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RCC - Caso Clínico 1, Grupo 2: Amanda Faber, Evellyn Souza, Hian Távora,…
RCC - Caso Clínico 1
História Clínica
Homem, 62 anos.
Queixa
Apresenta ferida aberta no pé esquerdo.
História prévia
Diabetes melito não insulina-dependente.
Tratamento de DM com hipoglicemiante oral.
História patológica pregressa
Nega infecções, problemas ou ter sofrido qualquer tipo de traumatismo recente no pé.
História da doença atual
Ferida não dolorosa.
Apresenta secreção amarelada a alguns dias.
Apresenta claudicação intermitente há 9 meses.
Exame físico
Tº de 37,9 ºC
Sinais vitais normais.
Pulsos palpáveis bilateralmente nas regiões femorais, diminuído na topografia da poplítea direita e ausentes no pé esquerdo.
Pé esquerdo inchado sobre região plantar.
Ferida aberta de 1,5 cm sobre superfície pantar do pé, sobrejacente às cabeças do 4º e 5º ossos metatarsais.
Drenagem amarelada da área lesionada.
Pele circundante está eritematosa e quente.
Leucócitos de 12.000 células/m3; concentração sérica de glicose de 230 mEq/dl.
Exame Doppler de MMII revela presença de sinais Doppler em ambos os pés, com ITB de 0,5 no lado esquerdo e 0,94 no direito.
Manifestações clínicas
Pé Diabético
Perda da sensibilidade dos pés (periférica).
Lesões indolores.
Dor (periférica).
Fraqueza.
Claudicação.
Pele ressecada.
Dedos em garra.
Perda do arco plantar.
Disestesia (periférica).
Reflexos aquileus reduzidos ou ausentes.
DAOP
Assintomático: ausência de sintomas de claudicação na perna.
Claudicação: fluxo sanguíneo inadequado durante exercícios, causando fadiga, desconforto ou dor.
Isquemia crítica de membro: fluxo sanguíneo do membro comprometido; associado com paralisia, parestesia, ausência de pulso, palidez e poiquilotermia.
Cãibras na panturrilha ou no pé ao caminhar, que são aliviadas quando em repouso.
Pulso reduzido.
Perda de pelos sobre o dorso do pé.
Unhas do hálux espessadas.
Tratamento
Pé diabético
Educação de pacientes e cuidadores
Instruções de reconhecimento de úlcera e infecções, prevenção de formação de úlceras.
Tratamento da úlcera
Restauração da perfusão tecidual
Revascularização
Pressão de tornozelo <50mmHg ou ITB <0,5.
Pressão do pé <30mmHg ou PtCO2 <25mmHg.
Úlcera sem sinais de cicatrização após 6 semanas.
Infecção
Úlcera superficial (limitada a tecidos moles)
Limpar, debridar tecido necrótico e todo sinal de queratose.
ATB VO empiricamente com cobertura para staphylococcus aureus e estreptococos
Amoxicilina, penicilina
Infecção profunda ou extensa com ameaça de membro.
Avaliação para DAOP e necessidade de revascularização.
ATB empírica via parenteral de amplo espectro para gram positivos, gram negativos e anaeróbios.
Ceftriaxona
Avaliar necessidade de intervenção cirúrgica.
Descarga de peso e proteção da úlcera
Alívio de pressão por dispositivo não removível ou dispositivo removível na altura do joelho ou espuma + uso de calçados adequados.
Controle metabólico de glicemia
DAOP
Modificações dos fatores de risco
Lipídios (<100mg/dL)
Diabetes (HbA1c <7.0)
Manejo PA (<130/80 mmHg)
Abandonar tabagismo e etilismo
Isquemia aguda de membro
Terapia Antiagregante plaquetária
Analgesia
Avaliação de urgência
Revascularização
Endovascular/trombólise intra-arterial
Cirúrgica
Amputação
Anticoagulação
Claudicação não limitante
Exercícios físicos
Modificação fatores de risco
Terapia antiagregante plaquetária
Claudicação limitante
Exercícios físicos
Alívio dos sintomas
Terapia antiagregante plaquetária
Modificação dos fatores de risco
Revascularização
Isquemia crônica grave
Terapia antiagregante plaquetária
Revascularização
Endovascular
Cirúrgica
Avaliação para revascularização
Estimulação da medula espinhal
Transplante de células-troco de medula óssea autólogo
Modificação contínua dos fatores de risco
Fisiopatologia
Pé Diabético
multifatorial
vasculopatia
microcirculação
aumento da proliferação celular + permeabilidade
decorrente de
AGE
desencadeia uma diversidades de vias inflamatórias
2 more items...
