Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Síndrome de imobilidade - Coggle Diagram
Síndrome de imobilidade
Critérios
Critérios maiores
múltiplas contraturas e presença de déficit cognitivo
Critérios menores
úlcera de pressão, disfasia, dupla incontinência e afasia
O paciente é considerado como
portador da síndrome da imobilidade quando apresenta os dois critérios maiores e dois dos quatro
critérios menores.
Causas
Os indivíduos que chegam à SI, são, em geral, idosos fragilizados que, por
necessidade, internam-se em hospitais ou vivem em instituição onde o ambiente não
familiar, o repouso prolongado e forçado, a desnutrição, a iatrogenia e a comorbidade
transformam o ancião em um ser dependente.
Equilíbrio precário
quedas
limitação da marcha
perda da independência
imobilidade no leito
complicações da própria SI.
Consequências
Sistema respiratório:
diminuição do trabalho com consequente perda de força da
musculatura da ventilação, diminuição de volumes e capacidades pulmonares, estase de muco em áreas mal ventiladas levando a infecções pulmonares,
atelectasias, dificuldade para tossir, bronca aspiração;
Distúrbios neuropsiquiátricos:
frequentes a depressão, demência e delirium.
Aparelho geniturinário:
estase da urina, cálculo renal, infecções, bexiga
neurogênica, perda de urina sem concepção do paciente.
incontinência;
Sistema gastrintestinal:
perda de apetite, incontinência fecal, constipação,
fecaloma;
Sistema circulatório:
alteração no volume de distribuição dos fluidos corporais,
hipotensão ortostática, trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar;
Sistema cardiovascular:
hiporresponsividade barorreceptora (hipotensão
ortostática); intolerância ortostática (taquicardia, náusea, sudorese e síncope após repouso prolongado); redistribuição do volume circulante dos membros inferiores para a circulação central (11% ou 500 mL), especialmente, para o pulmão; redução da capacidade aeróbica, com redução da tolerância ao exercício;
maior risco de trombose venosa profunda.
Sistema gastrintestinal:
perda de apetite, incontinência fecal, constipação,
fecaloma
Sistema muscular:
anabolismo prejudicado pelo decúbito prolongado, o que
causa atrofia e modificações musculares responsáveis pelas deformidades articulares vistas na SI, sendo prevenidas com mobilização precoce e posicionamento.
Sistema Endócrino:
Com o imobilismo ocorrem várias alterações hormonais, tais como: Aumento do paratormônio no sangue, possivelmente relacionado à hipercalcemia devido ao aumento da atividade osteoclástica proveniente da imobilização; Diminuição dos níveis de hormônio do crescimento, ACTH e da produção de adrenalina e noradrenalina.
Úlcera por pressão
A úlcera por pressão pode ser definida como uma lesão localizada, acometendo pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão, ou pressão associada a cisalhamento e/ou fricção. A úlcera por pressão ocorre quando a pressão intersticial
excede a pressão intracapilar, originando uma deficiência de perfusão capilar, o que impede o transporte de nutrientes ao tecido. Esta situação é mais comum em áreas de proeminências ósseas, onde o osso e a superfície de contato onde o paciente se apóia (cama ou cadeira) exercem uma pressão sobre a pele e partes moles maior do que a pressão capilar.
Classificação
Estágio 1
as lesões por pressão se manifestam como pele íntegra com eritema que não desaparece à pressão, geralmente sobre alguma proeminência óssea. Alterações da cor não são observadas na pele negra. As lesões são quentes, frias, firmes ou mais sensíveis em relação aos tecidos adjacente ou contralaterais. Ainda não ulceração (defeito da pele na derme). Contudo, a ulceração acontecerá se a evolução for demorada
e irreversível.
Estágio 2
as úlceras por pressão são caracterizadas por pele parcialmente densa, com perda da epiderme (erosão ou bolhas) com ou sem ulceração verdadeira (defeito para além do nível da epiderme); o tecido subcutâneo não é exposto. A úlcera é rasa com uma
base rosa a vermelho. Não há tecido com crostas ou necrose na base. O estágio 2 também é caracterizado por bolhas íntegras ou parcialmente rompidas por pressão. (NOTA: Causas não relacionadas à pressão da erosão, ulceração ou bolhas, como laceração da pele, queimaduras por esparadrapo, maceração e escoriação são excluídas do estágio 2.)
Estágio 3
as úlceras por pressão se manifestam como perda total da espessura da pele com lesão no tecido subcutâneo que se estende até (mas sem comprometer) a fáscia subjacente. As úlceras se parecem com uma cratera sem exposição da camada muscular ou do osso subjacente. Varia de acordo com sua localização. O nariz, a orelha, a região occipital e o maléolo não possuem tecido subcutâneo, nesse caso o estágio III pode ser superficial. Em contraste nas áreas com quantidade significante de tecido adiposo pode desenvolver uma úlcera por pressão profunda no estágio III. Os ossos, tendões ou músculos não são diretamente visíveis ou palpáveis.
Estágio 4
as úlceras por pressão se manifestam como perda total da espessura da pele, com extensa destruição, necrose tecidual e lesão em músculo, tendão, osso ou outras estruturas de suporte expostas.
Complicações
problemas infecciosos, tanto em nível local como sistêmico, decorrentes da existência de solução de continuidade da pele e da proliferação de microrganismos que normalmente colonizam úlceras em geral. A infecção local dificulta enormemente a cicatrização e a cura. Podem surgir abscessos, cavidades ou fístulas. Além disso, as úlceras por pressãosão um reservatório de organismos resistentes a antibióticos adquiridos em hospital.
Uma alta contagem de bactérias no interior da ferida pode dificultar a cicatrização tecidual. Se a cicatrização das feridas for retardada apesar de tratamento adequado, osteomielite subjacente (presente em até 32% dos pacientes) ou, raramente, carcinomade células escamosas no interior da úlcera (úlcera de Marjolin) deve ser considerada.
Fatores de risco
Fatores intrínsecos
tolerância tecidual, alterações cutâneas pré-existentes, déficit nutricional, hipotensão tecidual prejudicada, idade avançada, mobilidade reduzida, sensibilidade reduzida, peso corpóreo alterado, drogas, diminuição do nível de consciência, dor.
Fatores extrínsecos
umidade, pressão ( intensidade e duração), fricção e cisalhamento.