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Processo Psicodiagóstico, Fonte: Rigoni, M. S.; Sá, S. D. (2016). O…
Processo Psicodiagóstico
Etapas do Processo
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O processo tem início no encaminhamento, que é o que justifica a sua realização.
Vários são os profissionais que podem solicitar a avaliação: neurologistas, psiquiatras, pedagogos, entre outros
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Passo a passo
- Motivos da consulta e dados sobre a história
Ampliar o motivo, elencando as principais queixas e sofrimentos psíquicos
apresentados pelo avaliando
Tende a durar 2 meses (média), frequencia semanal maior ou menor, totalizando aproximadamente 6 a 12 encontros
Motivo manifesto
O que levou a solicitação ao psicodiagnístico. O que de fato preocupa a ponto de se tornar um ponto de alerta
Motivo latente
O que não é tão obvio. As hipóteses elaboradas pelo psicólogo enquanto escuta e reflete o que é manifesto
Definir os papéis do psicólogo, dos familiares e do avaliando
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Inclusão de entrevistas com membros da família que possam estar implicados na demanda do avaliando (alguns casos)
Em casos de adolescente, primeira entrevista com os pais ou com próprio adolescente (depende caso/idade). Os pais precisam autorizar o processo psicodiagnóstico por ser menor de idade
Ao longo das entrevistas, o psicólogo naturalmente elenca algumas hipóteses e define que tipo de instrumentos precisará utilizar e em que ordem deverá aplicá-los
Ao longo das primeiras entrevistas se constrói o contrato de trabalho em que são previstos os papéis de cada parte: sigilo e privacidade, número de encontros, bateria de testes que será utilizada (se necessário), entrevistas de devolução e a forma como serão pagos os honorários
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- Estratégias e
Instrumentos
O planejamento deve levar em consideração características do caso (idade, sexo, escolaridade, ocupação/profissão, condições físicas, etc.), a sequência (ordem de aplicação) e o ritmo (número de entrevistas para aplicação dos testes)
Refinam a capacidade do profissional de captar e compreender indivíduos, grupos e fenômenos psicológicos
Garantir condições básicas do ambiente físico, estados físico e psicológico do examinado, gerenciar o contexto clínico em que será desenvolvida a avaliação, o estado mental e medicamentação (podem diminuir motivação e alterar resultados de testagem)
Recomendado que os primeiros testes aplicados sejam menos ansiogênicos (evitar resistência ao processo).
O teste que mobiliza o motivo manifesto para a realização do psicoadinóstico nunca deve ser o primeiro
Habitualmente inicia com testes gráficos (mais econômico e mais simples e favorece vínculo). Em seguida testes que abordam o conflito ou a problemática. Se necessário testes projetivo e psicossomático (verificar características de personalidade). Na sequencia testes que avaliam condições cognitivas
Motivos aplicação testes: a) eficiência (tempo e custo reduzido). b) Objetividade (seguem padrões de fidedignidade e validade)
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Certificar que o teste escolhido apresenta parecer favorável para o uso profissional no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi)
- Revisão - estratégias e Instrumentos
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- Divulgação dos resultados
Escrita
Realizada por meio de um laudo/relatório, linguagem clara, concisa, inteligível e precisa, conforme orientação do CFP por meio da Resolução 007/2003
Oral
Realizada por meio de entrevistas de devolução. Uma boa devolução inicia com um aprofundado conhecimento do caso
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Assistemática
Pequenos feedbacks ao longo do processo. Utilizada quando há ansiedade mais elevada ou em casos graves e de risco de suicídio
Recomenda-se que se inicie com aspectos mais sadios, adaptativos e/ou preservados para em seguida comunicar aqueles que requer maior cuidado, na medida que possam ser compreendidos e tolerados, já sugerindo os encaminhamentos
Torna-se arriscado mobilizar no avaliando e/ou responsáveis mais do que suas possibilidades egóicas lhes permite entender ou suportar
Linguagem apropriada para o momento. Fundamental que o profissional seja claro, não utilize uma terminologia técnica, evite termos ambíguos
Quando a devolutiva for dirigida a outros profissionais, imprescindível ater-se apenas às informações relevantes, respondendo à demanda e preservando o sigilo e a confidencialidade
Objetivos
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Meio de comunicação
Procura facilitar a comunicação e, em consequência, a tomada de insight
Investigação
Cria novos instrumentos de exploração de personalidade e planeja a investigação para o estudo de uma determinada patologia
Avaliação do tratamento
Avalia o andamento do tratamento. "Reteste". Se aplica a mesma bateria de testes usados na primeira ocasião ou equivalente
Terapêutico
Vínculo estabelecido entre avaliador e avaliado, como também os resultados obtidos pode contribuir na escolha de um tratamento mais assertivo, mudança no estilo ou direcionamento de vida
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Processo bipessoal, duração limitada de tempo, número aproximado de encontros que procura descrever e compreender as forças e fraquezas do funcionamento psicológico do indivíduo
Processo com início, meio e fim
Possibilita descrever o funcionamento atual, confirmar,
refutar ou modificar impressões
Realiza diagnóstico diferencial de transtornos mentais,
comportamentais e cognitivos
Identifica necessidades terapêuticas e recomenda a
intervenção mais adequada, levando em conta o prognóstico
Fonte: Rigoni, M. S.; Sá, S. D. (2016). O processo psicodiagnóstico. In: Hutz, C. S. et al (orgs). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed. (Capítulo 3).
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"O diagnóstico diferencial costuma ser baseado na noção de que o clínico está escolhendo um único diagnóstico entre um grupo de diagnósticos que rivalizam entre si e que são mutuamente exclusivos, com a finalidade de melhor explicar determinada apresentação de sintomas"
"Diagnósticos diferenciais se referem a doenças possíveis do paciente, que possam explicar seus sinais e sintomas, e não a diferentes métodos utilizados para chegar a um diagnóstico"