Cinco anos depois, em 22 de outubro de 1998, foi lançado o Satélite de Coleta de Dados 2 (SCD-2), também do Cabo Canaveral, na Flórida. Assim como o antecessor, ele teve a função de coletar dados ambientais. Com isso foi possível conhecer o nível e a quantidade de água em rios e represas, o volume pluviométrico, a pressão atmosférica, a intensidade da radiação solar, a temperatura do ar, entre outros.
O CBERS-1 foi lançado em 14 de outubro de 1999, em Taiyuan, na China. Em 1988, o Brasil assinou um acordo de cooperação para o desenvolvimento de satélites com os chineses. Assim, o Inpe e a Academia de Tecnologia Espacial da China (Cast, na sigla em inglês) desenvolveram o programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, da sigla em inglês). Esses satélites também tiveram a missão de coletar dados e foram fundamentais para monitorar o desmatamento, as áreas agrícolas e o desenvolvimento urbano.
O CBERS-2 foi lançado em 21 de outubro de 2003, também pelo Centro de Taiyuan, na China. Ele entrou em operação para substituir o modelo anterior. O CBERS-2 deu continuidade ao programa de coleta de dados ambientais e fez do Brasil o maior distribuidor de imagens orbitais no mundo. Produziu aproximadamente 175 mil imagens em pouco mais de cinco anos de operação.
A versão 2B desses satélites foi montada com peças remanescentes do projeto CBERS-2. Foi lançada em 19 de setembro de 2007 e operou concomitantemente à versão anterior. Além da China e do Brasil, o CBERS-2 captou milhares de imagens de outros países da América do Sul e África. O satélite operou até 2010 e, agora, a parceria China-Brasil pretende iniciar a segunda fase: CBERS -3 e CBERS-4. O primeiro foi lançado ainda em 2013, e o segundo foi lançado em 2014.