu relações com o Eixo no início de 1942
meses mais tarde em 1942 - Brasil reconheceu o Estado de Guerra com a Alemanha e a Itália - com o Japão apenas em 1945
1943 - Golpe Militar na Argentina - que isolou diplomaticamente o país
Por isso, A Argentina não foi convidada para a Conferência de Bretton Woods - 1944
Só foi convidada para conferência de São Francisco em 1945 - no último minuto - por insistência do Brasil (Defesa feita pelo Chanceler Pedro Veloso e outros países latino-americanos)
Só declarou guerra ao Japão e a Alemanha em 1945 - por solidariedade hemisférica aos EUA - considerando segurança coletiva
JUAN DOMINGO PERÓN (1946-1955)
Dois mandatos seguidos no poder - deposto por militares em 1955
1947 - fundou o Partido Justicialista - Partido Peronista - PEB Peronista ficou conhecida como
terceira via ou terceira posição
caracterizava por anti-imperialismo e autonomia da inserção externa da Argentina
Não se alinhava a nenhum dos polos de poder e desconfiança em relação ao multilateralismo
Mesmo ingressando na ONU como membro-fundador, a Argentina não assinou por exemplo a Carta de Havana - criou a OIC, e inicialmente não integrou o GATT, o FMI, a OEA e nem o Banco Mundial
1956 - depois da deposição de Perón - ingressou no FMI, OEA e Banco Mundial - pós "Revolução Libertadora" - 1955
Assinou o GATT apenas em 1967 - 20 anos depois da assinatura em 1947
dificuldades de aproximação com o :flag-br: - apenas de maneira pontual
Proposta do governo Perón de um novo pacto ABC com o Chile - não foi apoiada pelo Brasil - não foi levada a diante
PEDRO EUGENIO ARAMBURU (1955-1958)
Governo militar que derrubou Perón
buscou integrar a Argentina ao multilateralismo global e regional
Argentina ingressa no FMI, Bando Mundial e OEA
ARTURO FRONDIZI (1958-1962)
Eleito
Seguiu buscando protagonismo internacional para a Argentina
Apoiou a OPA - (JK) - Brasil e Argentina apoiavam também a criação da ALALC
1961 - Frondizi e Jânio Quadros - assinaram os Acordos de Uruguaiana - consultas recíprocas sobre temas de interesse bilateral - deu origem ao
espírito de Uruguaiana
Noção de cordialidade e aproximação entre os dois países
Por isso, os dois países se abstiveram na votação sobre exclusão de Cuba na OEA - reunião de consulta de punta del leste - 1962
Dois dos 6 países que se abstiveram
JUAN DOMINGO PERÓN PARTE II
Mas morreu doente em 1974
quem assumiu foi a vice presidente - sua mulher
MARIA ESTELA DE PERÓN ("ISABEL") - 1974 -1976
Sofre um golpe - início do último governo militar argentino - 1976
última ditadura militar na Argentina - 1976 a 1983
Utilizaram a doutrina da
segurança nacional
para combater opositores
Um dos regimes militares mais violentos da região - mais de 30 mil pessoas desaparecidas (até hoje sem informações sobre muitas)
Argentina e Chile - recorreram a uma arbitragem internacional - a respeito da delimitação de fronteiras na região sul - mas Argentina não aceitou o resultado - precisou até mesmo a
mediação
do Papa João Paulo II para impedir o conflito
1 more item...
:flag-us: Militares tentaram se aproximar dos EUA - mas Carter criticava a falta de proteção aos Direitos Humanos na Argentina - dificultou a aproximação
GENERAL LEOPOLDO GALTIERE 1981-1982
1 more item...
