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Sistema Multilateral de Comércio, FERRAMENTAS :badminton_racquet_and…
Sistema Multilateral de Comércio
CONCEITOS E PRINCÍPIOS
CONCEITOS
Tarifa de importação
- valor cobrado sob a importação de produtos
Específica - fixa a quantidade do bem importado. Pex.: 1000 dólares para cada unidade ou tonelada. Independentemente do preço do bem
ad valorem
- cobrada com base em um percentual sobre o preço. pex.: 15% sobre o preço do produto
tarifa consolidada
- membros da OMC - tarifa máxima que não pode ser ultrapassada, ou seja, é apenas um teto. :flag-br: tarifa consolidada média - 31,4%
bens agrícolas - tarifa um pouco maior
bens industriais - um pouco menor
:recycle: ferramentas - dados sobre o Brasil
https://www.wto.org/english/thewto_e/countries_e/brazil_e.htm
POLÍTICAS COMERCIAIS
Ocorre quando uma empresa exporta ou oferta um produto em um país B a um preço inferior normal (preço praticado no mercado doméstico de instalação de empresa) daquele produto.
margem de Dumping pode ser calculada de duas maneiras - absoluta (diferença entre os dois preços) e relativa (resultado da margem de dumping absoluta sobre o preço da exportação)
prática desleal
- visa ganhar mercado causando prejuízo aos produtores locais. Quem realiza - é a própria empresa, não tem participação do Estado ou governo de origem
O que fazer para evitar o prejuízo aos produtores locais?
Adoção de Direitos/medidas antidumping - comprovar o dumping, o dano aos produtores e o nexo causal entre as duas coisas.
(Imposição de tarifas - o que o país importador pode fazer)
SUBSÍDIO
Contribuição financeira dada por um governo para conferir um benefício específico limitado a certas empresas ou setores da economia
Subsídios Proibidos
Subsídios específicos às exportações
Governo dá benefício para quem produz determinado produto apenas para exportação
Subsídios vinculados ao uso de conteúdo nacional
Governo dá benefício a um determinado setor produtor de algum produto, caso ele use uma X % de produtos nacionais
Subsídios acionáveis
Todos os demais - os que não são vinculados às exportação ou conteúdo nacional
:!!: possibilidade de resposta de outros países a esses subsídios - adotar procedimentos como: comprovar a existência do subsídio, comprovar dano verificado entre os produtores desse país e nexo causal.
Diferentemente do Dumping - quem dá o subsídio é o GOVERNO - país que consegue comprovar o dano - país lesado pode adotar medidas/direitos compensatórios (elevação de tarifas para compensar prejuízos)
Causadas por situações emergências - surto de importações por circunstâncias imprevistas. Estado pode adotar medidas de salvaguardas
Pex.: surto de importações por um motivo climático, uma guerra, ou terremoto - e este surto está prejudicando produtores doméstico - surto/dano/nexo causal - pode temporariamente impor medidas (cotas, tarifas) - exceção à proibição às cotas e exceção à tarifa consolidada.
não são práticas desleais
, mas o procedimento é bem parecido com o dumping e subsídios (dano, existência e nexo causal)
PRINCÍPIOS
Princípio da não discriminação
Em regra, não se pode discriminar os produtos de uma origem em detrimento de outro.
Cláusula da nação mais favorecida
- qualquer vantagem concedida a um produto originado de ou destinado a um país X deve ser estendida a todos os outros.
Princípio do tratamento nacional
- tratamento dado a um produto importado não pode ser menos favorável do que um tratamento que é concedido a um produto similar nacional, ou seja, deve tratá-los igualmente.
Princípio da transparência
todos os membros da OMC devem informar os demais sobre suas políticas comerciais, tarifas e etc.
Periodicamente se submetem ao TPRM - Mecanismo de Revisão da Política Comercial - avalia a conformidade das políticas comercias com a normativa multilateral de comércio
Princípio da proibição de restrições quantitativas
Em regra, existe uma proibição de cotas ou licença para importação e exportação. Países membros não podem estabelecer por exemplo isso: só são admitidas importações de açúcar até 1000 toneladas - :forbidden:
:warning: atenção - estabelecer cota tarifária pode. Pex.: até 1000 toneladas de açúcar não paga tarifa, a partir disso paga. :check:
Exceções aos princípios
Cláusula de habilitação
- 1979 - GATT
Permite que países desenvolvidos abram
exceções a cláusula da nação mais favorecida
em benefício de países em desenvolvimento.
