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Reações hansênicas e episódios reacionais hansênicos - Coggle Diagram
Reações hansênicas e episódios reacionais hansênicos
Definição
São
Reações Hansênicas ou episódios reacionais
Fenômenos inflamatórios agudos e autoimunes
Podem cocorrer
Antes, durante ou após o tratamento
A reação hansênica surge em virtude da presença do
M. lepae
ou de seus fragmentos (após o tratamento)
A resposta imunológica pode ser celular ou humoral
Tipos
Reação Reversa ou Tipo 1
As reações do tipo 1, ou reações reversas são causadas pelo aumento da atividade do sistema imunológico lutando contra o bacilo da hanseníase, ou mesmo por resto de bacilos mortos.
Ocorre a instalação de um processo inflamatório agudo, principalmente na pele e nos nervos.
Em torno de 25% de todos os pacientes com hanseníase pode ter reação tipo 1, e a grande maioria desenvolve sintomas dentro dos seis primeiros meses de tratamento
Principais Sintomas e achados clínicos
Pode haver edema de membros ou de face e hipersensibilidade dos nervos ao toque e a perda de função
Não cursa com febre
Infiltração da lesão de pele, com edema, eritema e calor. As lesões não são geralmente dolorosas, mas pode haver algum desconforto.
Os músculos envolvidos no fechamento das pálpebras podem ser afetados, mas o olho propriamente dito não é afetado pela reação tipo 1.
Pode haver neurite
Tratamento
Normalmente
Corticoterapia em dose imunossupressora
Prednisona 1mg/Kg/dia
Tendo cuidado de monitorar pressão arterial, glicemia em jejum e fazer tratamento preventivo para
Strongiloides Stercoralis
e para osteoporose
Quando houver HAS
Usar dexametasona 0,15mg/kg/dia
Além da medicação
Manter repouso/ imobilização dos membros afetados se houver neurite
Monitorar evolução do paciente por meio da avaliação simplificada
Reduzir a dose do corticoide ao passo que o paciente apresenta evolução favorável
Tem
Resposta Imunológica Th 1
Eritema Nodoso Hansênico ou Tipo 2
Menos frequente que a reação tipo 1, afeta somente os pacientes com hanseníase multibacilar.
Em sua grande maioria, ocorre durante os primeiros três anos após o início da PQT, podendo aparecer anos após o término do tratamento, afetando apenas a pele.
Principais Sintomas e achados clínicos
Principal
Mal-estar geral e febre
Destruição bacilar acentuada, liberação de antígenos M.leprae e indução de anticorpo específico, o anti PGL1
Manifestação clínica mais freqüente é o Eritema Nodoso Hansênico (ENH).
Síndrome do imunocomplexo circulante
ENH: nódulos subcutâneos, dolorosos e eritematosos. Mais frequentes em pernas e braços, e menos no tronco. Não associados com lesões de pele da hanseníase. A hipersensibilidade ao toque nos nódulos é um importante sinal clínico.
Podem evoluir para pústulas e bolhas, com posterior ulceração e formação de necrose.
Microscopia e hemograma: leucocitose com neutrofília e aumento do número de plaquetas; aumento de proteínas da inflamação aguda; proteína C-reativa e a1 tripsina; aumento de IgG e IgM; Complemento: aumento de C2 e C3; proteinúria.
Biópsia da lesão: infiltrado inflamatório, neutrofílico, perivascular, em derme reticular, compatível com vasculite; bacilos numerosos e granulosos.
Tratamento
Tadiomida é a primeira opção, 100 a 400 mg/dia, a depender da gravidade do paciente
Prednisona / dexametasona na segunda opção caso não seja possível usar a talidomida
Se houver ENH e neurite, usar talidomida + Prednisona, associando a AAS 100mg/dia como profilaxia contra o troboembolismo
Corticoide também deve ser associado se houver irite, glomerulonefrite, vasculite ou outras afecções inflamatórias dos órgãos internos e das articulações
Em mulheres
Para tratar uma mulher em idade fértil é preciso verificar, por todos os exames mais sensíveis se existe gestação em curso e previnir com os anticoncepcionais mais eficazes (injetável, de preferência ) e um método de barreira
A talidomida é teratogênica e seu uso durante a gestação pode ter consequências graves
Reação
Grave
Acomete os nervos
Olhos
Outros órgãos
Glândulas
Leve
Acomete apenas a pele