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HISTÓRICO DA PSICOTERAPIA BREVE, INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS, A TÉCNICA…

- - - - Nessa época, a questão mais preocupante era a “reação terapêutica negativa”, quer dizer, uma reação paradoxal ao tratamento, constituída por um agravamento dos sintomas, em vez da melhora esperada
        
        É nesse momento que Freud cunha seu conceito de pulsão de morte
        
        Enquanto Freud, ao enfrentar dificuldades com os pacientes, propunha um aprofundamento da metapsicologia, Ferenczi preocupava-se com a práxis
    - - -Técnica ativa: É contra a atitude de passividade terapêutica
        
        Ferenczi propôs, para alguns casos excepcionais, maior “atividade”, ou seja, injunções e proibições para o paciente, no intuito de acelerar o processo terapêutico e vencer a reação terapêutica negativa.
        
        Ferenczi e Rank acreditavam que essa abordagem poderia abreviar o tempo da análise, porque a rememoração do infantil na história do paciente não seria necessária em todos os seus detalhes.
        
        Em geral, o hábito de propor tempo ilimitado para as terapias está tão arraigado, é tão
        “natural”, que muitos não acreditam possível haver outra forma de atendimento.
        
        TEMPORALIDADE NA PSICOTERAPIA BREVE
        
        Existem diversas possibilidades de variações temporais. Para a Psicoterapia Breve o tempo de vinte ou cinquenta minutos/sessão não é fundamental; há quem trabalhe com prazos variados, sem que alterações significativas sejam notadas.
        
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        QUANDO A PSICOTERAPIA BREVE É INDICADA?
        
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      - Em 1933, na Conferência XXXI sobre as "Novas abordagens da psicanálise", Freud propõe uma reformulação prática como consequência de sua reformulação teórica;
        
        Como objetivo da psicanálise não o de "tornar" consciente o inconsciente, mas sim "colocar o ego onde estiver o id".
        
        O objetivo terapêutico da psicanálise:
        
        Fortalecer o ego, tornando-o mais independente do superego;
        
        Ampliar o campo de percepção do ego e desenvolver sua organização de maneira que possa apropriar-se de novas partes do id.
      - Freud faz uma reformulação topográfica do aparelho psíquico;
        
        Passa a considerar o inconsciente não como uma estrutura mental, mas sim como uma qualidade mental;
        
        Na década de 40 surge outro "transgressor", F. Alexander;
        
        F. Alexander e T. French o conceito de "Experiência Emocional Corretiva"
        
        O conceito de EEC de ser visto sob a ótica da segunda topografia freudiana, com sua ação se dando a níveis de ego inconsciente e/ou pré-consciente.
        
        A EEC na perspectiva da gestalt, é uma experiência completa, tanto cognitiva como emocional, volitiva e motora;
        
        É um complexo psíquico.
        
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        A EEC é a possibilidade do paciente reviver situações traumáticas do passado penosamente reprimidas, reexperimentando-as na relação com o terapeuta
        
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        Em 1958 foram realizadas pesquisas simultâneas a respeito de PB, chefiado por M. Balint em Londres e depois por Malan em Boston;
        
        Com o objetivo de testar sua validade como instrumento psicoterapêutico;
        
        Na América do Norte houve grande interesse na PB em decorrência da tentativa de se resolver o problema da inadequação das técnicas psicanalíticas;
        
        A expansão do movimento em prol do atendimento psicológico às massas foi impulsionada pela política de saúde mental do presidente Kennedy;
        
        Essa política foi implementada através do Instituto Nacional de Saúde Mental (CIRCA);
        
        Alexander e French (1946) Em suma, entendiam PB a partir do planejamento, a flexibilidade do terapeuta, o manejo da transferência e do ambiente, a eficácia do contato breve e a importância da realidade externa foram os temas desenvolvidos por estes autores.
        
        Outros autores influentes para o desenvolvimento da Psicoterápia Breve
        
        Gilliéron (1983) propõe seguir o livre curso das associações de seus pacientes, contrariando a proposta de atenção e negligência seletivas.
        