RAÚL ALFONSÍN - 1983-1989
PARTIDO UNIÃO CIVICA-RADICAL - ELEITO PRESIDENTE
Enfrentou uma crise econômica muito forte
mais de 3000% de inflação em 1989 - hiperinflação - mas do que no Brasil (1800% -1989)
renunciou antes de terminar - sem condições de governar nesta crise econômica e política
CARLOS MENEM - 1989-1999
PERONÍSTA - Eleito
PEB - alinhamento aos interesses dos EUA
enviou aviões para participar na 1ª Guerra do Golfo, saiu do movimento dos não-alinhados, ratificou o tratado de Tlateloco e aderiu ao TNP
"Argentina busca relações carnais com os EUA" Chanceler Guido de Tella
Presidente Clinton designou a Argentina como aliado extra-OTAN
REALISMO PERIFÉRICO
- Carlos Escudé
Constatação realista de que os EUA são uma potência inexorável - não caberia a um país médio contestar o poderio norte-americano
Políticas liberais na economia - privatização e abertura econômica
adotou o
currency board
- banco central garantia a conversão de um peso para um dólar
1990 - economia entra em recessão - aumento da pobreza, endividamento - depois veio a crise de 2001
para evitar o colapso - contas bancárias foram congeladas -
Corralito - 2001
- bloquei de liquidez - isso agravou o quadro social
violência explodiu no país
Presidente De La Rúa que sucedeu Menem renunciou - e então, houve uma sucessão de presidentes - menos de 2 semanas - 3 presidentes nomeados além de outros interinos
Questão começa a se normalizar em 2002 - eleição do Eduardo Duhalde - fim da conversibilidade do peso ao dólar
2001 - Argentina declarou
default
- moratória - não poderia honrar com o pagamento dos títulos de públicos
NÉSTOR KIRCHNER - 2003 - 2007
Eleito - Partido Peronista
Realizou uma primeira rodada de renegociação da dívida com os credores em 2005
2010 - Cristina Kirchner - 2ª rodada de renegociação
Mais de 90 % da dívida em moratória foi renegociada - mas sobrava ainda uns 7,8% de
Holdouts
- credores que não aceitaram a renegociação - requereram na justiça de receber o valor integral que era devido
muitos dos
Holdouts
eram Fundos Abutres - fundos que compram títulos podres, em
default
- pessoa vende o título podre - paga uma fração mínima
redução do valor de face - pagamento de uma parcela que era devido pela dívida
CRISTINA KIRCHNER
2007 - 2015
Distanciamento de países europeus - como Reino Unido
Buscou parcerias no SUL GLOBAL - China, Brasil e outros países sul-americanos, principalmente os bolivarianos - Venezuela, Equador e Bolívia
Argentina apoiou a proposta da UNASUL e foi membro fundador. Mesmo no governo Nestor ter sido reticente a proposta da CASA.
Nestor - ex-presidente - foi o primeiro secretário-geral da UNASUL
Argentina se engajou em iniciativas regionais de concertação como a CELAC, ASPA (árabes e américa do sul) e ASA (África e América do Sul)
Argentina priorizou diálogos políticos Sul-Sul
Os dois Kirchner defenderam a ampliação da dimensão social do MERCOSUL
Período Kirchners e Lula e Dilma - pouco avanço na dimensão econômica - acordo extrarregionais . Foco na dimensão política, social sem prioridade a liberalização comercial ou integração às cadeias de valor globais
Kirchner adotou então medidas protecionistas para restrição de importações - algumas medidas chegaram até a ser condenadas em painéis da OMC
Maurício Macri 2015-2019
eleito em um cenário de crise econômica - Partido Proposta Republicana
Medidas mais liberalizantes - buscou resolver dívida, retomar comércio, investimentos e integração da Argentina na economia global
retiradas as restrições ao câmbio oficial - mantido valorizado artificialmente - com série de restrições de compra de dólar no governo de Cristina
No governo dela, cada pessoa tinha uma quantia máxima por mês que poderia ser comprada de dólares - para evitar perda de reservas
Para recuperar a credibilidade externa da Argentina - Macri apresentou o pleito de adesão a OCDE (antes mesmo do Brasil) - e buscou se reaproximar dos países ocidentais desenvolvidos dos quais Kirchner havia distanciado
