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Patologia Forense - Coggle Diagram

- - - - Movimentos torácicos ausentes
    - - Inconsciência
      - Insensibilidade
      - Imobilidade
      - Flacidez muscular difusa
        
        Os músculos vão relaxar e permitir a eliminação de fezes, urina e esperma
        
        Ocorre midríase
        
        O tórax se achata e o corpo se molda ao apoio
        
        A mandíbula cai e a boca fica entreaberta
        
        Máscara da morte: as rugas da face se atenuam. A flacidez confere a face um semblante de serenidade e falta de expressão.
    - - Batimentos cardíacos ausentes
      - Pulso ausente
      - Pressão arterial zero
      - Pode ser que o fator que ocasionou a parada cardíaca seja reversível ou os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios sejam tão fracos que não sejam percebidos. Por isso os sinais são considerados de incerteza.
- - - - Ocorre porque a perda de água pelo corpo não é compensada pela ingestão
      - A velocidade está sujeita a variantes que interferem no cálculo do tempo
        
        Ambientais
        
        Se a umidade do ar for alta, retarda a desidratação. Se a umidade for baixa, acelera.
        
        Se a temperatura estiver alta acelera a desidratação. Se estiver baixa, retarda.
        
        Um local bem ventilado acelera a desidratação.
        
        Superfície de evaporação
        
        Quanto maior a superfície, maior a evaporação. A ausência de roupas favorece a evaporação através da pele.
        
        Características individuais
        
        Idosos e crianças desidratam mais rapidamente.
      - A desidratação traz consequências ao cadáver
        
        O peso diminui e a pele e a mucosa ficam ressecadas.
        
        A pele fica seca e enrugada, semelhante a um pergaminho, num processo chamado pergaminhamento da pele. Ocorre nos locais em que a pele é muito fina, como no saco escrotal, nas áreas de arrancamento da pele (escoriação) post mortem, assim como nas zonas de compressão prolongada e contínua, como por exemplo no local de compressão pela corda nos enforcados.
        
        Aparecem alterações oculares
        
        Tela viscosa, resultante da evaporação da lágrima.
        
        Opacificação da córnea, ficando opaca e leitosa a película brilhosa que recobre o globo ocular
        
        Sinal de Sommer: constituído pela mancha negra que surge na parte lateral externa da esclerótica (a zona branca dos olhos) em torno de uma a três horas após a morte e que se generaliza em seis horas. Ocorre porque a esclerótica ao desidratar se torna transparente, permitindo a visualização da camada mais interna (coróide), que é mais escura.
        
        Hipotensão ocular
        
        Sinal de Ripault: pode ser observado 8 horas após a morte e diz respeito à deformação da pupila e da íris à pressão digital
    - - Com a morte celular deixa de haver produção de energia e a temperatura do corpo cai, ficando semelhante a temperatura do ambiente.
      - Assim como ocorre com a desidratação, a velocidade depende de alguns fatores
        
        Ambientais
        
        Ventilação: quanto maior, mais rápido o resfriamento.
        
        Umidade do ar: se for alta retarda o resfriamento. Se for baixa, acelera.
        
        Temperatura: se estiver alta, retarda o resfriamento. Se estiver baixa, acelera.
        
        Superfície de exposição
        
        Ausência de vestuário acelera o processo de resfriamento porque permite maior perda de calor através de pele para o ambiente.
        
        Características do indivíduo
        
        Exemplo: maior quantidade de gordura dificulta a perda de calor.
        
        Causa da morte
        
        Por exemplo: nas mortes por infeccão generalizada, o resfriamento é mais lento por causa de maior ação bacteriana.
    - - Na ausência da bomba cardíaca, a pressão dentro dos vasos é zero. O sangue fica sujeito à ação da gravidade, depositando-se nos vasos nas zonas de maior declive, exceto nas regiões de apoio, pois a compressão fecha os vasos situados ali.
        