        Fiorini (1978) deixa claro o que se pode considerar um trabalho egóico com base teórica psicanalítica, ao qual ele denomina “Psicoterapia de esclarecimento”
        
        O trabalho proposto é predominantemente cognitivo, com duração de 3 a 6 meses, voltado para o futuro e para a realidade factual (social) do cliente
        
        Na Psicoterapia Breve de Fiorini, o manejo das sessões, a indicação de livros e filmes, a sugestão de conduta (viagens, falar com alguém sobre algum assunto fundamental para o problema do paciente em questão), tende a um contexto de discriminação e esclarecimento em que o insight abre espaço para a experiência emocional corretiva
        
        Malan (1981) propoẽm à fixação de um prazo para o término da Psicoterapia Breve, à importância da interpretação transferencial e da avaliação imediata da problemática principal do cliente, à utilização do face a face
      - Ferennczi é considerado o Pai da PB, na medida que seu objetivo era o de oposição ao alongamento excessivo da duração dos tratamentos psicanalíticos;
- - - - Considerando a iniciação de um paciente em uma PB está sendo avaliado que esse paciente tem capacidade de lidar com as ansiedades decorrentes das opções e decisões que venha a tomar;
        
        Caso seja analisado que o paciente não tem condições de participar de um PB, cabe então a utilização de intervenções diretivas, sugestivas e informativas;
- - - - Em PB as chances de transferências negativas são menores;
        
        Trabalha-se a transferência negativa a fim de impedir que o processo terapêutico regrida ou se torne estático;
      - Resistência de frustação
        
        Raramente ocorre em PB
        
        Ela será maior quanto maior for a passividade, ambiguidade e neutralidade da relação terapêutica;
        
        Freud discrimina 5 tipos:
        
        De repressão
        
        Do ganho secundário
        
        Da transferência
        
        Do superego
        
        Do id
        
        Contratransferência
        
        Reação emocional do terapeuta em resposta à comunicação verbal ou ao comportamento do paciente;
- - - - Deve ser necessariamente flexível;
      - Correta avaliação do paciente é um elemento básico no planejamento terapêutico;
      - Após a avaliação deve-se fazer uma devolução diagnóstica ou estabelecimento de contrato.
        
        O estabelecimento de contrato é fundamentado na discussão e elaboração dos limites do foco da terapia.
        
        Caso o paciente aceite o contrato terapêutico:
        
        Estabelece-se a "regra básica"
        
        Essa regra implica em uma atitude seletiva por parte do terapeuta;
        
        E também pressupõe uma atitude seletiva do paciente, que vai trazer assuntos mais relacionados com o foco.
        
        A devolução tem dupla função:
        
        Levar o paciente a se engajar com o objetivo do processo terapêutico;
        
        Estabelecer uma sólida aliança de trabalho que permita o objetivo ser alcançado;
      - Testes de relações objetais: A utilização de instrumentos de diagnóstico psicológico é de grande ajuda para completar a avaliação psicodinâmica do cliente;
    - - Maior atividade por parte do terapeuta;
        
        Avaliar e diagnosticar as condições internas do paciente;
        
        Estabelecer um foco a ser trabalhado durante a PB;
        
        Combinar com o paciente um contrato terapêutico discutindo o foco estabelecido;
        
        Planejar a estratégia básica a ser seguida;
        
        Atuar numa linha de focalização que implica:
        
        Atenção seletiva;
        
        Interpretação seletiva;
        
        Negligenciar seletivas;
        
        Agilizar o processo terapêutico utilizando recursos alternativos à interpretação transferencial clássica;
        
        Opor-se ao desenvolvimento de neuroses por meio de interpretações da realidade atual do paciente;
        
        Propiciar a EEC;
    - - Define-se como foco o material consciente e inconsciente do paciente;
      - Focalizar significa que o terapeuta vai tentar levar o paciente a trabalhar emocionalmente em especial uma área previamente determinada;
        
        Para isso o terapeuta terá que utilizar de três recursos técnicos:
        
        1 - Interpretação seletiva;
        
        2- Atenção seletiva;
        
        3- Negligência seletiva;
      - Conflito focal x Conflito nuclear
        
        Procura-se discriminar:
        
        - Motivo da consulta
        
        - Situação problema
        
        - Hipótese psicodinâmica inicial
        
        - Conflito focal
        
        - Conflito primário
        
        - Ponto de urgência
        
        - Primeira entrevista:
        
        Procura-se a queixa principal
        
        O motivo que traz o cliente a consulta;
        
        Procura-se também a situação problema
        
        Geralmente se refere a situações que levam o sujeito a queixar-se de sintomas subjetivo;
        
        O terapeuta elabora uma hipótese diagnóstica
        
        Essa hipótese é elaborada de acordo com a corrente teórica adotada pelo profissional;
        
        Baseando-se nesta hipótese psicodinâmica inicial, o terapeuta tentará circunscrever o conflito focal
      - A alta é dada em função da resolução do conflito focal, não será restrita ao desaparecimento do sintoma;
      - A PB não busca não busca como meta terapêutica a reestruturação global da peersonalidade;