2018 - Presidência
protempore
do G20 - mas apesar do ímpeto de liberalização econômica - falta de apoio político doméstico prejudicou a continuidade da agenda
Macri não tinha maioria em nenhuma das duas casas do congresso e além disso, Macri adotou medidas de flexibilização de políticas econômicas
enxugamento de gastos, redução de subsídios são medidas restritivas impopulares - por isso acabaram sendo relativizadas
Situação econômica então piorou ao invés de melhorar :chart_with_downwards_trend:
Argentina
recorreu ao FMI
para um empréstimo emergencial - e acordo foi assinado em 2018
Plano Regional
Argentina (MACRI) desde o princípio se distanciou da Venezuela
Suspensão do Paraguai do MERCOSUL e adesão da Venezuela - governos Cristina e Dilma
Argentina participou do Grupo de Lima desde sua criação e apoiou as suspensões da Venezuela do MERCOSUL (2016 e 2017)
Críticas ao regime Maduro - reconhecendo Juan Guaidó como presidente encarregado em 2019
Denunciou o tratado da UNASUL em 2019
Assim como o Brasil, também se somou ao PROSUL e apoiou a expansão das negociações extrarregionais do MERCOSUL
Temer e Macri - sintonia de interesses - levou ao prosseguimento das negociações com a UE e início de outras negociações
SEGURANÇA
Reunião Ministerial do Cone-Sul sobre segurança nas fronteiras
- 2016 - convergência com o governo Temer no Brasil
Governo Bolsonaro - criação do Mecanismo de segurança regional - Brasil, Argentina, Paraguai e EUA - 2019
Reconhecimento de Hezbollah como um grupo terrorista - adoção de sanções pela Argentina contra o grupo
Bastante simbólico e importante porque há suspeitas de que este grupo teria participado do Atentado realizado contra a AMIA "Asociacíon Mutual Israelita Argentina" - Bueno Aires 1994
2015 - procurador Argentino denunciou Cristina Kirchner de tentar encobrir o Irã neste atentado - possível retaliação por suspensão de transferência de tecnologia nuclear para o Irã pela Argentina ocorrido nos anos 90
procurador encontrado morto horas antes de testemunhar contra a presidente - ela foi investigada
HISTÓRIAS DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E ARGENTINA
Década de 1940
Divergências de posição entre Brasil e Argentina durante a 2ª Guerra Mundial e também no pós-guerra
Brasil participou do esforço de guerra- Argentina inicialmente resistiu à declaração de guerra e rompimento diplomático - só declarou guerra à Alemanha e Japão em 1945 e rompeu relações com eixo em 1944
Governo Perón se manteve afastado dos EUA - enquanto Dutra estabelecia o alinhamento automático
Argentina foi membro-fundador da ONU - mas tardou a ingressar na OEA, no FMI, no Banco Mundial, no GATT
Nos anos 50 - propositura por Perón - da constituição de uma União Aduaneira - Pacto ABC - Chile, Brasil e Argentina - mas Vargas não aceitou
Contexto político interno do Brasil era desfavorável a uma aproximação com a Argentina
Oposição do partido UDN, críticas até do próprio Itamaraty, da sociedade brasileira - tema bastante polêmico à época
FIM DOS ANOS 50 - JK :flag-br: E FRONDIZI :flag-ar:
Momento propício para cooperação entre os dois países
:flag-ar: apoiou a proposta brasileira da OPA
posições coincidentes para criação da ALALC
após o encontro de Uruguaiana - 1961 - BR e ARG - adotaram posição comum sobre suspensão de Cuba da OEA em 1962 - abstenção
ANOS 60,70 E 80
relacionamento bilateral dominado pela rivalidade e desconfiança
três questões centrais para a rivalidade e desconfiança
TECNOLOGIA NUCLEAR
Principalmente em 1970
Dois países avançaram em programas nucleares - o que causou desconfiança em ambas as partes sobre desvio do programa para criação de armas
situação começou a mudar em 1980
Assinatura do
Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear
permitiu que os países começassem a substituir a lógica de competição e rivalidade para a cooperação nuclear - levaria a mais acordos
COMÉRCIO
Argentina tinha grande
déficit
comercial com o Brasil - queria resolver esta questão
