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A escola de Chicago e o Interacionismo Simbólico - Coggle Diagram

- - - - Preocupação com o cotidiano
      - Utilização de técnicas qualitativas
      - Ênfase no trabalho empírico
      - Perspectiva claramente interdisciplinar
      - Combinação entre valores coletivos e atitudes individuais
      - Os pesquisadores de Chicago se interessavam pelo particular e pelas pequenas ocorrências da vida cotidiana
        
        Chicago era na época um grande "laboratório social". Sua população era essencialmente de imigrantes. Era uma cidade industrial, moderna, experimentando embates políticos e o impulso da vida artística e cultural.
        
        A sociologia de Chicago foi uma sociologia urbana, voltada para a temática da cidade e para os problemas da convivência urbana
        
        A Universidade de Chicago foi fundada em 1892, e já nesse momento foi criado também o departamento de Sociologia e Antropologia, dirigido por Albion Small
        
        O papel de Small foi de fortalecimento e3 institucionalização do campo da Sociologia na Universidade de Chicago e nos EUA; ele foi também incentivador das pesquisas empíricas e do direcionamento dos estudos para a cidade de Chicago
        
        A Escola de Chicago não apenas incentivou desde o início o incremento do trabalho de pesquisa e formação pós-graduada, como foi marcada por grande intercâmbio entre seus vários departamentos
        
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        E é justamente essa perspectiva, que irá atrair os pesquisadores no campo da Comunicação
- - - - Graças a Park a Escola tem um olhar diferenciado em relação a cidade. A Escola pensa na cidade como um todo organizado, mas com atenção especial para as conexões, para os sentidos instituídos na convivência múltipla e diferenciada do urbano
        
        A cidade é um modo de ser, um conjunto de representações, de imagens
        
        Para Park, a cidade favorece a racionalidade e o estabelecimento de relações mais convencionais. Mas ela é sobretudo diversidade e mobilidade, é um verdadeiro laboratório social, um mosaico de diferenças
        
        Conceitos de "regiões morais" (se referem a locais de diversão, que estão relacionadas com a esfera dos desejos, das paixões) e o de "contágio social" (refere-se à força das associações a partir dessas diferenças temperamentais comuns, à associação daqueles que compartilham sentimentos iguais)
        
        Park faz uma distinção entre "sentimentos" e "interesses; sentimento é de ordem mais concreta, individual, imediata. Os interesses são de ordem mais abstrata. Nossos interesses são racionais e móveis, e provocam mudanças
        
        A vida na cidade é pautada por interesses é importante na construção do equilíbrio da vida urbana, nos processos de assimilação dos estrangeiros
        
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- - - - Não se trata de uma teoria, mas de um conjunto de premissas que tiveram como ponto de partida a oposição às perspectivas sociológicas clássicas que distinguiam conceitualmente indivíduo e sociedade
        
        O ponto de partida dessa tese é que a mente, o eu, e a sociedade são 3 abordagens diferentes de um mesmo fenômeno, que é o ato social
        
        Um outro ponto central na estruturação desse pensamento é a concepção de indivíduo enquanto sujeito, ator social, responsável por ações e representações
        
        Para compreendermos melhor o pensamento de Mead, é interessante percorrer seus 3 conceitos nucleadores: sociedade, self e mente
        
        Comecemos com a noção de sociedade. Mead entende que o comportamento cooperativo entre os humanos se torna possível pelo uso de símbolos, pelo uso da linguagem, que são construídos e aprendidos em conjunto
        
        Já o conceito de self (eu) fala da construção e a da presença do sujeito no mundo. Essa nossa individualidade é resultado de uma construção e de uma espécie de amálgama, que liga componentes internos e externos. A sociedade constitui o contexto dentro do qual o self se desenvolve, e ele é formado através da internalização da expectativa dos outros sobre nós; nós nos vemos com o olhar dos outros e assim assumimos nosso papel social. Esse processo Mead chamou de "outro generalizado"
        
        Esse diálogo consigo mesmo, essa capacidade de fazer indicações a si próprio, é o que Mead chama de mente. Ela se refere ao processo de interação da pessoa com o seu próprio eu através de símbolos significantes - através da linguagem. Essa conversa interior, as ponderações que podemos fazer internamente, precedendo e orientando nossas ações, marcam a capacidade reflexiva do ser humano. A mente não é o lugar que processa só meus impulsos; ela é o processo que faz interagir essas tendências
- - - - Os significados de tais elementos são provenientes da ou provocados pela interação social que mantém com as demais pessoas
        
        Pensar que o significado está nas coisas, é inerente aos objetos, é atribuir-lhes um sentido imanente, uma essência. Porém, também não podemos pensar que esses significados são apenas um acréscimo psíquico atribuído aos objetos pelas pessoas, cada indivíduo vê um mundo do seu jeito. Nem os significados estão nas coisas, nem são produto de uma cabeça
      - Os seres humanos agem no mundo fundamentando-se nos significados que este lhes oferece
        
        Ou seja, nossa ação é decorrente dos significados que as situações nos colocam
      - Tais significados são manipulados por um processo interpretativo
        
        Os sujeitos sociais que estabelecem interações são seres reflexivos, dotados da capacidade de interpretação e de escolha. Os indivíduos que agem no mundo baseados em significados não apenas constroem juntos, como os submetem à interpretação
- - - - Goffman distingue 2 formas de expressão:
        
        A expressão que se transmite
        
        Diz respeito à nossa comunicação verbal
        
        A expressão emitida compreende a expressão não verbal
        
        Compreende a expressão não verbal
      - A análise de Goffman se distingue bastante do Interacionismo Simbólico de Mead
        
        Para ele, as interações foram tomadas como momentos constituintes: os significados eram construídos no bojo dessas interações e passavam pela interpretação dos sujeitos
        
        Sua análise tem um cunho mais conservador das interações e os indivíduos-atores são menos sujeitos de sua ação