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Vida de Peito Aberto - Coggle Diagram

- - - - Nada de querer ficar mostrando pro outro que você está seguindo o costume branco europeu
        Nada de seguir o costume branco europeu
        Isso é um complexo social / cultural muito forte que se fez em mim: o eurocentrismo
    - - Os costumes dizem servir pra facilitar e possibilitar a vida em sociedade, mas é mentira, servem pra oprimir e criar distinções entre pessoas
        Insurreiça
        
        Os conservadores estão conservando o quê?
        É absurdo
        
        Hoje sou completamente guiado por moral de rebanho e pelos costumes: é absurdo e patológico. É uma camada sintética doentia que se fez em mim.
        Hoje, toda minha noção de certo e errado vem da moral de rebanho e dos costumes. Por isso, sou um sujeito criado para servir ao poder, submisso ao poder. Alienado a servir ao poder. Alienado ao poder.
        
        Isso adoece
        Acho que vim pro RS para isso mesmo: insurgir, insurreicer
        Contra uma moral de rebanho que diz que sou inferior
        Contra uma moral de rebanho que cria um sujeito alienado, submisso ao poder, submisso à própria moral e aos costumes, um seguidor, uma ovelha numa manada, num rebanho
        Cria um sujeito obediente e que se orgulha de ser obediente e que busca a aprovação das autoridades por ser obediente
        Um sujeito que busca aprovação por ser obediente aos costumes europeus vigentes. Absurdo.
        Isso é trair a si mesmo
        É jogar contra si mesmo
        A moral e os costumes servem apenas para que os dominadores mantenham o poder sobre os dominados e para evitar insurreições e insurgências. Apenas isso.
        O Flamenco é naturalmente insurgente.
        
        Insurreicer é se curar
        Se curar é insurreicer
        Insurgir é se curar
        Se curar é insurgir
        A psique é insurgente e insurrecional
        
        Não dá pra viver se vendo como cultura ou como parte de uma sociedade, a sociedade não existe em nível psíquico
        Não dá pra viver sendo um ator social de uma moral de rebanho
        Isso é se ver como cultura, é se colocar como parte de algo que você não é parte
        É esquizoide e alienante
        Isso não é viver, é estar morto vivo
        
        É um absurdo (alienante e patológico) você achar que você é o que a sociedade (moral de rebanho e costumes) diz que você é
        O que você é não vem de fora, não pode vir
        É simplesmente impossível
        O que você é vem de dentro
        Isso é óbvio, primário e elementar
        
        É um absurdo você AGIR como uma espécie de ator social, como um personagem criado pela sociedade em você
        É absurdo, patológico, alienante e esquizoide
        Tire essa neurose esquizoide de você
        O esquizoide sofre porque, enquanto ele tenta corresponder a uma imagem da sociedade, do papai e da mamãe, a psique ferroa. Se ele achar a psique e ficar em acordo com ela, não terá mais tanta ferroada.
        Quando somos ferroados, ficamos mais inteligentes e mais sensíveis.
        
        Ser de esquerda não é seguir moral de rebanho petista, nem moral de rebanho comunista, nem muito menos moral de rebanho dos psicanalistas, que se baseia no que fulano de tal disse ou deixou de dizer (o psicanalista dentro de mim é um broxa que só sabe seguir o que freud disse ou deixou de dizer). É insurgir contra qualquer moral de rebanho, insurreicer contra qualquer moral de rebanho. Maldito Zizek. Acertou novamente. E ainda tenho que dar razão a Deleuze: não existem governos de esquerda. A natureza da esquerda é ser insurrecional e insurgente. Um governo nunca o é. Talvez.
        
        Aparentemente, a própria natureza da psique é insurrecional e insurgente: viver uma vida com a experiência do contato direto com ela é melhor do que viver uma vida alienado dela.
        É isso. A a natureza insurrecional e insurgente da psique.
        Contato visceral com a natureza humana.
        Aparentemente, os ciganos já sabiam disso há muito tempo. Tanto que criaram o flamenco.
        Seria, então, a psique, uma cigana?
        O Flamenco era proibido na minha criação católica, agora não é mais.
        Não preciso mais me entorpecer, não preciso mais ficar dormente. Parece que cheguei à natureza última da psique.
        Se cheguei, é isso. Ela estará comigo. Fusão completa Psique + Logos.
        