os dois governos reclamavam do protecionismo adotado pelo outro lado
só se resolveu em 1985
RIOS
Aproveitamento da BACIA DO PRATA - Rio Paraná - tema importante
1966 BR e PR - assinatura da Ata das Cataratas ou Ata do Iguaçu
levaria a assinatura do Tratado de Itaipu em 1973
1969 - Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguaia e Uruguai ->
assinaram o
TRATADO DA BACIA DO PRATA
objetivo: melhorar transporte, integração física - por meio dos recursos hídricos
Apesar disso, Argentina seguia reticente a proposta do Brasil e Paraguai a construção de uma usina hidroelétrica conjunta
1973 - Tratado de Itaipu
Argentina criticou ainda mais - porque seria prejudicada pela construção de Itaipu
defesa do
Princípio da consulta prévia à ribeirinhos inferiores sobre recursos naturais compartilhados
projetos que cortam mais de um país - todos devem ser consultados
Brasil defendia o
Princípio da responsabilidade jurídica
não causar prejuízo, se causar aí sim haveria responsabilização
Crítica Argentina a um
imperialismo brasileiro sobre o Paraguai
- até mesmo protesto na ONU e na Conferência de Estocolmo de 1972
Equacionamento da questão só viria em 1979 -
Acordo Tripartite Itaipu-Corpus
Proposta Argentina de construção da Usina de Corpus - nunca saiu do papel
1982 - GUERRA DAS MALVINAS
:flag-br: adotou postura de neutralidade - oficialmente
Moniz Bandeira (historiador) -
neutralidade imperfeita
Apesar de oficialmente neutro, Brasil prestou apoio a Argentina
Tradicionalmente desde 1833 - Brasil defende o pleito Argentino - quando os britânicos invadiram as Malvinas
COMO O BRASIL RECONHECE O PLEITO ARGENTINO - DEVEMOS FALAR
ILHAS MALVINAS
e NÃO
Falkland
Mas como assim o Brasil apoia o pleito mas se declarou neutro no conflito?
BR apoia e segue apoiando o pleito argentino mas isso não significa que o governo brasileiro vá apoiar o
uso de força armada
pela Argentina
Apreço pelo jurisdiscismo (respeito ao DIP) e à solução pacífica de controversas
Embaixada do Brasil em Londres representou interesses argentinos - relações diplomáticas rompidas entre Reino Unido e Argentina entre 1982-1990
HISTÓRIAS DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E ARGENTINA II
REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
Após a redemocratização no Brasil - governo Sarney deu continuidade ao esforço de aproximação com a argentina
Antes mesmo da posse de Sarney, Tancredo Neves chegou a ir à Argentina
E o Chanceler Olavo Setúbal foi à Argentina pouco depois da posse de Sarney
Questões bilaterais foco em
Comércio
Energia nuclear
Encontro entre Sarney e Alfonsín em novembro 1985 - Foz do Iguaçu - houve 2 acordos de grande importância para o relacionamento bilateral
Declaração de Iguaçu - 1985
Criação de uma comissão mista para tratar de questões econômicas entre :flag-br: e :flag-ar:
Declaração Conjunta sobre Política Nuclear - 1985
Continuidade ao esforço de convergência e cooperação nesta área
Âmbito hemisférico
Integração do :flag-br: e :flag-ar: ao Grupo de Apoio à Contadora - adotando posição comum condenando intervenções do EUA na América Central
Grupo de Contadora + Grupo de Apoio à Contadora = Grupo do Rio
-1986
1986 - Visita de Estado à Argentina - Presidente Sarney - assinatura da
Ata para a Integração Brasileiro-Argentina - 1986
Estabeleceu o Programa de Integração e Cooperação Econômica - PICE
Visita do Presidente Alfonsín à Brasília - 1986
Ata de Amizade Brasileiro-Argentina
+uma Declaração Conjunta sobre Energia Nuclear
A partir daí o tema nuclear ganhou cada vez mais densidade
Clima de confiança
Previsão da Cooperação Técnica para a Integração das Indústrias Nucleares dos dois países
1990 - Collor e Menem assinaram a Declaração sobre Política Nuclear Comum
Estabeleceu o Sistema Comum de Contabilidade e Controle de Atividades Nucleares para os dois países
1991 - Assinatura do Acordo de Guadalajara - previu a constituição da ABACC
Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares
1 more item...