macrocirculação
aterosclerose
neuropatia
perda de sensibilidade, capacidade motora e déficit autonômico
impede a detecção de eventos traumáticos menores
neuropatia motora provoca mudanças na propriocepção e na função motra muscular, provocando deformação em garra
Pé de Charcot
imunodeficiência
hiperglicemia pode comprometer a evolução por anormalidades da função de células inflamatórias polimorfonucleares (PLMN), como quimiotaxia e fagocitose, comprometendo a resposta a infecções bacterianas e favorecendo o aparecimento de sepse
DAOP
As placas de ateroma ocorrem na superfície posterior das artérias das extremidades. Com a evolução, a placa pode envolver a circunferência da artéria em certas áreas.
Frequentemente se inicia nas origens ou nas bifurcações das artérias
Além do acúmulo de placas, surgem trombos que agravam a oclusão arterial.
Eventualmente a placa obstrutiva
pode tornar-se instável e romper-se, causando hemorragia intraplaca ou trombose, ocluindo completamente a artéria.
Com a progressão, ocorrem oclusões segmentares das artérias que suprem as extremidades.
O fluxo sanguíneo aos tecidos distais à oclusão geralmente é mantido à custa da rede colateral.
Exame Físico
Pé Diabetico
Inspeção dermatológica
Pele: cor; espessura; estado de hidratação; presença de rachaduras.
Sudorese: o pé ressecado sofre fissuras.
Infecção: procurar presença de micose entre os dedos.
Na úlcera presente: procurar por drenagem de secreção; tecido de granulação e exposição de estruturas profundas (tendões, cápsula articular ou osso); exploração com pinça (procurar fístulas).
Calos: procurar presença deles; pesquisar hemorragia dentro do calo.
Inspeção musculoesquelética
Deformidades: dedos em garra; cabeças metatársicas proeminentes; articulações de Charcot.
Redução da massa muscular entre os metatarsos.
Avaliação neurológica
Monofilamento de 10g (laranja) + pelo menos um (sensibilidade vibratória com diapasão de 128 Hz; sensação de pontadas; reflexos do tornozelo; limiar de percepção vibratória).
Avaliação vascular
Pulsos dos pés: tibial anterior (pedioso) e tibial posterior.
Ìndice Tornozelo-Braquial (ITB), se indicado.
DAOP
Palpação de todos os pulsos periféricos.
Pesquisa de sopros em artérias femorais.
Inspeção dermatológica
Inspeção dos pelos, cor e alterações tróficas da pele.
Avaliação do abdome
É avaliado para evidência de sopros ou massa pulsátil.
Avaliação dos pés para sinais de isquemia aguda ou crônica.
Avaliação dos pulsos periféricos dos MMSS.
Pesquisa de sopros em artérias carótidas.
Aferição de P.A. em ambos os braços.
ITB para pacientes com suspeita de DAOP.
Complicações do diabetes
Agudas
Cetoacidose diabética
É uma complicação metabólica aguda do diabetes caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica
Estado Hiperglicemico hiperosmolar não cetódico
É uma complicação do diabetes mellitus que costuma ocorrer no diabetes tipo 2. Os sintomas do estado hiperglicêmico hiperosmolar incluem desidratação extrema e confusão.
Hipoglicemia
Queda da concentração de glicose no sangue para valores inferiores a 70mg/dl em diabéticos e inferiores a 50mg/dl em não diabéticos.
Crônicas
Microvasculares
Nefropatia diabética
É uma complicação crônica do diabetes, de longa duração e caráter progressivo, podendo evoluir para uma insuficiência renal terminal. É uma patogênese multifatorial, onde estão relacionados fatores hemodinâmicos, metabólicos e inflamatórios.
