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Filosofia - Cap 02 e 03: Liberdade - Coggle Diagram
Filosofia - Cap 02 e 03: Liberdade
Liberdade de ação
Thomas Hobbes
Segundo ele, a liberdade significa ausência de impedimentos.
Nesse sentido, uma pessoa é livre para agir quando nada a impede.
Nesse caso,
a liberdade nunca seria absoluta ou nula
. O ser humano sempre teria condições de agir, mesmo que minimante. Mas, por outro lado, também não conseguiria fazer tudo o que deseja.
John Locke
Locke defende que
onde não há lei, não há liberdade
.
Isso significa que a liberdade só pode existir em sociedade quando o ser humano possui seus direitos e liberdades individuais garantidos pelo Estado. Caso contrário, o ser humano poderia perdê-las, diante de alguém capaz de impor suas vontades sobre os demais.
Nesse caso a liberdade de ação necessita de uma regulação para que possa haver uma comunidade ou uma sociedade.
Liberdade de vontade
Trata-se da espontaneidade do querer
Aristóteles
, quando diz que uma coisa é conhecer o bem e outra é praticá-lo, deixa claro que há uma liberdade de escolha na ação humana.
Ele sistematiza a liberdade em três processos psíquicos:
Deliberação
: O processo de elencar quais e quantos os meios para se atingir determinado fim.
Escolha
: A opção por um desses meios, transformando a escolha em ato. Momento em que o indivíduo se torna responsável pela ação.
Volição
: É o processo de escolha orientada pelo bom e verdadeiro. Momento em que se avalia a decisão tomada, como boa ou ruim.
Santo Agostinho e o livre Arbítrio.
Ele argumenta que a liberdade é própria da vontade e não da razão, pois o ser humano pode conhecer o bem e não praticá-lo.
O conflito das vontades revelaria que há tipos diferentes de vontade.
Santo agostinho considera que a vontade é realmente livre e nada a determina, porém, como saber quais escolhas fazer? Sobre o que é certo e errado.
Segundo ele, somente o auxílio divino faria o ser humano querer e praticar o bem.
Essa liberdade de querer e decidir sobre qualquer coisa, sem impedimentos ou condicionamentos é o que convencionamos chamar de
livre-arbítrio.
SARTRE e a liberdade radical
Sartre
afirma que a liberdade de existência de um indivíduo não é determinada por sua essência.
Isso significa que primeiro há a liberdade, isto é, a
existência
. Para só então essa liberdade fazer escolhas sobre a personalidade, ou seja, nossa
essência
.
Portanto, para ele,
a existência precede a essência
.
O ser humano sempre terá de fazer escolhas. Desta maneira sempre estará em autoconstrução, em direção a estabelecer sua essência, porém, nunca estará concluída.
LIBERDADE RADICAL E RESPONSABILIDADE RADICAL
Sartre também considera que não há um projeto prévio de ser humano. Dessa maneira, ele estaria obrigado a se inventar. Pois há de conviver com sua liberdade.
O ser humano está condenado a ser livre para se inventar enquanto ser.
Sartre considera que o ser humano é consciência. Isso significa que a consciência se define como
ato de ter consciência de algo.
Ele considera que o ser consciência procura deixar de ser em ato, para se tornar um ser acabado, ou seja, com uma essência definida.
No entanto, o ser humano não possui uma natureza humana pré-definida. Não há uma natureza humana. E o ser consciente, ao perceber isso, se vê obrigado a fazer escolhas.
Resta ao ser humano assumir sua condição de liberdade, de plena responsabilidade. O homem, segundo essa visão, é totalmente responsável por seus atos.
Não haveria como deixar de ser livre, por isso estaria também condenado a liberdade, de modo que é sempre obrigado a escolher.