Isso se dá sob a forma SGP - Sistema Geral de Preferências -UNCTAD II (estabelecido) - (1979) GATT- formalmente adotada pela Cláusula. (porém já estava em vigor provisoriamente no GATT desde 1971)
SGPC - Sistema Global de Preferências Comerciais
(1988)
Promoção de concessões comerciais entre países em desenvolvimento - :flag-br: está nele. Países em desenvolvimento podem negociar em rodadas reduções tarifarias apenas entre si.
Também é exceção à
Cláusula da nação mais favorecida
Artigo XX do GATT
- exceções gerais
Exceções como - proteção da moral pública, da vida humana, animal ou vegetal
Podem ser invocadas com relação a algum dos outros princípios.
Artigo XXI do GATT
- outras exceções
Exceções por interesse de segurança das partes contratantes
:flag-us: utilizaram este artigo para justificar as tarifas e cotas que impuseram ao comércio de aço e alumínio (desde TRUMP - 2018) - membros da OMC entraram contra os EUA no sistema de solução de controvérsias
Artigo XXIV do GATT
Acordos de comércio preferencial - regionalismo aberto - permite como exceções às regras gerais - criação de áreas de livre comércio e uniões aduaneiras
também são exceções à cláusula da nação mais favorecida
regionalismo aberto
- não é ideia de promover autarquia - se fechar em relação ao mundo - pelo contrário, a ideia é tornar os países mais competitivos e que isso possibilite a integração com o resto do mundo
HISTÓRICO
Conferência de Bretton Woods
- (1944) - Discutiu-se a formação de uma Organização Internacional que visasse a disciplinar o comércio mundial
discussão levou, posteriormente, à aprovação da Carta constitutiva da
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO COMÉRCIO (OIC)
- aprovada na Conferência de Havana (1948)
:red_cross:
nunca entrou em vigor
- principalmente pela postura do congresso do EUA (recusando-se a ingressar na instituição)
Organização sem a principal potência do momento - a proposta da OIC foi abandonada
1947 - 23 países ( :flag-br: ) - assinaram o acordo
GATT
- acordo geral sobre tarifas e comércio (General Agreement on Tariffs and Trade)
:fire: propósito de liberalizar e ampliar o comércio internacional - consolidando normas básicas do sistema multilateral de comércio até que a OIC pudesse ser conformada
GATT acabou sendo o instrumento base do sistema até a criação da OMC
:warning: acordo executivo - não é um tratado - não precisava então de ratificação
8 RODADAS DE NEGOCIAÇÃO COMERCIAL NO ÂMBITO DO GATT
(1947 - ...)
tratavam inicialmente de redução de tarifas. A partir da 6ª rodada (rodada Kennedy) - outros temas passaram a serem incluídos (pex.: antidumping) - a partir da rodada Tóquio -adotados acordos-quadro (barreiras, carne bovina, subsídios, cláusula de habilitação)
rodada mais completa -
RODADA URUGUAI
- 1986 -1994
TEMAS: comércio de serviços, propriedade intelectual, solução de controvérsias, agricultura, comércio de têxteis, e
CRIAÇÃO DA OMC
(1995 - entrou em funcionamento)
Acordo de Marrakesh - criou a OMC -
personalidade jurídica de OI
Single undertaking - Acordo de Marrakesh e 5 anexos (o sexto não faz parte)
Anexo 1 C - TRIPS - propriedade intelectual
Anexo 2 - solução de controvérsias - DSU
Anexo 1 B - GATS - serviços
Anexo 3 - TPRM - mecanismo de exame/revisão de políticas comerciais
Anexo 1 A - GATT (94) + acordos sobre comércio de bens (medidas sanitárias, barreiras, agricultura, investimento, antidumping...) - recentemente - acordo sobre facilitação de comércio (2017- vigor)
não faz parte do SINGLE UNDERTAKING
Anexo 4 - acordos opcionais (acordos plurilaterais) -
aviação civil e compra governamentais
1 more item...
:warning: importante a OMC tem membros, e não países-membros - PQ? existem membros que não são países UE, Taipé Chinesa (Taiwan), Hong Kong
quem se torna membro da OMC - precisa concordar com todos os acordos que integram o single undertaking
(+160 membros)
(1986 - até hoje) -
grupo de Cairns
- coalizão de exportadores agrícolas - interessados em promover a liberalização do comércio agrícola.
