Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
RCC 2 - Coggle Diagram
RCC 2
Entorse de Tornozelo
Epidemiologia
Representa 15% de todas as lesões por esporte
45% das lesões no basquete
31% das lesões no futebol
60% a 70% dos casos tem lesão do ligamento talofibular anterior
Ligamentos laterais são mais acometidos
Talofibular posterior
Calcaneofibular
Talofibular anterior
Mecanismo de lesão
O mecanismo mais frequente é a entorse por supinação seguida de rotação externa
Abdução e rotação externa é uma lesão rara que além de romper o ligamento deltoide pode ocasionar lesão de sindermose e fratura de fíbula.
Diagnóstico
Exame Físico
Importante palpar as proeminências ósseas como maléolos lateral e medial, colo da fíbula, base do quinto metatarso e pontos de edema e dor.
Avaliar ligamento talofibular anterior
Teste da gaveta anterior
Avaliar ligamento calcaneofibular
Teste do estresse em inversão
Avaliar a Sindesmose
Teste da compressão (Squeeze)
Exame de imagem
Raio-x
Regra de Tornozelo de Ottawa
Determina quais pacientes com lesões do tornozelo precisam ser radiografados
Lesão no tornozelo +
OU
Incapacidade de dar 4 passos sem apoio imediatamente após a lesão e ao ser examinado
Sensibilidade óssea na borda ou extremidade posterior do maléolo lateral ou medial
Diagnóstico Diferencial
Inclue ruptura do tendão
Tendinopatia
Fratura
Fratura por estresse
Subluxação do tendão
Classificação
Grau 2
Dor moderada
Edema moderado
Perda parcial da capacidade funcional
Hematoma
Ruptura parcial do ligamento
Dificuldade para suportar peso
Grau 3
Perda elevada da capacidade funcional
Dor severa
Pode haver fratura por avulsão do maléolo lateral
Edema volumoso
Ruptura completa do ligamento
Hematoma
Dificuldade para suportar peso
Grau 1
Ausência de ruptura de ligamento
Edema leve
Dor mínima
Equimose
Mínima perda de função
Sem dificuldade para suportar peso
Tratamento
PRICE
Proteção - Repouso - Ice - Compressão - Elevação
Uso de órteses
Aircast
Bota
Medicamentoso
analgesia com paracetamol 500-1000 mg VO 4/4 ou 6/6 máximo de 4000 mg/dia
AINE: ibuprofeno 400-600 mg VO de 4/4 ou 6/6 com máximo de 2400 mg/dia
Cirúrgico
Só é indicado em casos de instabilidade (possível lesão de todos os ligamentos laterais), se existir fragmentos condrais livres na articulação, em casos de pacientes refratários ao tratamento conservador e se tiver pelo menos dois ligamento com ruptura total.
Fatores de risco
Fatores de risco intrínsecos e extrínsecos
Fatores de risco intrínsecos ou relacionados ao paciente para entorse lateral do tornozelo incluem
Dorsiflexão limitada.
Propriocepção reduzida
Deficiências no equilíbrio.
Fator de risco extrínseco, ou ambiental
Tipo de atividade, os esportes de quadra coberta apresentando o maior risco
Anatomia
É estabilizado por 3 complexos ligamentares
Medial
Deltoide
Sindesmose tibiofibular
Tibiofibular anterior e posterior
Lateral
Calcaneofibular
Talofibular anterior e posterior
Complicações
Fibrose muscular:
Depende da gravidade inicial da lesão e do protocolo de reabilitação. O repouso prolongado pode resultar em agravamento da fibrose. Geralmente tratada com fisioterapia no longo prazo. Importância mínima do manejo cirúrgico.
Atrofia muscular:
Depende da gravidade da lesão inicial. O tratamento é basicamente conservador e consiste em exercícios de fortalecimento.