Área Econômica
Processo de integração europeia serviu de inspiração para os 2 países - adotaram a ideia que a integração econômica ajudaria na superação de rivalidades históricas
1988 - Tratado de Integração Cooperação e Desenvolvimento
Constituição de uma área de livre comércio entre os dois países em até 10 anos
2ª etapa - seria a formação de um Mercado Comum
1990 - Ata de Buenos Aires - estabeleceu a meta de um Mercado Comum bilateral até o fim de 1994
Criado o Grupo Mercado Comum - elaborar e propor medidas para garantir a conformação deste Mercado Comum
Segundo Semestre de 1990 - Uruguai e Paraguai foram incorporados ao projeto inicial
TRATADO DE ASSUNÇÃO
1991 - criou o MERCOSUL
FHC / LULA/ DILMA
1997 - FHC e Menem - reconheceram a
Aliança Estratégica Brasil Argentina
termo utilizado até hoje para definir o relacionamento bilateral
Crise Financeira brasileira - desvalorização do real em 1999 - afetou a Argentina
Governo Argentino adotava paridade entre peso e dólar - como o real desvalorizou - favoreceu exportações brasileiras para Argentina e desfavorecendo as vendas de produtos Argentinos para o Brasil
Argentina - adotou medidas de protecionismo comercial - queda no comércio bilateral com Brasil - crise dramática a partir de 2001
Brasil e Argentina passaram a promover uma visão social para a integração regional
defesa do desenvolvimento conjunto com amplo diálogo e concertação política - Norte para o relacionamento bilateral
Dimensão de abertura comercial acabou ficando em segundo plano
Dois países foram entusiastas a criação da UNASUL - adotaram proximidade e apoio à governos de esquerda na região
2012 - Dilma / Cristina apoiaram a suspensão do Paraguai do MERCOSUL e admissão da Venezuela como Estado-parte
TEMER / MACRI
Convergência de posições sobre a importância de conservação da ordem democrática na região - Brasil e Argentina apoiaram as suspensões da Venezuela do MERCOSUL (2016, 2017)
Participação na criação do Grupo de Lima - 2016 - pressão para o governo Maduro reestabelecer a ordem democrática na Venezuela
2018 - BR e ARG suspenderam sua participação na UNASUL em função do bloqueio venezuelano ao candidato argentino ao cargo de secretário-geral da UNASUL
2019 - Denunciaram o Tratado de Brasília - ARG, BR e outros
apoiaram a substituição pelo
PROSUL
2016 - plano bilateral - Mecanismo de Coordenação Política Brasil-Argentina
Coordenado pelas duas chancelarias - principal foro de coordenação de posições e de acompanhamento dos projetos de integração bilateral - áreas como energia, ciência, tecnologia entre outros.
