Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
ABDOME AGUDO - Coggle Diagram
ABDOME AGUDO
INFLAMATÓRIO
PANCREATITE AGUDA
é
um processo inflamatório agudo decorrente da autodigestão do pâncreas causado pelas próprias enzimas pancreáticas, podendo ou não envolver subsequentemente outros tecidos regionais, órgãos ou tecidos a distância.
acontece
principalmente devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou à presença de pedras na vesícula, provocando forte dor abdominal que surge de repente e é extremamente incapacitante.
Os cálculos biliares causam aproximadamente 40% dos casos de pancreatite aguda
Se um cálculo biliar ficar preso no esfíncter de Oddi (a abertura por onde o duto pancreático libera seu conteúdo no duodeno) o suco pancreático para de fluir
O álcool causa aproximadamente 30% dos casos de pancreatite aguda.
O mecanismo que faz com que o consumo de álcool cause a pancreatite não é completamente compreendido. Uma teoria é que o álcool é convertido em substâncias químicas tóxicas no pâncreas, que causam danos. Outra teoria é que o álcool pode causar o entupimento dos pequenos dutos no pâncreas, que liberam seu conteúdo no duto pancreático, o que por fim causa a pancreatite aguda.
Em algumas pessoas, a pancreatite aguda é hereditária. Foram identificadas mutações genéticas que predispõem as pessoas a desenvolverem pancreatite aguda. Pessoas com fibrose cística ou que possuem os genes da doença têm maior risco de desenvolver tanto a pancreatite aguda como a pancreatite crônica.
Exames de sangue e de imagem, como, por exemplo, a tomografia computadorizada, auxiliam o médico a fazer o diagnóstico.
amilase e lipase
leucositose com desvio pra esquerda (bastonetes)
As radiografias do abdômen podem mostrar alças intestinais dilatadas ou, raramente, um ou mais cálculos biliares. As radiografias do tórax podem revelar zonas de tecido de pulmão colapsado ou acúmulo de líquido na cavidade torácica.
Um ultrassom do abdômen pode mostrar cálculos biliares na vesícula biliar ou, às vezes, no duto biliar comum, bem como detectar inchaço do pâncreas. Esse exame é realizado em todas as pessoas que estão com pancreatite aguda para garantir que não há nenhum cálculo biliar presente que possa causar mais pancreatite.
Uma tomografia computadorizada (TC) é particularmente útil para detectar inflamações do pâncreas e utiliza-se em pessoas com pancreatite aguda grave. Para esse tipo de exame, a pessoa também recebe uma injeção de um meio de contraste. O meio de contraste é uma substância que pode ser vista em radiografias. Uma vez que as imagens obtidas por TC são tão nítidas, esse tipo de exame ajuda o médico a fazer um diagnóstico exato e a identificar complicações da pancreatite.
Uma colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM), um tipo especial de exame de imagem por ressonância magnética (RM), também pode ser realizada para visualizar o duto pancreático e o duto biliar e para determinar se existe alguma dilatação, bloqueio ou estreitamento dos dutos.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica permite ao médico visualizar o duto biliar e o duto pancreático. Durante esse exame, o médico consegue remover do duto biliar os cálculos biliares que estão causando o bloqueio.
DIVERTICULITE
ocorre:
Frequente em faixas etárias mais avançadas
consiste na:
inflamação e infecção de um ou mais divertículo (s) do cólon
geralmente
decorrente da oclusão do seu óstio por fezes ou resíduos alimentares, podendo levar até à perfuração.
clínica:
Dor abdominal contínua cólica – localizada na fossa ilíaca esquerda ou região suprapubica
, febre baixa
, obstipação ou diarreia
anorexia
náuseas
pode haver também
taquicardia discreta
distensão abdominal
sinais de peritonite
podendo evoluir
com pneumoperitônio se perfurado para a cavidade abdominal
visivel no Rx
massas palpáveis, habitualmente
dolorosas, em FIE
Disúria e polaciúria
se houver comprometimento das vias urinarias
COLECISTITE AGUDA
conceito
Inflamação aguda da parede da vesícula habitualmente acompanha
a obstrução do dueto cístico por um cálculo
primeiramente é importante compreender a
Formação dos cálculos biliares
São formados devido a uma composição
anormal da bile
A partir do momento que algum soluto que compõe a bile encontra-se em excesso
Há precipitação e consequente formação dos cálculos
Os principais são os cálculos de colesterol
Se houver um excesso de colesterol em relação
aos fosfolipídios e ácidos biliares
1 more item...
