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DOENÇA VENOSA - Coggle Diagram
DOENÇA VENOSA
Ana Luiza, Kayenna, Luiz Benedito, Marcella, Maria Julia, Natalia Pimentel, Stephanne
IDENTIFICAÇÃO
Mulher de 55 anos
QP:
queixa de dor tipo cansaço e
edema nos membros inferiores.
HDA:
Não nota as queixas ao acordar, mas que ao passar do dia vê que o edema se instala nas duas pernas, sendo mais intenso à esquerda.
Observou veias dilatadas pela primeira vez há 20 anos, quando estava grávida, mas nos últimos 3 anos se tornaram muito constantes e prejudicando suas atividades diárias.
HF:
Mãe tem caso muito parecido e que por não ter tratado apresentou hemorragia e agora tem uma úlcera na perna esquerda.
EXAME FÍSICO:
O exame cardíaco, pulmonar e abdominal é normal.
IMC é de 32 kg/m2, pressão arterial de 130/85 mmHg, pulso de 72 bpm e frequência respiratória de 17 irpm.
Suas pernas mostram edema bilateral até o meio das panturrilhas mais intenso à esquerda simétrico, com cacifo, veias salientes e varicosas na face interna da perna esquerda, máculas castanhas de um milímetro no pé e no tornozelo esquerdo.
Os pulsos femorais, poplíteos e distais estão fortes e regulares.
INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA
É resultado:
Hipertensão venosa crônica;
Refluxo venoso crônico (veias profundas para veias superficiais);
Incompetência das válvulas venosas;
Sobrecarrega os capilares que evoluem com edema nos tecidos e hipóxia que contribui para o surgimento de feridas.
É mais frequente em MMII por conta da gravidade;
Etiologias:
Congenitas: defeito congênito das válvulas venosas/ Sd. de Kleppel-Trénaunay-Weber.
Superficial: defeito das válvulas venosas superficiais (Tromboflebite).
Profunda: defeito das válvulas profundas (TVP).
Primária: alteração das válvulas venosas (hipertensão venosa profunda);
Secundária: síndrome pós-trombótica/ trauma
Fatores de risco:
Idade avançada, sedentarismo, obesidade, sexo feminino, história familiar, posições supino prolongada, tabagismo, HAS, gestação, ACO e trauma em MMII.
Clínica:
Dor em queimação, pulsátil, cólica
edema
hiperpigmentação em bota
piora com a posição supina
sensação de peso em MMII
fadiga e prurido
Exame físico:
Veias varicosas/ telangectasias/ dilatação da safena magna
Lipodermatosclerose
Úlceras venosas (ÚMIDAS)
Celulite crônica
Linfedema secundário (insuficiência linfática)
Tromboflebite
Diagnóstico:
História clínica + exame físico -
É um diagnóstico CLÍNICO
Exames de imagem:
USG venosa com doppler:
visualiza insuficiência venosa da safena magna e parva (superficiais) e refluxo venoso.
Venografia ou flebografia:
diagnóstico e tratamento intervencionista (cateter com contraste iodado) é utilizada em casos graves.
Monitorização ambulatorial da pressão venosa:
confirma a hipertensão venosa.
Diagnósticos diferenciais:
Celulite/ erisipela
úlcera diabética
neoplasia de pele (CBC ou epinocelular)
manifestações dermatológicas de doenças sistêmicas (altera coloração e trofismo da pele)
Classificação CEAP
Clinica:
+ CO:
sem sinais visíveis de doença venosa
+ C1:
telangectasias ou veias reticulares
(ESCLEROTERAPIA ESTÉTICA)
+ C2:
veias varicosas
(SAFENECTOMIA)
+ C3:
Edema sem alteração de pele
(MEIA ELÁSTICA + VENOATIVOS ORAIS)
+ C4:
alterações na pele e subcutâneo:
A: PIGMENTAÇÕES OU ECZEMAS
B: LIPODERMATOESCLEROSE OU ATROFIA BRANCA
(MEIAS ELÁSTICAS + LIGADURA PERFURANTES)
+ C5:
úlcera venosa cicatrizada
(SAFENECTOMIA + MEIAS)
+ C6:
úlcera ativa
(SAFENECTOMIA + MEIAS)
Etiológica:
+ Ec:
congênita
+ Ep:
primária
+ Es:
secundária/ adquirida (pós trombótica)
+ En:
sem causa definida
Anatômica:
+ As:
veias superficiais
+ Ad:
veias profundas
+ Ap:
veias perfurantes
+ An:
localização não definida
Patológica:
Pr: refluxo
Po: obstrução/ trombose
Pro: refluxo e obstrução
Pn: sem fisiopatologia definida
Tratamento
CLÍNICO:
Compressão gradual com meias elásticas (tratamento e prevenção);
elevação do membro, evitar posição supino ou sentado de forma prolongada e fazer atividade física.
Controle das comorbidades: tabagismo, HAS, obesidade, DM.
