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CÂNCER LARÍNGEO, 🎀GRUPO 3🎀 Ana Catarina, Claudia Guntzel, Karolyne…
CÂNCER LARÍNGEO
Definição
Carcinoma de células escamosas da laringe;
Consiste em tumores malignos com origem nas mucosas da supraglote, glote e subglote;
Ela abrange as seguintes estruturas:
Epiglote;
Pregas vocais (falsas ou verdadeiras);
Área abaixo das pregas vocais;
Epidemiologia
1/4 de todos os cânceres de cabeça e pescoço
Maioria afeta as pregas vocais verdadeiras
Homens negros são mais afetados
Proporção homem-mulher 4:1
O risco relativo de câncer laríngeo é >10 para fumantes que fumam há 40 anos ou mais e para aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia
Fator de risco para evoluir para câncer laríngeo: tabagismo e etilismo
Carcinoma de células escamosas é o tipo mais comum
Etiologia
O risco de cancer laríngeo aumenta com o aumento do tabaco;
Consumo de bebidas alcoólicas é fator independente de risco para câncer laríngeo;
Combinação de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas pode ter um efeito
multiplicador no risco de câncer laríngeo
A DRGE pode ser mais prevalente em pessoas com CA laríngeo;
Relação com a displasia das pregas vocais.
Fisiopatologia
acúmulo progressivo de alterações genéticas
seleção de uma população clonal de células transformadas
neoplasias de cabeça e pescoço demandam mais alterações genéticas
período de evolução longo (20-25 anos)
carcinogênese induzida por danos, mutações e aduções do ácido desoxirribonucleico (DNA)
pode assemelhar-se a irregularidade da mucosa, eritroplasia ou leucoplasia
apenas 1 subconjunto de cânceres laríngeos apresentou resultado positivo para marcadores HPV
Classificação
Tumor primário (T)
TX: tumor primário não pode ser avaliado
Tis: carcinoma in situ
Supraglote
• T1: tumor limitado a 1 sublocalização da supraglote com mobilidade normal das pregas vocais
• T2: o tumor invade a mucosa de >1 sublocalização adjacente à supraglote, glote ou região externa à supraglote (por exemplo, mucosa da base da língua, valécula, parede medial do seio piriforme) sem a fixação da laringe
• T3: tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do seguinte: área póscricoide, tecido pré-epiglótico, espaço paraglótico, e/ou córtex interno da cartilagem tireoide.
• T4: moderadamente avançado ou muito avançado
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através do córtex externo da cartilagem tireoide e/ou invade os tecidos além da laringe (por exemplo, traqueia, tecidos moles do pescoço, incluindo o músculo extrínseco profundo da língua, músculos infra-hioides, tireoide ou esôfago)
• T4b: Doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve a artéria
carótida ou invade as estruturas mediastinais.
Glote
T1: tumor limitado às pregas vocais (pode envolver comissura posterior ou anterior) com mobilidade
normal
• T1a: limitado a 1 prega vocal
• T1b: envolve ambas as pregas vocais
T2: o tumor se estende à supraglote e/ou glote, e/ou com mobilidade reduzida das pregas vocais
T3: tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do espaço paraglótico e/ou
do córtex interno da cartilagem tireoide.
T4: moderadamente avançado ou muito avançado
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através do córtex externo da cartilagem tireoide e/ou invade os tecidos além da laringe (por exemplo, traqueia, cartilagem cricoide, tecidos moles do pescoço, incluindo o músculo extrínseco profundo da língua, músculos infra-hioides, tireoide ou esôfago)
• T4b: doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve a artéria
carótida ou invade as estruturas mediastinais.
Subglote
T1: tumor limitado à subglote
T2: o tumor estende-se às pregas vocais com mobilidade normal ou reduzida das pregas vocais
T3: tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do espaço paraglótico e/ou
do córtex interno da cartilagem tireoide.
• T4: moderadamente avançado ou muito avançado
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através da cartilagem tireoide ou cricoide e/ou invade os tecidos além da laringe
• T4b: doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve a artéria
carótida ou invade as estruturas mediastinais.