:check: conceito importante -
SINGLE UNDERTAKING
- todos os temas da negociação são parte de um pacote único e indivisível - não pode ser concluídos separadamente
"nada está acordado até que tudo esteja acordado"
diferente do GATT - (
à la carte
- cada país ia escolhendo o que iria aderir)
GATT E OMC COMPARAÇÕES
Institucionais
GATT era um acordo
OMC é uma organização internacional permanente
Membros
GATT partes contratantes
OMC membros (não são países-membros)
Mecanismos para solução de controvérsias
GATT - solução de controvérsias pouco eficaz - cada acordo assinado tinha regras isoladas - e era necessário consenso positivo (unanimidade para estabelecer painéis de analise sobre controvérsias) -incluía até partes investigadas
OMC - há um órgão constituído para solucionar controvérsias com regras densas e para estabelecer painéis (para não investigar precisa de consenso negativo).
Temas
GATT 47 - referia-se ao comércio de bens exclusivamente
OMC - abarca além de bens - investimentos, serviços ...
Forma de adesão
GATT 47 -
à la carte
- participação ad doc
OMC -
single undertaking
e acordos plurilaterais
ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO
PROCESSO DECISÓRIO
Regra geral:
consenso
alguns casos:
maioria 2/3
ÓRGÃOS
CONFERÊNCIA MINISTERIAL
REUNIÃO A CADA 2 ANOS (anos ímpares) - 2019 - exceção - não houve - adiada para 2021 (pandemia)
ÓRGÃO MÁXIMO
:warning: Conferências Ministeriais recentes
2017 -
MC-11
- Conferência de Bueno Aires -
pouco consenso
- isso levou alguns países a tratar sobre comércio eletrônico de maneira plurilateral.
2020
MC-12
- realizada no junho de 2022
CONSELHO GERAL
REUNE como órgão de revisão de política comercial e de solução de controvérsias
todos os membros são participantes
:warning: diferente da ONU - não há órgãos como composição única - todos participam de tudo.
Além dos órgãos existem conselhos específicos de cada acordo. pex.: conselho do GATT, conselho do TRIPS
SISTEMA GERAL DE CONTROVÉRSIAS DA OMC
resolver controvérsias, diferendos comerciais de maneira pacífica, considerando regras multilaterais vigentes.
Anexo II - Acordo de Marrakesh -
obrigatório para todos os membros
Mas não necessariamente todas as controvérsias serão submetidas ao sistema geral, membros podem resolver de outras formas.
FASES
Painel
(ou grupo especial) quando os esclarecimentos não são suficientes.
formado por três especialistas. Apreciam questões de fato e de direito. Elaboram relatório - que é submetido a OSC - Órgão de Solução de Controvérsias (assento- todos os membros)
Antes da deliberação
partes têm prazo para apelar do relatório.
se não houver apelação
Órgão vai apreciar o relatório. Relatório só não é aprovado se
houver um consenso NEGATIVO
Parte demandada - se perder, deve mudar as políticas praticadas que foram questionadas. :black_flag:
se houver apelação
- submetem os documentos ao OA (órgão de Apelação - órgão permanente)
7 membros independentes (não representam os países). Analisam apenas questões de DIREITO
eleitos para mandato de 4 anos, renovável uma única vez.
3 são escolhidos para emitir parecer sobre relatório
Relatório final do OA é enviado direto ao OSC - (não há 3ª instância). Relatório da OA só não é aprovado se houver consenso negativo.
A controvérsia pode não terminar aí. Passa-se a fase de implementação; se não for verificado o cumprimento pela parte demandada :red_cross: - então a parte demandante pode solicitar ao OSC - SUSPENSÃO DE CONCESSÕES ou DE OBRIGAÇÕES a parte -
RETALIAÇÃO/SANÇÃO
Pode também o país solicitar um novo Painel - para verificar o não cumprimento do relatório.
Caso do caso
Consultas
- solicitação formal de esclarecimentos. (duração : pelo menos 60 dias)
Parte demandante: questiona
Parte demandada: o que responde os eslcarecimentos
Sede: Genebra
Participação brasileira no Sistema Geral de Controvérsias
Um dos membros da OMC
mais ativos
no âmbito do Sistema - desde o primeiro painel ( :flag-br: foi parte demandante contra :flag-us: - e :flag-br: venceu - Caso gasolina)
Por quê Brasil é tão ativo?
2 Motivos
Por um lado, Brasil tem apreço pelo Direito Internacional e Solução pacífica de controvérsias
Também não tem muitas opções de instância de solução de controvérsias bilaterais, por ter um número reduzido de acordos comerciais.
No Mercosul existe um sistema específico, mas com China, EUA e UE não existe outro foro específico além da OMC.
Casos emblemáticos
:flag-br: demandando contra os :flag-us: - dois casos: Algodão e Suco de Laranja (vitória brasileira)
Algodão - BR questionou subsídios dados pelo EUA a produção de algodão nos EUA. Suco de Laranja - BR questionou a metodologia adotada pelos EUA, para o cálculo para margem de
dumping
- Painel considerou metodologia incompatível com as normas da OMC.
