Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
LIVRO: História das Relação Internacionais Contemporâneas - Coggle Diagram
LIVRO: História das Relação Internacionais Contemporâneas
Organizador é José Flávio Sombra Saraiva
CAPÍTULO 1
Histórias das RI
Após o fim da Guerra Fria, a história das relações internacionais apresenta
metodologias mais consistentes
para explicar as mudanças velozes da vida internacional do que as teorias explicativas, como o liberalismo, construtivismo, realismo e etc.
CAPÍTULO 2
Sociedade internacional europeia e relações intereuropeias
TRANSIÇÃO DO SISTEMA INTERNACIONAL PÓS IMPÉRIO NAPOLEÔNICO
antes - balança de poder que oscilava entre dois extremos:
predomínio hegemônico ao predomínio das múltiplas independências
:black_flag: Séc. XVII - Congresso de Vestfália - 1648 (1º grande foro da sociedade internacional europeia) - consagrou a superioridade do princípio da independência dos Estados (soberania) - predomínio de múltiplas independências
:black_flag: 1714 acordos de Utrecht - (2º grande foro da sociedade internacional europeia) consagraram esses avanços (soberania)
:checkered_flag: 1815 - Congresso de Viena (3º grande foro)-
sociedade internacional europeia evolui para um sistema de entendimento e colaboração controlado pelas grandes potências
deixando no passado tanto uma como a outra:
imposição unilateral de força :fire:
prevalência de múltiplas independências :silhouettes:
A ORDEM INTERNACIONAL DO SÉCULO XX
:european_castle: Europa agora é uma sociedade internacional de múltiplas independências moderadas e administrada por um
pool
hegemônico de controle político,
o Concerto Europeu
erradicou os males dos extremos
- síntese de duas tradições.
grande republique
o bem superior que socializa a singularidade da
res publica
Independência das Américas e resto do mundo foi integrado na
grande republique
. Exceção: Império Otomano
:warning: Expansão da sociedade europeia para o mundo. Três patamares
Dominação estratégica (política, jurídica)
Exploração Econômica (economia capitalista)
Imperialismo cultural (cultura, moral e religião)
Princípios norteadores do Congresso
Solidariedade entre as potências - princípio do entendimento para manter a paz e construir uma nova ordem
Princípio da Restauração de fronteiras anteriores a 1789
Legitimidade do poder do príncipe
O EXERCÍCIO DA HEGEMONIA COLETIVA (1815-1848)
Cinco grandes potências
- Hegemonia Coletiva
Áustria
Prússia
Rússia
França (incorporou mais tarde)
Grã-Bretanha
Pactos firmados
SANTA ALIANÇA
firmada em 26 de setembro de 1815. Integrantes:
monarquias absolutistas
- Áustria, Prússia e Rússia. Baseada em doutrinas arcaicas da unidade cristã e do direito divino dos príncipes
Senso racional e realista dos ingleses tolheu-lhe o êxito
QUÁDRUPLA/QUÍNTUPLA ALIANÇA
Firmada em 20 de novembro de 1815. Integrantes:
Áustria, Prússia, Rússia e Grã-Bretanha, mais tarde, França
Busca em fazer prevalecer a
raison de systhème
sobre a
raison d'État
Potências agiam conforme seus interesses,
mas prezavam a estabilidade e equilíbrio dentro do continente
. Por isso, permitiram:
Independência nas Américas
- infringindo o princípio das legitimidades pela primeira vez. (em razão do comércio)
Independência Grécia
(meio termo - enfraquecimento do Império Otomano sem seu esfacelamento) - Rússia queria enfraquecer o império Otomano e expandir-se no Mediterrâneo, mas Inglaterra temiam pelo engrandecimento Russo. - Por isso a solução foi independência da Grécia (ao estilo inglês - Estado-tampão)
Independência da Bélgica
- primeira alteração nas fronteiras desenhas no Congresso de Viena 1815
Governos liberais
em Portugal e Espanha
Após Ondas Revolucionárias do sec. XIX
os princípios básicos da ordem de Viena ainda sobreviveram, os movimentos foram controlados.
Mas, o sistema de hegemonia coletiva passaria por três grandes guerras de reajuste, antes que o Império Alemão recompusesse o equilíbrio :explode:
UNIFICAÇÃO ALEMÃ
Influência fortíssima do
movimento nacional
Passos: :fast_forward: conquista dos ducados :fast_forward: - guerra com Áustria :fast_forward: formação da Confederação Germânica do Norte :fast_forward: Guerra Franco-prussiana :checkered_flag: Unificação Alemã - 1871 - formada no Palácio de Versalhes sobre os escombros francês
:paperclip: Tratado de Francfort - sancionou os resultados da guerra franco-prussiana (houve anexação da Alsácia-Lorena pelo Império Alemão)
UNIFICAÇÃO ITALIANA
Comando: Cavour - lograram a
unidade e monarquia
. Tratado secreto (1859) - França apoia movimento italiano contra Áustria.
Itália unificada e monárquica
:warning: Política inglesa foi decisiva para este resultado. Grã-Bretanha apoiou a contra gosto a unidade que Cavour construíra para que Itália não se tornasse um satélite político da França.
:checkered_flag: A unidade se consumou em 1870 - com a derrota do Papa
o último baluarte da resistência
GUERRA DA CRIMÉIA
:globe_with_meridians: Ambição Russa sobre Império Otomano - Objetivo econômico (comércio no Mediterrâneo), religioso (influência cristã) e político (controle das minorias vizinhas); Czar Nicolau I. 1853-1855.