Abordagem
História
Fatores de risco
Tabagismo
Bebidas alcoólicas
DRGE
Refluxo Biliar
Radioterapia previa no pescoço
Displasias pregas vocais
História familiar de câncer laríngeo
Apresentação clinica
Inicio insidioso de rouquidão
Rouquidão
Faringite / disfagia / odinofagia (deglutição dolorosa)
Otalgia / massa dolorosa
Maioria dos casos em homem >40 anos
Historia previa de displasia de cordas vocais
Exposição previa a amianto
Agente laranja virus do papiloma humano PHV
Historia de imunocomprometimento ou papilomatose respiratória
Exame físico
Voz rouca ou uma condição afônica
Caquexia; perda de peso; sofrimento generalizado
Orelha: otalgia (por exemplo, efusão do ouvido médio, otite externa)
Cavidade oral e orofaringe: massas ou leucoplasia da parede posterior da faringe, pilares
tonsilares, amígdalas e palato, superfícies da língua oral, soalho da boca e base da língua.
Entrada da laringe: lesões das pregas vocais, pregas ariepiglóticas e extensão local do tumor. Um
espelho de mão e uma lanterna podem proporcionar uma visão excelente da base da língua e da laringe. Uma laringoscopia indireta também permite a avaliação imediata de lesões óbvias que envolvam a glote. O exame de muitas pessoas é limitado por um forte reflexo faríngeo.
Pescoço: linfonodos ou massas cervicais (observando tamanho aproximado, localização, mobilidade e grau de firmeza), crepitação laríngea (a ausência pode indicar um estádio mais avançado de câncer), nódulos ou massas palpáveis na parótida ou tireoide.
Pulmões: estridor (bifásico, inspiratório e expiratório), murmúrio vesicular diminuído (sugere pneumonia, especialmente quando há suspeita de aspiração). A dificuldade do paciente para respirar em repouso, enquanto fala e em posição supina deve ser observada. Pacientes que pareçam confortáveis na posição ereta podem ter dispneia significativa na posição supina. Em casos avançados, as vias aéreas podem estar comprometidas.
Coração: instabilidade hemodinâmica pode estar presente (por exemplo, fístula vascular- aerodigestiva catastrófica).
Fatores de Risco
Fracos
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);
exposição ao asbesto;
exposição ao Agente Laranja;
hospedeiro imunocomprometido;
exposição ao papilomavírus humano (HPV);
história de papilomatose respiratória.
Fortes
uso de tabaco >40 maços-ano;
uso de álcool >8 unidades/dia;
acloridria;
história de radioterapia;
história familiar de câncer laríngeo;
etnia negra;
sexo masculino;
displasia das pregas vocais.
Diagnóstico
TC de pescoço com contraste
Pode mostrar a massa, invasão da cartilagem e presença/ausência de linfadenopatia cervical
É indicado pedir antes da biopsia
TC de tórax com contraste
Pode apresentar nódulos normais ou metastáticos e linfadenopatia
Laringoscopia com fibra óptica flexível
Visualização da laringe e avaliação da patência das vias aéreas
Videoestroboscopia rígida
Esse exame permite avaliar superiormente a onda mucosa superior das pregas vocais
Laringoscopia direta e rígida
Pode-se visualizar massa ulcerativa, friável e necrótica envolvendo a laringe
Biópsia de Laringe
Pode mostrar ulceração, necrose, atipia celular, figuras mitóticas e invasão da membrana basal
PET/TC do corpo inteiro
Aumento da captação em áreas de malignidade e metástase
Endoscopia de Fluorescência
Aspiração por agulha fina da massa cervical
É indicada quando há massa palpável
Diagnósticos Diferenciais
Laringite
Laringite fúngica
Sarcoidose
Tuberculose
Granulomatose com poliangiite
TRATAMENTO
Glótico ou supraglótico
T1 ou T2 N0M0
Radioterapia
Cirurgia
Preserva a laringe
T3 N0-N2cM0
Quimioterapia + Radioterapia
Cisplatina a com ou sem fluoruracila
se tóxico, cetuximabe
Laringectomia parcial ou total
T1 OU T2 N1-N2c M0
Laringectomia total ou parcial
Radioterapia
Quimioterapia
Cisplastina com ou sem fluoruracila
Quimio + radio
T4 ou N3 ou M1
Laringectomia Total
Quimio + radio/ Quimioterapia
Quimiorradioterapia Pós operatória
T4 ou N3 ou M1
Em doença irressecável ou metatática não adequado para tratamento definitivo
Terapia sistêmica
Subglótico
Laringectomia total + radioterapia
Se ineficaz ou inadequado
Cuidados paliativos
Quimioterapia ou imunoterapoa
Fonoterapia após tratamento
🎀GRUPO 3🎀
Ana Catarina, Claudia Guntzel, Karolyne Moreira, Larissa Simões, Marina Souza, Marianne Morais, Marianna Tonaco, Maryana Teixeira, Mirella Guedes.