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O morcego - Augusto dos Anjos - Coggle Diagram
O morcego - Augusto dos Anjos
Morcego é configurado como um soneto, ou seja, possui 14 versos e 4 estrofes, sendo que duas delas possuem 4 versos (quarteto) e as outras duas são compostas por 3 versos (Terceto)
O poema está lotado de rimas perfeitas, aquelas em que há perfeita identidade dos sons finais, assim como uma semelhança entre as últimas vogais e consoantes:
1,4,6 e 7
Repolho/Molho/Ferrolho/Olho
2,3,5 e 8
Vede/Sede/Parede/Rede
9 e 12:
Chego/Morcego
10 e 13
Concentra/Entra
11 e 14
Parto/Quarto
Na primeira estrofe (Primeiro Quarteto), observe que as rimas segue cadeia de ABBA com as palavras "Recolho", "Sede" e "molho". Já na seg estrofe, ocorre a inversão, BAAB com as palavras "parede", "ferrolho", "olho" e "rede"
Nas duas últimas estrofes, que são os dois tercetos existentes no poema, ocorre uma outra lógica de sequência, que chamamos de CDE, em que o primeiro verso do primeiro terceto rima com o primeiro verso do segundo terceto
O poema narra um acontecimento de forma linear
As exclamações server para expressar a aflição do eu lírico em que um morcego sedento surge em seu quarto e morde sua garganta
Nesse ponto do poema, há a presença do sobrenatural quando o eu lírico clama por Deus pedindo socorro
O verso "Vou mandar levantar outra parede" expressa um momento de consciência e razão como forma de prevenir ataques como aquele, e nos introduz a metáfora do poema, que será explicita na ultima estrofe
As reticências ao final do verso 5 mostram a continuidade do tempo e o homem que segue perdendo seu sangue, e na sequência ele cita sua fraqueza e a tentativa de defesa, fechado o ferrolho da porta.
Na terceira estrofe, ocorre a reação mais drástica do eu lírico e a indagação sobre a horrível aparência do animal
Por fim, a quarta estrofe irá apresentar a metáfora entre o animal e a consciência humana como sendo o pior dos nossos medos
Ao falar da aparência do animal na terceira estrofe, o autor fazia referência à feiúra da própria consciência e a mesma metáfora ocorre na seg estrofe, quando o poeta fala sobre levantar outra parede, como medida de bloqueio ás cobranças feitas pela sociedade, que como o morcego, nos surpreendem em ambientes íntimos e tiram nosso sono