Grã-Bretanha, França (aliados) - colocam fim no conflito. Rússia aceita condições de paz.
TRATADO DE PARIS
1856 - tratado que marca triunfo dos interesses ingleses e uma reparação ao prestígio francês desgastado em 1815. Consequências segundo Renouvin:
eclipse da Rússia
enfraquecimento da Áustria - entrou no conflito sobre pressão dos aliados e acabou colocando-se em perigoso isolamento.
reestabelecimento da
entente
- (concerto de 1815), triunfo franco-britânico
ruptura da frente conservadora do Concerto Europeu
despertar da Itália
supercontrole dos europeus sobre o Império Otomano
Política internacional dos Europeus para fora da Europa e liberdade das Américas
:no_entry: Monroísmo e Bolivarismo não vingaram a ponto de igualarem-se às concepções europeias das relações internacionais.
como se deu a integração da América à economia internacional :!?:
EUA - pela
revolução industrial
América Latina: pela via do
liberalismo comercial
benéfica para as elites socioeconômicas latino-americanas e para os negociantes europeus
por isso o liberalismo econômico foi exigido ou mesmo imposto nas zonas economicamente retardatárias.
Concerto europeu jamais introduziu na ordem a possibilidade de ação concertada de reconquista, pela força, das antigas possessões ibéricas. POR QUÊ :!?:
Não se envolveriam numa luta em favor das decadentes metrópoles portuguesa e espanhola. A independência das Américas convinha aos ingleses por todos os títulos.
Logo, Doutrina Monroe e Bolivarismo foram
desnecessários
para defender a independência
Razão da não intervenção do concerto europeu: ECONOMIA CAPITALISTA
Ameaças e pequenos golpes do imperialismo europeu eram localizados
Contra Argentina de Rosas - forçar a liberalização do comércio e navegação na bacia do Prata
Contra o Brasil - extinção do tráfico de escravos
Contra EUA para assegurar possessões no Caribe
Implantação de monarquia (que acabou em tragédia) no México para adiantar-se na construção de um canal no Panamá
:flag-br: :flag-pt: :flag-gb: objetivo de apoio transferência da corte portuguesa - comércio.
tratados desiguais
- submeteram áreas atrasadas aos interesses de expansão econômica
:flag-br: :flag-gb:
Tratado de Comércio e Navegação
(1810) - introduzia franquias nos portos (fictícia reciprocidade), justiça privativa para ingleses no Brasil, tarifa 15%
ad valorem
e proibia o consumo de açúcar e café brasileiros no mercado inglês, porque concorreriam com produtos coloniais ingleses.
1827
- conclusão de novo tratado - mesma base e acabamento aprimorado para realizar interesses ainda mais sofisticados do capitalismo inglês.
:desert_island: A modernização da América Latina seguirá em ritmo lento até que a imigração europeia de massa viesse a modificar o perfil das exigências sociais de alguns países.
Do liberalismo periférico ao liberalismo central
EUROPEUS IMPONDO O LIVRE-COMÉRCIO PARA FORA
1ª fase
América Latina - supracitado :arrow_double_up:
modelo do tratado anglo-brasileiro de 1810 - modelo da 1ª fase
golpes imperialistas de força - série de tratados extorquidos (1842-1860) - mercado chinês se abre aos negócios europeus e norte-americanos
1870 e 1914 - projeto de dominação reacende - derramam sobre África e Ásia -
imperialismo do comércio livre - sem conquista territorial - dependência informal
PAÍSES INDUSTRIALIZADOS INTRODUZIRAM O LIVRE-COMÉRCIO NAS TRANSAÇÕES PARA DENTRO DAS FRONTEIRAS
2ª fase [EUA exceção neste caso]
Tratado anglo-francês de 1860 - modelo da 2ª fase
NOVA DOMINAÇÃO/NEOCOLONIALISMO - Imperialismo do comércio livre na África e Ásia - séc. XIX e XX
Anticolonialismo - colonização vinculou-se a imoralidade - mercantilismo, difusão do tráfico de escravos, Antigo Regime. :red_cross:
Essa conjuntura modificou-se entre 1870 -1914 - fatores de dominação derramaram sobre a África e Ásia.
Poucos casos retornaram ao colonialismo do século XIX (Índia, Java, Filipinas e Caribe).
Dominação se dava por uma
dependência informal ou imperialismo do comércio livre
:money_mouth_face:
BRASIL X DOMINAÇÃO
Atitude frente a preeminência europeia do século XIX esteve longe de ser passiva
Parlamento
- florescimento de pensamento crítico, radical e lúcido - diante dos tratados desiguais
Único
país latino-americano a manter nos séculos XIX e XX uma
política de defesa da indústria como um bem nacional
- a partir de 1860 -
refluxo do pensamento liberal radical, eco dos interesses fundiários freou o projeto industrialista e a modernização voltada para dentro
Resistência diplomática às pressões da marinha inglesa para repressão do tráfico negreiro
Desarmou um projeto norte-americano de ocupação da Amazônia :deciduous_tree:
ARGENTINA X DOMINAÇÃO
Também não foi passiva
Não cedeu ao livre-comércio por um tratado, como fizeram o Brasil e a maioria dos países latino-americanos
Juan Manuel Rosas - franceses e ingleses tentaram demovê-lo pelas armas de sua resistência protecionista, mas nada obtiveram
Só se consolidou como Estado nacional em 1861
CAPÍTULO 3:
APOGEU E COLAPSO DO SISTEMA INTERNACIONAL EUROPEU - 1871-1918