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Incapacidades Físicas decorrentes da hanseníase, Aluna: Célia Tássila…
Incapacidades Físicas decorrentes da hanseníase
Os nervos afetados para cada um deles
Os pacientes de hanseníase são classificados quanto ao número de lesões cutâneas, carga bacilar e nível de acometimento dos nervos periféricos. Quando não há comprometimento neural são classificados como grau 0 de incapacidade física, o grau 1 de incapacidade ocorre quando há diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, mãos e pés e grau 2 de incapacidade quando há lesões graves nos olhos, mãos e pés.
Os principais troncos nervoso periféricos acometidos na hanseníase são:
Face - trigêmeo e facial: cursa com alterações na face, olhos e nariz.
Braços - radial, ulnar e mediano: podem cursar alterações nos braços e nas mãos.
Pernas - Fibular e tibial: alterações nas pernas e nos pés.
Rosto
Inspecionar os olhos;
Testar a sensibilidade dos olhos com o fim dental branco sem sabor (se o paciente);
Testar a força muscular nas pálpebras;
Testar a função visual por meio da escala de Snellen.
Membros superiores
Inspecionar as mãos;
Palpar os nervos ulnar, radial e mediano;
Testar a função motora nos movimentos de abdução do dedo mínimo (n. ulnar), abdução do polegar (n. mediano) e extensão do punho (n. radial);
Nota do prof: avaliar a força muscular /função motora em quantidade e qualidade, de forma isotônica, não isométrica.
Membros inferiores
Inspecionar os membros inferiores;
Palpar os nervos fibular comum e tibial posterior;
Testar a função motora dos movimentos de extensão do hálux e dorsiflexão do tornozelo.
A integridade do n. tibial pode ser observada no trofismo da musculatura do pé (mm. Intrínsecos) e ao ficar na ponta dos pé.
Nota do prof: avaliar a força muscular/função motora em quantidade e qualidade, de forma isotônica, não isométrica.
Os meios para prevenir essas incapacidades
Hidratação, lubrificação e massagem da pele:
São usadas em pele seca e hiperqueratósica, compensando as funções sudoríparas e sebáceas acometidas, melhorando as condições da pele e preparando para os exercícios.
Na hidratação, utiliza-se água na temperatura ambiente. Para lubrificar, podem ser utilizados vaselina, glicerina, óleo mineral ou vegetal e creme.
Exercícios
É a mobilização passiva ou ativa, assistida ou não, de um segmento do corpo, indicada nas paresias e nas paralisias, com o objetivo de evitar ou diminuir retrações dos tecidos moles, manter ou recuperar a mobilidade articular, evitar deformidades, manter o tônus e melhorar a força muscular.
Órteses
São dispositivos feitos para apoiar ou corrigir a função. São confeccionados em gesso, madeira, metal, couro e outros, destinados a imobilizar os membros ou segmentos destes, com a finalidade de auxiliar no tratamento das reações e das neuropatias, evitando trauma sobre os nervos. Utilizados para prevenir e corrigir deformidades, auxiliando na cicatrização de ferimentos, corrigindo retrações dos tecidos moles e facilita os movimentos funcionais.
Introduções
A hanseníase possui grande importância para a Saúde Pública por se tratar de uma doença infectocontagiosa e crônica que atinge principalmente as pessoas em condições socioeconômicas precárias.
Apresenta longo período de incubação, e há predileção do bacilo Mycabacterium leprae pelas células epiteliais e neurais, o que confere a doença um alto poder incapacitante.
- Uma procedimento semiológico que visa identificar incapacidades físicas decorrentes da hanseníase
O diagnóstico de hanseníase deve ser baseado na história de evolução da lesão, epidemiologia e no exame físico (nervos periféricos espessados e/ou lesões de pele ou áreas de pele com alterações de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil, alterações autônomicas circunscritas quanto à reflexia à histamina e/ou sudorese).
Algumas situações, os exames subsidiários (baciloscopia e biópsia de pele).
É fundamental avaliar a integridade da função neural no momento do diagnóstico, na ocorrência de estados reacionais e na alta por cura.
Para verificar a integridae da função neural recomenda-se a utilização do formulários de Avaliação Neurológica Simplificada.
O exame neurológico compreende a inspeção, palpação/percussão, avaliação funcional (sensibilidade, força muscular) dos nervos a partir dele, podemos ainda classificar o grau de incapacidade física.
O exame deve ser feito na seuqência crânio-podal, isso ajuda o profissional a sistematizar uma rotina de exame e registro.
Enquanto realiza a avaliação neurológica simplificada, vá registrando na ficha específica.
Quem tem o tipo mais leve da doença, mesmo após o tratamento, pode não recuperar totalmente a sensibilidade nos locais das manchas. Em casos mais graves, pode haver sequelas como perda de força que impõe limitações físicas para usar as mãos ou andar, por exemplo
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O grau de incapacidade física é uma medida que indica a existência de perda da sensibilidade protetora e/ou deformidade visível em consequência de lesão neural e/ou cegueira.
É um indicador epidemiológico que pode ser utilizado na avaliação do programa de vigilância de hanseníase, determinando a precocidade do diagnóstico e o sucesso das atividades que visam a interrupção da cadeia de transmissão.
Portanto, a avaliação do grau de incapacidade física constitui uma importante ferramenta na identificação de pacientes com maior risco de desenvolver reações e novas incapacidades, durante o tratamento, no término da poliquimioterapia e após a alta.
Escore OMP
O Escore OMP (olhos, mãos e pés) é um instrumento complementar de avaliação da graduação da incapacidade no paciente de hanseníase e tem como objetivo proporcionar maior detalhamento sobre cada incapacidade isoladamente, possibilitando uma melhor qualidade do cuidado.
Portanto, é de fundamental importância na avaliação dos serviços de atenção, prevenção e controle das incapacidades físicas decorrentes da hanseníase.
O Esore OMP é a soma dos graus de incapacidades atribuídos a cada segmento direito e esquerdo, determinando a soma máxima que varia de 0 a 12, representando assim, uma medida mais precisa ao classificar o comprometimento em diferentes seguimentos.
Estesiometria
O estesiômetro é um instrumento composto por sete monofilamentos (espécie de linha de polietileno e nylon) de cores e espessuras diferentes. De forma simplificada, podemos dizer que a função do aparelho é medir o grau de sensibilidade de uma região da pele.
Iniciar o teste com o monofilamento mais fino 0,05g. Na ausência de resposta, utilizar o monofilamento 0,2 (azul).
Aplicar o teste nos pontos específicos dos nervos.
Registrar o teste, colorindo os pontos específicos com a cor correspondente ao primeiro monofilamento que o paciente sente.
3 toques com os fios verde e azul e 1 toque com os demais.
A estesiometria é indispensável na avaliação.
Aluna: Célia Tássila Sousa Vera.