CIRÚRGICO:
Ligadura da safena magna (safena na femoral);
Safenectomia;
Flebectomia (ressecção das veias varicosas sup);
Escleroterapia com ablação farmacológica;
Laser endovenoso;
Radioablação.
CURATIVO PÓS CIRÚRGICO:
meia elástica com gradiente de compressão.
Indicação:
Evitar novas complicações ou perpetuação da complicação atual;
Pacientes refratários ao tratamento clínico;
Pacientes com complicações: úlcera, infecção, trombose venosa, tromboflebite de repetição;
Sangramento espontâneo pela úlcera.
ÚLCERAS VENOSAS:
Curativo com substâncias tópicas e compressão;
Cirurgia: enxerto ou retalho.
VEIAS VARICOSAS
São subcutâneas e permanentemente dilatadas com 3 mm ou mais de diâmetro quando
medidas na posição ortostática; no entanto podem não ser visíveis
Prevalência > com a idade
Etiologia
:red_flag: Sexo :red_flag: Profissão :red_flag: Raça :red_flag: Gestação :red_flag: Peso :red_flag: Genética :red_flag: TVP :red_flag: Insuf Valvar
:!!: PROGESTERONA: causa dilatação venosa passiva q pode levar a disfunção valvar
:!!: ESTROGÊNIO: alteração nas fibras de colágeno e relaxamento dos musc. lisos o q juntos provocam dilatação
Fisiopatologia
Retorno venoso é feito pelas valvas e pelo bombeamento muscular
o não funcionamento desses mecanismos causam hipertensão e insf. venosa ocasionalmente causando veias varicosas
Veias varicosas demonstram uma proliferação acentuada da matriz de colágeno, e diminuição da
elastina, que causam distorção e ruptura das camadas de fibras musculares
Classificação CEAP
Fatores de Risco
Idade (> com a idade)
Historia familiar
sexo feminino
Nº de partos
TVP anterior
:warning:Disfunção e dano valvar nas veias profundas causando aumento de pressão nas tributarias com consequente distensão e formação de veias varicosas :warning:
Profissão
Obesidade
Diagnóstico
Historia Clínica detalhada
Exame físico
Palpação
Irregularidades
Saliência
Extensão
Tamanho
Localização
Alteração de pele
Disposição de hemossiderina
Lipodermatoesclerose
Ulceração ativa ou curada
Exame de Imagem
US doppler duplex no modo B
Refluxo reverso: se tempo de fechamento de valva for > 0,5s / se >1,0s é indicativo de refluxo no sist. profundo
EVOLUÇÃO
Telangiectasias
Nenhuma evidência de
refluxo no exame doopler us duplex..
menor que 2mm
Veias reticulares
Veias intradérmicas
permanentemente dilatadas.Podem ser tortuosas. Geralmente assintomática.
entre 2 e 4mm
PTS
Avaliação:
Insuficiência Venosa Crônica
Tratamento conservador
Uso de meias elásticas de compressão graduada
Elevação do membro por pelo menos 2x ao dia
Evitar posição supino ou sentado de forma prolongada
Fazer atividade física
Controle das comorbidades
HAS
Obesidade
Evitar sapatos altos
Injeção de substâncias esclerosantes em varizes
Tratamento cirúrgico
Flebctomia
Safenectomia convencional
Termoabalação
Reconstrução vascular
Farmacológico
Flebotônicos
Diosmin
Hesperidina
Aminaftona
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAS
Veias varicosas
Tromboflebite
Telangiectasias
Veias reticulares
ANATOMIA VENOSA DE MMII
Função
: retornar o sangue para o coração.
Principais
fatores determinantes do retorno venoso
incluem -
valvas venosas, volume sanguíneo, ciclo respiratório e cardíaco e função de bomba dos músculos da panturilha
.
:warning: Qualquer alteração em um desses elementos podem resultar em doença venosa.
