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Incapacidades Físicas decorrentes da hanseníase - Coggle Diagram
Incapacidades Físicas decorrentes da hanseníase
Membros superiores
Alterações motoras
nervo ulnar
A lesão do nervo ulnar provoca a paresia e/ou paralisia da musculatura intrínseca (interósseos,lumbricais e outros) da mão, que leva à hiperextensão das articulações metacarpo-falangianas dosegundo ao quinto dedos, com flexão das interfalangianas.
Na lesão inicial, a garra se apresenta
nos quarto e quinto dedos;
Na lesão avançada, atingem também os segundo e terceiro dedos
O sinal de Froment também é típico das lesões do nervo ulnar e se caracteriza por uma instabilidade da pinça do polegar com o segundo dedo.
nervo radial
O nervo radial raramente é atingido, talvez por ser um nervo mais protegido
Geralmente ele só é acometido após haver comprometimento dos nervos ulnar e mediano (paralisia tríplice).
Sendo ele responsável pela inervação de todos os músculos extensores do punho e dos dedos, fica
fácil compreender que seu acometimento leva a uma impossibilidade de estender esses segmentos, fazendo com que os dedos e o punho fiquem fletidos, o que é chamado de “mão caída”.
nervo mediano
A principal expressão funcional da lesão do nervo mediano é a perda da oponência do polegar.
A lesão do nervo mediano causa paralisia dos músculos abdutor curto do polegar, do flexor curto e do oponente do polegar, determinando, assim, a impossibilidade de se opor aos demais dedos.
. A atrofia desses músculos leva ao achatamento da região tenar
As alterações advindas da hanseníase, além de estigmatizantes, interferem grandemente na estabilidade emocional, social e produtiva.
Em geral o comprometimento inicia-se pelo
nervo ulnar, seguido pelo nervo mediano e pelo nervo radial
Alterações sensitivas
O indivíduo com sensibilidade protetora preservada cuida naturalmente da área lesada, poisa dor serve como alerta para proteger o local. A pessoa com acometimento da parte sensitiva perde essa capacidade.
Alterações autonômicas
As fibras autônomas que inervam, além de outras estruturas, as glândulas sebáceas e sudoríparas também são alteradas.
Portanto, temos diminuição de produção de suas secreções que auxiliam em muito a manutenção da flexibilidade e a textura da pele. A pele torna-se seca, inelástica e facilmente ocorrem fissuras que, se não tratadas, poderão aprofundar-se e comprometer as estruturas profundas da mão
Face
Na hanseníase, o acometimento da face é muito freqüente, principalmente nas formas multibacilares.
A maioria das deformidades e das incapacidades que ocorrem na face é decorrente da ação direta do bacilo sobre as estruturas desta região, com exceção do lagoftalmo e da alteração da sensibilidade da córnea, decorrentes de uma lesão de nervo.
O comprometimento das fibras do sistema nervoso autônomo pode provocar diminuição ou ausência de produção de muco nasal, com consequente ressecamento da mucosa (rinite atrófica).
Aparelho visual
O envolvimento ocular e dos anexos pode ocorrer pelos mesmos mecanismos
neurogênico
inflamatório
A madarose ciliar
corresponde à queda dos cílios das bordas das pálpebras.
triquíase
consequência do processo inflamatório, ocorre uma alteração da posição desses bulbos, permitindo que os cílios cresçam em direção à córnea
Essas são agravadas
quando há perda da sensibilidade da córnea
Anexos
O ramo zigomático do nervo facial inerva os músculos orbiculares responsáveis pelo fechamento palpebral.
Quando esse nervo é atingido, há alteração no piscamento em vários grausde intensidade, e em sua forma mais severa há grande redução ou ausência do fechamento daspálpebras (lagoftalmo)
Muitas vezes o paciente não percebe isso porque ocorre o
chamado fenômeno de Bell
Bulbo ocular
O nervo trigêmeo inerva a córnea
Quando este nervo é alterado, há uma diminuição ou perda da sensibilidade corneana.
A córnea se opacifica em vários graus, constituindo assim os sinais de ceratite por hanseníase.
