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Alterações cadavéricas - Coggle Diagram
Alterações cadavéricas
Morte do ponto de vista clínico é caracterizada por
perda da consciência
perda da mobilidade
perda dos movimentos respiratórios e batimentos cardíacos
midríase bilateral completa
perda da ação reflexa dos estímulos táteis, térmicos e dolorosos
perda irremediável das funções cerebrais registradas no EEG
são alterações bioquímicas, estruturais e morfológicas que ocorrem após a morte
por meio destas alterações é possível determinar
tempo de morte
e se a alteração ocorreu
ante mortem
ou
post mortem
fatores que influenciam no aparecimento das alterações
temperatura
quanto mais quente, mais rápido ocorrem as alterações
causa mortis
doenças que cursam com hipertermia, gasto energético ou septicemia bacteriana
condição corpórea
animais obesos tendem a mostrar precocemente sinais de autólise
cobertura lanosa também
de mais difícil resfriamento
intervalo
post mortem
o processo de autólise inicia-se após a morte e quanto maior o tempo de
post mortem
até a realização da necropsia, maior o grau de autólise
classificação das alterações cadavéricas
alterações cadavéricas abióticas
imediatadas
é a constatação da morte somática ou clínica
mediatas ou tardias
decorrente da autólise
Rigor mortis
contração e enrijecimento dos músculos após a morte
baixa disponibilidade de trifosfato de adenosina (ATP)
influxo de íons de cálcio após o cessamento da bomba de sódio
fase pré-rigor
o glicogênio continua degradando e produzindo ATP, promovendo a contração muscular
período de constatação da morte clínica
fase de rigor
acabou o ATP: o que está acoplado continua acompado e rígido, gerando contração máxima
período de contração
intensa
ínicio: 1-6 horas após a morte
depende da reserva de glicogênio (status corporal)
término 12h (6-12h pico de contração) a 24h
fase pós rigor
as enzimas lisossomais quebram a ligação das fibras (actina/miosina)
ordem de alteração
músculo cardíaco
músculo respiratório
músculo da cabeça
músculos da região cervical, tórax e membros anteriores
demais músculos
Algor mortis
resfriamento gradual do cadáver
ausência de termorregulação e dissipação de calor
3-4horas após a morte (queda de 1 grau celsius p/hr)
Livor mortis
hipostase cadavérica - visíveis também nas vísceras
acomodação do sangue nas partes baixas do corpo devido a força gravitacional
mais visível em animais de pelagem clara
coagulação sanguínea
os coágulos formam-se aproximadamente 2hr após a morte
estão localizados nas câmaras cardíacas e vaos
desfazem-se após 8hrs - hemólise
tem aspecto liso, brilhoso, moldam-se ao vaso onde se formaram, uniformes e não aderidos
coágulo lardáceo: sem hemácias e possui maior concentração de plasma e leucócitos
sinal de anemia ou septicemia
as hemácias correm em eixo central, leucócitos periférico e entre os eixos e parede corre o plasma
quando o coração para de bombear sangue, os eixos se desfazem, aglutinando/condensando, formando uma massa pastosa, pois não possui mais um ambiente de pressão que mantém os eixos alinhados
o rompimento do vaso e seu extravasamwento, leva a perda total de pressão e por consequência: o coágulo
embebição hemolítica
decorre da hemólise de eritrócitos nos vasos
a hemoglobina liberada entra em solução com o plasma ao mesmo tempo que as paredes dos vasos se tornam mais permeáveis aos líquidos
os tecidos ao redor dos vasos e do endocárdios ficam embebidos por um líquido avermelhado
embebição biliar
é o vazamento da bile através da parede autolisada da vesícula biliar (autólise rápida) corando verde os tecidos adjacentes
fígado
, estômago, alças intestinais
alterações cadavéricas transformativas
alteram o estado geral do cadáver, decorrente da putrefação ou heterólise
timpanismo cadavérico
aumento do volume abdominal decorrente do acúmulo de gás
pseudo prolapso retal
ocorre devido ao relaxamento muscular após a morte, associado ao timpanismo, causando a projeção da ampola retal para o exterior
deslocamento, torção e ruptura das vísceras
ruptura
post mortem
como consequência do timpanismo
ruptura
ante mortem
observa-se uma reação inflamatória associada
pseudo melanose
alteração na cor, resultado da combinação de sulfeto de hidrogênio/ácido sulfídrico (H2S), produzido na putrefação do conteúdo ingerido, combinado com o ferro liberado das hemácias hemolisadas
presente principalmente na periferia do órgão, devido a ação das bactérias que estão proliferando neste maio, consumindo as hemácias e interagindo com o ferro. durante essa proliferação, as bactérias liberam o H2S
ácido sulfídrico + ferro = sulfametahemoglobina
mais observado em fígado, baço e rins
enfisema cadavérico
corresponde a presença de gases no tecido subcutâneo, musculatura e parênquima dos órgãos
o gás é oriundo da degradação dos tecidos pelas bactérias
maceração
desprendimento da pele das mucosas do órgão
exceção: mucosa ruminal sofre maceração precoce
maceração fetal: degradação dos tecidos moles, restando somente a estrutura óssea que, geralmente, é expulsa do ambiente uterino