Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Doença do refluxo gastresofágico - DRGE, Bárbara Berticelli 7° período,…
Doença do refluxo
gastresofágico -
DRGE
Definição
Distúrbio crônico: fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal
Sintoma mais comum: pirose
Desequilíbrio entre: fatores de proteção e agressão
Fatores de
proteção
Clareamento ácido esofágico: tamponamento do ácido (ph<4) residual pela saliva
Mecanismos de defesa contra injúria esofágica: muco e bicarbonato
Fatores de
agressão
Relaxamento trasitório do EEI: quando o relaxamento não acompanha a peristalse
Hipotonia do EEI: distensão gástrica, colecistocinina, cafeína, gordura, chocolate
Alterações anatômicas: entrada oblíqua do esôfago no estômago, alteração do ângulo de Hiss, peristaltismo, alterações no EEI, e a principal delas - hérnia de hiato
Diagnóstico
Teste terapêutico: pacientes < 40 anos, com manifestações típicas, sem sinais de alerta (dose plena de IBP por 4 semanas)
EDA: paciente com sinais de alarme (indica gravidade da esofagite, erosões, úlceras, estenose péptica, esôfago de barret
EED: exame contrastado, mais útil em complicações
Manometria (parão-ouro): Avalia função motoro do corpo esofágico e pressão no EEI
PHmetria: comparação do refluxo com os sintomas do paciente (SNG por 24h)
Impedanciometria: associado a PHmetria, verifica movimento do conteúdo do esôfago (retrógrado ou anterógrado)
Hérnia
de hiato
De deslizamento ou tipo I: afrouxamento da membrana frenoesofágica, assim, o esôfago desliza para cima do diafragma
De rolamento ou tipos II, III e IV: falha anatômica da membrana frenoesofágica e do relaxamento da musculatura próxima ao hiato esofágico, também podem ser mistas, ou de outros órgãos
Reconhecendo
sinais
Sinais típicos: pirose retroesternal (queimação que irradia do manúbrio esternal até a base do pescoço)
Sinais atípicos: dor torácica não cardíaca, globus, tosse, asma, hemoptise, bronquite, rouquidão, pigarro, laringite posterior, sinusite, halitose, aftas
Sinais de alarme:disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, náusea, vômito e história familiar de câncer
Complicações
Do DRGE: úlceras e sangramento esofágico, estenose péptica e esôfago de Barret
Da cirurgia: pneumotórax por abertura da pleura, perfurações esofágicas ou gástricas, hemorragia por lesão esplênica ou de vasos gástricos curtos, migração de válvula para o tórax
Tratamento
Comportamental
Elevação da cabeceira
Moderar ingestão de gorduras
Evitar cítricos, café, álcool, menta, chocolate
Evitar medicações que relaxar o esfíncter (anticolinérgicos, teofilina, antidepressivos tricíclicos, BCC)
Evitar deitar 2h após refeições
Procurar fracionar as refeições
Reduzir ou parar de fumar
Perder peso
Medicamentoso
IBP em dose plena (40mg) por 4 a 8 semanas
Exemplos: omeprazol, pantoprazol, esomeprazol (todos na dose de 40mg/dia)
Em pacientes com sintomas atípicos ou aqueles com esofagite de maior gravidade (grau 3 e 4 de Savary-Muller ou C e D de Los Angeles), com úlcera e/ou estenose na EDA, indicado o uso dobrado da dose plena
Cirúrgico
Deve ser feito antes: EDA, pHmetria ou impendância-pHmetria
Os melhores resultados são em pacientes que RESPONDEM ao IBP, e nos pacientes com manifestações típicas da doença
2 passos: hiatoplastia (sutura com fio inabsorvível dos pilares diafragmáticos, reforçando) e valvuloplastia (envolvimento circunferencial do esôfago distal pelo fundo gástrico)
Técnicas: fundoplicatura tipo Nissen (360°), Toupet-Lind (180-270°), fundoplicatura parcial Belsey Mark IV (270°)
Bárbara Berticelli
7° período