A partir da presença de bacilos no limbo pode ocorrer a invasão nos nervos corneanos, formando pequenos hansenomas. Os hansenomas miliares ou “pérolas” e os hansenomas nodulares são visíveis geralmente à lâmpada de fenda.
A córnea se opacifica em vários graus, constituindo assim os sinais de ceratite por hanseníase.
Os nervos envolvidos com maior freqüência são:
nervo facial (VII par craniano)
nervo trigêmeo (V par craniano),
Membros inferiores
Alterações motoras
nervo tibial
O nervo tibial é com frequência acometido na região retromaleolar medial ainda
como tronco ou nos seus ramos plantar lateral e plantar medial.
A lesão deste nervo leva ao comprometimento de toda a musculatura intrínseca do pé, como os músculos lumbricais e interósseos, que exercem papel fundamental na ação sinérgica entre os músculos flexores e extensores dos dedos, adquirindo a postura em “garra” em graus distintos, conforme as perdas motoras
As “garras” caracterizam-se pela extensão discreta até a hiperextensão das articulações metatarso-falangianas e flexão das articulações interfalangianas proximais e distais.
nervo fibular comum
O nervo fibular comum pode ser comprometido em seus ramos profundo e superficial, em geral na altura do joelho.
Quando só o ramo profundo está alterado, temos déficits nos
músculos tibial anterior, extensor longo do hálux e extensor longo dos dedos.
A perda daforça de contração desses músculos reduz ou impede a dorsiflexão do pé e a extensão dos dedos.
Quando o comprometimento é também do ramo superficial aparecem déficits motores nos músculos fibulares longo e curto (evertores).
As retrações das estruturas posteriores do tornozelo (tendão de Aquiles) limitam mecanicamente a dorsiflexão e, lentamente, vão posicionando o pé em flexão plantar até a rigidez do tornozelo nesta posição, denominado pé equino
Alterações autonômicas
A anidrose decorrente da disfunção das glândulas sudoríparas torna a planta do pé seca, e sua camada córnea, dura e espessa, tende a se quebrar
As “rachaduras” plantares ou fissuras são muito comuns e, frequentemente, são portas de entrada de agentes infecciosos
Alterações sensitivas
As lesões ou comprometimentos dos nervos fibular comum e tibial acarretam perdas sensitivas em todo o pé.
A mais grave é a da região plantar, pois esta região recebe todas as forças
resultantes do peso corporal
Com o comprometimento do nervo tibial, ocorre diminuição, ou mesmo perda, da sensibilidade da região plantar, além de alterações dos músculos intrínsecos do pé.
Úlcera plantar
A causa básica da úlcera plantar é a perda de sensibilidade protetora ou anestesia na região plantar por lesão do nervo tibial
Outros fatores aumentam o risco do seu surgimento, tais como:paralisia e perda do volume dos músculos intrínsecos do pé, perda do coxim normal sob a cabeçados metatarsianos, pele anidrótica, alterações biomecânicas e/ou deformidades (garras, pé caído e alterações de estruturas ósseas).
Definição
Os bacilos de Hansen têm um tropismo especial pelas fibras nervosas, atingindo desde as terminações da derme aos troncos nervosos.
A neuropatia da hanseníase é clinicamente uma neuropatia mista, que compromete fibras nervosas:
motoras
autonômicas
sensitivas
A resposta do tecido em presença do bacilo pode ser muito variada, desde uma mínima resposta sem alterações funcionais, até uma resposta intensa com infiltração granulomatosa de todo o parênquima neural, resultando em destruição importante dos nervos periféricos com nítidas alterações de sua função.
Prevenção
Educação em Saúde
Inclusão e integração (família, trabalho,educação, etc.); apoio emocional
Diagnóstico precoce dadoença; tratamento regularcom PQT; investigação decontatos e BCG
Identificação das pessoas em “risco”(reações, neurites, grau 1 e 2 deincapacidades); realização deautocuidados
Identificação das reações eneurites; tratamento adequadodas reacões e neurites;monitoramento da acuidadevisual e função neural
Prevenção de incapacidades