Brasil foi autorizado a retaliar os EUA no setor de propriedade intelectual (retaliação cruzada). Mas fez acordo bilateral com os EUA ( no caso do algodão)
No caso do Suco de Laranja, EUA nem questionaram, já mudaram a aplicação do cálculo
Casos vencidos contra a :flag-eu:
Casos do açúcar e do frango salgado.
UE abriu o caso de pneus reformados contra o BR
Proibia importação de pneus por questões ambientais, mas permitia se viesse de países latinos. Foi entendido que o BR poderia fazer isso, mas contra todos. BR barrou as importações provenientes de todos os países
Casos antes do Tratado de Lisboa -então envolvia as COMUNIDADES EUROPEIAS (não era UE ainda)
Década de 1990, dois casos - EMBRAER; BOMBARDIER [ :flag-br: e :flag-ca: ]
cada um venceu o caso que abriu contra o outro, e puderam retaliar cada um pelos subsídios. Mas chegaram a um acordo bilateral e decidiram não se retaliar
:flag-jp: e :flag-eu: contra :flag-br: (2014 e 2015) - contra medidas tributárias consideradas discriminatórias - setor automobilístico e indústria de tecnologia e eletrônicos
Relatório do Painel - 2017 - com vitória para os demandantes - derrota brasileira. Mas BR recorreu ao OA, Japão e UE questionaram os motivos de apelação do BR (apelação cruzada). O resultado final (2018) - acolhido pelo OSC - mudou alguns entendimentos, favoravelmente ao Brasil, mas manteve outras condenações ao Brasil.
BR se comprometeu a readequar suas políticas que foram condenadas
:warning: casos recentes
2015 - Painéis estabelecidos pelo Brasil contra restrições à importações de carne impostas pela Indonésia - Brasil foi vitorioso (2017), Indonésia não recorreu - países entraram em um acordo sobre a implementação do órgão de solução de controvérsias - mas Indonésia não cumpriu
2017 - Brasil pediu o estabelecimento de um painel de implementação - painel condenou em 2020 - Indonésia manifestou interesse em apelar - Brasil também notificou a intenção de apelação cruzada. CASO SEGUE EM IMPASSE
2017 - Brasil solicitou painel contra o Canadá, mas em 2021 o relatório ainda não havia sido admitido - mas BR solicitou encerramento de painel - pq esse contencioso não seria eficaz
2019 - BR contra Índia (açúcar e cana-de-açúcar) aguardando relatório
NEGOCIAÇÕES MULTILATERAIS
RODADA DOHA
No âmbito da OMC se buscou lançar uma rodada de negociações multilaterais - só depois de 11 de setembro é que houve consenso entre os membros (1ª rodada de fato no âmbito da OMC)
Lançada em 2001 - Rodada Doha do Desenvolvimento
Objetivos centrais: crescimento econômico e liberalização da economia - em especial atenção aos países em desenvolvimento
temas em discussão: agricultura, acesso a mercado para produtos não agrícolas [Non-Agricultural Market Access (NAMA] entre outros
Conferência Ministerial de Cancun - 2003
G20 comercial - foi formado - países em desenvolvimento que defendiam 3 pilares no mandato/tema agrícola
Acesso a mercados (redução de tarifas)
Fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas
Redução de subsídios de apoio interno
Ator de peso nas negociações
, negociações estas antes dominados pelo
QUAD
- agrupamento - EUA, Canadá, Japão e UE
Mas acabou sendo deixado de lado, a partir da crise de 2008 - G20 comercial não tem se reunido mais.
NÃO CONFUNDIR COM O G20 FINANCEIRO - são grupos diferentes, com propósitos diferentes
Após crise de 2008 - negociações se arrefeceram. Neste contexto Brasil passou a defender que seria ainda mais necessário terminar a rodada com atenção especial aos interesses dos países em desenvolvimento.
GOVERNOS LULA E DILMA - Brasil conferiu prioridade às negociações multilaterais em detrimento das pluri ou bilaterais - apostando na liberalização da rodada Doha
A partir do governo Temer - BR passou a avaliar este foco quase que exclusivo em negociações multilaterais trouxe poucos benefícios - prejudicou negociações bilaterais e plurilaterais.
RODADA DOHA - teve resultados pouco expressivos até agora :umbrella_with_rain_drops: - Brasil ficou à margem de uma série de negociações (plurilaterais e bilaterais) por ter apostado exclusivamente nas negociações multilaterais.