2016 - criação da Comissão de Produção e Comércio Bilateral
Temer/Bolsonaro - Macri - convergência de posições sobre dinamização do MERCOSUL e ampliação das negociações extrarregionais
Consequência disso: conclusão de acordos comerciais com a UE e EFTA e também com outros países como Canadá, Singapura entre outros
Convergência entre BR e ARG com a integração com a crescente Aliança do Pacífico
2018 - Adoção Plano de Ação de Puerto Vallata
ATUALIDADES
PE DE ALBERTO FERNÁNDEZ
PARTIDO JUSTICIALISTA/PERONISTA - assumiu em 2019
PONTOS IMPORTANTES DE SUA PE
AFASTAMENTO DAS POSIÇÕES DO GOVERNO MACRI SOBRE A VENEZUELA - Fernandez retirou as credenciais da embaixadora enviada pelo governo Guaidó
2021 ARG se retira do Grupo de Lima - "isolamento diplomático da Venezuela não trouxe efeitos concretos"
ARG concedeu asilo ao ex-presidente Boliviano Evo Morales
ARG - diz que a destituição dele foi um golpe, acusando inclusive governo Macri de cumplicidade nesta deposição
CENTRALIDADE DO PLEITO DE SOBERANIA SOBRE AS ILHAS MALVINAS (e outros 2 conjuntos de ilhas também sob domínio britânico)
Pleito de acessão à OCDE feito pelo governo MACRI - Fernandez afirmou que isso não é prioritário para Argentina neste momento
segue sendo candidata, mas sem entusiasmo - pouco provável que o pleito siga adiante neste momento
NEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA COM O FMI E COM O CLUBE DE PARIS
2021 - Houve compromisso da Argentina com o clube de Paris de pagamento da dívida até 2022, mas com o FMI ficou pendente
RELACIONAMENTO ATUAL BRASIL-ARGENTINA
3º MAIOR PARCEIRO COMERCIAL DO BRASIL NOS ÚLTIMOS ANOS
Atrás apenas da China e dos EUA
Brasil tem tido
superávit
com a Argentina nos últimos anos à exceção de 2019 (qnd houve
déficit
para o BR)
Crise econômica - ARG adotou medidas protecionista e diminuiu importações brasileiras
Inclusive no governo Macri
Depois dos EUA, Argentina tem sido o 2º maior comprador de manufaturados do Brasil
:warning: Comércio com a Argentina - majoritariamente composto por produtos manufaturados
PRINCIPAL SETOR: AUTOMOTIVO
AUTOMÓVEIS E AUTOPEÇAS - 1/3 DO COMÉRCIO BILATERAL - tanto importação como exportação
IMPORTAÇÕES VINDAS DA ARGENTINA PARA O BRASIL
também se destacam as compras brasileiras de TRIGO
Principal origem do trigo importado pelo Brasil
INVESTIMENTOS
Grande estoque de investimentos brasileiros na ARG - vários setores
Bancário
Calçados
Automotivo
Siderurgia
Têxteis
Muitas empresas brasileiras escolhem a ARG como o primeiro destino na sua estratégia de internacionalização
devido às proximidades físicas e de mercado
COOPERAÇÃO BILATERAL RECENTE
Cooperação nuclear
Parceria para construção de reatores nucleares multipropósitos
Cooperação espacial
Projeto em andamento de construção conjunta de satélites
Perspectiva futura de desenvolvimento de radares
Avanços recentes
Infraestrutura
Saúde
Cooperação fronteiriça
Segurança em região de Fronteira e combate ao crime transnacional
Cooperação histórica na Defesa
compra de armas e equipamentos
Parceria na fabricação de veículos
Cargueiro C390 millenium EMBRAER - componentes produzidos na ARG
DIVERGÊNCIAS BILATERAIS
Questões comerciais - acesso a mercados e questionamento a medidas protecionistas
:flag-br: é o maior parceiro comercial da Argentina e :flag-ar: é o 3º maior parceiro comercial do Brasil
Argentina faz parte do grupo
UNIDOS PELO CONSENSO
Se opõe a proposta do G4 - porque não defendem o ingresso de novos membros permanentes
Então Argentina não apoia pleito brasileiro por um acento permanente a um assento permanente no CSNU
DIVERGÊNCIAS IDEOLÓGICAS ENTRE BOLSONARO E FERNÁNDEZ
mas os dois países têm se proposto a avançar uma agenda pragmática - considerando a grande pauta comercial, política e social comum
ARG mudou o posicionamento regional - em relação à Venezuela, aliado a Evo Morales (tese do golpe)
:flag-ar: no governo Fernández não tem participado do PROSUL e não tem subscrito os comunicados do PROSUL
Divergência no MERCOSUL - Fernández tem tentado frear avanço das negociações extrarregionais e tem manifestado oposição às propostas de redução da TEC, de inclusão os setores automotivos e açucareiro na circulação e de liberar os Estados-partes para buscar negociações com outros países e blocos por conta própria
FERRAMENTAS :!!:
http://web.archive.org/web/20210314173733/http://www.argentina-rree.com/home_nueva.htm
http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis
MUITO IMPORTANTE - MINISTÉRIO DA ECONOMIA - dados do balança comercial