        Flamenco é insurgência
        Insurgência é flamenco
        Flamenco é insurreição
        Insurreição é Flamenco
        
        O Ego é reacionário (reage e defende o status quo), enquanto a psique é revolucionária, insurrecional e insurgente.
        Neurose é o conflito entre ambas.
        O Ego é uma reprodução da moral de rebanho e dos costumes.
        A psique contém a singularidade, quem eu realmente sou.
        O Ego é o bonzinho católico, orgulho da mamãe e do papai.
        A psique é a cigana nômade e insurgente.
        O Ego é intolerante com as pessoas e tolerante com a opressão.
        A psique é tolerante com as pessoas e intolerante com a opressão.
        O Ego pode se tornar opressor. A psique é sempre insurgente.
        O Ego quer ser especial. A psique sabe que é muito melhor ser mais um.
        O Ego é gourmet, custom shop. A Psique é uma Highway One em chamas.
        Ego civilizadinho. Psique força da natureza.
        O Ego gosta de ficar alto, com cafeína, refrigerante e açúcar, mesmo que isso faça mal. A Psique não gosta do que faz mal. Gosta?
        Talvez uma embriaguez de vinho de vez em quando seja muito boa. O que é bem diferente.
        
        O amor verdadeiro não é romântico, é insurgente, insurrecional
        
        Insurgência contra quem?
        
        Dunker e outros criadores de moral de rebanho
        
        Michel Leme e outros ídolos vazios, feitos de vento e alçados a essa condição apenas por convenção social das quais são "proibido" discordar. Totens sociais. Ídolos construídos socialmente e que fazem de tudo pra segurar essa posição. Ficam sambando obsessivamente pra manter a persona e o status social conseguido, sambam obsessivamente pra manter determinada aparência, determinado status quo.
        Reacionários mantenedores de status quo. Leme é um, o outro é Herrlein, Yamandu é outro. E por aí vai: há muitos outros. Ídolos ocos, feitos de vento. Se desmancham no ar. Ídolos de plástico.
        Sem entrega, sem essência, sem dedicação. Vivem pra sustentar uma persona, um status quo. Não são verdadeiros.
        São fáceis de serem identificados.
        São ídolos apenas dos leigos e das ovelhas do rebanho.
        A eles, diz-se: você é só nome e aparência, não é essência.
        
        Eros: o próprio pai da psique
- - - - O mundo não é justo, nunca vai ser
        Porque sempre haverá dominadores e dominados
        Sempre
        Então, comprometa-se com sua vida, com seu desejo e deu. Nada além disso.
        
        Chega de cair nas tentações que a sociedade oferece pra quem faz o jogo dela, como Marcelo Barbosa caiu na tentação de status e se tornou um completo dominado/escravo no Angra
        A sociedade faz exatamente a mesma coisa
        E as pessoas fazem tudo por esse status
        Não cair mais nessas tentações, isso é muito infantil
        
        A sociedade chama de saudáveis justamente aqueles que se retraem e se submetem a ela
        É uma tentação social
        Ninguém deve ser submisso a ninguém ou a nada
        Uma das soluções é fingir submissão sem ser de fato
        E a sociedade vigia isso a todo tempo, quase como em 1984
        Quem não é submisso, chama a atenção
        Por isso, uma das soluções é fingir sê-lo
        Caí muito nessas tentações na primeira metade da minha vida
        Completo dominado / dominador
        Agora, não mais
        Ninguém deve ser submisso a ninguém
        A linguagem do dominador é sempre ardilosa, cheia de recursos de linguagem, desonesta e cheia de pressupostos e subentendidos implícitos, normalmente voltada pra manter um status quo. E o dominador sempre presume que você vai ceder. Há muita coisa oculta nos confins da linguagem.
        Cai quem quer
        O dominador sempre alega ser bom, bonzinho ou bem intencionado também. Se alega, é porque não é.
        Agora, chega de arquétipo, nada é unilateral.
        Vamos dar dinheiro ao Walmart e à Coca-Cola pra contrabalançar.
        
        Primeiro se cura da submissão / dominação
        Depois pensa em relacionamento
        O propósito do herói é libertar o homem de qualquer mestre
        Fazê-lo mestre de si mesmo
        
        Aquela vida, no mundo materno, não volta mais
        Ainda bem
        O vício, a demanda e a necessidade de conforto cessaram
        Agora é outra coisa
        
        Eu sou eu
        Somente eu
        E mais nada
        
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