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DOENÇAS TEGUMENTARES - Coggle Diagram
DOENÇAS TEGUMENTARES
Dermatofilose
Etiologia e patogenia
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Erupções cutâneas crostosas e escamosas (bovinos, ovinos, equinos, cães e o homem)
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Morfologia: forma de estruturas cocóides agrupadas em tetracocos, filamentoso, Gram-positivo, aeróbio ou anaeróbio facultativo) (Forma infectante: zoosporos móveis)
Fatores favoráveis a proliferação: desmama, carência alimentar ou traumatismos por manejo inadequado, associados a períodos chuvosos e quentes.
Resposta inflamatória aguda mediada por neutrófilos leva à formação de microabscessos no interior da epiderme
Epidemiologia
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Transmissão: contato direto, indireto e por meio de vetores mecânicos e biológicos
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Maior frequência: bovinos, ovinos e equinos
Ocasionalmente: suínos, caninos, felinos e humanos
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Países de maior frequência: zonas subtropicais da América do Sul. (Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Brasil)
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Ocorre também, na região Nordeste.
Sinais clínicos
Bovinos: aglutinação dos pêlos, alopecia e aparecimento de erupções cutâneas crostosas e escamosas, de aparência circunscrita e bem delimitadas
Locais: dorso, estendendo-se da cernelha à região posterior do animal
Inicialmente apresentam: pêlos eretos e em forma de tufos com exsudato gorduroso, que evolui para crostas amareladas duras e quebradiças
Ovinos lanados: "lã de pau" ou "lã de madeira" aglutinação da lã, de aspecto endurecido.
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Ovinos deslanados: formação de crostas na cabeça, principalmente em cordeiros, e no dorso, principalmente em adultos.
Equinos jovens: lesões na cabeça(focinho, face e olhos) e lesões nos membros inferiores.
Equinos adultos: lesões coalescentes distribuídas por todo o corpo, notadamente pescoço, cerenelha, lombo e anca.
Patologia
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Histologia: paraqueratose, hiperqueratose, acantose, esclerose dérmica e infiltração da epiderme e papilas dermais por neutrófilos.
Microscopia: dupla fita, em arranjos tetracocóides de coloração rosa forte, quando corada pelo PAS ou Gram positiva quando submetida ao Gram histológico
Diagnóstico
Diagnóstico presuntivo: epidemiologia, sinais clínicos e visualização da bactéria na forma filamentosa, em esfregaços corados pelo Gram ou Giemsa.
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Exame histopatológico: material conservado em formol, especialmente quando se trabalha com biópsia.
Controle e profilaxia
Isolamento de animais enfermos, desinfecção de materiais e instalações.
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Ovinos: penicilina G procaínica (dose única), associada a estreptomicina
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Dermatofitose
Etiologia e Patogenia
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Patogenicidade: termotolerância do fungo; dimorfismo de algumas espécies; propriedades enzimáticas; mecanismos de fuga às defesas do hospedeiro
Crescimento vegetativo em aspecto circular das lesões: microorganismo aeróbio, que tende a fugir das áreas de intensa inflamação
Epidemiologia
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Clima tropical e temperado, áreas quentes e úmidas
Bovinos, equinos, cães, gatos, suínos, aves, ovinos, humanos e animais silvestres
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Sinais clínicos
Áreas de alopecia de bordos regulares, com descamação e formação de crostas de coloração acinzentada
Bovinos: cabeça e o pescoço, tronco, membros e cauda
Equinos: lombo, garupa e cabeça
Patologia
Histologia: dermatite hiperplásica supurativa e foliculite supurativa, com presença de hiperqueratose e acantose da epiderme associadas com microabscessos
Diagnóstico
Baseado nos sinais clínicos, associados ao diagnóstico laboratorial
Controle e profilaxia
Isolamento de animais doentes, desinfecção de materiais e instalações
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Fotossensibilização
Etiologia e Patogenia
Acentuação da suscetibilidade das camadas superficiais da pele à luz, pela presença local de agentes fotodinâmicos.
A exposição a luminosidade intensa da pele sensibilizada pelos agentes, provoca dano celular afetando o núcleo, a membrana, os lisossomas e as mitocôndrias, desenvolvendo-se dermatite com liberação de histamina, morte celular local e edema tissular
Os agentes chegam à pele pela circulação, embora alguns sejam absorvidos diretamente pela pele.
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Classificação: fotossensibilização primária ou tipo I (agentes fotodinâmicos exógenos); fotossensibilização tipo II (ocorre em consequência da síntese anormal de pigmentos endógenos); Fotossensibilização hepatógena ou tipo III (acúmulo de filoeritrina)
Epidemiologia
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Locais: campos planos de plantio rotativo de arroz, soja, milho.
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Patologia
Macroscopia: edema subcutâneo, icterícia generalizada, fígado aumentado de tamanho e de coloração amarelada e vesícula biliar aumentada de tamanho e edematosa
Histologia: lesões hepáticas com vacuolização e tumefação dos hepatócitos, proliferação de tecido conjuntivo fibroso nos espaços porta, proliferação de células epiteliais dos ductos biliares (necrose individual de hepatócitos, em alguns casos)
As lesões histológicas na pele dos bovinos caracterizam-se por hiperqueratose, presença de úlceras na epiderme com formação de crostas acompanhadas de infiltrado inflamatório de polimorfonucleares e mononucleares que se distribui até a derme
Sinais clínicos
Clinicamente: depressão, anorexia, salivação intensa e severa dermatite (focinho, ao redor dos olhos, orelhas, virilha, vulva e úbere
Animais de pele branca ou menos pigmentada: dermatite severa em outras regiões do corpo expostas ao sol.
Sinais: edema dos membros, conjuntivite e ceratite com corrimento ocular purulento e cegueira em alguns caos, lesões ulcerativas na face ventral da porção livre da língua
Casos mais severos: pele engrossada, com rachaduras e ulcerações (animais morrem em 7-14 dias ou recuperam-se)
Diagnóstico
Feito pelos sinais clínicos, patologia macroscópica e histológica e epidemiologia
Plantas causadoras de fotossensibilização hepatógena: Lantana camara, L. glutinosa, Echium plantagineum, Enterolobium contortisiliquum e Myoporum laetum
deve-se fazer o diagnóstico diferencial de fotossensibilização primária causada por Ammi majus ou Froelichia humboltiana
Controle e profilaxia
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Retirar animais afetados do local e colocar em áreas de sombra, podendo ser tratados com protetores hepáticos (soro glicosado, compostos a base de metionina)
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Papilomatose
Etiologia e Patogenia
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Vírus da família Papovaviridae, gênero Papillomavirus
Epidemiologia
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Transmissão por contato direto com animais infectados (abrasões da pele, vetores mecânicos ou fômites contaminados)
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Controle e Profilaxia
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Cura depende: preparação da vacina, estágio de evolução da enfermidade, tipo de papiloma envolvido
Melhores resultados: 1-2 doses de clorobutanol, na dose de 50mg/kg, em solução alcoólica via subcutânea.