O mais importante mecanismo de formação é a secreção
biliar aumentada de colesterol
A colecistite aguda é uma complicação dos cálculos biliares
A resposta inflamatória pode ser induzida por três fatores
Inflamação mecânica
Produzida por pressão e distensão intraluminais aumentadas
Com subsequente isquemia da mucosa e da parede da vesícula biliar
Inflamação química
Causada pela liberação de lisolecitina
Devido a ação da fosfolipase sobre a lecitina na bile
A conversão da lecitina em lisolecitina que é um irritante químico responsável pelo processo inflamatório
Inflamação bacteriana
Que pode desempenhar algum papel em 50% a 80% dos pacientes
Importante
A icterícia é incomum no início da evolução da colecistite aguda
na medida em que
Não há obstrução do ducto colédoco
deve-se ficar atento pois
A icterícia em paciente com colecistite aguda é sinal de uma complicação rara
Síndrome de Mirizzi
1 more item...
Exame físico
Sinal de Murphy
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
causada
bactérias que passam pelo colo do útero e chega na cavidade uterina
pode ir até
tubas e peritônio
causando
processo inflamatório
que gera
abcessos tubo-ovarianos
Bactérias sexualmente transmissíveis
Chlamdia trachomatis
Neisseria gonorrhoeae
APENDICITE
Acredita-se que sua principal causa seja a obstrução da sua luz do apêndice
seguida da
Inflamação, infecção secundária e necrose
evoluindo para a
Perfuração do órgão
A obstrução do apêndice pode ser causada por
Hiperplasia linfoide
Processos infecciosos
Cálculos
Tumores benignos ou malignos
Fecalitos
quando a obstrução é a causa da apendicite
Ela leva a um aumento da pressão luminal e intramural
resultando em
Trombose e oclusão dos pequenos vasos da parede apendicular e estase do fluxo linfático
O quadro clínico se inicia com dor em peso, insidiosa e que se instala na fossa ilíaca direita
acompanhado de
Febre, prostração, vômitos e taquicardia
Alguns sinais semiológicos importantes
Sinal do Psoas
Sinal de Blumberg
Sinal de Rovsing
Sinal de Lapinski
Sinal do Obturador
HEMORRÁGICO
O Abdome Agudo Hemorrágico é definido pela presença de sangue em cavidade abdominal que pode ser de causa espontânea, sendo essa mais rara, acometendo de modo geral faixas etárias mais avançadas. As principais causas são: aneurisma da artéria esplênica, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, aneurisma da artéria hepática, aneurisma da artéria mesentérica superior e gravidez ectópica rota, entre outras causas.
epidemio
Apesar de rara, acometendo 2% dos pacientes que procuram o serviço de emergência, o abdome agudo hemorrágico pode levar a óbito se não diagnosticado e tratado precocemente,com taxas de mortalidade que chegam a 40% nos pacientes não-operados e de 100% nos operados sem identificação do foco hemorrágico.
Gravidez ectopica
nidação (implantação) do óvulo fora da cavidade uterina
Tubaria, abdominal, cervical, ovariana
dor abdominal, sangramento vaginal e atraso ou irregularidade menstrual
Fatores de risco
Doença inflamatória pélvica;
Infecções genitais;
levam a alterações significativas nas tubas, podendo causar diminuição no número e movimento dos cílios, além de aglutinação das dobras da mucosa com estreitamento da luz tubária, formação de microdivertículos e destruição das fímbrias, levando a transporte ovular inadequado através da tuba.
Uso de dispositivo intrauterino;
Cirurgia tubária prévia;
Gravidez ectópica anterior;
Procedimentos relacionados à reprodução assistida;
Uso de métodos anticonceptivos de emergência;
Tabagismo
Aneurisma de aorta abdominal
A fisiopatologia de aneurismas da aorta é caracterizada por quatro alterações: infiltração da parede do vaso por linfócitos e macrófagos; destruição de elastina e colágeno nas camadas médias e adventícias por proteases, incluindo as metaloproteinases da matriz; perda de células de músculo liso com afinamento; e neovascularização.
