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Sistema Tegumentar, :red_flag:, Tratamento:, Professora: Anelise Miritz…

- - - - Há o surgimento de placas eritemato-escamosas, de dimensões variadas, com bordas bem delimitadas e graus variáveis de acúmulo de escamas. As escamas são branco-prateadas, secas e aderidas.
        
        As placas localizam-se preferencialmente nas superfícies extensoras dos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e região lombossacra.
        
        Manifestação/Fases:
        O início da doença é similar a uma reação imune, que é composta por três fases:
        
        sensibilização,
        
        silenciosa,
        
        efetora.
        
        Sensibilização: as células apresentam antígenos que induzem à formação de células Th17 e T1 que futuramente terminarão por causar infiltração da pele.
        Fase silenciosa: com duração variável, e pode ou não se desenvolver a fase efetora.
        Efetora: caracterizada por infiltração cutânea de células imunológicas, ativação de células imunes cutâneas e resposta queratinocítica (lesão).
        Após um tratamento de sucesso, a fase efetora se transpõe a uma fase silenciosa e, após um período variável, tem início uma nova fase efetora que representa a recidiva clínica.
        
        Diagnóstico médico:
        É baseado na apresentação clínica, necessitando eventualmente de biópsia de pele para confirmação em casos atípicos ou de dúvida diagnóstica.
        
        Tratamento
        
        Fototerapia;
        
        Fármacos sistêmicos e tópicos.
        
        Embora estes tenham demonstrado melhores resultados, até o momento a otimização do tratamento consiste em combinar ativos para obter melhora clínica rápida e controle da doença em longo prazo.
        
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      - Artrite psoríaca
        É inflamatória com padrão proliferativo que geralmente se apresenta com fator reumatoide e acompanha a psoríase cutânea.
        
        Prevalência
        EUA: cerca de 20% a 30% dos pacientes com psoríase irão desenvolver artrite psoríaca, mas não há como prever esses casos.
        Cerca de 84% dos pacientes com artrite psoríaca desenvolvem lesões cutâneas em média 12 anos antes da artrite.
        
        Tratamento
        A artrite psoríaca tem tratamento distinto da psoríase, sendo tema de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Específico.
      - Psoríase cutânea
        
        As formas não pustulosas têm sido classificadas em dois tipos:
        
        Psoríase tipo 1: de início precoce (antes dos 40 anos), com história familiar positiva.
        
        Psoríase tipo 2: de início tardio (após os 40 anos), com história familiar negativa.
        
        Psoríase leve: A maioria dos pacientes tem a doença limitada (menos de 5% da superfície corporal), podendo ser tratada com fármacos de uso tópico que oferecem alto padrão de segurança e eficácia.
        Psoríase moderada a grave: além dos tópicos, devem-se acrescentar medicamentos sistêmicos. As opções disponíveis são fototerapia, metotrexato, acitretina, ciclosporina e os medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte, ustequinumabe e secuquinumabe.
        
        Não há cura, mas sim tratamento.
        O sol é aliado importante, desde que acessado em horários adequados e com proteção (filtro solar).
- - - - O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos.
        Fica atrás apenas da Índia.
        
        A notificação compulsória e investigação são
        obrigatórias.
        
        Lei nº 6259 de 30/10/1975 e do Decreto nº 78.231 de 12/08/1976
        
        Em 1980: o Brasil dispôs de iniciativas institucionais que modificaram a estratégia de cuidado, como o fechamento dos hospitais colônias (internação compulsória).
        Em 1995: foi implementada uma iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determinou a eliminação, através da Lei nº 9.010, do termo “lepra”.
        
        http://indicadoreshanseniase.aids.gov.br/
        
        :red_flag:
        https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/noticias/2023/janeiro/ministerio-da-saude-vai-distribuir-150-mil-testes-rapidos-para-enfrentamento-a-hanseniase
        
        Em 2022, mais de 17 mil novos casos foram diagnosticados no país.
        
        Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030
        
        http://telessaude.saude.ba.gov.br/em-que-momento-devemos-realizar-o-teste-rapido-para-hanseniase/
      - Castigo divino, que estigmatizava e excluía as pessoas doentes.
  - - - Geralmente afeta crianças abaixo de 10 anos, ou mais, raramente adolescentes e adultos que foram contatos de pacientes com hanseníase.
      - Multibacilares (MB) – muitos bacilos, constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento específico não for iniciado. Há presença de seis ou mais lesões de pele ou baciloscopia de raspado intradérmico
        positiva.
        
