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EDUCAÇÃO AMBIENTAL Em um contexto de complexidade do campo teórico da…
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Em um contexto de complexidade do campo teórico da percepção
Imaginário
O posicionamento contemplativo diante de uma paisagem qualquer é o momento em que são revividos ou criados os significados que se atribui aos seus elementos e ao conjunto.
É, portanto, uma via interativa que faz o ser humano se desprender de sua referência dominante, seu próprio ser, para perceber o mundo ou perceber-se no mundo. É esse espaço permissivo que povoamos com nossos fluidos imaginários e incutimos as facetas que nossa memória guarda como semelhança ou identidade.
Em outras palavras, renovamos nossos traços topofílicos, que nos faz estonteados, ou os construímos a partir das sensações lúdicas que esse vislumbre nos traz.
Percepção
A apreensão do mundo pelos sentidos não poderia resumir o ato perceptivo, uma vez que, ao se voltarem para o mundo, nossos sentidos já estão direcionados por muitos outros fatores intrínsecos do desenvolvimento complexo da natureza humana.
A maneira como são encontrados os conceitos de interação do ser humano com o mundo em diferentes análises, durante toda a evolução histórica do pensamento filosófico, parece sempre reforçar duas linhas norteadoras que, embora distintas, não raro são perfeitamente interconexas: o materialismo e o espiritualismo.
Falar de percepção ambiental é falamos da relação do ser humano com o mundo.
Há diversas formas de perceber o mundo, desde aquela revestida com o manto da sacralização, até aquela ancorada no arcabouço cientificista dominador.
Quando falamos em percepção, estaremos falando mais do que os conceitos que as pessoas têm do seu lugar, do seu mundo, mas das imagens com que o povoam.
Educação ambiental
A educação ambiental nasceu primeiramente atrelada ao termo conscientização ambiental, que caiu em desuso devido à evocação que fazia ideia da geração de novos conceitos
A tendência é de se empregar o termo
sensibilização
, que reflete justamente a necessidade de se ir além da transmissão de novos conceitos atrelados ao meio ambiente.
A sensibilização traz, portanto, a proposta de transposição do enfoque racional na prática educativa e a busca de se atingir a dimensão emotiva, espiritual da pessoa humana na sua interação com a natureza.
Ainda é muito comum, principalmente em áreas preservadas que recebem visitantes, práticas de educação ambiental enfatizando um contanto interativo baseado na aventura e muitas vezes reduzido a momentos que oferecem pouca oportunidade de reflexão e contemplação.
A síntese reflexiva é, sem dúvidas, parte do processo de construção de novas atitudes interacionistas. Porém, é necessário que ela seja revestida da dimensão emotiva do humano.
Uma característica que se destaca de determinadas práticas de educação ambiental
que, embora de extrema importância dentro de necessidades emergenciais de sensibilização, ousamos denominar de reducionistas, é a exclusão do potencial cultural e histórico dos ambientes em que são realizadas.
O conhecimento
sobre o histórico da transformação da paisagem e da construção de espaços habitados e o contato com as pessoas representam, portanto, instrumentos valiosos para sensibilização.
O momento em que o ser humano procura o entendimento das suas percepções, questiona e dá forma aos significados do percebido e configura a sua relação com o mundo. É nesse contexto que ganham relevância as informações sobre a visão sistêmica onde se insere as imagens constituídas. No instante em que se questiona sobre o seu lugar na paisagem percebida é que torna-se possível a avaliação de sua ações nesse sistema.
Produzido por: André Luiz dos Santos Wesolowski (10 mar. 2022)