O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma dilatação segmentar em toda a espessura da aorta abdominal superior ao diâmetro normal do vaso em 50%, embora um diâmetro de 3,0 cm seja geralmente considerado como o limite para considerar que o paciente apresente dilatação da aorta
Localizaçao
Os aneurismas da aorta abdominal estão localizados entre o diafragma e a bifurcação da aorta. Um aneurisma é classificado como suprarrenal se envolve a origem de uma ou mais artérias viscerais; pararrenal se envolve as origens das artérias renais, e infrarrenal se ele começa além das artérias renais
Muitos pacientes com AAA são assintomáticos e o diagnóstico é suspeitado no exame físico pela palpação de massa pulsátil, distensão abdominal e dor à palpação. Nesses pacientes, o ultrassom ou a tomografia computadorizada confirma o diagnóstico.
Aneurisma de arteria esplenica
. A gravidez é uma das condições clínicas que favorecem o aparecimento desses aneurismas4, o que é explicado pelo aumento do fluxo esplênico e pela alteração da elastina dos vasos. Cerca de 40% das mulheres com aneurisma de artéria esplênica sem causa aparente são multíparas, com seis ou mais gestações. Outra condição clínica que pode explicar o surgimento desses aneurismas é quando o paciente apresenta hipertensão portal e/ou esplenomegalia, representando 10% dos casos.
Aneurismas da artéria esplênica (AAEs) verdadeiros são uma patologia rara, mas potencialmente fatal. Essa artéria é considerada aneurismática quando seu diâmetro é maior que 1 cm2.
Embora raros, AAEs são o terceiro aneurisma abdominal mais comum, após os aneurismas da aorta e da artéria ilíaca, e representam quase todos os aneurismas de artérias viscerais3. A maioria é assintomática, e os estudos mostraram risco de ruptura quando o diâmetro excede 2 cm, o que pode resultar em complicações ameaçadoras à vida2.
OBSTRUTIVO
Sua causa principal são as bridas ou aderências, em pacientes com uma cirurgia prévia.
também
Câncer colorretal em pacientes sem cirurgia prévia.
divide-se
Obstrução Alta
Acima da válvula íleocecal, paciente pode apresentar : alcalose, vômitos precoces e parada na eliminação de fezes.
Obstrução Baixa
Abaixo da válvula íleocecal, paciente pode apresentar : acidose metabólica e distensão abdominal
tipos de obstrução
Simples
Há sofrimento da alça, peritonite e isquemia
Mecânica
Há um obstáculo físico que impede a passagem do bolo alimentar
Funcional
Corresponde a uma alteração da peristalse.
Alça Fechada
Oclusão em 2 pontos diferentes do trato intestinal
Clínica
Náuseas, vômitos, hipertimpanismo, diarreia explosiva, cólica e etc.
Diagnóstico
Raio X em PA e AP, além também de uma tomografia.
PERFURATIVO
Definição
É:
Síndrome clínica caracterizada por dor abdominal, não traumática, de início súbito, devido a perfuração de víscera oca.
Fisiopatologia
Inicialmente:
Com o extravasamento de secreção luminal na cavidade temos uma inflamação peritoneal de natureza química de intensidade variável
Seguida de:
Invasão bacteriana secundária e progressivo processo infeccioso, com repercussões locais e sistêmicas.
Visto que:
As bactérias comumente encontradas são: Pseudomonas aeruginosa, Klebisiella sp, E. coli.
Inicia-se:
Perfuração
2:
Saída de conteúdo luminal
3:
Peritonite
química
4:
1 more item...
Como ocorre:
No intestino delgado
Podem ser:
As perfurações proximais geram peritonite química inicialmente, já que há extravasamento de enzimas ativas
E:
As perfurações mais distais
são acompanhadas de peritonite bacteriana.
As principais causas são:
Abdome agudo obstrutivo com necrose intestinal, infarto intestinal, infecções, divertículo de Meckel, doença inflamatória intestinal e corpo estranho.
No intestino grosso
É:
A peritonite é bacteriana desde o início. Além disso, a perfuração no colón direito é mais grave que a do esquerdo, devido à alta virulência dos germes e pela consistência líquida das fezes.
Visto que:
Nas obstruções mecânicas pode ocorrer o fenômeno de alça fechada, quando a válvula ileocecal é competente (em 80% dos casos), ou seja, não permite refluxo do conteúdo cecal para o íleo, gerando distensão progressiva do ceco até sua perfuração.
As principais causas são:
Progressão da diverticulite ou apendicite, neoplasia, obstrução intestinal em alça fechada, volvos de ceco e sigmoide, doença inflamatória intestinal, megacólon tóxico, isquemia e necrose, corpo estranho, Síndrome de Ogilvie.
