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Crônicas do CUS - Cultura, sexo e gênero. Leandro Colling e Gilmaro…
Crônicas do CUS - Cultura, sexo e gênero. Leandro Colling e Gilmaro Nogueira (Orgs). Derives. 2019.
APRESENTAÇÃO
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Blog Cultura e Sexualidade: produzido (em 28 de julho de 2012) por pessoas que integram o grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade (CUS), criado em 2007 na Universidade Federal da Bahia.
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CORPOS, HOMOSSEXUALIDADES E HETERONORMATIVIDADES
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"Não gosto de viado, eu gosto é de muleque e marginal", ou sobre a trajetória de gays que não sentem atração por gays - Gilmaro Nogueira
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"A violência da heteronormatividade é tão rígida que muitos gays, que falam das normas de gênero e reclamam dos padrões de masculinidade, não aceitam gays afeminados como parceiros." p. 75
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"Por se relacionar com outros gays,
um amigo é chamado por esses homens de lésbica,
ou seja, na visão deles são duas mulheres se pegando!
Até parece que ser lésbica é um problema"
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"São as violências simbólicas de nossa cultura que impelem muitos meninos a odeias o que é socialmente considerado feminino, inclusive odiar a si mesmo." p. 75
Não adianta estudarmos, problematizarmos a heteronormatividade, se não questionarmos não apenas o que desejamos, mas principalmente o que repelimos, como se isso não tivesse nenhuma relação com nossas subjetividades.
"Eu dar pra uma bicha mole? Jamais!" - uma crônica sobre performatividade, gêneros e desejos - Fábio Fernandes
A partir de um suposto sistema detector, definimos o nível de atividade e passividade dos sujeitos
Medida é a masculinidade, atrelada a elementos como jeito de andar, falar, vestir, lugares qe frequenta, aparência, grupos de amigos e estilo musical.
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"Gueis afetadas/fechativas ..., não existe para essas pessoas alguma possibilidade de armário: sua performatividade destoante das normas de gênero já as posiciona no local da estranheza e da repulsa social."
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Régua para medir masculidade entre os gueis: "ele tem jeito de homem", "bem homem ele, né", "ali é mais mulher do que eu e você juntas".
Normas ao se "fixarem" compulsoriamente em alguns corpos, podem embotar os desejos.
"Tudo o que não precisamos são mais manuais de como sentir, experimentar e guiar nossos desejos, prazeres, corpos e gozos.
Não sou homossexual, sou bicha! - Gilmaro Nogueira
"Bicha era/é a forma de ofender alguém que não atendia/atende ao ideal de masculinidade: macho forte, viril e penetrador. A bicha traía/trai a masculinidade e a sociedade dos homens" p. 79
Com relação aos indígenas, Colombo, ao chegar nas Américas, acho que estava na Índia e chamou as pessoas que aqui estavam de índios.
O termo associa a outros termos: selvagens, bárbaros e incivilizados.
Indígenas, nos anos 70, decidiram utilizar a palavra criando laços de diversidade étnica e cultura.
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Queer passa a ser utilizado, também de modo a assumir a injúria como forma de esvaziar o potencial negativo do termo.
Favela e Puta, também como termos incorporados para enfrentar o estigma.
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