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INTERSEXO E OUTRAS ANOMALIAS - Coggle Diagram
INTERSEXO E OUTRAS ANOMALIAS
Aspectos de diferenciação sexual
Sexo cromossômico
O oócito X é fertilizado por um espermatozoide que carrega o cromossomo X ou Y.
Sexo gonadal
Em seguida é determinado o sexo gonadal, no qual o gene SRY, localizado no cromossomo Y, é responsável pela diferenciação da gônada masculina
Indivíduo do sexo XX sem o gene SRY, a gônada se diferencia em ovário
Sexo fenotípico
Se os hormônios masculinos estão ausentes, ou se os tecidos não respondem a eles, a tendência passiva é de diferenciação em genitália externa feminina
Se desenvolve de forma ativa no macho, estimulado pela testosterona produzida pelas gônadas diferenciadas
A disposição natural é que qualquer feto desenvolva uma genitália externa e conformação corporal feminina na ausência dos efeitos masculinizantes dos andrógenos
A intersexualidade, é considerada uma alteração no desenvolvimento orgânico do animal, que se contrapõe às características determinadas pelo sexo genético (cromossômico), levando o mesmo indivíduo a apresentar características marcantes dos dois sexos
Citogenética
Realizado a partir do cariótipo
Cariótipo: arranjo sistemático dos cromossomos de uma única célula, que podem ser desenhados em câmara clara, recortados de fotografias ou separados por meio de softwares
A técnica não distingue um indivíduo do outro de mesma espécie e mesmo gênero, porém, caracteriza os cariótipos normais e descobre-se mais sobre as bases fundamentais dos anormais
Técnica de FISH: aumenta substancialmente a capacidade de detecção de anormalidades cromossômicas, pois fundamenta-se no uso de uma sequência de bases (sonda) complementar ao DNA que se pretende estudar
Técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): feita após a extração de DNA do sangue e de alguns tecidos corporais. Faz uso da amplificação enzimática para aumentar o número de cópias de um dado fragmento de DNA e está baseada na extensão de um
primer
pela DNA polimerase
Freemartinismo
Mais frequente forma de intersexualidade encontrada nos bovinos e menos comumente encontrada em outras espécies, como ovinos, caprinos, suínos e equinos
Resultante da anastomose dos vasos das membranas fetais na gestação gemelar de fetos heterossexuais
O sangue de ambos os fetos, macho e fêmea, é misturado por mais de 280 dias de gestação, promovendo o intercâmbio de substâncias como hormônios, células sanguíneas e o fator de diferenciação sexual entre os gêmeos
Gêmeos bovinos heterossexuais são também conhecidos como quimeras sanguíneas
Em gêmeos heterossexuais, células do macho e da fêmea passam de um irmão para o outro, resultando em quimeras XX/XY, que aparecem em alto número no sistema hematopoiético desde os estágios iniciais da vida fetal
Diagnóstico clínico: esterilidade, clitóris hipertrofiado, presença de pelos longos na vulva, vagina mais curta, em fundo cego, ausência de cérvix, vestígios de gônadas masculinas e hipoplasia dos ductos de Müller
Acredita-se que o fator inibidor de Müller (MIF), hormônio produzido pelas células de Sertoli, seja o principal responsável pelo freemartinismo, juntamente com a testosterona produzida pelas células de Leydig dos testículos
Diagnóstico citogenético: por meio da cariotipagem de linfócitos periféricos e outros tecidos ou por estudos de PCR
Hermafroditismo
Hermafrodita é o indivíduo que apresenta os dois sexos distintos anatômica e funcionalmente.
Hermafroditismo verdadeiro: presença de tecidos ovariano e testicular no mesmo indivíduo, em gônadas separadas ou em uma só, chamada
ovotestis
. As vias genitais externas são quase sempre femininas, com vulva rudimentar e clitóris hipertrofiado
Pseudo-hermafrodita: apresenta apenas uma das gônadas (masculina ou feminina) com características secundárias e genitália externa do outro sexo. Se a gônada presente for um testículo, o animal é pseudo-hermafrodita macho, e caso a gônada seja um ovário, é pseudo-hermafrodita fêmea
O pseudo-hermafroditismo macho é o tipo mais comum de intersexualidade que ocorre nos animais domésticos
Animais mais acometidos: bovinos, caprinos, ovinos e suínos
Exames de diagnóstico: palpação retal, ultrassonografia e vaginoscopia, exame citogenético
Criptorquidismo
Descenso testicular anormal levando à retenção uni ou bilateral das gônadas em qualquer lugar ao longo do seu trajeto, desde caudal aos rins a caudal ao escroto, incluindo logo na entrada do anel inguinal ou imediatamente fora, mas não dentro do escroto
Pode estar associado a outras anormalidades genitais, como hipospadia e micropênis, aumentando a probabilidade de se tratar de um estado intersexual
Maior prevalência: suínos e equinos
Complicações: agudas, como torção testicular, ou crônicas, como infertilidade, maior risco neoplásico e insuficiente produção androgênica
Tratamento: remoção cirúrgica do testículo retido, retirada do animal da reprodução e a castração
Síndrome de Turner equina
Anomalia caracterizada pela presença de somente um dos cromossomos X que causa infertilidade
Mais comum em equinos
O animal apresenta características fenotípicas femininas devido à ausência do cromossomo Y. Estatura menor que o normal, estruturas dos aparelhos reprodutivos pequena e ovários não apresentam desenvolvimento folicular
Éguas: podem não manifestar estro ou apresentar ciclos irregulares
Diagnóstico: análises cromossômicas
Síndrome da insensibilidade androgênica
Também conhecida como síndrome da feminização testicular, é relatada em mamíferos, incluindo os humanos
O animal apresenta genitália externa feminina que se desenvolve não pela presença de estrógenos, mas pela ineficácia dos andrógenos.
Éguas portadoras da síndrome não apresentam sinais de estro, comportam-se de forma semelhante ao garanhão, vocalizando na presença de fêmeas em estro, tornam-se agressivas e apresentam desvio de comportamento
Por meio de análise citogenética, observa-se que os cromossomos sexuais da fêmea são XY, ou seja, cromossomicamente se trata de um macho
Tratamento: intervenção cirúrgica para retirada dos testículos da cavidade abdominal, na tentativa de minimizar a agressividade e o comportamento masculinizado
Agenesia
Alteração hereditária de desenvolvimento, caracterizada pela ausência ou formação incompleta de estruturas anatômicas
A malformação pode aparecer em qualquer uma das estruturas do aparelho reprodutivo de ambos os sexos
Diagnóstico: exame clínico quando a estrutura não formada é visível, como no caso da vulva, pênis e testículos
Hipoplasia
Animais afetados pela hipoplasia do aparelho reprodutor apresentam trato reprodutivo infantil e exibem sinais de subfertilidade ou infertilidade
Mais frequentes em vacas
Na maioria das vezes, o ovário esquerdo é o órgão acometido que se apresenta diminuído de tamanho, com superfície lisa ou rugosa e ausência de desenvolvimento folicular
Na alteração unilateral ou parcial, o animal manifesta estros irregulares e muito espaçados. No caso bilateral ou total, a manifestação de estro nunca acontece
Os animais que apresentam hipoplasia bilateral e total são estéreis, no entanto os animais que apresentam as formas mais brandas da hipoplasia, como unilateral e parcial, poderão transmitir a característica a seus descendentes
Hipoplasia ovariana: de caráter hereditário
Ovários afuncionais: adquirida e tratável