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As bases do Pensamento Sistêmico - Coggle Diagram
As bases do Pensamento Sistêmico
Como aparece na Psicologia?
Pode ser aplicado a diversas áreas da Psicologia;
No contexto familiar, implica entender a família como um sistema complexo, composto por subsistemas que se influenciam mutuamente, como o conjugal e o parental;
Fazendo uso do Pensamento Sistêmico, o profissional da Psicologia amplia seu olhar sobre a situação, questiona a problemática e trabalha com os envolvidos de modos mais funcionais de relacionamentos, considerando-os em seus contextos e dirigindo as ações também aos contextos;
O psicólogo é mediador e catalisador das potencialidades e dos recursos, tanto das pessoas como da comunidade.
O que é?
Reconhece o indivíduo em seu contexto;
Propõe parar de ver as partes para ver o todo, pois nele há propriedades que as partes não possuem;
Requer capacidade de deslocar a atenção de um lado para o outro em níveis sistêmicos;
Ênfase nas relações e não nos objetos.
Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas, na Teoria da Cibernética e na Teoria Pragmática da Comunicação Humana;
Reconhece que os fatos não são previsíveis;
Reconhece que o pesquisador/terapeuta faz parte do sistema no qual intervém;
Influências: Teoria Geral dos Sistemas (TGS)
A TGS, criada por Bertalanffy, critica o enfoque mecanicista na ciência;
Apresenta a teoria do organismo como sistema aberto: os organismos vivos podem se alimentar de um contínuo fluxo de energia e matéria e devolvê-las ao ambiente;
Os organismos vivos estão afastados do estado de equilíbrio;
Combina conceitos do Pensamento Sistêmico e da Biologia, e generaliza o Modelo Organicista;
Os fenômenos não podem ser considerados isoladamente, e sim como parte de um todo, que emerge das relações entre as partes;
Conceitos da globalidade, homeostase, morfogênese, circularidade, equifinalidade e retroalimentação;
A interação entre os elementos forma a sinergia, e a desordem é a entropia.
Influências: Teoria da Pragmática da Comunicação Humana (TPCH)
Proposta por Watzlawick e colegas, a TPCH afirma que a comunicação afeta o comportamento, ocasionando implicações nas relações interpessoais. Tudo possui valor de mensagem, seja atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, e esta mensagem influencia os outros que também se comunicam;
Os cinco axiomas da TPCH são: (1) é impossível não se comunicar, (2) toda comunicação tem aspecto de relato (conteúdo) e de ordem (relação), (3) a natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências comunicacionais entre os comunicantes, (4) os seres humanos se comunicam de maneira digital (verbal) e analógica (não-verbal), e (5) todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, e estão baseadas na igualdade ou na diferença.
Influências: Teoria da Cibernética (TC)
Desenvolvida por Wiener, um matemático que tinha o intuito de desenvolver máquinas com performance de funções humanas;
A TC trouxe diversas inovações, como aparelhos que permitem leitura auditiva de textos para pessoas cegas, próteses para membros, aparelhos auditivos para pessoas com deficiência auditiva etc.;
Considerava a mensagem o elemento central, tanto ao nos comunicarmos quanto ao comandarmos, e essa mensagem poderia ser transmitida por meios elétricos, mecânicos ou nervosos, sendo uma sequência de eventos mensuráveis distribuídos no tempo;
Os estudos sobre comunicação de Bateson contribuem para a melhoria das máquinas cibernéticas; para ele, a comunicação humana abrange vários fatores, como conteúdo, forma e linguagem. Sua teoria engloba três dimensões: sintaxe (transmissão da informação), semântica (significado dos símbolos) e pragmática (aspectos comportamentais da comunicação).
Precursores históricos do Pensamento Sistêmico
Momentos ao longo da história que influenciaram a formulação de movimentos que serviram como pilares para o desenvolvimento do Pensamento Sistêmico.
Mundo regido por leis matemáticas com funcionamento como uma máquina, pensamento esse que iniciou-se nos séculos XVI e XVII, com Galileu Galilei, Francis Bacon, Isaac Newton, Copérnico e Descartes, quebrando os fenômenos complexos em partes;
No século XVIII com Antoine Lavoiser com a Química Moderna, a partir da descoberta de que a respiração é uma forma de oxidação, começa a se abandonar as ideias cartesianas;
Aristóteles: matéria continha a natureza essencial de todas as coisas, que dominou o pensamento ocidental durante toda a Idade Média;
Retorno as ideias aristotélicas com poetas e filósofos românticos alemães como Kant, que voltaram-se a concentrar na natureza da forma orgânica;
Século XIX com aperfeiçoamento do microscópio voltou-se a ideia mecanicista;
No século XX com a Biologia Organísmica (propriedades surgem justamente da interação entre as partes), se opõe as ideias mecanicistas, influenciando a construção do Pensamento Sistêmico;
Ecologia emergente da Escola Organísmica, enfocando no estudo das relações que interligam os organismos. Para tal concepção não existe hierarquia na natureza e sim redes que se formam dentro de outras redes;
Paralelamente a Ecologia surge a Física Quântica, formulada por Heisenberg, sendo que a teoria se resume em probabilidades de interconexões;
Década de 1920 surge a Psicologia da Gestalt, que afirma que o todo é maior que a soma das partes.