No estômago e duodeno
Pode ser:
As úlceras agudas e crônicas são as etiologias mais comum.
Geralmente:
A perfuração nestes casos está associada a ingestão de álcool, corticoides e AINES. Outras causas importantes são neoplasias e corpos estranhos.
As perfurações:
Podem ocorrer em peritônio livre com extravasamento do líquido e difusão por toda a cavidade, florindo o quadro clínico típico
Ou então:
Pode se apresentar com dor e sinais localizados, representando a forma bloqueada, havendo um retardo no diagnóstico.
Clínica
Depende:
Do local e tempo de perfuração, tipo de secreção extravasada e condições clínicas prévias.
Posto que:
A dor pode ser lombar, nos casos de perfurações retroperitoneais, ou irradiarem
para os ombros nos casos de perfuração em abdome superior que irritam o diafragma.
De um modo geral, temos:
Dor súbita, de forte intensidade, com difusão rápida para todo o abdome
Dor indolente pode ocorrer nos casos de abcesso e fístula
Intervalo curto entre o início da dor e a chegada a emergência
Sinais de sepse, hipotensão ou choque são comuns
Desconforto respiratório: o acumulo de gás pode comprometer a musculatura
diafragmática
No exame físico averiguamos:
Sinais de peritonite
Pode ser focal nos casos de perfuração contida
“Abdome em tábua”: devido contractura involuntária generalizada da parede
abdominal por peritonite difusa
Distensão abdominal
Ausência de macicez hepática: Sinal de Jobert
Ausência de ruídos hidroaéreos
Diagnóstico
Se baseia:
Na história clínica minuciosa, exame físico criterioso e exame de imagem. Exames laboratoriais são inespecíficos.
Diagnóstico por imagem:
A característica principal é a presença de ar e/ou líquido na cavidade peritoneal,
retroperitônio ou na parede dos órgãos.
Visto que:
A radiografia simples é o exame inicial de escolha. O quadrante superior direito é onde mais frequentemente vemos ar livre – deve
ser avaliado cuidadosamente.
Incidências:
Tórax em ortostase em AP + decúbito lateral esquerdo com raios horizontais
Decúbito horizontal: tem sensibilidade inferior, porém pode ser a única
incidência possível.
Ortostase:
Ar entre o diafragma e o fígado ou estômago.
Visto que:
50%: acumula abaixo do fígado ou no espaço hepatorrenal → vemos uma imagem linear ou elíptica
Decúbito lateral:
Ar entre o fígado e a parede abdominal lateral.
Decúbito dorsal:
Sinal de Rigler:
Vemos:
O delineamento da parede gástrica ou intestinal
pela presença de gás na luz e na cavidade peritoneal
Sinal do ligamento falciforme:
É:
O gás tende a delinear estruturas que normalmente não são vistas (ligamento falciforme, ligamentos umbilicais). Assim, o ligamento se torna radiopaco.
Sinal do úraco:
É:
O úraco torna-se radiopaco
Sinal do “V” invertido:
Apresenta:
Os ligamentos umbilicais laterais são visualizados.
Diagnósticos diferenciais na imagem:
São eles:
Síndrome de Chilaiditi: quando há alças interpostas entre a superfície hepática anterior e a cúpula diafragmática
Gordura subdiafragmática retroperitoneal ou entre o fígado e o diagrama
Pneumotórax e atelectasias basais
Distensão de vísceras ocas
Abcessos
Divertículo no estômago
Tomografia computadorizada:
É um método excelente, com sensibilidade e especificidade elevada.
Tem como características:
Sensibilidade superior a radiografia simples
Localização precisa e distribuição do gás – utiliza-se a “janela pulmonar”
Visualização de abcessos, sinais sugestivos de obstrução ou de isquemia
Tratamento
Inicia-se:
A abordagem inicial consiste em medidas de suporte, com monitorização e manejo inicial dos casos de hipotensão e choque.
E:
A antibioticoterapia de amplo espectro pode ser feita antes do tratamento definitivo ou no intra-operatório, podendo manter-se posteriormente.
É:
Cirúrgico e objetiva a sutura da perfuração, com ou sem epiplonplastia nos casos de úlcera péptica perfurada,
Ou a:
Ressecção da área comprometida, podendo fazer ressecção com anastomose primária ou com ostomia (na impossibilidade de se realizar a anastomose: imunossupressão, desnutrição, infecção).
VASCULAR