Por isso, desde 2016 (TEMER) - BR tem defendido avançar também nas negociações bilaterais e plurilaterais - ao mesmo tempo que as negociações multilaterais se avançam.
As duas estratégias não devem ser EXCLUDENTES, podem conviver, na leitura do governo brasileiro atual.
2013- membros abandonaram o
single undertaking
em favor de concluir acordos pontuais em determinados temas nos quais era possível alcançar consenso.
colheitas precoces :crown:
Conferência de Bali - 2013
Aprovado o pacote que incluiu acordo sobre facilitação de comércio - ratificado pelo Brasil em 2016 - entrou em vigor em 2017 - AFC - reduz custos e prazos aduaneiros - simplifica esses procedimentos - protocolo emendou a o anexo IA
Conferência de Nairóbi - 2015
Principal reforma do comércio agrícola da OMC (em 20 anos de funcionamento) - proibição de subsídios à exportação de produtos agrícolas (imediata para países desenvolvidos e em até 3 anos para países em desenvolvimento)
TEMAS RELEVANTES PARA O SISTEMA
CHINA
2001 - ADMITIDA COMO MEMBRO DA OMC. Por um período de 15 anos (2016) - China poderia ser considerada uma economia
não de mercado
O que significa isso? Os preços dos produtos vendidos na China não precisariam ser usados como referência para finalidade de cálculo de
dumping
- dentro da China preço não corresponderia ao valor normal - pq há uma grande participação do Estado na economia.
Expectativa - China realizar reformas para integração econômica. Mas desde 2016, os EUA e a UE vêm criticando a China por não ter cumprindo com as normativas da OMC e não ter integrado suas práticas comerciais à economia internacional
Continuam então defendendo que os preços domésticos da China não podem servir de base para cálculo
dumping
- tema em discussão ainda
Desde 2016 (fim do governo OBAMA) - EUA vem bloqueando a eleição de novos membros para o órgão de apelação - alegam que seria necessário reformar o órgão antes de dar continuidade a escolha de novos membros.
Como precisa de consenso - basta um membro para bloquear o consenso. Problema - mandatos expiraram e não foram renovados - órgão de apelação não pode funcionar.
Na prática se houver apelação - está apelação fica em aberto. Desde antes do bloqueio - o órgão está abarrotado. Crítica do EUA: órgão perde muito tempo para criar jurisprudência e investigar questões de fato que não é de sua competência
:warning: atualidades - BR + 16 membros acordaram a constituição do MPIA - órgão de apelação provisório - enquanto o OA não é constituído
NOVOS DESAFIOS - apontam para necessidade de se reformar a OMC (não apenas o OA)
três principais áreas
Negociações multilaterais - dificuldade de se caminhar nelas - CONSENSO
Necessidade de se reformar o pilar da TRANSPARÊNCIA - não tem sido seguido a risca (pex.: China e Índia)
Sistema de solução de controvérsias
PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DESSES IMPASSES
Grupo de Ottawa
Br, Japão, UE, Canadá entre outros.
Defende a normatização, criar regras - OMC precisa ser fortalecida como foro comercial. E revigorar a função negociadora da OMC (rodada de Doha)
BRASIL
Defende que a questão agrícola deve ser tratada como tema fundamental
Defende o destravamento da nomeação de membros para o OA
Defende o fortalecimento do mecanismo de monitoramento e transparência das políticas comercias para que se mantenha a credibilidade e eficácia do sistema
Fortalecimento do sistema de solução de controvérsias - Brasil precisa muito
PANDEMIA COVID-19
Índia e África do Sul passaram a defender na OMC a suspensão da propriedade intelectual das tecnologias para combate a COVID-19 -
WAIVER
do acordo TRIPS
Posição :flag-br: defende a transferência de tecnologia, o acordo TRIPS já prevê a possibilidade de licença compulsória. Não é necessário uma negociação específica - suspensão generalizada dos direitos de propriedade intelectual não levaria ao aumento da produção e distribuição de vacinas no curto passo - o foco deveria estar na ampliação da capacidade produtiva e no abastecimento global desses produtos
:flag-us: EUA apoia a suspensão dos direitos de propriedade intelectual da vacina da COVID. Brasil se dispôs para negociar com as partes e mediar a negociação - AINDA EM DEBATE NA OMC
FERRAMENTAS :badminton_racquet_and_shuttlecock:
SITE DA OMC
https://www.wto.org/english/thewto_e/whatis_e/tif_e/tif_e.htm
THE CAIRNS GROUP
https://www.cairnsgroup.org/