Neuropatia diabética
A neuropatia diabética é uma complicação do diabetes, que afeta os nervos periféricos (das extremidades, como mãos e pés).
Retinopatia diabética
É uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia.
Pé diabético
É uma entidade clínica que tem como base a neuropatia induzida pela hiperglicemia sustentada que , com ou sem doença arterial periférica e com prévio traumatismo desencadeante, produz uma ulceração no pé
Macrovasculares
Doença Cerebrovasculares
Arteriopatia periférica
Doença Arterial Coronariana
É o resultado da obstrução das artérias coronárias - os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração. O conjunto de artérias coronárias constitui a circulação coronária. As artérias coronárias podem ser obstruídas por placas de gordura que vão se depositando em seu interior.
Diagnóstico diferencial
DAOP
Artrite
ITB normal
radiografia com osteófitos, estreitamento do espaço articular e esclerose subcondral
Estenose da coluna
vertebral
distribuição por dermátomos
fraqueza motora
dor alivia ao mudar de posição
ITB normal
radiografia com alterações degenerativas ou espondilose
Claudicação venosa
ITB normal
sinais de congestão venosa e edema
dor em aperto ou explosiva que começa ao caminhar
Síndrome compartimental
crônica
ocorre em atletas
pacientes musculosos
USG duplex não apresenta estenose arterial
Cisto de Baker
sintomático
ITB normal
USG duplex da perna com massa cística na fossa poplítea póstero-medial.
Diferenças entre úlcera venosa ou arterial
Arterial
parte lateral da canela,
antepé/dedos
as bordas da ferida são
bem demarcadas e regulares
Fundo da ferida geralmente de
coloração escura a preta
Normalmente nenhum edema
ITB < 0,9
Muitas vezes mais doloroso do que as úlceras venosas, dor noturna que reduz ao posicionar a perna para baixo
Claudicação intermitente
Pé frio, azul esbranquiçado
Pulsações periféricas
fracas/ausentes
Venosa
acima do maléolo
medial
as bordas da ferida são
irregulares
Geralmente odor fétido
Edema
Índice tornozelo-braço ≥ 0,9
Dor noturna, cãibras
Varizes
Hiperpigmentação, atrofia branca e
endurecimento
Ao levantar, sensação de peso e
cansaço, que diminui ao caminhar
Prurido
Pé diabético
Úlcera venosa
geralmente entre o maléolo e a metade da panturrilha.
lipodermatoesclerose
USG ou pletismografia venosa
demonstra incompetência venosa
Gota
dor, inchaço e eritema
no antepé
dificilmente associado à úlcera
radiografia simples do pé
estreitamento do espaço articular, erosões ósseas espalhadas, artrite tofácea
Neuroartropatia de Charcot
dor, eritema e inchaço
úlceras ocorrem mais entre maléolo e calcâneo
RM mostra edema subcondral
Diagnóstico
Pé diabético
Diagnóstico clínico
Glicemia de jejum
HbA1c
Hormônio estimulante da tireoide sérico
Vit B12 sérica
Eletrólitos, ureia, creatinina
Perfil lipídico sérico
Hemograma completo e velocidade de hemossedimentação
Imunoeletroflorese de proteínas séricas/ urinárias
Outros exames a serem considerados
Teste oral de tolerância a glicose
Estudos de condução nervosa
Eletromiograma (EMG)
Teste sensorial quantitativo
Biópsia da pele
Estudos de reflexos cardiovasculares
gastroduodenoscopia
estudos de esvaziamento gástrico
eletrogastrografia de superfície
refeição de bário
cistometria, cistometrograma miccional
DAOP
Exame físico
Índice Tornozelo-Braquial
Teste de esteira
índice hálux-braquial
Exame de imagem
Ecodoppler Duplex
Angiotomografia (Angio TC) e Angioressonância (Angio RM)
Angiografia por subtração digital
Grupo 2:
Amanda Faber, Evellyn Souza, Hian Távora, Lucas Rodrigues, Maria Rita, Nathália Lima, Thiago do Nascimento, Thiago Henrique, Vinicius Borges.