TICS V- SEMANA 7
Aluna: Juliana Sousa Santos
Professora: Juliana Macêdo Magalhães

REFERÊNCIAS:
DE OLIVEIRA PASCHOALINO, Mylla Christie. O protocolo de morte encefálica no sistema de saúde do Brasil. In: 13o Congresso Internacional Rede Unida. 2018.
NITRINI, R.; BACHESCHI, L. A. A Neurologia que todo médico deve saber, 3ª edição. São Paulo: Atheneu, 2015.

MORTE ENCEFÁLICA

Procedimentos Mínimos Necessários:

Definição:

Configura-se como o estado clínico irreversível em que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas.

A causa deve ser conhecida e confirmada pelos médicos.

Etiologias mais comuns:

Traumatismo cranioencefálico

Tumor intracraniano

Síndrome cerebrovascular

Isquêmico

Hemorrágico

Como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

É declarada por pelo menos dois médicos, em que ambos irão realizar o protocolo de morte encefálica.

Realizado em pacientes em coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente.

Diagnosticar a morte encefálica é importante para evitar tratamentos inócuos, assim como liberar leitos e aparelhos e orientar os familiares, que podem optar pela doação de órgãos.

Para ser confirmada a morte encefálica, deve-se realizar no mínimo: dois exames clínicos que confirmem o coma não perceptivo e a ausência de função do tronco encefálico.

Um deles corresponde ao teste de apneia que confirma a inexistência de movimentos respiratórios após estimulação máxima.

Ademais, é necessário um exame complementar que autentique a ausência de atividade cerebral.

Para a realização do procedimento o paciente deve estar normotenso, euvolêmico e normotérmico. Depois disso, instala-se um cateter ou sonda traqueal de O2 e observa se aparecem os movimentos involuntários. Caso não tenha e a PaCO2 seja >60mmHg, o teste é positivo.

Os 2 exames clínicos devem ser feitos por médico capacitados e experientes, sendo um preferencialmente especialista em medicina intensiva, neurologista, neuropediatra, neurocirurgião ou médico de emergência.

O resultado dos testes devem ser negativos para os reflexos do tronco encefálico, que são: reflexo fotomotor, óculo-cefálico, vestíbulo-calórico, corneopalpebral e o da tosse.

Exames complementares são utilizados para demonstrar a perda da perfusão sanguínea ou de atividade elétrica/metabólica encefálica.

Os principais exames utilizados são: angiografia cerebral, eletroencefalograma, doppler Transcraniano e cintilografia.