Instabilidade crônica do ligamento
: O tratamento inadequado dos entorses de grau 2 ou a falha em reconhecer entorses de grau 3 podem levar a instabilidade ligamentar crônica. Muitas vezes não é possível reparo primário, podendo ser necessária reconstrução cirúrgica não anatômica mediante autoenxerto ou enxerto sintético.
Ossificação heterotrófica
(formação óssea anormal não maligna em tecidos moles): Não correlacionada com a gravidade da lesão inicial. Depende do tipo de músculo envolvido: mais comum nos músculos sóleo, braquial e vasto medial. Leva de 6 meses a 2 anos a consolidar. A excisão cirúrgica após a consolidação representa o tratamento definitivo.
Síndrome compartimental
: Pode ser aguda ou crônica. A rápida identificação e o tratamento na forma de
Indicações para cirurgia ortopédica
Fratura instável
Luxação ou subluxação
Lesão da sindesmose
Ruptura do tendão
Ferida o penetrando na articulação
Diagnóstico incerto
Instabilidade crônica do tornozelo que não responde a fisioterapia apropriada
Reabilitação
Abordagem e exercícios
Deve ser iniciado nos primeiros dias para entorses laterais de tornozelo grau I e II entre os dias 7 e 14 para entorses de tornozelo medial isoladas de grau I e II.
A reabilitação funcional é importante para auxiliar o retorno à atividade e prevenir a instabilidade crônica e lesões recorrentes
A reabilitação funcional precoce começa com exercícios de mobilidade
O programa de reabilitação deve levar várias semanas para que o tornozelo se fortaleça e limite a chance de uma nova lesão.
Talas
Pode ser benéfico usar talas, cintas, bandagens elásticas ou fitas para tentar reduzir a instabilidade, proteger o tornozelo de mais lesões e limitar o inchaço.
Cirurgia
A cirurgia pode ser razoável em pacientes selecionados com entorses graves (grau III) que praticam esportes profissionais ou outras atividades que impõem grandes tensões repetidas na articulação do tornozelo.
Prevenção
As opções para prevenção primária ou secundária de lesões no tornozelo incluem suportes externos de tornozelo e treinamento físico
Os suportes externos incluem
órteses semi-rígidas
suportes de amarração
sapatos de cano alto
fita adesiva
As intervenções de treinamento físico podem incluir
fortalecimento
treinamento proprioceptivo do tornozelo usando uma prancha oscilante
alongamento
Ruptura de Tendão Calcâneo
Ocorrem mais frequentemente no sexo masculino, em atletas recreacionais, na faixa de 30 a 50 anos.
Ocorre na zona hipovascular (2 a 6 cm da inserção no calcâneo).
Diagnóstico
É clínico
História de dor súbita na região do calcâneo, como se o paciente acabasse de levar uma pedrada.
Apresenta falha ou gap no tendão à palpação
Teste de Thompson
Teste de Matles
Tratamento
É cirúrgico com sutura da lesão e se necessário reforço tendíneo
Apresentação do Caso
Homem de 25 anos
Relata dor no tornozelo D
Caiu sobre o pé de outro jogador.
Não ouviu nem
sentiu qualquer estalo.
Capaz de ficar em pé e caminhar coxeando
Não conseguiu continuar a jogar
Inchaço no dia seguinte, apesar de repouso, gelo e elevação
Nega outra lesão por essa queda
Relata pode sustentar peso com mínima dor
Exame Físico
Aparência saudável com sinais vitais normais
Aspecto lateral do tornozelo direito está inchado
Tornozelo direito tem
dorsiflexão e flexão plantar normais
Sem sensibilidade focal à palpação da Fíbula, maléolos, ou pe
Sem frouxidão ligamentar.
Restante de seu exame é normal
Definição da Lesão Musculoesquelética
Introdução:
As lesões musculares ocorrem em decorrência de trauma direto ou indireto. Os fatores predisponentes incluem o tipo de arquitetura muscular, lesão prévia e aquecimento inadequado antes do exercício. A história e o exame físico são fundamentais para o diagnóstico e a classificação da lesão como de grau 1 (leve), 2 (moderada) ou 3 (grave com ruptura completa).