Dividido em três segmentos
Superficial
Veias localizam entre as lâminas da bainha superficial da coxa
V. safena magna
V. safena parva
Profundo
Responsável pela maior parte da drenagem dos MMII em condições normais
Constituído por veias que acompanham as artérias de mesmo nome
Todas desembocam na veia femoral comum na região inguinal
Vasos perfurantes
Comunica o sistema profundo e superficial
Veias perfurantes atravessam a fáscia profunda da perna que envolve os vasos profundos
TROMBOSE VENOSA
Superficial
Acomete veias superficiais dos MMII
Mais comum as veias safena magna e safena parva
Fatores de risco:
Trauma
Veias varicosas
Infusão de substâncias estenosantes
Permanência longa de cateter periférico
Quadro clínico
Veias superficiais palpáveis e endurecidas
Sinais inflamatórios no membro afetado: Dor, calor, rubor e edema
Não causa risco potencial à vida do paciente (complicação local)
Diagnóstico
Clínico + investigar fatores de risco
Exame de escolha: USG com Doppler Venoso
Tratamento
Analgesia + AINE + Compressa quente
Compressão Elástica da Extremidade
Posição de Trendelenburg
Risco de TVP
Anticoagulacão profilática
Enoxaparina 400mg 1x/dia OU HNF 5.000 UI, EV, 12/12h por até 3 meses
TVS acometendo junção safenofemoral ou safenopoplítio
OU
TVS de veiais não varicosas do terco médio da coxa
Cirúrgico
Indicado após a resolução do quadro agudo de tromboflebite
Evita surgimento de novos quadros
Tipos:
Safectomia com ligadura no arco safeno
Resseccão das veias varicosas acometidas
Trombectomia venosa com fleboextrator
Profunda
Acomete veias profundas dos MMII
Mais comum em homens (1,2:1)
Risco aumentado em idosos (4 vezes)
Pacientes internado (20-70% dos casos)
Fatores de risco:
Imobilizacão > 3 dias
Trombofilia
Politrauma
Hormônios (ACO e anabolizantes)
Gestacão e puerpério
TVP/TEP prévio
Viagens longas (>4h)
Risco TVP em MMSS:
Cateter Venoso Central (Veia Subclávia)
S. de Paget-von-Schroter (compressão venosa por alteração MSK na região costoclavicular)
Quadro clínico:
Dor + Edema assimétrico + Parestesia do membro afetado
Sinal de Homans: Dor a dorsiflexão plantar
Calor e hiperemia na topografia do trombo
Edema bilateral
sugere trombose central (Veia Cava ou Ilíaca bilateral)
Diagnóstico
Critérios de Wells
< 2 = TVP improvável
Realizar
Teste D-dímero
com ou sem
USG
para avaliação de conduta
≥ 2 = TVP provável
Adiciona 1 ponto para cada fator de risco de TVP/TEP
Exames complementares
USG venoso com Doppler
Flebografia (padrão-ouro)
Uso de contraste
Laboratório:
Coagulograma e fatores da coagulação isolados
Tratamento
Objetivo:
Evitar TEP e Sd. pós-trombótica (complicações)
Anticoagulação
(HBPM, HNF, Warfarin, Inibidores do fator Xa)
3 a 6 semanas ou 1 ano (recidivas)
Cirúrgico
Indicações:
Phlegmasia, Trombose de veia cava sintomática e TVP refratária a anticoagulantes
Opções:
Trombólise endovascular direta; Trombectomia endovascular ou aberta; angioplastia com ou sem stent.
Filtro de veia cava:
Apenas impede o deslocamento do êmbolo, não trata a causa
Indicado
quando não conseguir anticoagular o paciente (CI, hemorragias ou recidiva com uso de anticoagulantes)
Profilaxia
Baixo risco:
Deambulacão precoce
Moderado risco:
Deambulação precoce + profilaxia mecânica
OU
química
Alto/Muito Alto risco:
Deambulacão precoce + profilaxia mecânica
E
química
Profilaxia Mecânica:
Meia elástica/ compressão pneumática intermitente
Profilaxia Química:
HBPM ou HNF
TROMBOFLEBITE
Presença de um trombo na luz de uma veia superficial, acompanhada pela reação inflamatória da sua parede e dos tecidos adjacentes.
:warning:Tem relação com a tríade de Virchow. A TS ocorre mais freqüentemente em veias varicosas, pois estas podem apresentar alterações morfológicas na sua parede que predispõem à estase e, conseqüentemente, ao desenvolvimento do processo trombótico :warning:
Quadro Clínico
Cordão palpável,
área endurada, quente, dolorosa e hiperemiada no
trajeto de uma veia superficial
Etiologia
Associada
a síndromes imunológicas
Síndromes de Trousseau,
Lemièrre ou Mondor
Doenças inflamatórias
como tromboangeíte obliterante ou trombofilia
Traumas
Injeções de substâncias
irritantes
Complicação de varizes
dos membros inferiores
Complicações
Trombose venosa profunda
Geralmente acontece pela extensão do trombo através das veias perfurantes
Embolia pulmonar
Diagnóstico
História clínica minuciosa
Fatores de risco
Eventos tromboembólicos anteriores
História de emagrecimento (neoplasias)
Tabagismo
Infecção (síndrome de Lemierre)
Imagem
Mapeamento dúplex (MD) / De escolha
Flebografia
Invasivo, da exposição à radiação
e do uso de contraste iodado, sua indicação tem se
restringido para casos excepcionais como estudo de
refluxo em vasos pélvicos e da compressão da veia
ilíaca comum esquerda
Cintilografia de ventilação/perfusão
TVS com suspeita de EP
Fatores de Risco
Condições clínicas ou cirúrgicas vinculadas à tríade de Virchow
Lesão de endotélio: injeções intravenosas, cateterismo venoso, traumas, infecções;
Alteração de fluxo: varizes, imobilização;
Alteração da coagulação: neoplasias, gravidez, trombofilia, infecção.
Tratamento
Objetivos
a) promover
alívio sintomático (reduzir a inflamação do trajeto
venoso comprometido)
b) prevenir a extensão do trombo para o
interior do sistema venoso superficial e/ou profundo;
c) evitar recorrência;
d) prevenir complicações
tromboembólicas (TVP e EP)