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A exceção e a Regra - Bertolt Brecht, 1930 - Coggle Diagram

- - - - O comerciante começou a notar traços de rebelião sobre um episodio aonde ele foi arrogante, e que por sua culpa o carregador sofreu um acidente que perdeu um braço. O comerciante desconfiava de vingança, e por uma lógica numérica de 2x1, ele demite o guia durante o trajeto, e fica somente com o carregador que era mais humilde, menos instruído e desprotegido da lei.
        
        Por causa da demissão, os dois se perderam no deserto.
        
        Os dois personagens começaram a passar por vários problemas, como a falta de água, o que causará o climax.
        
        O carregador havia guardado um cantil reserva para caso houvesse emergências, a conselho do guia. Então o pobre homem oferece um pouco de água a seu chefe, sem imaginar que o mesmo havia um cantil reserva. O carregador imaginava que caso seu patrão morresse, a culpa sobre a morte iria recair sobre ele, assim então ele resolve fazer o gesto humanitário, pensando em ambos.
        
        Quando abordado pelo carregador, o comerciante confunde o cantil com uma pedra por um breve momento. A sua desconfiança diante de uma possível revolta contra ele havia se manifestado e por isso, em um ato instintivo, ele atira e mata o carregador.
        
        O ponto central da peça ocorre em seguida, quando se inicia a cena do julgamento do comerciante. Neste momento estão presentes os juízes, o réu, a esposa do carregador, o guia, o estalajadeiro do albergue de onde o guia foi demitido e o chefe de uma caravana que viajava no mesmo percurso que o comerciante e o carregador. As ideias acerca do título da obra “exceção e regra” serão abordadas nesse momento da peça, em que as questões de direito e literatura serão analisadas a seguir
- - - - O direito na literatura se faz principalmente quando se trata do julgamento do comerciante , do qual deve conhecer as circunstâncias do crime, as ambiguidades das personagens e as situações conflituosas narradas na peça. Tudo isso gera no leitor e no jurista a ideia de reflexão acerca dos fatos fictícios.
        
        Já no direito como literatura, trata-se da referência à decisão judicial polêmica e a sua divulgação na imprensa. Podemos interpretar a obra como um auxílio ao entendimento do que é direito, se fazendo não como forma de narrativa, mas sim reflexiva.
        
        A peça busca analisar diversas semelhanças entre o ato de uma encenação e o ato de um julgamento real, podemos citar:
        
        A oralidade que ocorre em ambas as situações e se faz extremamente necessária para a
        comunicação das ideias e dos fatos
        
        A publicidade, já que os julgamentos são atos processuais extremamente conhecidos pelo público
        e comumente divulgados, assim como uma peça teatral.
        
        Presença de plateia, já que tanto no teatro quanto no julgamento o público assiste à uma
        decorrência de fatos pessoalmente.
        
        A aproximação do julgamento com a encenação artística também pode ser vista diante de toda a ideia que permeia um julgamento, se passando em um ambiente específico, com objetivos típicos, lugares marcados e vestuário apropriado.
        
        A comunicação com o público se faz por meio da provocação, com o intuito de manter o público atento e desconfiado diante de cada ação tomada no julgamento, e em caso de injustiças ou abusos, o publico entra como agente contra qualquer ato de injustiça.
        
        As 7 primeiras cenas se passam no deserto e apenas 1 cena retrata o momento do julgamento. Na primeira cena o público conhece os protagonistas e é informado sobre o motivo da viagem por meio da fala do próprio comerciante, Karl Langmann.
        
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