        Há susceptibilidade ao M. leprae por influência genética. Assim, familiares de pessoas com hanseníase possuem maior
        chance de adoecer.
        
        :red_flag: Curiosidades:
        
        Documentário: Conheça os moradores da cidade fantasma do Rio Grande do Sul
        
        https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/identificado-gene-que-indica-propensao-hanseniase
    - - • Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato;
        • Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber;
        • Pápulas, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas;
        • Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas;
        • Pele infiltrada eritematosa (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local.
      - Pode-se observar:
        • Algia, choque e/ou espessamento de nervos periféricos;
        • Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, mãos e pés;
        • Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente MMSI e, por vezes, pálpebras;
        • Edema de mãos e pés com cianose e ressecamento da pele;
        • Hipertermia e artralgia, associados à nódulos dolorosos, de aparecimento súbito;
        • Aparecimento súbito de manchas dormentes com algia nos nervos dos cotovelos (ulnares), joelhos (fibulares comuns) e tornozelos (tibiais posteriores);
        • Congestão nasal, feridas e ressecamento do nariz;
        • Ressecamento e sensação de areia nos olhos.
        
        Exame clínico dermatológico;
        
        Eletroneuromiografia (no caso de hanseniase com acometimento dos nervos);
        
        Análise microscópica e biopsia de pele.
  - - - Médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873.
        
        Breve história da hanseníase: sua expansão do mundo para as Américas, o Brasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde pública brasileira (https://www.scielo.br/j/sausoc/a/nXWpzPJ5pfHMDmKZBqkSZMx/?lang=pt)
        
        De acordo com Pinto (1995, p.134), "os médicos medievais consideravam a lepra simultaneamente uma doença contagiosa e hereditária, ou oriunda de uma relação sexual consumada durante a menstruação".
  - - - CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA
        ACOMETIDA PELA HANSENÍASE
        
        1. Identificação dos sinais e sintomas da hanseníase e avaliação dos casos suspeitos encaminhados para a unidade de saúde;
        2. Realização da consulta de enfermagem, assim como a solicitação de exames complementares e prescrições de medicações, conforme protocolos ou normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal;
        3. Preenchimento completo da ficha de notificação para os casos confirmados de hanseníase;
        4. Avaliação e registro do grau de incapacidade física em prontuários e formulários;
        5. Orientação ao paciente e a família para a realização de autocuidados;
        6. Orientação e realização de técnicas simples
        de prevenção de incapacidades físicas;
        7. Realização de exame dermatoneurológico em todos os contatos intradomiciliares;
        8. Realização da vacinação com o BCG aos contatos sem sinais da doença;
        9. Realização da assistência domiciliar;
        10. Planejamento, gerenciamento, coordenação e avaliação das ações desenvolvidas pelos ACS.
        
        (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_acometida_hanseniase.pdf)
- - - - Classificação
        Pode ser:
        
        Vulgar,
        
        Focal,
        
        Segmentar.
        
        Focal: quando ocorre em algum lugar específico de mucosa (tecido epitelial de revestimento e úmido).
        
        Segmentar: nas crianças é muito comum, ele segue o trajeto de um nervo. Não costuma ir para outras partes do corpo.
        
        Vulgar: possui máculas brancas leitosas, muito brancas. Essas manchas, que chamamos de acrômicas, podem acontecer na face e em regiões de atrito, como mãos, pés, genitália e eminências ósseas. É o tipo mais comum.
      - Fatores desencadeantes:
        
        Emocional: muitas vezes, a pessoa sofre algum trauma psíquico, como por exemplo: a perda de um familiar, não passar em uma prova…algum motivo muito intenso.
        
        Histórico familiar: as chances aumentam. Em 30% dos diagnósticos houve histórico familiar.
      - Prevalência:
        No mundo: varia entre 0,5% a 2% (Vitiligo Research Foundation, 2017).
        No Brasil: foi determinada em 0,54%.
        No Censo Nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2006), mostrou que a doença atingiu:
        
        1,2% das pessoas brancas,
        
        e 1,9% das pardas/negras, aparecendo entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes em todas as macrorregiões do país (SZABO; BRANDÃO, 2016)
      - Sinais e Sintomas
        
        Hipocromia/Acromia;
        
        Maior sensibilidade local;
        
        Algia no local afetado.
        
        Diagnóstico:
        Exame clínico;
        Biópsia cutânea;
        Exame com lâmpada de Wood (lâmpada com luz fluorescente utilizada nos diagnósticos dermatológicos).