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Capítulo 5: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado - Coggle Diagram
Capítulo 5: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
A teoria do valor-utilidade contrapõe-se à chamada teoria do valor-trabalho, desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus, Adam Smith, Ricardo, Marx).
A teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, por meio dos custos do trabalho incorporados ao bem.
A evolução do estudo da teoria microeconômica teve início basicamente com a análise da demanda de bens e serviços, cujos fundamentos estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade.
A utilidade representa o grau de
sa3sfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas.
Utilidade total e utilidade marginal: Tem-se que a utilidade total tende a aumentar quanto maior a
quantidade consumida do bem ou serviço.
A utilidade marginal, que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade proporcionada por mais uma unidade do bem, chegando à saturação.
Demanda de mercado: A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores
desejam adquirir em determinado período de tempo.
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.
Relação entre quantidade procurada e preço do bem: a lei geral da demanda
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris
paribus. É a chamada lei geral da demanda.
Outras variáveis que afetam a demanda de um bem: É afetada pela renda dos consumidores, pelo preço dos bens substitutos s (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares e pelas preferências ou hábitos dos
consumidores.
Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal.
Existe também uma classe de bens, que são chamados bens inferiores, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda.
Tem-se a categoria de bens superiores ou de luxo: se o
consumidor fica mais rico , demandará mais produtos de maior qualidade.
O bens de consumo
saciado, quando a demanda do bem não é influenciada pela renda dos consumidores (como arroz, farinha, sal).
Distinção entre demanda e quantidade demandada:
-Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades.
-Por quantidade
demandada devemos compreender um ponto específico da curva relacionando um preço a uma quantidade.
Oferta de mercado: Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em
determinado período de tempo.
Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre
eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos fatores de produção e das metas ou obje3vos dos empresários.
Oferta e quantidade ofertada: A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico da curva de oferta.
Interferência do governo no equilíbrio de mercado: O governo intervém na formação de preços de mercado quando fixa impostos, dá subsídios, estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda, congela preços e salários.
Estabelecimento de impostos: Embora seja tratado nos capítulos de Macroeconomia o papel do governo por meio dos instrumentos da
polí3ca tributária, é interessante observar o enfoque microeconômico da tributação, que ressalta a questão da incidência do tributo. Os tributos podem ser impostos, taxas ou contribuições de melhoria. Os impostos dividem-se em:
-Impostos indiretos;
-Impostos diretos;
-Imposto específico;
-Imposto ad valorem.
Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola, com o propósito de
protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e consequentemente da renda agrícola.
Tabelamento: Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou, então, refrear o processo inflacionário, como foi adotado no Brasil), quando se aplicou o congelamento de preços e salários.
Conceito de elasticidade: Cada produto tem uma sensibilidade específica com relação às variações dos preços e da renda. Essa sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade.
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Fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda: existência de bens substitutos, essencialidade do bem, importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor
Incidência tributária e elasticidade-preço da demanda: e o recolhimento de impostos aos cofres públicos é feito pelas empresas; entretanto, isso não significa que ela efetivamente pagará a totalidade do imposto, pois pode repassar parte do ônus para o consumidor final, via aumento de preços de seus produtos.
Quanto mais inelástica for a demanda do bem, maior será a proporção do imposto repassada ao consumidor e menor a parcela paga pelo produtor. O consumidor não tem muitas condições de diminuir o consumo do bem, provavelmente porque tem poucos sucedâneos. Trata-se de uma característica mais comum em mercados em que a produção está concentrada em poucas empresas.
Quanto mais elástica for a demanda do bem, menor será a proporção do imposto repassada ao consumidor e maior a parcela paga pelo produtor. Mercados com um número bastante grande de empresas produtoras costumam apresentar esse comportamento.