        O mesmo fenômeno ocorre nos órgãos, constituindo as hipoestases viscerais.
        
        Esse sangue depositado aparece como pequenos pontos que se tornam manchas arroxeadas, pois esta é a cor do sangue rico em gás carbônico e pobre em oxigênio.
      - As hipoestases surgem de 30 minutos a 3 horas após a morte.
        
        Inicialmente, quando o corpo é mudado de posição, a gravidade passa a atuar em outra direção e as manchas de hipoestase mudam de lugar devido ao deslocamento do sangue
        
        Com o passar das horas, a evaporação da água diminui a parte líquida do sangue, fazendo com que os glóbulos vermelhos fiquem aglomerados e impedidos de se movimentar. A partir daí, a mudança de localização do corpo não altera a localização das hipoestases. Isso ocorre de 8 a 12 horas após a morte, quando as hipoestases se tornam fixas, permitindo identificar a posição primitiva do corpo.
        
        Assim, se o corpo de um enforcado passou mais de 8 a12 horas suspenso pelo laço do enforcamento, as hipoestases situadas da cintura pra baixo não se modificam, mesmo que o corpo seja colocado deitado sobre o solo.
      - Em alguns casos a cor das hipoestases pode denotar a causa da morte.
        
        Nas intoxicações por monóxido de carbono existente no gás de cozinha, no gás eliminado pelo cano de escapamento de veículos e nas intoxicações por cianeto, o oxigênio do sangue não consegue entrar nas células, causando asfixia em nível celular.
        
        Assim, as células morrem apesar de haver bastante oxigênio, daí a cor avermelhada das hipoestases conferida pelo oxigênio, que deixa o sangue vermelho rutilante.
      - Dificuldades na visualização das hipoestases:
        
        Anemia intensa, pois a diminuição das hemácias deixa o sangue muito claro, tornando as hipoestases imperceptíveis.
        
        Raça negra, pela cor escura da pele.
      - Valor médico-legal dos livores de hipoestases:
        
        Avaliação do tempo de morte por meio da fixação das manchas de hipoestases, que acontecem de 8 a 12 horas após a morte.
        
        Identificação da posição primitiva do corpo, dando indícios de alteração da cena do crime, caso o local em que as hipoestases se fixaram não corresponda à zona de maior declive em relação à posição em que foi encontrado o cadáver.
        
        Diagnóstico da causa da morte pela variação da coloração das hipoestases.
    - - Os músculos, inicialmente flácidos, contraem-se pela última vez as custas de células que ainda não morreram.
      - A rigidez é uma variante da contração muscular normal, provocada pela escassez de oxigênio e acúmulo de ácido lático.
        
        Inicia-se na mandíbula e nuca, evoluindo de forma descendente, sucessivamente, pela musculatura torácica, membros superiores, musculatura abdominal e membros inferiores, de acordo com a lei de Nysten-Sommer. Esta é sequência originalmente descrita, podendo haver diferenças entre autores.
        
        Começa na primeira hora após a morte, generalizando-se após duas a três horas e atingindo o máximo entre 5 e 8 horas.
        
        Será mais ou menos intensa dependendo da massa muscular do cadáver, podendo até inexistir nos velhos e desnutridos, pois a quantidade de músculo é escassa. Portanto não é um parâmetro confiável para determinação da hora da morte.
        
        Essa rigidez se desfaz seguindo a mesma sequência descendente, a não ser que tenha havido manipulação do cadáver para desfazê-la.
    - - É a manutenção da última posição do indivíduo antes de morrer. Aqui, a rigidez não é precedida pela fase de relaxamento muscular.
      - Alguns autores não reconhecem a existência do espasmo cadavérico mas a presença de galhos e folhas fortemente presos nas mãos fechadas de afogados indica que o indivíduo estava vivo ao cair na água e que sofreu espasmo cadavérico, pois se inicialmente houvesse relaxamento dos músculos, teria soltado o que segurou.