A torção
é uma lesão na junção muscular ou musculotendinosa, enquanto uma entorse é uma lesão no
ligamento
.
A contusã
o muscular ocorre quando um músculo é submetido a uma força compressora intensa
e repentina, como uma pancada direta no músculo.
Nas distensões
, uma força de tensão excessiva aplicada ao músculo leva ao estiramento excessivo das miofibrilas e, consequentemente, a uma ruptura próxima da junção musculotendinosa
A distensão muscular geralmente ocorre em exercícios excêntricos.Nos exercícios excêntricos, o músculo em contração é forçosamente alongado
Epidemiologia:
Cerca de 30% a 50% das lesões musculoesqueléticas (tendão/músculo/osso) atendidas pelos médicos
consistem em lesões de tendão e ligamento
A recuperação de um músculo esqueletico lesionado segue uma padrão
1. Fase de destruição
, caracterizada pela ruptura e necrose subsequente das miofibrilas, formação de hematoma entre os cotos do músculo rompido e reação celular inflamatória.
2. Fase de reparação
, que consiste em fagocitose do tecido necrosado, regeneração das miofibrilas e produção concomitante de uma cicatriz do tecido conjuntivo, bem como o crescimento capilar para dentro da área lesionada
3. Fase de remodelação
, período no qual as miofibrilas regeneradas amadurecem, o tecido cicatrizado se contrai e é reorganizado e a capacidade funcional do músculo é reestabelecida.
Lesões de ligamentos
A lesão de um ligamento, geralmente devido à ruptura de uma série sequencial de feixes de fibras de colágeno
A lesão ligamentar pode ser resolvida pela formação de tecido cicatricial, que é biologicamente e biomecanicamente inferior ao ligamento que substitui.
Classificação
Classificação de acordo com o mecanismo das lesões
Lesão indireta: distensão muscular
,Sem contato direto As lesões ocorrem na junção musculotendinosa Frequentemente ocorre devido à contração excêntrica. As contrações excêntricas diminuem a velocidade ou interrompem os movimentos (por exemplo, ao abaixar um peso).
Indireta: dor muscular de início tardio
Ocorre 24 a 48 horas após exercícios físicos não rotineiros, Resolve-se em até 5 a 7 dias, Exercício excêntrico. Esse tipo de exercício se correlaciona com alongamento forçado do músculo em
contração.
Lesão direta
: Força direta
Pode ocorrer miosite ossificante.
Diagnóstico
Exame físico
As características gerais ao exame físico incluem
6 more items...
Raio-X:
Deve-se requisitar radiografia apenas se houver necessidade de descartar fraturas ou suspeita de fratura exigindo tratamento específico.
Regras de Ottawa para o tornozelo
1 more item...
RNM
A RNM pode ser útil para confirmar o diagnóstico; determinar a extensão da lesão, especialmente
visando diferenciar ruptura parcial de ruptura completa
2 more items...
Ultrassonografia
A ultrassonografia pode ser usada para definir a natureza da distensão muscular. Ela não é útil nas
entorses ligamentares.
Artroscopia diagnóstica
Referências:
BMJ Best Practice. Entorses e distensões musculoesqueléticas. Toy, Eugene C. Casos clínicos em medicina de família e comunidade [recurso eletrônico] / Toy, Briscoe, Britton ; tradução: Rita Brossard de Souza Pinto ; revisão técnica: Nulvio Lermen Junior. – 3. ed.; Ortopedia e Traumatologia - Geraldo Motta e Tarcisio Barros; – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013. UPTODATE.
Alunos: Millena Horner, Samuel Henrique, Carol Lisboa, Andressa Brito, Ellen Lelis, Laís Freitas, Wanderson Stwart, Amanda Vitória, João Víctor, Cláudia Cristinne.